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Arredores da Capital

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Arredores da Capital Empty Arredores da Capital

Sex Nov 05, 2021 12:55 am




Arredores da Capital 7538110

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Trata-se da floresta que cerca a capital. Ela é aberta e espaçada próxima à cidade, porém densa e fechada quando mais se entra nela. Existem várias estradas por dentro dela, facilitando as viagens de comerciantes
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Krioni
Krioni
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Ter Nov 09, 2021 11:31 pm
Arredores da Capital Krioni12

Algum tempo antes do começo da grande batalha em Lioness, Krioni estava a caminho do Reino onde estavam seus companheiros. O trote de seu cavalo era apressado, e Arthuria, Perceval e Lancelot não diminuíram em nada para o acompanhar, e nem tinham a coragem para confrontá-lo por sua pressa, afinal era plenamente justificável.

Quebrando o silêncio da viagem, o descontraído Perceval chama a atenção de Krioni – ou melhor, Merlin.

-Ô Merlin, por acaso não estamos em uma zona com menos influência da magia anti-teletransporte? Essa viagem tá me matando, e eu não sei se vou conseguir lutar com a bunda doendo...

Krioni ficou quieto, se concentrando. Após alguns segundos em silêncio, se pronunciou sobre o assunto.

-Sim, estamos.– Respondeu surpreendendo aos demais. – Mas não se animem, não é o suficiente. Precisamos adentrar mais umas duas barreiras para podermos nos teleportar para perto da Capital. Eu realmente não devia não ter deixado medidas de precaução para isso quando saí...

-Então você sabe quando é a próxima barreira? – Perguntou em tom cansado Perceval.

-Queria. – O tom de Krioni era cansado, mas não da viagem ou de Perceval, mas sim de pensar demais e deixar seus demônios mentais fazerem a festa. – Eu estou extremamente irritado com isso. Você nunca deve entrar em uma batalha contra um oponente que tem um mago sem outro mago, de preferência mais forte como eu, afinal isso é suicídio e é exatamente isso que a Saligia vai fazer.

-Entendi... – Respondeu o loiro com um tom pessimista, fazendo tanto Arthuria quanto Lancelot olharem para baixo e ficarem igualmente amuados com a situação.

Após passarem mais algum tempo a cavalo, finalmente passaram as barreiras externas, mas entraram apenas no perímetro protegido do reino. Isso era melhor que cavalgar até ali, mas ainda assim não era bom o suficiente.

Alguns guardas da fronteira tentaram parar a excursão de Camelot, mas foram atraídos por succubus dos contratos de Lancelot, fazendo que o grupo passasse sem nenhuma dificuldade.

Depois de mais algum tempo cavalgando apressadamente, Krioni sentiu um choque, uma onda de energia, vindo diretamente da Capital, grande o suficiente para o fazer cair do cavalo.

De medo.

O que ele sentiu na Capital o atingiu como um soco no rosto, e sua expressão era de horror. Os outros três que o acompanhavam imediatamente desceram dos seus cavalos para acolher seu companheiro, quase catatônico com a situação.

-Kr– Merlin! Merlin! – Arthuria gritou seu nome, tentando chamá-lo de volta ao mundo. Como não conseguiu, ergueu sua pesada e forte mão, acertando-lhe um tapa no rosto para que acordasse do transe. -Kr – O que diabos aconteceu?! Nunca o vi tão assustado...

-Não me diga que eles são mais fortes do que você... – Disse em um tom de certa preocupação Lancelot.

-Eles não têm chance contra mim, não me menospreze em um momento desses! – Esbravejou o mago. – Isso... me pegou desprevenido. E é exatamente por isso que você não luta contra magos poderosos! – Ele socou o chão em fúria, e se levantou logo em seguida.

-Kr-Eu não entendo, Merlin! – Falou Arthuria, tão assustada quanto ele. -Kr– O que você quer dizer?

O mago suspirou e se colocou em posição de meditação, pronto para fazer o que melhor sabia fazer: magia.

-Aquela estúpida da Glenn... Sua magia mais poderosa é a de suporte. E ela usou isso em seus companheiros. Agora, cada um de seus companheiros equivale a três virtudes. E isso quer dizer que a Saligia, que posso sentir que está sendo assistida por jovens promessas do Reino, não tem a menor chance de vencer.

Seus companheiros entraram em um pequeno desespero. Se uma Virtude era extremamente forte, o que fariam contra uma que vale por três? Já Krioni os ignorou e puxou cinco pílulas de restauração e usou seu poder sobre o tempo para tornar seus efeitos mais fortes, além de deixar um pequeno bilhete de aviso para o que elas serviam. Ele não deixaria aqueles jovens cavaleiros morrerem, afinal a futura geração também precisa continuar viva.

-Só temos uma maneira de vencer: Eu vou destruir as barreiras e nos teleportar para a Capital. De lá eu destruo a do castelo e nós o invadimos. Mas como precisarei ajudar meus preciosos amigos, é impossível descartar a possibilidade de eu gastar todo meu poder – e minha saúde – para os curar de seus ferimentos. Então, espero que os três consigam lutar ao lado de Nier, caso eu não consiga o fazer.

Eles engoliram em seco. Tudo o que lhes restava era esperar. Esperar um tempo que não tinham, e torcer para Krioni conseguir os levar para onde precisavam ir, não importando o custo.

DIVISÃO E MIGRAÇÃO PARA CAPITAL

-Rápido, entrem no círculo! – Krioni gritou em tom de ordem. Os Pecados acataram, juntamente com Camille. – Você tem certeza, princesa?

-Sim! – Respondeu confiante. – Esse poder novo que eu despertei vai servir para algo, com certeza vou ajudá-los! – Sua personalidade era confiante, o que trouxe certas lembranças a Krioni, que a respondeu com um sorriso.

-Certo, vamos lá!

O mago entoa um encantamento e eles aparecem próximo ao Tarrasque. O céu do fim de tarde era belamente colorido por tons de laranja e roxo, com algumas nuvens rajadas, escuras pelas sombras do sol, dando um toque mais especial ainda.

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Um belo pôr do sol, se ainda não estivesse no meio da tarde. A aura sombria da criatura emanava uma escuridão tão poderosa que conseguia fazer o dia virar noite apenas por sua presença impura.

Ao se situarem, Krioni novamente pronuncia palavras mágicas e aumenta a resistência e força de seus companheiros para terem alguma chance contra a besta-fera.

-Pessoal, esse é o Tarrasque, que aparece em vários livros de história e lendas. É uma criatura imparável, então cuidado. – Falou com temor em sua voz.

-E como vamos derrotar essa coisa? – Skanfy perguntou, notando que não importava a resposta, apenas que seria muito trabalhoso.

-O Tarrasque precisa ter seus pontos fracos destruídos para poder ter seu coração exposto. Ele possui sete pontos, espalhados pelo seu corpo. – Respondeu.

-Bem conveniente, não? – Lilian comentou. – Somos sete aqui, vai ser de boa.

-Como se fosse simples... – Krioni estava muito incomodado. – Nunca foram achados todos os pontos, ao menos não vi em nenhum livro das centenas de bibliotecas que li. – O mago ficou em silêncio e triste após isso, até Gwyndolin quebrar o silêncio da rodinha.

-Pata esquerda, coxa direita, ponta do chifre esquerdo, língua, entre os dois terceiros grandes espinhos das costas, último espeto do rabo e queixo. – Relatou todos os pontos, fazendo Krioni arregalar os olhos. – Um antigo livro druida falava disso. Vários deram as suas vidas tentando derrotá-lo, e acabaram por achar os pontos fracos. São orbes que mudam suas cores conforme são iluminados. Só para constar, são extremamente resistentes.

-Ora, ora... – O tom de desdém era notável na voz do mago. – Parece que você não é um completo imbecil inútil no fim das contas. Eu vou para o chifre dele. Lilian, você pega o queixo. Skanfy, coxa. Gwyn, vá para a pata, quem sabe ele te esmague. – Gwyndolin faz um protesto que é completamente ignorado pelo mago. – Asura, escale e vá para as costas dele. Capitão, você vai para a cauda, já que pode voar deve ser mais fácil. E Takashi, é hora de botar a imortalidade para funcionar: destrua a língua dele.

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-E eu? – A princesa questionou, se sentindo excluída.

Ora, ela despertou um poder novo para ajudar seus amigos, e queria ser útil, como não fora durante toda sua jornada. Fora isso, sua atitude parecia bem diferente às vezes, desde que seus olhos ficaram amarelos com esse símbolo estranho no meio. Estava mais imponente e parecida com um dos membros da Saligia.

-Você vem comigo, Camille. – Nier a respondeu, estendendo sua mão para a garota de cabelos vermelhos. Ela então se aproxima do capitão da Saligia e para ao seu lado. – Vocês ouviram Krioni. Dispersar!

Nier faz um rápido movimento com o braço ordenando que os pecados se movam, e eles se direcionam para as posições designadas por Krioni. Como ele estava cansado para poder lutar, Camille sobe em suas costas e eles saem voando para a cauda do monstro.

Krioni voa alto perto da fera, mas logo sente que é atraído para o chão, ficando relativamente próximo a ele. A criatura se aproxima com sua enorme bocarra do mago, que esquiva em seu voo com uma enorme velocidade, mas logo é obrigado a fazer outra manobra para desviar da mão da besta. Porém, devido ao tamanho das garras, um golpe acerta sua barriga, causando um grande rasgo no seu abdome, fazendo-o urrar de dor.

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Merda, ele é mais forte do que eu imaginei! Pensa o mago, congelando o tempo de seu ferimento. Ainda doía, porém era melhor que não sangrasse. Essa criatura é bem forte... Me pergunto se o pessoal vai conseguir dar um jeito nele...

Porém, o Orgulho não tinha tempo para pensar. Quando foi se mover, sentiu a dor do corte profundo na barriga com toda sua força. A calamidade em sua frente corria em uma investida brutal para cima dele, que teve que disparar para cima para tentar se esquivar, e usando sua magia infinita devido ao tempo congelado na sua reserva mágica, ele consegue quebrar a barreira que o puxava para baixo. Então, como se fosse uma estrela cadente, Krioni dispara para o grande chifre da fera, e em relance, vê a orbe mencionada pelo necromante.

Eu ainda não acredito que ele estava certo... Por que eu nunca fui atrás dos livros druidas? Eles devem ter coisas bem interessantes...

O monstro tenta dar uma investida em sua direção, mas em dois rápidos movimentos, ele muda sua trajetória descendente para uma ascendente, esquivando do ataque.

Em sua mão direita, concentra uma esfera de magia pura, e dispara no grande chifre como um raio branco. Ele consegue acertar o alvo em cheio, e novamente o movimento da cabeça fez que o mago precisasse se esquivar para não ser atingido como antes.

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Ele tentava enxergar a ponta do chifre, porém os movimentos do Tarrasque eram irritantes e sem padrão, o que fazia com que sua situação fosse complicada. Quando finalmente se afastou o suficiente, conjurou uma luneta para olhar diretamente o seu alvo.

O orbe estava apenas rachado, e longe de ser destruído. Ele fez uma cara feia e estalou a língua, mas logo teve que voltar a se concentrar no combate, desviando de um golpe com o outro chifre da criatura.

Ele xingava mentalmente até a exaustão o Tarrasque, mas isso não ajudaria em nada o que precisava ser feito. O mago do orgulho subiu voando até uma grande altura, e começou a conjurar uma poderosa magia.

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-Eternos reis mágicos que entraram para o grande mundo etéreo, o patrono do tempo os convoca para concederem sua magia e poder e varrerem da existência aquilo que ousar ficar em meu caminho! O tempo foi cancelado para todos aqueles que ousam enfrentar o mago supremo! Time Annihilator!

Krioni condensa uma grande quantia de poder e dispara um raio tão fino quanto uma agulha no orbe do chifre do Tarrasque, com um movimento o puxando para o lado, destroça completamente a guampa do seu oponente bestial. O raio atravessa, partindo o chifre na metade e destruindo todas as montanhas que estavam no alcance dos olhos do mago, todos sendo apagados da existência e do tempo.

-Talvez eu tenha exagerado um pouco... – Ele comentou um pouco consternado, e pensando em como se desculpar com Gallien por destruir a paisagem de seu Reino.


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Skanfy
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Ter Nov 09, 2021 11:31 pm
Arredores da Capital Skanfy16

-Eu nem pude tomar um chá depois de enfrentar o Vincent! Que saco... – Reclamou a fada após a ordem de dispersar de Nier. – Eu realmente queria um chá, droga...

Em altíssima velocidade, Skanfy avançava contra o monstro, que notando sua aproximação, tentou abaixar a pata, na tentativa de esmagá-la. Por sorte, a Fada foi mais rápida e conseguiu desviar.

-Tsc! Que droga! – Ela continuou a buscar o orbe na coxa da criatura, mas ainda não conseguia encontrá-lo. A arqueira puxou a corda de seu arco e então atirou várias flechas para tentar distrair o grande monstro.

Tarrasque sentiu algumas espetadas em seu corpo, como pequenas mordidas de insetos. Instintivamente, ele balançou seu rabo para tentar afastar seja lá o que estivesse “picando” a sua perna, e quase conseguiu, pois Skanfy teve que desviar, e por pouco, não foi atingida por aquela cauda espinhenta.

-Lua Cheia! – Atirou uma das suas flechas indefensáveis contra a face da criatura, quase acertando seu olho esquerdo, tentando distraí-lo um pouco para arranjar uma brecha para encontrar o orbe, mas o Tarrasque, tendo recebido a flechada repentina no rosto, se assustou e recuou alguns passos, quase pisando em cima de Skanfy com a pata traseira. Irritado por ter sido atacado novamente, soltou um poderoso rugido – Merda...! – Exclamou, amaldiçoando a tal criatura.

Tarrasque, bravo com os golpes constantes, não apenas de Skanfy como também do resto da Saligia, começou a pisar no chão com força, pisoteava tão forte na terra chegava a estremecer, o que não era problema para a Fada, afinal, ela estava voando. Porém, ao mesmo tempo em que pisoteava, seu rabo balançava juntamente, e em um dos movimentos do grande rabo da criatura, Skanfy foi acertada em cheio.

A arqueira foi jogada a uns metros de distância até parar quando acertou as costas em uma rocha. Ela cuspiu um pouco de sangue, e então, caiu no chão.

Skanfy levantava-se com dificuldade, limpando um filete de sangue que escorria de sua testa devido ao golpe do Tarrasque. Suas pernas bambaleavam um pouco enquanto tentava se levantar, mas logo conseguiu, se escorando na pedra. Foi então que, ao longe, ela pôde ver um pequeno brilho cintilante, quase imperceptível, em uma parte bem baixa da coxa.

-Encontrei... – Ela direcionou um olhar vitorioso contra a criatura, contendo também sua raiva contra o monstro – ... Seu ponto fraco, seu merda! – Xingou com o máximo de raiva que poderia colocar em sua voz, e logo, pegou seu arco do chão. Ela mirou contra a criatura novamente. Sua visão ficou turva naquele momento, suas costas começaram a doer incessantemente, o impacto contra a rocha foi maior do que ela esperava. Mas não importava aquela dor, ela iria continuar o que havia começado naquele ataque, balançou sua cabeça e sua visão se endireitou.

Skanfy decidiu distrair o Tarrasque novamente, para baixar sua guarda ativou seu Arc Perfide no modo Lua Crescente, voou o mais perto da criatura que lhe fosse seguro, guardando seu arco em suas costas, ficando sobre a sua pata dianteira. Ela pousou sobre aquela parte em específico e correu sobre ela. Ao sentir como se uma formiga estivesse percorrendo seu corpo, o monstro começou a balançá-la. Skanfy quase caiu, mas conseguiu cravar uma de suas adagas do Arc Perfide "Lua Crescente" nela.

A fera sentiu outra pontada em sua perna, ficando irritado e soltando um grande urro. O Tarrasque, então, pisoteou o chão com força novamente, mas dessa vez só com as patas dianteiras.

Dessa vez o impacto foi ainda maior, e além de estremecer o chão, chegou a abrir uma cratera nele, Skanfy havia caído da pata e quase foi para dentro dessa cratera, mas conseguiu se recuperar a tempo de voar pra longe dela. Ao ver o brilho do orbe novamente, ela se animou um pouco.

Skanfy podia sentir os seus músculos doendo intensamente devido aos golpes anteriores, mas ignorou a dor e se concentrou no orbe do Tarrasque, precisava aproveitar enquanto ele ainda estava distraído com a dor na pata da frente, sacou seu arco, mirando contra o orbe novamente, concentrando as suas forças naquele momento.

-Lua Cheia! – Jogou as suas flechas perseguidoras e as acertou contra o orbe. As adagas criaram um atrito contra o material, criando faíscas e uma energia azul com o impacto contínuo entre os dois, até que uma pequena quebra ocorreu e as adagas começaram a despencar. Uma rachadura se formou. Era pequena, mas até mesmo aquilo poderia acabar se tornando algo muito maior.

Uma grande dor percorreu a coxa do Tarrasque, fazendo-o rugir novamente e entrar em um estado de fúria ainda maior que o anterior. A sua confusão por causa de todos os ataques que recebia o fizeram se descontrolar, fazendo um monte de movimentos bruscos com as patas, rabo e cabeça. Seus golpes se tornaram cada vez mais lentos depois de alguns instantes, antes de cessarem completamente.

O local que a grande fera pisoteava se tornou um grande buraco fundo de cor negra, as terras e árvores jogadas em múltiplas direções diferentes, alguns pedaços de pedras caídas no fundo - mesmo que alguém não pudesse ver. Sua força avassaladora havia destruído aquela floresta.

Skanfy quase foi acertada por uma pedra que acabou sendo jogada por causa do impacto das patas do Tarrasque contra o chão, mas conseguiu se desviar dela. Skanfy preparou o arco, pegou uma flecha e a mirou bem no centro do orbe, onde ela tinha cravado a adaga: “Com essa simples brecha, eu posso fazer um grande estrago!” Pensou enquanto preparava a flecha, deu um suspiro profundo, se concentrou bem, e atirou.

A flecha atingiu em cheio o orbe, tendo conseguido acertar justo na brecha feita pela adaga, porém, o resultado foi uma pequena trincada de nada. Skanfy imaginou que não seria tão fácil, mas a falta de sucesso não deixou de decepcioná-la, porém quando estava prestes a disparar outra flecha, o monstro deu um coice na direção da azulada, irritado com a dor que sentia na coxa. Não chegou a acertá-la diretamente, mas o vento produzido pelo movimento a jogou para longe novamente, mas dessa vez, por sorte, ela não se bateu em nada.

Se recuperando do coice que quase levou, Skanfy sacou seu arco novamente e se concentrou na rachadura trincada do orbe.

-Arc Perfide, Lua Nova! – Bradou ela, mudando a fase de seu arco para Lua Nova. Embora pequena, sabia que aquela simples trincada seria o suficiente para que a próxima flecha fizesse um grande estrago. — Eu acho que nem a sua defesa é tão grande pra parar uma flecha com o poder da lua nova! Toma isso, monstrengo!


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Observou, sentindo como se, em algum lugar, seus pais e amigas estivessem sorrindo ao vê-la como uma das arqueiras mais poderosas de toda Britânia, sua flecha atravessar o céu entardecido do continente e acertar, com força total, o orbe localizado na região da coxa. Uma pequena explosão ocorreu naquele local, e com a destruição de um de seus pontos fracos, o Tarrasque gritou de dor.

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-Eu acho que depois disso tudo, eu mereço um chá e poder dormir por trinta e seis horas. Isso deu muito trabalho. – Disse, com um leve sorriso em seu rosto, antes de cair para o lado, cansada e toda dolorida, depois de todo esse sufoco, um descanso era mais do que merecido, ao menos era o que Skanfy pensava.

Todas as suas energias – embora não fossem muitas — haviam sido gastas para enfraquecer a tal criatura e abrir uma brecha para que seus companheiros terminassem de derrotá-la. Aquela pequena vitória, no fim de tudo, serviria para que a Saligia livrasse a Britânia do mal que a afligia.
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Gwyndolin
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Ter Nov 09, 2021 11:32 pm
Arredores da Capital Gwyn13

Os pecados, mais do que depressa, foram aos lugares designados por Krioni, mas diferente dos companheiros, Gwyndolin apenas ficou estático.

-Espera, tá falando sério?! –Questionou, perplexo.

Após ser completamente ignorado pelos demais, resolveu sair em disparada para a pata esquerda da criatura.

-Eu não acredito que isso tá acontecendo! – Bradou para si mesmo, suando frio. – Bem... Não pode ser tão ruim, né?

Logo quando se aproximou do Tarrasque, foi recebido com uma tentativa de esmagamento, da qual se esquivou rapidamente, atirando-se ao chão. A besta, logo em seguida, levantou as patas da frente e começou a pisotear descontroladamente tudo que estava em seu caminho.

Em meio a gritos de desespero, o Necromante dispara raios nas pernas da criatura, esperando que isso a fizesse cessar os ataques.

-Krioni! Isso não é trabalho para um Mago como eu! – Esbravejou o loiro.

Ele invoca alguns servos para distrair o monstro e se concentrar em seu alvo. O Tarrasque apenas pisoteia-os com extrema facilidade, obrigando Gwyndolin a invocar outros esqueletos para auxiliá-lo.

-Quando isso acabar, eu juro que– O rapaz é interrompido por um dos servos que foi lançado em sua direção, fazendo-o cair no chão. – Merda! – rapidamente, ele trata de tirá-lo de cima de si e se levanta ainda meio tonto e cambaleando, mas claro, tratando de limpar as roupas. - Foda-se! Você quer me matar, sua criatura de merda?! Tudo bem! Eu vou te mostrar o que acontece com quem se mete com um Necromante!!!

Uma aura densa parecia envolver o feiticeiro, ao mesmo tempo em que servos cada vez mais poderosos emergiam do chão e partiam em fúria para atacarem as pernas do Tarrasque. O monstro pareceu recuar por um instante, provando que a investida de Gwyndolin havia sido bem-sucedida, além dos esforços de todos os demais Pecados, é claro.

Um sorriso de satisfação fez-se presente no rosto do loiro, mas tão rápido quanto surgiu, desapareceu. De alguma forma, até mesmo os servos mortos-vivos de Gwyndolin percebiam que apenas ir para cima da perna não iria adiantar muita coisa.

-Pensa, pensa... – Fez uma pausa de alguns poucos segundos, tentando formular um plano mirabolante. – Já sei!

Gwyn estendeu a mão direita em direção a um portal de escuridão gerado por sua magia, e lá de dentro, puxou seu Tesouro Sagrado, o cajado Lilith. No entanto, outro tremor abalou a postura do Necromante, estragando sua cena toda pomposa que queria fazer para impressionar os demais.

-Maldito! – Gritou a Luxúria, mas não foi ouvido por ninguém, graças ao berro de dor que a criatura havia soltado ao mesmo tempo.

Indignado, o rapaz desistiu da ideia de arriscar criar a tal cena épica que o faria entrar para a história, já que ninguém além de seus companheiros iria presenciá-la. Tendo isso em mente, o Necromante direcionou o cajado para a pata da criatura, e após uma puxada de fôlego, bradou:

-Venham até mim, correntes rastejantes do Submundo! Eu as invoco, Maltorius!

Correntes feitas de prata, que pareciam carregar uma energia sombria dentro de si, emergiram dos confins da escuridão e agarraram-se à pata da criatura, impedindo-a de se mover a abrindo uma brecha para a investida pela qual o Necromante tanto esperava. Em conjunto a elas, os mortos-vivos de Gwyn também seguravam o membro.

Girando o cajado em altíssima velocidade, o Necromante da Saligia proferiu:

-Agora, é hora de conhecer a morte, mas não o descanso...!

Um sorriso doentio e macabro brotou de seus lábios. Foi nesse instante que as correntes apertaram a perna da criatura até que suas veias estivessem prestes a explodir, e enfim, Gwyndolin pôde notar o orbe transitando por todas as extremidades do membro. O loiro sorriu e apontou Lilith em direção ao seu alvo, e com grande parte de sua mana, disparou um raio de escuridão contra o objeto, que se desfez em milhões de pedacinhos.


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Ao menos, era isso o que ele achava... Quando a fumaça abaixou, Gwyndolin pôde notar que havia destruído apenas um coágulo de sangue. Ele observou a pequena bolha de sangue escorrer, ao mesmo tempo em que seu rosto, sem qualquer expressão, contemplava a sua falta de sorte.

Um outro pisão da criatura foi o que o fez retornar à realidade. Para se esquivar mais facilmente dos golpes, criou alguns servos para servirem de cadeira enquanto outros iam puxando-o para longe das áreas de impacto. De fato, aqueles malditos orbes, tanto móveis quanto imóveis que o Tarrasque possuía, eram extremamente irritantes.

-Sério, Krioni... Eu juro que vou te fazer pagar por isso! – Bradou para si mesmo, enquanto pensava numa maneira de se vingar do rival. Talvez, pudesse explanar seus fetiches para todos do grupo. Embora não gostasse de kink shaming, odiava ainda mais ser mandado para missões suicidas.

Para sua sorte, o seu repertório de artes das trevas era vasto, e com certeza, haveria ali alguma magia que o ajudasse a encontrar o orbe do Tarrasque. Após alguns segundos pensando, conseguiu formular uma estratégia complicada, mas se quisesse sair vivo de lá, teria de ser funcional.

É... Espero que dê certo!

Gwyndolin estendeu uma das mãos e sussurrou um encantamento. De sua palma, diversos insetinhos pretos e roxos surgiram, e mais que depressa, dirigiam-se em direção à pata do Tarrasque. Logo quando encontraram o mesmo coágulo de antes, usaram-no para rastejarem membro adentro.

Notando os invasores, a criatura tentou fechar o buraco, cobrindo-o com suas placas ósseas, mas para seu azar, alguns dos insetos já haviam conseguido entrar. Embora a maioria tivesse sido morta no processo, Gwyndolin sentia que o tal orbe havia sido atacado pelas demais. Sua magia de rastreamento era um sucesso, e agora, ele sabia exatamente onde deveria atacar.

-Certo... Agora, a próxima parte...! – Gwyndolin apertou Maltorius ainda mais forte e, usando Lilith, conjurou um punhado de ossos.

Em um salto ornamental, deixou sua cadeira e parou logo ao lado dos tais ossos.

-Arte das Trevas: Pardolis! – Através dessa magia, transformou-os em uma gigantesca lança. Ele a disparou em direção à pata, atravessando a carne da criatura, fazendo-o bater as pernas. Havia errado o orbe por pouco, mas mesmo assim, sorriu.

-É exatamente por isso que ela tem bastante sobra! – Gritou para o vento.

A lança começou a entrar em si mesma, e iniciou uma caçada pelo orbe, adentrando ainda mais fundo na carne do Tarrasque, que urrava de dor. Passados alguns segundos, enfim, havia achado o alvo de seu criador, e com bastante esforço, foi capaz de destruí-lo numa pequena explosão.


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-Ufa, essa foi difícil... – Reclamou, ainda assim, orgulhoso de si mesmo.

Após esta fala, o Tarrasque começou a pisotear a área em volta do Necromante, outra vez.

-Ei, eu venci! – Berrou, o que quase o fez ser esmagado por outro golpe. – É melhor eu sair daqui, antes que eu morra...

Com um estalar de dedos, Gwyndolin fez com que seu "veículo" de servos viesse novamente para mais perto de si. Mais que depressa, ordenou que eles avançassem e o tirassem de perto de seu mais temível adversário.
Arredores da Capital Gwyn13
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Ter Nov 09, 2021 11:32 pm
Arredores da Capital Camill11

Quando todos dispersaram após a ordem de Nier, ele foi dar um passo para pegar impulso e alçar voo para ir atrás do Tarrasque, porém sua perna falhou e acabou ficando imediatamente de joelhos no chão.

-Você parece querer que eu fique para trás, Nierzinho. – Camille falou enquanto ele achou estranho o tom em sua voz. – Vamos, eu posso te ajudar.

-Você está bem? – Questionou o garoto.

-Melhor do que nunca. – Disse sorrindo com os olhos fechados.

Ela se aproximou dele e, com uma enorme luz, sentia que sua energia estava revigorando. Enquanto viam os outros partindo para cima do oponente, ambos estavam em silêncio.

-Acho que é o suficiente. – Falou após estar mais descansado. – Me espere aqui.

-Nem a pau. – Respondeu com teimosia. – Aproveita minha luz, eu cuido disso. Só preciso de uma carona.

Nier se virou para responder, mas por um segundo não reconheceu Camille. Seu peito estava estufado e sua postura reta, diferente da postura reta de uma princesa. Sua expressão era um pouco mais severa, mas ainda assim ao encará-lo com seus olhos amarelos, sentia que estavam transbordando conforto. Amarelos. Seus olhos não deveriam ter essa cor, muito menos uma runa no centro.

-T-Tá... – Ele não sabia como deveria reagir àquela Camille, e sentindo a magia dela, era melhor concordar com o que ela dissesse. – Bem, vamos detonar esse monstrengo.

-Isso! – Exclamou animada e pulou nas costas dele, para que a carregasse durante o voo. – Eu posso detonar esse orbe sozinha, então se concentre em voar.

Com Nier carregando a princesa nas costas, alçou voo, e juntamente da luz emitida por Camille, sentia que suas forças voltavam, mesmo no ar. Voando rápido, ela se agarrou com força e em pouco tempo chegaram na cauda da besta, que tentou acerta-los com um movimento de chicote.

-Bem, já sabe como vai destruir? – Questionou o rapaz enquanto desviava.

Camille não respondeu.

-Camille? – Chamou a atenção dela. Olhando para trás, viu que ela olhava preocupada para o orbe.

Novamente, sem resposta.

-Camille! – Exclamou e chamou a atenção dela, a assustando. – Já sabe como vai destruir o orbe? – Ela sorriu de maneira meiga.

-Não. Não faço a menor ideia. – E segurou mais forte na camisa de Nier.

Antes que ele pudesse sequer responder, teve que fazer outro desvio brusco para não ser atingido pelo inimigo. Camille voltou a se concentrar na cauda do monstro e ergueu uma de suas mãos.

-Light of... – Ela parecia estar com dificuldade de lembrar um encantamento. – ... Pacifism!

Nier notou que algumas fagulhas começaram a se formar ao redor do orbe, e quase como um sol, brilharam em uma cruz de luz gigante. Ele institivamente ativou sua escuridão para tentar escurecer um pouco sua visão do pequeno sol da princesa.

-Foi? – Questionou.

-Acho que não. Saiu fraco... – Suspirou, decepcionada. – Não lembro da maioria das minhas magias.

-Sei... – Ele estava com uma sensação ruim com a garota em suas costas.

-Ei, Nierzinho. Eu continuo sendo eu. – Respondeu notando o que estava pensando. – Mesmo que não consiga reconhecer muito bem, continuo sendo a Camille de sempre.

-Mesmo com essa magia? – Esquivou de outra chicotada da cauda do Tarrasque.

-Mesmo com essa magia. Ainda lembro de cada momento que passamos juntos até hoje, desde antes de nos encontrarmos em Oakfield. Eu sei que você não lembra, mas nós temos uma promessa eterna. – Falou enquanto estava concentrando mais magia em sua mão.

-Promessa eterna? – Ele tentava se lembrar de quando a fez.

-Sim, que lutaremos juntos até o fim. – A cabeça de Nier começou a latejar, como aconteceu na primeira vez que se encontraram.  – Cuidado!

Fazendo de tudo para ignorar a dor, se jogou para o lado esquivando do ataque da besta lendária.

-É... Eu acho que fizemos algo assim... – A situação não o deixava lembrar com clareza quando, mas sabia que tinha feito isso.

-Fizemos sim. Holy Light of Eden! – Disparou outra magia, dessa vez com um raio super fino que atingiu o orbe, porém sem quebrá-lo, fazendo com que suspirasse de novo. – Ele é chato demais...

-Realmente. – Sua cabeça ainda doía, e não conseguia formular boas respostas.

-Ainda tá doendo? – Perguntou a ruiva.

-É... – Ela deu uma risadinha.

Gentilmente, ela se inclinou em suas costas e mexeu em seus cabelos, como ele costuma fazer. A dor parecia diminuir aos poucos, mesmo que tivesse que se concentrar para esquivar. Ela parecia estar gostando do passeio, mesmo que fosse turbulento.

-Ei, Nierzinho. – Chamou a garota.

-Diga. – Respondeu enquanto mudava a trajetória do voo para cima.

-Me dá uma ideia de nome pra ataque. Você é bom com isso. – Ela se segurou com força na sua camisa.

-O seu ataque tem a ver com o que? – Questionou.

-Luz e bastante força. Vou usar tudo o que eu tenho nesse golpe.

-Deixa eu ver... – Ele estava pensativo, e isso quase custou um acerto do Tarrasque – Light’s Out.

-É... Gostei. – Ela respondeu feliz. – Eu vou finalizar isso, então se prepara pra descer logo, quero aproveitar um pouco esse... momento.

-Certo, certo. Vamos acabar com isso logo. – Disse enquanto descia.

Camille ergueu suas duas mãos para a frente, e colocou a mão esquerda sobre a direita, fazendo um xis com as mãos. Se eu gastar tudo mesmo, não vou conseguir aproveitar essa confiança estranha! Melhor guardar um pouquinho... Suas mãos brilhavam muito intensamente, e em um clarão...

-Light’s Out! – Gritou, disparando uma rajada brilhante que pulverizou a ponta da cauda do Tarrasque, levando o orbe junto. Logo após isso, ambos pousaram.

-Isso foi incrível, Camille! – Disse Nier, se virando para ela, que sorria um pouco envergonhada. Mesmo vendo ela todos os dias, sua postura um pouco mais confiante de si mesma misturada à cor do pôr-do-sol a deixava ainda mais bonita.

Vamos, vamos, vamos! É hora de aproveitar essa confiança toda! Eu guardei um pouco de forças justamente pra isso! A cabeça da garota estava fritando, mesmo que ela não demonstrasse tanto.

Se aproximando um pouco mais dela, viu-a ficar na ponta dos pés, e inclinando um pouco seu tronco...











Arredores da Capital 67ea0d10

Os poucos momentos que a vergonha os permitiu manter daquele jeito pareceram durar uma eternidade. Após se afastarem, ela o olhou com lágrimas nos olhos.

-É tão bom fazermos isso de novo, depois de tanto tempo... – Seu sorriso apenas enchia Nier de vontade de fazer aquilo de novo, porém seus olhos estavam ficando novamente verdes.

Quando voltaram a ser duas belas esmeraldas, seu rosto corou imediatamente. Não tinha exata ciência do que fez, mas lembrava do que aconteceu. Queria repetir, porém sentia que morreria se tentasse. Mudou de assunto rapidamente, antes que o silêncio constrangedor a devorasse.

-Eu realmente consegui destruir a cauda dele, não é? Eu sou realmente fo- Incrível.

-Sim, você é. – Nier respondeu, notando que ela falaria algo não muito comum para ela. Ela sorriu, e parecia um pouco mais afetada do que antes pela luz.

Eu acho que... eu quero voltar a ser daquele jeito. Espero que a minha irmãzinha ainda goste de mim. Espera, eu tenho uma irmã?!

E, assim como Nier, algumas coisas estavam surgindo na mente de Camille, assim como um amor ainda mais forte de um pelo outro.
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Asura
Asura
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Ter Nov 09, 2021 11:33 pm
Arredores da Capital Asura13

Asura não podia negar, estava surpreso por ter que achar a orbe justo nas costas de Tarrasque. Aquele ser era enorme, não seria nada fácil achar e destruir o ponto fraco dele.

Assim, todos correram na direção da fera, cada um indo para o local ordenado.

O platinado então corre em direção a fera em uma alta velocidade, e quando raciocinou que estava em uma boa distância, o mesmo impulsiona seus pés no chão dando um longo salto em seguida. Porém, o pecado da gula não havia conseguido pular alto o suficiente para chegar até às costas daquele monstro. Para não cair no chão ou ser esmagado por uma das patas daquele ser, a única opção do pecado foi fincar sua adaga no forte casco de Tarrasque, se pendurando ao mesmo que se balançava loucamente, após o monstro ter alguns de seus pontos fracos destruídos. Asura sabia que não conseguiria ficar ali para sempre e uma hora ou outra cairia. Além disso, teria de completar sua missão como cada um da Saligia. Por isso, em uma tentativa de chegar ao seu “destino”, o platinado segura forte em seu tesouro sagrado, o qual ainda estava preso ao casco da fera, começando a se balançar no mesmo, ganhando impulso novamente. Ele pulou, antes retirando sua Holy Dracula de onde estava presa, dando um giro no ar e finalmente chegando as costas de Tarrasque.  

-Acho que você tá precisando de um banho... – Comenta o vampiro, após sentir o odor desagradável que havia ali. As costas do monstro eram cobertas de espinhos gigantes, dos quais o de íris vermelhas teria de tomar cuidado. Além disso, nas pontas de alguns deles haviam crânios ou outras partes do esqueleto humano. Eram de pessoas que no passado tentaram derrotar Tarrasque, mas por obter a derrota tiveram que pagar com a vida.– Espero não acabar como elas...

Asura não gostou nem um pouco do lugar em que estava. O casco da criatura era sombrio. Parecia que as almas infelizes das pessoas que encontraram sua morte ali ficavam vagando entre os grandes espinhos do monstro. A pele naquele lugar do monstro era nojenta, com rachaduras e muita sujeira.
Arredores da Capital Fire-e10

O Tarrasque estava mexendo-se bastante, então estava um pouco difícil para o vampiro ficar parado. De repente, algumas criaturas começaram a aparecer na frente de Asura. Inicialmente eram como fantasmas, mas logo começaram a criar um tipo de pele podre em seus corpos. Seus olhos eram brancos, e seu rosto era totalmente desfigurado. Não tinham lábios, apenas um buraco no meio da cara, o que deixava essas criaturas ainda mais horripilantes.

Telepaticamente, Krioni explica o que são aquelas criaturas.

-Essas criaturas são Espíritos Vingativos. Seres criados por Tarrasque e ele utiliza as almas de suas vítimas para criar essas coisas. Cuidado, pois eles protegem o Tarrasque e não se sabe ao certo qual a habilidade desses espíritos.

-Você poderia ter avisado logo. Tudo bem, tentarei pensar em uma estratégia por aqui... – Respondeu telepaticamente para o mago.

-Você precisa chegar no ponto vermelho localizado nas costas dele, pois assim você conseguirá deixá-lo fraco. – Completou o Pecado do Orgulho.

-Ok, verei como farei isso. – Disse o vampiro.

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O vampiro suspira. Pelo visto a sensação ruim que estava sentindo não era só uma bobeira. Ele sai correndo e vai na direção das criaturas estranhas. Surpreendentemente, elas usam a sua pele morta para atacar o vampiro, que consegue desviar por um fio. Os espíritos gritavam de uma forma horrível, fazendo o pecado tampar seus ouvidos.

Asura logo invocou várias adagas, já que havia cortado seu braço. Ele as arremessa nos espíritos, mas não obtém muito sucesso. Pelo visto eles não sofriam com ataques físicos. Sem tempo para reagir, vários espíritos atacam o platinado ao mesmo tempo, fazendo o mesmo bater contra um espinho com força. Felizmente, com esse choque com o espinho, alguns espíritos desapareceram enquanto berravam. Finalmente o vampiro consegue achar uma forma de derrotar essas criaturas.

Como ele não queria perder tempo, Asura foi direto atacar os espinhos da fera. Enquanto ele ia em direção ao seu alvo, os espíritos agarraram seu braço com a pele podre, dificultando o ataque do vampiro.

-Argh, que nojo! Tira esse negócio de mim! – Diz Asura cortando a pele. Ele desfere vários golpes em mais um espinho, fazendo mais espíritos desaparecerem.

Indo em direção do outro espinho, as criaturas agarram as pernas do vampiro, fazendo ele cair e bater a cara no chão, deixando sua Holy Dracula voar para longe. Os espíritos eram bem fortes, e puxaram Asura para perto em um segundo. Quando ele chegou perto das criaturas, o pecado da gula pôde ver todas as coisas das quais se arrependia, todas as coisas ruins que fez, e toda sua dor e sofrimento. Ele se sentia vazio, insuficiente e fraco. Os espíritos estavam sugando a alma do de íris vermelhas, que estava paralisado. Antes de ter toda sua alma roubada, ele cria uma katana com seu sangue e corta a criatura ao meio. Um pouco abalado e machucado, ele vai novamente em direção aos espinhos, desferindo vários golpes com força. Ele tira um pedaço de todos os espinhos com dificuldade. Todos os espíritos desapareceram, deixando o caminho livre para Asura achar o ponto fraco do Tarrasque. Ele suspira cansado, mas logo volta a procurar o orbe vermelha.

Procurando mais um pouco, finalmente o vampiro acha um ponto vermelho. Ele prepara sua Holy Dracula, e colocando muita força, o vampiro desfere um golpe no orbe. Porém, ele apenas faz uma rachadura na mesma, fazendo a fera reagir. Ele se movimenta bruscamente, fazendo o platinado perder o equilíbrio e escorregar. Asura bate as costas em um dos espinhos e grita de dor. Quase caindo das costas do mostro, ele crava novamente sua adaga na pele do monstro.

-Cara, essa foi por pouco. – O vampiro comenta suspirando.

Ele sobe novamente e vai diretamente para o ponto. Agora ele sabe que não é tão fácil, então Asura coloca toda sua força em um grande golpe na orbe. Finalmente ele consegue destruir o ponto fraco de Tarrasque. Com a destruição do orbe, uma explosão atira o vampiro no ar, fazendo o mesmo cair com força no chão. Muito machucado, o platinado olha para o mostro. Pelo visto seus amigos estavam fazendo um ótimo trabalho. Ele ainda estava abalado com o ataque do espírito, então se sentou um pouco para se recuperar melhor. Talvez tivesse algum osso quebrado, mas ele estava mais preocupado com seus companheiros. Aquela fera realmente era forte.
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Lilian
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Ter Nov 09, 2021 11:33 pm
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Assim como os outros, Lilian foi em direção ao seu objetivo, desviando dos movimentos enfurecidos do Tarrasque, na tentativa de visualizar o ponto fraco. Correu seus olhos por toda a face da criatura, que não parecia nem um pouco tranquila, e partiu pra cima imediatamente. Defendeu-se de um ataque e bateu com Skidbladnir no chão para tentar confundi-lo um pouco.

-Tá certo, grandão! Eu não quero demorar mais que o necessário aqui. Então não me atrapalhe! – Ela olhou fixamente para o queixo logo encontrando uma esfera brilhante unida a pele do monstro.

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Tinha uma maneira "simples" de resolver a situação: se ela conseguisse acertá-lo com um único golpe de seu Tesouro Sagrado. Contudo, essa seria uma tarefa difícil, já que o monstro não dava brechas.

-Qual é! Você estava selado há tanto tempo, como pode ser tão bom ainda? – Resmungou

A gigante fez um movimento com as mãos e tocou o chão, o transformando em areia movediça. A fera por sua vez acabou por cair na armadilha, dando tempo pra Lilian preparar o próximo ataque e desenvolver melhor uma estratégia.

-Acertar o queixo, beleza!
A pele do Tarrasque era coberta por uma carapaça extremamente dura e quase que impenetrável, junto de espinhos pontiagudos, o que dificultava machucá-lo de verdade.

Ela pensou que, por tratar-se de seu ponto mais alto, sua força bruta seria o bastante para ajudá-la naquela situação. Revestiu sua perna com cristais para evitar se machucar se posicionou, dando um giro completo, e desferiu um chute potente no Tarrasque o que o fez desnortear por um tempo, logo se recuperou dando um berro estrondoso que fez a garota tapar os ouvidos. Agora ele parecia ainda mais enraivecido, se mexendo pra sair da areia movediça.
-Achei que era mais forte, coisa feia. – Várias memórias de batalhas passadas antes de tudo acontecer, passam pela cabeça dela.

Mas de todas as missões completadas pela Saligia uma em específico lhe chamou atenção por justamente ter tido uma situação parecida com essa.

Bem... Não tão parecida até porque era a primeira vez lutando contra um Tarrasque, mas enfim...

Naquela noite em específico, a Saligia deveria recuperar um informante de extrema importância para o rei que havia sequestrado, preso e possivelmente estar sendo torturado por causa das informações que ele guardava. Eles se dispersaram para procurar assim que entraram no suposto lugar onde estava o informante. O lugar parecia uma mansão, só que mais antiga, em um meio termo com um castelo.

Lilian ficou vigiando pelo lado de fora para garantir que não havia mais nenhum soldado inimigo de vigia e também para caso algum inimigo chegasse de surpresa. Ela ficou circulando o lugar nas sombras e graças às pílulas de Krioni ela conseguiu ficar andando por lá sem que fosse notada.

Havia-se passado algum tempo desde que os outros haviam entrado quando um inimigo segurando uma maleta preta aparece entre as árvores e caminha em direção à entrada da mansão.

Como Lilian não podia usar sua Skidbladnir por causa da natureza da missão, deveria achar um jeito de avisar aos outros sem que o homem a notasse.

Lilian procura por uma pedra para poder tentar chamar a atenção de algum dos outros membros da Saligia, quando finalmente acha uma ela joga em uma das janelas do segundo andar na esperança de que alguns dos seus companheiros estejam passando por lá e por sorte Skanfy aparece na janela.

Lilian aponta para o homem que já estava a alguns centímetros da porta. Skanfy desaparece da janela logo em seguida.

A garota espera pelos outros nos fundos da mansão, mas acaba ouvindo vozes vindo da entrada da mansão.

-Mas o quê? – Ela corre para lá ainda atrás das árvores.

-As nossas ordens foram de entrar, salvar o informante e sair sem que fossemos vistos! – Nier repreende Takashi por causa do soldado desacordado no chão.

-Tá, tá. Eu entendi, então vamos logo! Lilian deve estar nos esperando nos fundos. – Antes que eles se movessem Lilian sai do meio das árvores e se junta a eles.

-Estou aqui... – Ela se aproxima deles quando o homem começa a se mexer de novo, ele tenta se levantar, mas dessa vez Nier o apaga, batendo sua cabeça contra o chão.

-Ótimo... Agora vamos antes que ele acorde de vez. – Ordena Nier já seguindo em direção à capital.

Agora com sua atenção de volta no monstro, Lilian usa sua macharreta para atingi-lo diretamente na mandíbula aproveitando que o Tarrasque ainda estava preso na areia movediça.

Ainda mais furioso, porém desajeitado ele se rastejou para fora da areia imediatamente a garota criou uma parede de pedra à frente da criatura, mesma que ele destruiu com facilidade.

O Tarrasque deu um urro indo pra cima do pecado da inveja, ela ergue seu tesouro sagrado a frente de seu corpo de forma vertical prendendo a boca cheia de dentes terrivelmente afiados, a força dele arrastava aos poucos a garota para trás e um dos chifres da criatura acabou perfurando seu rosto.

A rosada enfincou com mais força os pés no chão para impedir de continuar sendo impulsionada para trás. E agora ela empurrava o monstro enquanto ele berrava, jogando uma horrível baforada em seu rosto o que fez a garota fazer uma careta pelo cheiro ruim.

Ela não podia ficar pra sempre nessa situação, isso começou a deixá-la muito irritada. Ela segura Skidbladnir com mais força, virando-o para tentar entortar a cabeça da criatura. Em seguida, girou sua arma no ar e desferiu um golpe na lateral da face do monstro, o que deu um tempo para que ela desse um pulo pra trás, tomando distância.

Tocou o chão e levantou uma das mãos, erguendo várias pedras no ar e indicou na direção do monstro. Todas despencaram em alta velocidade na direção indicada pela gigante, acertando o Tarrasque e perfurando-o em diversos pontos.

Com esse ataque parecendo não ter causado nenhum efeito muito grave, ela recua um pouco e volta a pensar, mas rapidamente a criatura tenta atacá-la, logo Lilian consegue se afastar com sucesso, porém percebe que precisa pensar em algo com uma chance melhor de dar certo.

Mas uma vez, tocou o chão criando uma fileira de pilastras de pedra uma acabou acertando o queixo do Tarrasque mais anda não foi o suficiente para quebrar o orbe.

Observando a situação de seus companheiros que parecia não ser diferente da sua, ela se afastou do monstro e pensou em algo mais útil, que possivelmente resolveria problema com o orbe.

Depois de um tempo montando, visualizando e revisando possíveis estratégias para quebrar o orbe, finalmente teve uma que poderia funcionar com quase 100% de certeza.

Será que... Lilian olha mais uma vez para o monstro e sorri Não custa tentar! a gigante pega Skidbladnir e corre em direção ao Tarrasque dando um salto, batendo sua macharreta na parte superior da cabeça do seu alvo logo em seguida, o impacto do orbe com o chão faz a esfera se quebrar.

- Como não pensei nisso antes. – Revirou os olhos e limpou sua roupa

E por ter mais um dos seus pontos fracos destruídos, a fera grita de dor perdendo um pouco do equilíbrio, mas logo se recuperando e se mantendo de pé frente aos seres que estavam o atacando.
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Takashi
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Ter Nov 09, 2021 11:34 pm
Arredores da Capital Takash10

Destruir a língua de Tarrasque...

Aquela ordem poderia parecer uma loucura para qualquer um, porém Takashi não sentia medo algum em cumprir aquela missão. O que poderia parecer impossível para qualquer humano, como voltar da morte, era algo normal para o Pecado da Ganância, após ter recebido a imortalidade através de Krioni.

-Beleza... Acertar a língua dele... – Ao dizer essas palavras, Takashi deu uma leve alongada. Ele sabia que aquela seria uma tarefa difícil, mesmo assim, seu rosto continuava nulo e sem expressão de pânico ou desespero.

Ajeitou o pescoço, e em seguida, cerrou seus punhos, chocando um contra o outro.

-Vamos ver se você é resistente, monstrengo.

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Com sua mão direita, Takashi segurou o cabo de sua espada, ameaçando puxá-la, e já colocou sua mão esquerda no coldre para usar a Bucaneer, caso necessário.

-Aí, coisa feia! – Gritou o Pecado da Ganância, na intenção de atrair a atenção do monstro.

Mesmo que fosse um plano idiota, aquilo realmente funcionou... Os olhos da criatura se voltaram na direção de Takashi, junto de seu corpo, o que fez com que alguns dos Pecados quase fossem atingidos.

E com um sorriso despreocupado no rosto, o Pecado da Ganância puxou sua espada, a brandindo diante daquela imensa criatura.

Arredores da Capital Downlo12



-Vamos dançar...

Apenas alguns segundos foram o tempo que a criatura levou para soltar aquele poderoso rugido, fazendo com que grandes rajadas de vento fossem lançadas, devastando árvores e talvez até mesmo casas de vilarejos próximos. A mais temível criatura fazia jus ao seu nome.

Mesmo assim, Takashi se manteve firme. Com uma velocidade extrema, ele partiu na direção da fera que começava a se levantar novamente, após o ataque de um de seus companheiros. Porém, antes que perdesse aquela chance, Takashi foi capaz de fincar sua espada no lábio inferior da criatura, provavelmente atravessando sua gengiva no processo.

-Porra... – Murmurou Takashi, ao perceber que sua espada havia ficado presa. Não seria possível simplesmente retirá-la da boca de Tarrasque, logo, teria que usar apenas de suas mãos para arrancar a língua da fera.

Usando sua mão livre, Takashi guardou sua garrucha e conseguiu segurar em um dos dentes inferiores do monstro, e com muita dificuldade, foi capaz de escalar, chegando na frente da boca da criatura.

-Beleza... Vamos nessa.

De repente, um golpe desferido no rosto de Tarrasque fez com que a fera fechasse sua boca. Ao sentir aquilo, a única alternativa de Takashi foi usar suas mãos para segurar a mandíbula do monstro, caso contrário, seria esmagado em instantes, e não estava tão seguro se sua imortalidade ou alguma magia de Krioni o traria de volta.

Uma coisa já estava certa na cabeça do Pecado da Ganância: se ele quisesse destruir a língua de Tarrasque, então precisaria de uma arma. Seria impossível realizar tal ato com as mãos nuas, porém, como conseguiria algo para ajudá-lo naquela tarefa?

Fazendo esforço, escalou e apoiou o corpo para conseguir ver a orbe brilhante na língua dele. Um piercing...? Você é um adolescente rebelde, por acaso?

Logo puxou a Bucaneer e a engatilhou. Mirando com precisão, disparou na língua, porém o resultado não havia sido exatamente o desejado. Um arranhão e nada mais. Suspirou, afinal possivelmente precisaria de mais estabilidade para um tiro.

Após revirar os olhos, se virou para o lado e acho uma excelente arma: um dos dentes de Tarrasque. As pontas dos caninos eram afiadas o suficiente, provavelmente, seriam de bastante ajuda naquela tarefa.

Segurando com ambas as mãos no lábio resistente da criatura, Takashi começou a chutar um dos caninos de Tarrasque, na esperança do dente se quebrar.

-Porra... Vamos logo, cacete! – Exclamou, irritado com a demora que aquilo estava tomando. Bastariam alguns segundos de deslize, e ele seria completamente esmagado.

Para a infelicidade de Takashi, apenas uma pequena rachadura tinha se formado no dente da criatura... Aquilo o aborreceu, porém, não poderia fazer nada... Estava usando a maioria da sua força para segurar a mandíbula de Tarrasque.

-Merda... Dragon’s Greed!

Naquele momento, uma descarga de adrenalina percorreu cada centímetro de seu corpo. Seus músculos aumentaram, ao ponto de rasgarem completamente sua roupa da parte de cima. Takashi urrou com a força que adquiriu, ainda maior que a força que teve ao enfrentar Torgan mais cedo.

Com aquela força imensa, Takashi conseguiu lançar a mandíbula da criatura para cima novamente, chegando até mesmo a rasgar sua pele. Outra vez, a besta soltou um poderoso rugido, o que fez Takashi sentir como se estivesse no meio de um terremoto e seus tímpanos fossem explodir.

-Ah, cala essa boca! – Exclamou o Pecado da Ganância.

Usando apenas suas mãos, Takashi foi capaz de rasgar parte da mandíbula do Tarrasque, formando uma espécie de sorriso macabro na bochecha do monstro. Agora, o próximo alvo do membro da Saligia eram os dentes da criatura.

Com uma facilidade extrema, os dentes foram arrancados da gengiva do monstro, que na mesma hora, soltou outro rugido, dessa vez, mirando para o céu. Aquele movimento desequilibrou Takashi, que acabou caindo na direção da traqueia do monstro... Por sorte, antes de cair completamente, usando o par de dentes que havia arrancado, Takashi se prendeu no pescoço de Tarrasque, que mais parecia uma imensa parede.

-Vem cá, seu filho da puta!

Por sorte, Takashi não tinha caído tanto, ainda estava bem próximo da língua do monstro. Assim, usando apenas as suas mãos, ele rasgou completamente o membro da criatura, sem a menor dificuldade.

Com a mão direita, o Pecado segurava seu prêmio, a língua de um monstro milenar, e com a outra, ele se segurava na traqueia do monstro, afinal, caso soltasse, cairia em um profundo abismo.

-Vamos acabar com essa porra logo...

Usando seu braço esquerdo, Takashi abriu um imenso buraco no pescoço da criatura, o suficiente para que ele saísse.

Porém, aquilo teve um preço. Na mesma hora, a sua mão esquerda fora completamente rasgada pelas placas ósseas que se movimentavam no pescoço dele. Só lhe restava apenas um braço agora.

-Acho que essa imortalidade vai ter um trabalho mais tarde...

Antes que pudesse cair, segurou a língua com as pernas, puxou sua Bucaneer e imitando seu capitão, disparou uma carga de magia para baixo para voar. Com seu corpo agindo como uma bala, atingiu Zephyrus e a agarrou com a boca, pegando novamente sua espada.

Em direção ao chão, colocou a língua abaixo de seus pés para agir como um amortecedor de sua queda, e incrivelmente essa ideia estúpida funcionou, mesmo que tenha quebrado ambas as pernas e explodido a língua em sangue. O orbe estava rolando pelo chão, porém o pé de um conhecido esmagou a esfera.

-Takashi... – Chamou Nier, ao ver seu companheiro – Você tá todo sujo de sangue.

- É... Faz parte do trabalho, capita. – Respondeu o Pecado da Ganância com um sorriso sarcástico em seu rosto – Alguém aqui pediu uma língua de Tarrasque? – Perguntou, apontando para onde estava deitado.

-Sir Takashi... O seu braço... – Reparou Camille, apontando um pouco tímida.

-Ah, isso? – Então, soltou uma leve risada. – Isso aqui não é nada. Logo, logo regenera. Eu espero. – Passou a fitar o braço, que lentamente parecia se reconstruir. E então, algo aconteceu.

Naquele momento, os músculos de Takashi se rasgaram por inteiro. E o Pecado da Ganância gritou de dor, completamente sem forças.

Rapidamente, Nier e Camille correram em sua direção, na iniciativa de tentar ajudar o amigo.

-Merda... Ele deve ter usado a Dragon’s Greed por tempo demais... – Disse Nier, e então, soltou uma leve risada e acertou um pequeno murro no peitoral de Takashi – Seu idiota. A gente te avisou pra não usar por tempo demais!

-Ai! Porra, capita... – Reclamou Takashi com um sorriso cansado. - Bom, normalmente eu teria morrido com isso, então essa imortalidade funciona bem pra cacete.

Então, em um pequeno flash de luz, os outros Pecados apareceram, trazidos por Krioni com seu teleporte.

-Parabéns pessoal, conseguiram fazer o que nem mesmo antigos guerreiros conseguiram fazer! E sem nenhuma baixa! – Exclamou feliz por ver seus companheiros vivos, até olhara para Gwyn. – Infelizmente

-Ei! Eu quase fui pisoteado por esse monstrengo! Eu poderia ter morrido! – Reclamou o necromante.

-Exatamente. – Krioni semicerrou os olhos. – Ficamos apenas no quase.

Antes que o Pecado da Luxúria tivesse direito de resposta, alguém se atravessou.

-Pessoal! Olhem! – Exclamou Skanfy, fazendo todos voltarem a sua atenção para o Tarrasque.
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Nier
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Ter Nov 09, 2021 11:34 pm
Arredores da Capital Mestre10

Ao cerrarem seus olhos, os outros Pecados conseguem ver o que Skanfy havia visto. Uma massa roxa com um invólucro bege, que emanava um brilho de escuridão. Ele se mexia em um ritmo que não deixava dúvidas sobre o que era.

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O coração da fera estava exposto. Então é isso que acontece quando se destrói os pontos fracos do Tarrasque... interessante... Pensou Krioni.

-Bem, parece que é a minha hora de lutar... – Disse Nier alongando o braço.

-Como assim? Não foi você que destruiu o orbe? – Lilian perguntou confusa.

-Bem... Eu que fiz isso... – A princesa deu uma risada sem graça ao mostrar que poderia ser forte e lutar juntamente dos Pecados, que olhavam perplexos para ela.

-Depois precisamos ter uma longa conversa, Camille... – Falou Skanfy olhando para a princesa.

Nier olhava fixamente para a fera. Pensava em como poderia derrotar ela, já que queria fazer algo triunfal como os outros. Camille se aproxima dele, para perguntar o que ele iria fazer. Só que, de repente, o monstro começa a soltar uma fumaça extremamente quente, e faz espetos crescerem ao redor do seu corpo. Em adição a isso, ele expele suas costelas, criando uma defesa para o seu agora exposto coração.

Como se não bastasse, o Tarrasque localizou seus agressores, e atirou uma grande quantidade de pedras, árvores e terra nos Pecados. Krioni os defendeu com seu Perfect Cube, porém na hora que o desfez percebeu uma luz azulada se aproximando de maneira veloz deles.

Arredores da Capital Fb-img13


Um raio de magia tão forte que parecia destruir o ar ao seu redor, que parecia ao mesmo tempo produzir um estrondo que criava um terremoto. Aquele poder era imensurável, nem mesmo o mago do orgulho conseguia calcular seu poder.

Como diabos ele ainda tem isso?! Pensou o mago. Aquilo deveria ser um último recurso da criatura, ou um ataque muito desgastante para não ter usado até agora.

Nier se coloca na frente do disparo do monstro, para a surpresa de todos. Até se lembrarem que...

-Liberar Tesouro Sagrado! Gate of Babylon!

O Pecado da Ira faz um losango com os polegares e a lateral das mãos, e começa a absorver o disparo do monstrengo. Todo o poder entrava em suas luvas, sendo absorvido por Nier, que segurava o golpe com toda sua força. Ao menos, assim parecia.

O garoto percebe que parte da magia passou pelo seu Gate of Balylon e atingiu seus companheiros. Quando procurou por Camille que estava atrás dele, porém não conseguia a achar. Sua mente pensava no pior, afinal era a mais próxima dele. Até ouvir a voz dela.

-Sir Takashi... Você...!

Takashi havia recebido uma enorme parcela do dano, por ter se empurrado para a frente dos outros Pecados e puxado Camille para trás dele. Ele sorriu cansado, afinal eram golpes pesados demais pra pouco tempo de descanso. Então, suspirou e disse:

-Não se preocupe, garota. Eu tenho um corpo imortal. Isso não é nada. E talvez, isso sirva como desculpa... – Seu tom era baixo e arrependido.

-Desculpar pelo que? – Questionou a princesa confusa.

O Pecado da Ganância ficou em silêncio, ponderando em como falar para ela. Então, ele se decidiu e falou como deveria. Sem floreios ou rodeios, direto ao ponto.

-Tentar te vender para comprar a liberdade da Saligia. Eu não pretendia vir até aqui, porém vim porque Krioni ordenou e queria salvar o Capita... Mas acho que lutar pelos outros e pelo bem maior é bom as vezes... Espero que possamos nos dar bem a partir de agora... – O Ladrão sorri, de uma maneira que os outros não viam há mais de 15 anos.

Todos os outros sorriram ao ver as palavras do companheiro, que parecia estar um pouco menos amargo do que antes. Camille se aproxima do Pecado e coloca a mão em sua cabeça, e sente os cabelos bagunçados e longos de Takashi.

-O passado é passado, não é? Mas veja, ainda não acabou. Esse monstro ainda está de pé. – Ela tira a mão da cabeça dele e aponta para o Tarrasque.

-Krioni, teletransporte todos para longe daqui. É hora de acabar com isso. – Nier falou enquanto suas luvas brilhavam em azul, pela energia absorvida do Tarrasque

As marcas negras surgem no rosto de Nier, fazendo-o ficar com uma expressão fria e séria, além do brilho azul imediatamente se tornar roxo.

-Como você pretende fazer isso, capitãozinho? – Questionou o vampiro.

-Não é óbvio? Vou incinerá-lo. – Sua magia transbordava junto da magia do Tarrasque, criando um fogo explosivo e instável.

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-Bom pessoal, vamos indo. O capitão vai dar um jeito nele. – Fala Krioni se afastando, com os Pecados o seguindo. Exceto por Camille, que pede para que esperem por ela.

Skanfy por um momento deixou de lado sua preguiça e foi bisbilhotar o que Camille ia fazer, se escondendo nos arbustos.

-O que estamos fazendo? – Questionou uma voz de um vampiro.

-Ei, dá espaço! – Falou a voz mais grave do grupo.

-Acho que temos excesso de contingente aqui... – Uma voz suave.

-Finalmente a magia de invisibilidade está servindo para algo além de assuntos sérios... – Uma séria.

-O que diabos vocês estão fazendo aqui? – Gritou murmurando Skanfy, em resposta a todos os cutucões e as outras vozes.

-O vampirão te seguiu, daí eu notei que a Camille não estava e estamos aqui. – Explicou Takashi.

-EI! – Reclamou o Pecado da Gula, dando uma cotovelada nas costelas de Takashi.

-Silêncio! Eles vão conversar! – Reclamou Lilian.

Então todos ficaram quietos, prestando atenção em Camille, que estava ao lado de Nier, que olhavam fixamente para o Tarrasque.

-Você está com medo? – Falou o jovem. Logo, ele virou para a princesa, que observava a fera. Olhando para ela, notou o quão linda estava com os olhos amarelos e com a expressão mais madura do que antes. Um eco da magia ainda se forçava a sair. Então, ela fechou os olhos e se voltou para ele, agora com os olhos verdes.

-Sim, estou com medo. – Respondeu séria.

Nier desviou o olhar de Camille, fitando o chão. Estava claramente triste por ela afirmar que estava com medo dele. Mais cedo ao usar a Black Abyss of Caronte, dias atrás quando usou seus poderes demoníacos e ela os viu, suas formas mais assustadoras. Assim sendo, com esse baque, caiu de joelhos por se sentir fraco e ter que apelar sempre para tais poderes quando precisasse lutar com oponentes mais fortes, além de estar tendo que os usar para segurar a Gilgamesh carregada com o poder do Tarrasque. Não era forte, sempre dependia de algo a mais para poder segurar o tranco das batalhas.

-Ha, eu sabia... – Disse com algumas pequenas lágrimas se formando nas extremidades de seus olhos. – Não deveria ficar usando esses poderes, principalmente perto de você... Cada vez mais eu me afasto do meu eu que disse que tanto gosta, e me transformo num monstro.

-Sir Nier...

Ele não respondeu. Ela não sabia dizer, mas talvez usar esse poder de escuridão afetasse muito seus sentimentos. Todas as vezes ele estava explodindo com o que sentia, seja sua raiva, sua superioridade irônica ou como agora, tristeza e angústia. Era como Krioni lhe disse. Os sentimentos de demônios são puros. Quando sentem algo, sentem com toda a força.

Vendo que ele continuava sem lhe dar resposta, se ajoelhou no chão e o abraçou, pressionando sua cabeça contra seu peito. Mesmo que estivesse suado por ter lutado por tanto tempo durante esse dia, seu cabelo continuava com um cheiro que amava. Ele se assustou com isso, e sentia a garota começar a falar enquanto estavam naquela posição, mexendo em seus cabelos. Um dos olhos da garota estava verde, enquanto o outro amarelo.

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-Eu não estou com medo de você, mas sim por você... Eu não quero que você se machuque mais e mais... – Aquelas palavras quebraram a tristeza dele. Então ela realmente não se importava mais com toda aquela escuridão que ele carregava. – Mas é melhor eu ir, os outros estão me esperando. Mas me promete, volta para mim, certo?

O Pecado da Ira sentia um misto de emoções. Não sabia dizer o que era, mas só sabia que queria continuar daquele jeito sempre. Sorrindo confiante, abriu seus olhos e, com uma pequena risada, disse:

-É claro, Camille. Eu prometo.

Naquele momento, Nier ficou de pé, enquanto Camille ia em direção aos outros pecados - que correram para o círculo mágico de Krioni ao ver que a conversa acabou. Seu peito se encheu de vontade de lutar, de viver e proteger. Era hora de finalizar o Tarrasque.

Nier disparou para os céus, voando em uma velocidade absurda. O Tarrasque já havia se recuperado depois de cansar pelo disparo, e emanava uma fumaça ainda mais quente, que o garoto sentia dentro de seus ossos.

-Você já encheu demais o saco, monstrengo... Está na hora de acabar com isso! – Gritou ativando ainda mais forte sua marca negra, enquanto o brilho em suas luvas crescia ainda mais.

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Ele se propulsionou em direção ao seu oponente, que percebeu sua ida, soltando ainda mais fumaça, que arremessou Nier para longe. Sua pele havia derretido em alguns pontos fazendo-o se desesperar momentaneamente, mas suas marcas negras passaram por onde havia sido queimado e o regenerou.

-Bem, não lembrava que podia regenerar nesse nível... Mas é bom saber. – Comentou consigo mesmo.

Em uma nova investida, Nier disparou para o Tarrasque, que revidou novamente com a fumaça. Em uma das aulas em que teve com Krioni após acordar no Concelho dos Reinos Unidos, ele aprendeu que ar quente sobe, então decidiu se lançar para baixo para tentar escapar do calor. Obviamente ainda era quente, porém não ao ponto de o derreter.

Ao notar que o garoto se aproximava de seu enorme corpo, a besta lendária ergueu sua enorme pata, acertando o Pecado em cheio.

Quando foi jogado para longe, o jovem Capitão da Saligia girou no ar e voltou para o Tarrasque em altíssima velocidade. Porém dessa vez, ele abriu a boca em direção a Nier para engoli-lo.

No momento que notou que não poderia parar, ele simplesmente aumentou a velocidade, mudou levemente sua direção e entrou na boca do monstro, erguendo seu punho direito. Aproveitando da velocidade que havia atingido e sua força somada ao ataque anterior do Tarrasque, arrebentou a boca dele, saindo por de baixo de seu queixo, indo em direção ao peito.

Nier voou em altíssima velocidade para o peito da criatura. Seus ossos eram largos, provavelmente mais grossos que a sua altura (e talvez a de Takashi), além de possuir uma barreira mágica abaixo deles. Ele acertou um soco carregado de energia negra e a energia do Tarrasque em uma das costelas, sem surtir muito efeito. Ele começou a atacar com mais ímpeto a armadura do coração, mas era ineficaz. Até que ouviu uma voz em sua cabeça.

-Olhe pra cima! – Era a voz do Mago do Orgulho.

Ao acatar a voz de Krioni, viu duas armas caindo em sua direção: Holy Dracula e Zephyrus, os Tesouros Sagrados de Asura e Takashi, presos pela Maltorius, as correntes invocadas de Gwyndolin.

-Eles vão durar com você por apenas 10 segundos, então destrua logo a armadura. – Explicou o que ele tinha que fazer.

Ele ouviu também os outros mandando-o cuidar dos seus Tesouros Sagrados, como se estivessem com ciúmes por suas armas, principalmente Takashi.

-Diga adeus aos seus ossos, Tarrasque! – Gritou o Capitão da Saligia.

Nier cobriu de energia e chamas negras as armas, assim começando a girar as lâminas segurando-as pelas correntes. A Gilgamesh de Nier conseguia controlar com maestria suas chamas e a energia do Tarrasque, e as correntes as conduziam como se fossem parte das luvas. Com o aumento do poder dos Tesouros Sagrados dos companheiros, Nier ataca violentamente com uma sequência de golpes extremamente rápidos e precisos, conseguindo destruir os ossos das costelas do monstrengo, e as armas voltam para seus donos.

-Agora, preciso lidar com essa camada mágica... – Falou observando a magia emanando, protegendo como se fosse uma segunda pele.

Enquanto isso, na capital do reino, Krioni e os outros observavam através de um espelho mágico do mago a luta de Nier, que se esquivava dos golpes do Tarrasque e o perseguia, que corria para impedir que seu coração fosse destruído. Ele não conseguia romper a barreira do coração, por mais que tentasse.

-O que faremos agora? Não acho que ele vá conseguir perseguir com os nossos tesouros novamente... – Comentou Asura, preocupado.

-Lilian, como estão seus reflexos? –[/b] Questionou o mago sem tirar os olhos do espelho.

-Afiados como sempre, Krioni. Por que? – Perguntou a gigante confusa.

-Skanfy, hora da Lua Cheia. Ele está em alta velocidade, Lua Nova seria complicado de usar... – Falou com uma mão no queixo.

-Está me subestimando?! – Bradou a Preguiça, extremamente ofendida com a afirmação presunçosa do mago.

-Estamos a quilômetros do Tarrasque, então­– Antes que pudesse terminar de usar a justificativa, a fada o interrompeu.

-Eu consigo. – Skanfy coloca o Arc Perfide no modo Lua Nova, e mira através da janela onde via o Tarrasque.

-Ora, ora... – O sorriso cínico de Krioni se fez presente. – Então quero ver. Lilian, você acertará a flecha de Skanfy, para acelerá-la ainda mais.

-Entendido! – Respondeu a gigante animada, batendo continência.

Lilian pula para fora do prédio e entra em sua forma gigante, mirando em direção ao Tarrasque para rebater. E para ajudar a amiga, abre um rombo na beirada do prédio, para aumentar o ângulo de visão dela.

-Camille, você poderia energizar a flecha de Skanfy? – Perguntou Krioni, voltando sua atenção para o espelho.

-Krioni, ela parece cansada... – Falou o necromante. – Ela acabou de lutar com o Tarrasque e despertar esses poderes. – Ela continuava ficando com olhos amarelos entre piscadas, mesmo que com menor frequência.

-Eu consigo, podem contar comigo! – Camille prontamente se apresenta e coloca suas mãos na mão de Skanfy, porém quando vai colocar sua magia, quase desmaia. Quando abre os olhos, estavam esmeraldas. – Desculpa, mas eu não consigo... – Lágrimas começam a surgir nos cantos de seus olhos. – Não posso ser útil, logo agora que estava começando a ajudá-los... – Camille novamente se sentia uma inútil.

-Não precisa se desculpar, você está cansada. Mas se quer tanto ajudar... – Gwyndolin coloca sua mão direita no centro das costas de Camille, e começa a entoar um cântico druida, e passa a emprestar sua magia para Camille. Mesmo após tanto lutar, ele ainda tinha magia.

-Você até serve para algo Gwyndolin... – Um protesto do necromante foi prontamente ignorado pelo mago. – Bem, não temos tempo a perder! Skanfy, Lilian, é com vocês!

Takashi via todos lutando ainda, e se sentia um peso morto por não poder ajudar, afinal era um combatente de linha frontal, como Nier. Tudo o que podia fazer era torcer, pelo que via.

A fada se concentra como poucas vezes se concentrou antes, assim como a gigante. Apesar de grande a fera, ela se movia em alta velocidade. Ambas conseguiram se sincronizar ao ponto de respirarem juntas e combinar os batimentos de seus corações. Calcularam exatamente onde deveriam acertar, e não podiam errar.

O Pecado da Preguiça tensionava a corda de seu Arc Perfide com toda sua força absurda, aumentando cada vez mais a energia acumulada no disparo. O arco parecia retrair cada vez mais sua corda para aumentar sua potência, quase que mudando sua forma – isto é, se não estivesse de fato mudando.

Skanfy soltou a corda de seu arco, fazendo a flecha com a magia de Camille sair com toda a sua força. Na mesma fração de segundo que soltou sua seta, ela estava na frente Lilian, que atingiu um ponto de concentração tão grande que o tempo estava lento diante de seus olhos. Via claramente a flecha se movendo como se fosse uma lesma em sua frente, ao ponto de pensar Ah, é tão pequena e bonita... a magia delas é realmente forte, não posso ficar para trás! Acertou a flecha em cheio, fazendo-a adquirir uma velocidade que poucas coisas atingiram nos últimos 3000 anos.

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Em menos de um segundo, a flecha com os poderes e determinações de Skanfy, Camille e Lilian atingiu o coração do Tarrasque, quebrando sua barreira. Nier mal conseguiu ver, mas sabia que elas três o fizeram, algo o dizia isso.

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-Agora, é hora de incinerar você! – Bradou contra o monstro.

Finalmente o coração do Tarrasque estava exposto, e era hora de Nier o destruir. A energia negra em sua pele era esplendorosa, assim como seu poder. As determinações de seus companheiros, mesmo longe, lhe ajudaram a recuperar suas energias de caçar o Tarrasque e lutar contra Zengate.

O Pecado da Ira concentrou todo seu poder em suas mãos e usou o golpe que abriu sua jornada com Camille atrás de seus companheiros, para acabar de vez com a ameaça sobre Lioness. Porém, mais forte...














-DARK BLAZING BLAST!

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Ó disparo de Nier causou uma onda de choque gigantesca, e ele sentia como se seus braços fossem ser destroçados com o impacto do golpe. Aumentava cada vez mais a potência, somando a força do golpe absorvido anteriormente à sua. Mas parecia não bastar.

-É claro! – Disse Krioni ao ver que não estava funcionando. – Há mais um passo para derrotar o Tarrasque...

-O que é? – Perguntaram os outros.

Um calafrio percorreu a espinha do mago. Algo que ele definitivamente odiava sequer pensar, quanto mais ter que fazer. Engolindo em seco e suando frio, virou para seus amigos e disse:

-Usar a Wish. – A maioria não entendeu, porém o outro mago ficou branco como papel.

-Me diga que você sabe fazer isso! – Gritou Gwyndolin.

-É claro que eu sei, idiota. – Ele olhou com desprezo para o Pecado da Luxúria. – Eu apenas nunca fiz. E só vi uma vez.

-Então você não sabe... – Respondeu Gwyn.

-Bem, o que me preocupa é que eu não sei se vou aguentar usar a Wish... – Ele parecia amuado, e ver que Nier estava conseguindo manter o ataque era bom, porém não sabia quanto tempo isso duraria.

-Eu te trago de volta. Eu conheço uma magia de colocar força vital de uma pessoa em outra, e mesmo com suas restrições, posso usar a de Takashi em você. As artes das trevas são muito amplas, sabia? – Falou se exibindo.

Krioni ponderou por alguns instantes. Não queria aceitar de jeito nenhum, mas era necessário. Ele se sentou no chão e entrou em pose de meditação, e logo começou a flutuar.

-Se eu morrer, eu juro que volto para te assombrar! – Gritou com os olhos fechados.

-Você não vai morrer, relaxa. – Falou a Luxúria se dirigindo para as costas do Orgulho. – Vem cá, Takashi.

Acatando o pedido e podendo ser útil, Takashi logo se aproximou. Gwyndolin começou a desenhar rapidamente com giz um círculo no chão, e em pouquíssimo tempo, estava pronto. Por ter grande proficiência com artes das trevas, sabia como resumir alguns círculos em grandes magias. Encostou a mão esquerda no peito de Takashi e a direita nas costas de Krioni e começou a recitar em silêncio a magia para manter o fluxo da energia vital de Takashi para Krioni. E o outro mago, por sua vez, começou a recitar seu cântico:

- Almas dos homens e almas dos deuses, reúnam-se diante da porta do próximo mundo! Que todos seus feitos brilhem mais que o sol que traz a vida em nosso mundo, e mudem o mundo ao seu bel prazer! Wish!

Wish foi a magia utilizada para encerrar a Segunda Guerra Santa, por um único motivo. Ela é capaz de alterar o próprio tecido da realidade, mudando espaço e tempo simultaneamente, com um desejo. E o desejo de Krioni foi transformar o Tarrasque em uma criatura mortal.

Agora, frente a frente com a fera mortal, Nier sentiu que seu ataque estava surtindo efeito e o monstro começava a urrar de dor. Estava a poucos passos de sua morte.

-Se você está vivo, pode morrer! – Berrou o capitão da Saligia.

O monstro estava morrendo, mas não sabia se aguentaria sozinho mata-lo. Aumentava a força e expelia mais magia armazenada com o Gate of Babylon, mas não tinha certeza se seria o suficiente.

Até uma ideia surgir em sua mente. Juntamente com um sorriso confiante. He, isso vai dar certo. Não importa o recuo depois, o que importa é matar ele!

-Black Abyss of Caronte!

Quando fora da quase morte, Nier pode queimar sua vida em troca de ativar a forma que usou contra Zengate. Normalmente nunca faria isso, mas como precisava explodir seu poder ao máximo, apenas isso serviria.

Com o seu poder natural, o de sua marca negra, o do Tarrasque e ainda a forma desconhecida que adquiriu a pouquíssimo tempo, o seu Dark Blazing Blast atingiu um novo patamar de poder.

-Wrath of the Godslayer! – Gritou expulsando de uma vez toda a força.

Então, o coração da fera foi perfurado - e destruído, juntamente com a besta.

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Nesse momento, a Saligia conseguiu um fato lendário, que nem mesmo antigos guerreiros conseguiram.




DERROTAR O TARRASQUE
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Arredores da Capital Empty Re: Arredores da Capital

Ter Nov 09, 2021 11:35 pm
O FIM DA FERA!


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Os Sete Pecados Capitais finalmente conseguiram derrotar o ledário Tarrasque, que por algum motivo ainda desconhecido, apareceu em Lioness.

Ao ver que a fera foi destruída, Krioni se teleportou para onde Nier estava.

-Aí está você... Ele era bem grande.

-Haha... Grande é pouco. Alguma ideia de porque ele estava aqui?

-Ainda não. Vou estudar a região nos próximos meses.

-Então você vai ficar? Vai sair de onde está?

-Sim... eles podem se virar sem mim.

-Isso é muito bom. Podemos voltar?

-Claro, com certeza.

Krioni os teleporta para onde os outros Pecados estão, que recebem Nier com muita festa. Eles ouvem gritos de festa vindos da população, e os boatos que a Saligia derrotou as Virtudes e deu um golpe de esatado já haviam se espalhado - e eles não sabiam se isso era bom ou ruim.

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