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Quartel Psychomachia

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Mestre
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Sex Nov 05, 2021 12:58 am

Quartel Psychomachia Mestre10

Quartel Psychomachia Latest?cb=20150119005458

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Apesar de se assemelhar muito a um bar, esse espaço é apenas o local de reunião da Psychomachia, é onde eles se reúnem e traçam seus próximos planos e até mesmo o que devem fazer e o que não. É o famoso quartal general da equipe.
Apesar da aparência comum, pessoas que tentarem se aproximar devem tomar cuidado uma vez que existem armadilhas e lacaios por todo o lugar.

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Facção: Psychomachia.
Local: Em algum lugar no Reino de Lioness.


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Mestre
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Ter Nov 09, 2021 3:43 pm
Quartel Psychomachia Mestre10

O LEVANTAR DA ESCURIDÃO

O local era obscuro como de costume, tinha um ar doce e ao mesmo tempo sombrio, causava sensação de bem estar, porém podia mudar tudo causando um enorme desconforto, afinal esse era resultado a magia de Zengate atuando sobre o local, ele camuflava para que ninguém soubesse que ali eram tramados seus planos mais diabólicos, afinal isso não podia ser feito no palácio, pois lá tinha olhos demais e ouvidos demais, mas esse, esse era o local ideal.

Existiam além de Zengate alguns, mais precisamente seis deles, os quais recebiam toda a lealdade de Zengate, mas pouco eram vistos, estavam sempre em missão, ou relatando algo para o grão-paladino, eram conhecidos como a Psychomachia, as virtudes sagradas e paciência era a virtude de Zengate, e ele a levava a sério, a sério até demais, mas um deslize era capaz de tira-la dele em um piscar de olhos.

O silêncio tomava conta do local, era atormentador caminhar por aqueles corredores e saber que em breve estaria frente a frente com Zengate, o mais temido cavaleiro sagrado até então, não por sua maldade, afinal ele era até “amável” demais com seus subordinados, mas alguém tinha que fazer, alguém tinha que relatar o que havia acontecido, por mais que aquilo irritasse Zengate, afinal não tinha com o que se preocupar, ele era paciente, não faria mal a ninguém, não seria capaz de matar ninguém, a culpa não foi de ninguém, simplesmente aconteceu, bem tudo ia dar certo, o suor escorria pelo rosto do cavaleiro sagrado que engolia seco, parado diante da porta do grão-paladino, estava prestes a bater até que ouviu.

-Entre! – Disse uma voz de dentro da sala, a voz era calma, carregada de tranquilidade como uma leve brisa que passava por ali.

-Se... Senhor! – Engoliu o jovem cavaleiro – Eu vim lhe... lhe relatar algo.

Zengate se virou, seus cabelos eram ligeiramente longos, com uma franja que lhe tapava um dos olhos, mas seu olhar azul era penetrante, era como estar olhando um imenso mar azul, ao mesmo tempo que era como se ele analisasse a pessoa de dentro para fora, era um misto de sensações, algo bom com um calafrio terrível.

-Diga de uma vez, eu detesto rodeios e todos vocês sabem disso! - Exclamou Zengate, que limpava sua espada!

-Senhor, a jovem prin.. princesa -  As lágrimas escorriam pelos olhos do cavaleiro sagrado, que estava em desespero – a Jovem princesa Drif... Ela... ela... Fugiu!

Zengate parou de limpar a sua espada, se levantou e ficou a olhar para o cavaleiro.



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Hanna
Hanna
Mensagens : 5
Data de inscrição : 07/11/2021

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Ter Nov 09, 2021 3:47 pm
Quartel Psychomachia Hanna10

O silêncio e a calmaria de Quindecim foram quebrados abruptamente pelo som de um teleporte. A causa desse teleporte era Hanna, que tinha ido para lá com o círculo mágico para finalizar os seus planos. O lugar estava pouco iluminado, apenas com as luzes das chamas dançantes das velas que ali estavam.

- Finalmente... Finalmente, depois de longos 17 anos, irei poder pôr um ponto final nisso tudo, eles finalmente vão poder andar sobre a terra novamente, e ninguém poderá me impedir dessa vez! – Disse Hanna ao chegar no local.

Quartel Psychomachia Puta10

Ela então começou a proferir palavras em uma língua morta há muito tempo. Os silvos de sua fala reverberaram por todo o local parecendo uma sinfonia de cobras que mal esperavam a hora de dar o bote, o sangue do círculo, que outrora fora seco e escuro, se tornar vermelho vivo, indicava que a magia estava tomando forma. Era apenas questão de tempo até que o feitiço estivesse completo e o pior acontecesse.

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Arthuria
Arthuria
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Ter Nov 09, 2021 3:48 pm
Quartel Psychomachia Arthur16

Enquanto isso, Arthuria e Perceval saiam às pressas do palácio, o semblante de Arthuria era tão sério e focado que o cavaleiro não ousou pronunciar uma única sílaba ao longo da trajetória, até que Arthuria parou de repente e Perceval acabou se esbarrando nela, quando o cavaleiro foi tentar desculpar-se, Arthuria o sinalizou para que fizesse silêncio, ela estava de olhos fechados e se concentrava para tentar rastrear a magia de Hanna, não foi uma tarefa difícil, devido ao fato de que a magia dela era a mais poderosa e assustadora da região.

Arthuria prontamente montou em seu cavalo – que foi trazido graças a um círculo mágico que Krioni inventou – e fez um gesto com a cabeça para que Perceval o fizesse também, então, os dois saíram à galope de lá.

Depois de um tempo, chegaram a um local que aparentava ser um bar abandonado, Arthuria sentia que a magia de Hanna vinha de lá, ela desceu do cavalo e arrombou a porta do local num chute, adentrando. Perceval também desceu do cavalo e pareceu resmungar alguma coisa, não entendendo o que Arthuria queria em um bar abandonado.

- Eu posso sentir a magia de Hanna vindo daqui de baixo... – Disse Arthuria, entrando no local com o cavaleiro logo atrás

Quartel Psychomachia Arthur13

O bar tinha uma aparência velha, mas até que apresentável para um lugar abandonado, a madeira dos móveis estava inteira ainda, apesar de estarem repletas de poeira e teias de aranha.

- Esse lugar até que é bem cuidado para um bar abandonado... – Disse Perceval, que enfim não resistiu ficar mais tempo sem dizer nada. De repente, o cavaleiro foi empurrado por Arthuria e levado de encontro ao chão, sem entender nada.

- Preste atenção! – Advertiu a rainha, ao olhar para a parede, Perceval entendeu o que aconteceu, uma flecha foi disparada em sua direção e Arthuria o salvou da morte certa. – Obviamente iria ter armadilhas por perto, se você não ficar atento acabará sendo morto! – Disse ela, estudando o local.

- T-Tá... – Concordou Perceval, sentindo como se o coração fosse sair pela boca.

Arthuria e Perceval se esgueiraram pelo lugar de maneira furtiva, evitando ativarem quaisquer armadilhas que pudesse ter no local, enquanto procuravam por alguma espécie de alçapão, porão ou qualquer coisa que indicasse que naquele lugar havia um subsolo.

Depois de andarem um pouco enquanto desviavam das armadilhas, Arthuria encontrou uma porta de alçapão que estava atrás do balcão do bar, mas não aparentava ter nada que pudesse abri-la.

Deve ter alguma coisa, como um botão ou uma alavanca, escondido por aí que abra essa porta... – Ponderou Arthuria, olhando cada cantinho do balcão procurando por algo do tipo.

- Caramba! Essa cerveja é de qualidade! Esse barzinho deveria ser bem rico mesmo, hein? – Disse Perceval ao olhar atentamente as bebidas do bar, pegando uma cerveja da prateleira, mas a bebida trancou ali.

- Não saia por aí mexendo nas coisas, Perc... – Arthuria iria advertir o comportamento infantil e, dada às circunstâncias, perigoso, do cavaleiro, quando ouviu um barulho e viu que a porta do alçapão se abriu aos seus pés. – Esquece o que eu disse, bom trabalho, Perceval! – Ela elogiou, logo após.

- Heh heh, não foi nada... – O cavaleiro respondeu, envergonhado, colocando a mão na estante em que estavam as bebidas, mas ao fazer isso, ele acidentalmente tocou em uma das outras bebidas na prateleira, e ativou outra armadilha. – Oh-oh... – Exclamou ao ver enormes estacas de metal saírem do teto, e teriam o empalado se a rainha não tivesse o puxado para baixo a tempo.

- Mas eu não posso te elogiar, né? – Sussurrou ela, indignada com o cavaleiro, ele apenas abaixou a cabeça, envergonhado. – Vamos logo com isso... Você fica aqui até que eu diga para você vir! – Ela disse depois, Perceval apenas acenou em concordância, e então ela terminou de descer as escadas e foi até Hanna.

Ao ver a mulher lá, ela se aproximou com cautela por trás de Hanna, sabia que a anja poderia facilmente detectar a magia dela e por isso um ataque furtivo não surtiria efeito, mas imaginou que, como ela estava focada demais em terminar o feitiço, conseguiria alguma vantagem se ela se aproximasse lentamente.

Quartel Psychomachia Arthur14

- Vejo que conseguiu chegar até aqui, vossa majestade... – Disse Hanna para a rainha, sem olhar para a Arthuria, o tom de sarcasmo em sua voz destacava o descontentamento em Hanna ao ver que foi a rainha quem a achou tão facilmente. – Fico surpresa que tenha me achado tão facilmente, para uma mera humana... – Continuou ela, mas Arthuria não deu ouvidos e tentou atacá-la com um golpe certeiro de espada, mas a anja desviou com muita habilidade. – Que presunção, achando que poderia facilmente matar um ser celestial com um mero ataque furtivo por trás, acha mesmo que é tão forte assim? – Hanna perguntou, Arthuria desejava muito que aquela maldita mulher alada calasse a boca.

- Dá pra parar de falar e começar a lutar logo? – Disse Arthuria, atacando novamente com um golpe lateral, mas sem sucesso. “Por que fica só tagarelando e não ataca de volta?” Se perguntava Arthuria.

- Por que quer tanto lutar? Por acaso sabe pelo que está lutando? – Perguntou Hanna, Arthuria não respondeu, apenas se manteve firme em atacá-la, mas errando sempre – Você acha que se o meu plano se concretizar uma catástrofe acontecerá, não é? Mas quem lhe contou isso? Krioni? O mago que você mal conhece direito? O mago que esconde de você a maior parte de seu poder e de seu passado? Como pode confiar tanto nele? – Arthuria começou a ficar irritada, não só porque não aguentava mais a conversa fiada de Hanna, como também ela tocou em um assunto sensível. – Será isso respeito? Admiração? Ou... – Hanna parou um pouco, se aproximou de Arthuria por trás e sussurrou em seu ouvido – ... Amor? Um amor cego que nutre por alguém que acha que conhece? – Aquela já foi a gota d’água para Arthuria, ela se virou rapidamente, e acertou um golpe de espada nas costelas de Hanna, quando a mulher se desequilibrou pelo golpe repentino, Arthuria deu um último golpe na barriga dela.

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Jamais profira tais palavras novamente! – Disse a ruiva, com sangue nos olhos, então ouviu uma risada maléfica reverberar pelo salão, fazendo a rainha ficar confusa, ao olhar para trás, viu algo que a deixou pasma, Hanna. A anja estava inteirinha atrás dela, mas ao voltar a olhar para frente, viu o que mais a apavorou...


Quartel Psychomachia Arthur16

O corpo que fora atravessado por sua espada não era de Hanna, mas sim de seu cavaleiro sagrado, Perceval.

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- Não... Não, não, não, não! Perceval! Perceval, por favor, por favor, Perceval! Fale comigo! – Arthuria gritava no lugar, com os olhos marejados de lágrimas, olhando para o corpo do cavaleiro.

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- Cof cof, a-ainda bem... que você... voltou... ao normal... minha... cof cof, rainha... – Perceval disse enquanto tossia sangue, ainda estava consciente, mas isso duraria pouco tempo.

- Não diga nada, Perceval, poupe o seu fôlego! Eu vou curar você, eu vou, eu vou... – Dizia Arthuria, desesperada, procurando por alguma esfera de cura em seus bolsos com as mãos trêmulas.

- N-não a-adianta... Minha r-rainha... cof cof, t-tá t-tudo... n-não foi... sua c-culpa... – Foram as últimas, palavras de Perceval, antes de seus olhos se tornarem opacos e perderem a vida. Agora ele era apenas uma lembrança do que um dia foi um membro energético e falante da Távola Redonda.

- Não, não, não! Perceval! Não morra, Perceval! Perceval! – Arthuria gritava, mas era inútil, seus olhos se encheram de lágrimas, estava tremendo, mas o pior de tudo foi olhar para suas mãos...

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Suas mãos estavam escarlates, manchadas pelo sangue de um de seus fiéis cavaleiros e foi ela quem o matou, ela quem tirou a vida dele, ela ousou atravessar a espada de uma pessoa que a admirava como rainha e a confiava como uma amiga ou até mesmo uma irmã mais velha... Arthuria sentia-se tão suja quanto um rato, tão traiçoeira quanto uma raposa e tão má quanto a própria Hanna naquele momento.

Quartel Psychomachia Arthur19

E aquilo que estava feito, não mais poderia ser desfeito. Não importava mais o que tentasse fazer, nada poderia trazer o radiante Cavaleiro da Távola Redonda de volta à vida, para alegrar os dias daqueles que estavam junto com ela, dia após dia, noite após noite, ano após ano.

E aquelas mãos vermelhas vivas, por mais que fossem lavadas, nunca seriam limpas daquele sangue.

Ao voltar a si, ouviu aquela risada malvada, aquela maldita risada... Aquele som, que parecia mais um silvo de cobra, vinha daquela maldita anja, que encontrava um enorme deleite e satisfação em todo aquele cenário, achando graça do rosto assustado e horrorizado de Arthuria.

Sim, aquela era Hanna... Foi ela quem causou tudo isso, ela quem a enganou com um truque tão baixo para fazê-la matar seu cavaleiro.

- Ora, ora, é uma pena... Perceval era jovem e cheio de vida e agora não passa de uma carcaça vazia... Como você se sente ao matar alguém em quem lhe confiava a vida? Aah, a doce ironia... – Hanna dizia, com um sorriso sádico em seu rosto. Ela colocou as mãos no ombro de Arthuria e disse ao pé de seu ouvido – Só imagina quando todos souberem que a rainha matou um de seus próprios cavaleiros reais... Será que eles continuariam a saudando como sua amada rainha? Será que não perderiam toda a confiança que têm em você? – Hanna dizia, cada palavra proferida por ela incitava mais ódio em Arthuria, a rainha segurou o pulso de Hanna com tamanha força que a anja gemeu pela dor.

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- Não encoste em mim com essas suas mãos imundas... – Disse ela em um tom grave e baixo, a raiva transparecia no seu timbre de voz. – Você... Você não deveria ter feito isso... Você não deveria me ter feito derramar o sangue de um dos meus... Agora, você vai pagar! – Disse Arthuria, apertando o pulso de Hanna mais forte ainda, Hanna se desvencilhou da mão de Arthuria rapidamente e deu alguns passos para trás, apenas para ver uma aura assustadora e esmagadora emanando de Arthuria, formando em suas costas algo que se assemelhava a asas feitas dessa aura.

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- M-mas como? Como uma simples humana pode possuir tanto poder? – Hanna se perguntou, começando realmente a sentir que subestimou Arthuria.

A rainha, de alguma forma, mudou de roupa com o poder que exalava, ela vestia um vestido branco com uma armadura de metal nos ombros, a armadura do tronco não era tão fechada como antes, possuía uma abertura nas laterais da cintura. A parte inferior do vestido tinha aberturas nas laterais e também tinha armadura no quadril. Possuía luvas e botas feitas de metal também e uma enorme capa vermelha esvoaçava em suas costas e a sua mão, que antes brandia uma espada normal, agora brandia a Excalibur.

Quartel Psychomachia Arthur21

- Não é possível! Essa é... – Hanna exclamou ao ver a espada, mas foi interrompida por Arthuria, que avançou até Hanna em alta velocidade, tão rápida que mesmo com Hanna desviando, Arthuria conseguiu lhe acertar com um corte no braço. – Mas o quê? Que velocidade é essa? – Hanna perguntou, incrédula.

- Vai ficar aí falando ou vai lutar logo? Desta vez eu tenho certeza de que é a verdadeira! – Arthuria bradou. Hanna ficou em choque por um momento, mas se recompôs quando a rainha avançou em sua direção outra vez. Dessa vez, Hanna desviou habilmente do ataque e em seguida voou para cima e jogou uma esfera de luz com sua mão boa em direção à Arthuria, que defendeu-se com a Excalibur.

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- Muito bem, você me surpreendeu... Nunca pensei que lutaria a sério com uma mera humana. – Disse Hanna, enquanto usava sua magia para curar o braço que estava quebrado.

Arthuria aproveitou a deixa para atacar novamente, do chão, ela deu um salto tão alto que alcançou a altura de Hanna, mas a anja conseguiu desviar a tempo e seu braço se curou totalmente, aproveitando que Arthuria estava vulnerável, Hanna usou a deixa para invadir a mente da rainha.

- Arthuria Pendragon... – Disse Hanna, vasculhando cada canto da mente de Arthuria. Cada medo, cada incerteza, cada trauma... Hanna descobriu que o que ela fez com Arthuria realmente mexeu com o psicológico dela, pois Arthuria temia matar outro amigo novamente, Hanna já desconfiava de algo assim, mas ter a certeza de que poderia usar isso ao seu favor era muito reconfortante. - Como eu pensei... Matá-la não vai ser mais difícil do que matar um inseto muito inconveniente... – A anja disse.

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Arthuria perdeu a consciência por um momento, e quando a recobrou, Hanna não estava mais a sua frente.

- Cadê você, Hanna? – Ela gritou enquanto olhava em volta, mas nem sinal de Hanna. – Por acaso vai fugir agora? – Perguntou.

- Estou bem aqui. – Disse a voz da mulher, ao ouvir essa voz, Arthuria olhou para trás – Arthuria, Arthuria... eu sei bem o que mais teme... – Disse Hanna, com uma voz irritantemente calma.

- Eu não temo nada! – Arthuria gritou, indo de encontro com a anja uma vez mais.

- Ah, teme... – Hanna disse enquanto Arthuria se aproximava, mas a rainha parou abruptamente ao chegar perto dela, com os olhos arregalados. – Teme trair seus companheiros, não é? – A voz, agora alegre e animada, perguntou. Hanna havia repentinamente se transformado em Perceval

Teme matar a todos, como fez comigo... – o menino diz.

- Perceval... – Arthuria resmungou com os olhos marejados. Repentinamente esquecendo-se que anteriormente era Hanna quem estava à sua frente.

- Veja, minha rainha. – Perceval disse, levantando a sua blusa e mostrando um corte profundo na barriga, causado por uma espada – Olhe o que me fez! Eu confiava em você, minha rainha! Como pôde me atacar dessa maneira? – Perceval dizia, as lágrimas teimando em escorrer e o tom desesperado e agonizante em sua voz fazia o coração de Arthuria cair e se despedaçar.

- Não... Não, não! Eu não tive a intenção, Perceval! Foi um acidente! Me perdoe! – Arthuria suplicava com a voz embargada, as lágrimas escorriam por suas bochechas.

Quartel Psychomachia Arthur22

- Agora já é tarde, minha rainha... O meu sangue já foi derramado pelas suas mãos... – Disse Perceval, por fim, ao dizer isso, Arthuria olhou para suas mãos, o sangue de Perceval estava lá, o desespero a tomou, e então a voz de Hanna tornou a falar.

-[color:1f43=#090038'] Imagina como eles vão ficar? Todos os membros da Távola, como reagiriam ao descobrir que que sua rainha matou um dos seus? – Ela disse, e logo após, todos os membros da Távola apareceram na frente de Arthuria, a olhando com indignação, desprezo, mas o pior de tudo, com medo...

- Como você pôde! Você matou Perceval! Se você foi capaz de matá-lo, então pode matar a nós também? – Sayuki dizia, o olhar temeroso da fada fazia Arthuria se sentir pior do que lixo.

- Não, eu jamais...! – Arthuria disse.

- Nunca pensei que você seria capaz de tal coisa, minha rainha... – Lancelot disse com um olhar desapontado.

- Lancelot... Eu não... – Arthuria resmungou novamente.

- Perceval não merecia a morte, estou profundamente decepcionada, minha rainha... – Catherine disse, com os braços cruzados.

- Não... Não foi culpa minha! Eu juro! – Arthuria gritava. Mas não adiantava, todos continuavam a olhando com desapontamento. Ao fundo, ela viu Krioni virar as costas com um olhar de desprezo e ir embora, sem dizer uma palavra. - Krioni, espera! – Arthuria gritou, mas foi em vão.

- Foi sim, Arthuria, foi tudo culpa sua! – Todos disseram em uníssono, se aproximando dela aos poucos, Arthuria colocou as mãos nas orelhas e começou a chorar, gritando.

- Para! Para Para! – Ela gritava, mas só piorava, quando ela abriu os olhos novamente, viu o seu povo passando fome e morrendo pelas ruas, sem poder fazer nada, eles também repetiam “É tudo culpa sua”, Arthuria estava literalmente vivendo o seu inferno pessoal.

Quartel Psychomachia Arthur14

Enquanto isso, no lado de fora, Hanna olhava para o corpo verdadeiro de Arthuria com um sorriso sádico, ela estava sentada no chão exatamente na mesma posição que em sua mente, parecia uma criança tendo um pesadelo, ou uma formiga que estava prestes a ser esmagada...


Quartel Psychomachia Minerva-fairytail

- Acho que já é o suficiente, ela já está fora de si. Matá-la será uma tarefa muito fácil... – Hanna uniu suas duas mãos e criou uma grande esfera de luz que seria capaz de dizimar um exército inteiro. Mas ao jogá-la contra Arthuria...

- Saia... Da minha... Mente... – Arthuria murmurou, e logo depois disso, um poder tão forte exalou dela que, ao entrar em contato com a esfera de luz de Hanna, ele acabou gerando uma explosão de luz.

- M-Mas como?! Como é possível?! – Hanna exclamou, horrorizada, nunca uma pessoa havia escapado de suas ilusões tão facilmente.

- Eu cansei... Eu cansei dos seus truques sujos... Hanna... – Arthuria arfava, tamanho era seu cansaço físico e mental, suas roupas estavam todas queimadas por causa da explosão. – Lute honestamente! – Arthuria vociferou, pulando até Hanna novamente e finalmente lhe acertando um golpe de espada na lateral de seu estômago, mas quando ia acertar outro, Hanna se teleportou para longe e Arthuria caiu no chão novamente.

- Aaah! Essa vadiazinha está me dando trabalho! – Hanna reclamou, colocando a mão no ferimento para curá-lo. Com a outra mão, Hanna lançou uma sequência de esferas de energia em direção a Arthuria, que desviava e golpeava com sua espada para cortá-las enquanto andava em círculos abaixo de Hanna, pensando em uma maneira de fazê-la descer. – Isso me lembra dezessete anos atrás... Tamanha insolência e petulância me lembram aquele idiota.

Hanna desviava das investidas de Arthuria enquanto lhe jogava várias esferas de luz, quando terminou de curar seu ferimento, ela uniu suas mãos e mirou em Arthuria um feixe de luz muito forte, Arthuria desviou rapidamente do golpe, mas mesmo assim a pegou de raspão, causando um grave ferimento em seu braço.

Arthuria, mesmo assim, saltou na direção de Hanna mais uma vez, e dessa vez acertou um golpe em sua asa, que com a pressão do ar, criou um enorme buraco no teto, fazendo Hanna gritar com a dor, perder o equilíbrio e cair no chão.

A rainha foi em direção à Hanna e a pegou pelo pescoço. Hanna tentava se desvencilhar das mãos da rainha, mas não obteve sucesso. Com sua espada, Arthuria arrancou as asas de Hanna fora, a fazendo soltar o grito estridente, tamanha era a sua dor. Arthuria a teria matado naquela hora, se Hanna não tivesse jogado uma esfera de energia em seu estômago, a fazendo soltá-la e recuar por causa do golpe, sentiu uma dor estonteante ao receber o ataque à queima roupa, mas se manteve firme.

- Pelo menos agora não pode mais voar! Um anjo sem suas asas não passa de um humano com poder de luz! – Disse Arthuria, avançando na direção de Hanna, com a Excalibur e sangue nos olhos.

- Isso é o que veremos, ainda tenho vários truques na manga! – Hanna respondeu, jogando mais esferas de luz na direção de Arthuria. A rainha desviou muito bem delas, ao contrário de Hanna, que quando Arthuria chegou perto o suficiente para lhe acertar, recebeu o golpe da espada direto no seu braço, e antes que Arthuria pudesse dar outro golpe, Hanna se teleportou. - Desviar sem poder voar é mais difícil do que eu pensei... – Hanna reclamou, segurando o seu braço ferido.

Arthuria correu em sua direção rapidamente para aproveitar a deixa, mas Hanna ficava se teleportando toda hora enquanto tentava curar o braço.

- Não pode se teleportar pra sempre! – Reclamou Arthuria.

- Mas eu não vou teleportar pra sempre, só até eu puder fazer... – Hanna se teleportou para perto de Arthuria para lhe dar outro golpe de luz à queima roupa na lateral de seu corpo, e conseguiu. O golpe fez Arthuria cair no chão muito machucada com o ataque. Ela ficou com o braço esquerdo todo queimado e a sua armadura acabou caindo, Hanna aproveitou a brecha para lhe acertar um golpe fatal no coração, mas Arthuria conseguiu desviar por pouco do golpe, e em um ligeiro movimento, foi para trás de Hanna, e com uma mão, brandiu sua espada e lhe acertou um golpe nas costas, atravessando Hanna, finalmente.

- Que a Imperatriz Celestial a tenha, Hanna! – Disse Arthuria, com o sarcasmo evidente na voz, tirando a sua espada do corpo da anja depois, fazendo ela cair no chão ensanguentada. – Finalmente consegui... vou embora logo... – Arthuria disse, arfando, enquanto se afastava do local.

Quartel Psychomachia Arthur23

Mas perto dali uma figura alta de cabelos negros, ainda com suas asas intactas, observava tudo escondida atrás de uma pilastra do Quindecim.

Huhu, caiu em mais um truque de ilusão barato, e pensar que foi capaz de escapar da minha invasão mental... Hanna pensou, com um olhar de decepção. Mas essa humana realmente não é normal, ela aguentou muito mais do que qualquer ser humano aguentaria, tanto física quanto mentalmente, há algo muito peculiar sobre esta rainha... Ela ponderou, saindo do local destruído, esperando que ela saísse antes. Até ser acertada por um golpe de espada lateral, que destruiu a pilastra em que estava escondida e lhe arrancou o braço esquerdo fora, além de criar um imenso corte entre as costelas, perfurando um de seus pulmões.

-Eu sabia... que você não morreria... tão facilmente... Além do mais... apenas meus ataques... destruíam o lugar... – Arthuria estava em seu limite, e após atingir o ataque na verdadeira Hanna, caiu no chão. E a anja, por mais ardilosa que fosse, não conseguiria se esquivar para sempre. E assim, caiu no chão, junto de Arthuria, após tentar dar alguns passos para sair dali, mas ficando apenas próxima ao alçapão.

Quartel Psychomachia Arthur15


Quartel Psychomachia Arthur16
Hanna
Hanna
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Ter Nov 09, 2021 3:49 pm
Quartel Psychomachia Hanna10

Antes de ser completamente subjugada por Arthuria, Hanna conseguiu fazer um movimento desesperado: mandar o círculo de invocação para o meio da floresta de Lioness.

Ele estava completo.

Agora, era só questão de tempo até ele cumprir seu propósito.

Hanna mal conseguia enxergar o que havia em sua frente. Não conseguia sentir nem suas pernas nem seu braço. Seu corpo pesava, talvez pelos escombros em cima dele ou pela quantidade massiva de dano que recebeu. Arthuria realmente tinha conseguido derrotá-la e fazer com que chegasse perto da morte, embora não quisesse admitir.

Enquanto lutava consigo mesma para manter a consciência, Hanna ouve passos descendo o Quindecim. Ela sentia medo por ser algum membro da Saligia se aproximando, porém quando parou seus pensamentos para sentir a presença, sentiu como se levasse um soco no estômago. Seu corpo não resistiu ao que sentiu e acabou regurgitando. O terror que sentia nesse momento, não sentia em anos.

Décadas.

Séculos.

Milênios.

Só havia uma coisa capaz de fazer isso.

- Ora ora, veja só quem está aqui. Conseguiu cumprir seus desejos? Eles já estão aí? – Disse-lhe uma voz calma, mas com um tom de deboche.

Hanna queria responder, porém não conseguia sequer respirar diante daquela presença brutal.

Então, com um sentimento terrível no peito, não conseguiu resistir e perdeu a consciência.

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Hadrel
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Ter Nov 09, 2021 3:54 pm
- Ah, desmaiou. – Comentou despretensiosamente.

A presença emanava uma energia bruta, ao ponto de rachar as paredes dos prédios do Quindecim. Os humanos normais ali perto convulsionavam inconscientes, quase mortos.

Um poder sufocante, com a pressão de todo um oceano. Um poder que seria capaz de derrotar mil multidões como se não fossem nada além de uma legião de insetos.

Um poder esplendoroso, capaz de fazer com que reis e deuses na terra o cultuem. Um poder lindo, o pináculo da magia, o suprassumo da força.

Um poder gloriosamente assustador.

Algo chama atenção da entidade. Um outro poder enorme. Nada comparado ao seu, porém o maior que sentia no reino.

Então, vê uma jovem moça de cabelos vermelhos desmaiada no chão, plenamente acabada, fisicamente e emocionalmente.

- Ora, o que temos aqui? – Indagou-se curioso.

A existência que causava pânico nos corações humanos se aproximou da moça. Ele se senta em uma chique cadeira, muito parecida com as do palácio de Lioness, na frente da mulher, e a cutuca na bochecha com um galho de árvore.

- Fazia tempos que não haviam mais que três andando por aí... Às vezes, se projetar para fora do selo traz novidades extremamente divertidas.

Ele soltou uma risada que preencheu o ar, rachando o solo ao seu redor juntamente das paredes.
Krioni
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Ter Nov 09, 2021 3:55 pm
Quartel Psychomachia Krioni12

Krioni já havia feito o que tinha que ser feito no palácio, dali em diante era com seu capitão, algo maior, imensurável e mais poderoso, exigia sua atenção agora, e se ele tivesse correto, isso não era uma coisa que seria fácil de se vencer.

-Merda... Merda... Aquele filho de uma puta... Não po– Krioni interrompeu sua fala ao se deparar com o quartel da Psychomachia completamente destruído.

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O que teria acontecido ali, o que quer que fosse, não havia deixado rastros, ele sentia a energia de Hanna, porém fraca se comparada com antes, mas ainda sentia a de Arthuria, o que lhe dava um alívio, afinal ela ainda estava viva, e sentia o poder dele.

- Fique longe dela! – Gritou entrando no mesmo recinto que a magnitude se encontrava. – A sua presença aqui é uma profanação da realidade, você não deveria estar aqui, e eu posso cuidar para que volte para onde nunca deveria ter saído, não se esqueça que sua diferença de poder comigo é mínima... – Berrou atropeladamente.
 
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O Mago do Orgulho se posicionou a uma certa distância do ser que estava assentado sobre a cadeira, que a luz revelou seus cabelos brancos e tatuagem em seu olho esquerdo, agora lhe fitava com um sorriso no rosto.

-Ora, ora, ora... – Disse despretensiosamente. – Se não é o grandioso Krioni, eu não esperava um discurso menor, afinal você sempre foi tão chato... Ah, e antes que eu me esqueça, não venha me dizer o que eu posso ou não fazer, aquele lugar é pequeno demais, meu corpo pode estar preso, mas minha alma... Minha alma, Krioni... Ela sempre foi... – Em um rápido movimento, o ser estava ao pé do ouvido de Krioni, sussurrando – Livre!

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Krioni se virou para atacar e acabar com aquilo, mas quando encarou o olhar daquele ser, havia mais do que apenas ódio, havia rancor, havia mágoa, havia uma dor imensurável, havia traição. O mago então baixou a guarda.

-Já basta! Como um pássaro capturado e preso numa gaiola, sem escolhas, é assim que eu vivo preso a uma culpa, eu sou o tempo sem o espaço, a ordem sem o caos...

Krioni novamente foi interrompido pela sombra a sua frente, seu semblante agora era frio, e encarava o mago completando suas palavras.

-... Estou sozinho, foi o caminho que escolhi e dele não posso mais me libertar, mas o perdão, ele poderá para sempre toda a maldição...

Ambos, em uma só voz, completaram a frase.

- Quebrar!


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Aquele que conversava com Krioni soltou uma risada que preencheu todo o ambiente, fazendo Krioni recuar.

- Tolo! Acha que eu esqueci a entonação para concentrar sua mente, quando está passando por um momento difícil?– Disse para o Pecado do Orgulho.

Krioni estalou a língua, achou que aquilo o ajudaria a concentrar, porém ao ver que o outro também lembrava, seu plano desmoronou como um castelo de cartas acertado na base.

- Se acha que apenas um joguinho mental sobre lembranças vai ser o suficiente para me derrotar, está enganado. – Respondeu Krioni. – Eu sei todas as suas fraquezas, afinal eu que te reduzi ao que é hoje. – Completou com um sorriso no rosto.

Aquele outro ser na sala o olhou com desdém.

-Já a sua fraqueza, ela é e sempre será a destruição, seja a sua, ou os pedaços de lixo a quem chama de companheiros, todos irão te abandonar, e se não abandonarem por escolha, abandonarão por morrerem... – Seu olhar era frio, penetrando a blindagem emocional de Krioni. – Quando eu queimar a pele de cada um deles, e fazer você assistir enquanto eles sangram, um a um, você se arrependerá gravemente do que fez... E podemos começar com... – O ser encarou Arthuria.

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-Tempo Protectum! – Krioni lançou um feitiço temporal de proteção sobre Arthuria – Enquanto eu viver, você não encostará um dedo sequer em qualquer um deles, você pode assustar esses pobres de espírito, mas a mim você não assusta! – Gritou Krioni, tentando se acalmar e encontrar um jeito de resolver aquela situação.

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A sombra começava a caminhar sobre os escombros deixando o lugar, e com um riso que ecoava pelo salão, deixou sua fala.

-Você é um fraco, Krioni. Sabe que não vence de mim. E sabe muito bem o motivo de eu não te destruir aqui e agora, junto com esses imbecis ao seu redor. Mas... Em breve, isso irá mudar. E eu, Hadrel, acabarei com toda a esperança que vocês ainda possuem! – E desapareceu no vento.

- A esperança nunca irá acabar, Hadrel... Não enquanto eu e a Saligia estivermos vivos! – Retrucou para aquele que sumiu, pegando Arthuria no colo e se dirigindo ao Palácio, para encontrar com Nier.

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