SoH Testes
Não se esqueça de conectar!
SoH Testes
Não se esqueça de conectar!

Capital do Reino

+14
Vanalya
Torgan
Kyara
Edward
Volk
Vatten
Lilian
Vênus
Takashi
Gwyndolin
Skanfy
Asura
Mestre
Mestre do Fórum
18 participantes
SoH Testes ::  :: Lioness
Ir para baixo
Takashi
Takashi
Mensagens : 8
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:32 pm
Capital do Reino - Página 2 Takash10

Takashi observou seu novo oponente em campo, percebeu que antes mesmo da batalha começar, Vênus já havia caído de joelhos, o que já não era surpresa para ele, no pouco tempo que passou ao seu lado percebeu que sua habilidade era mortal, mas não apenas para seu oponente.

-Ora ora, pelo visto acabar com vocês será fácil, vamos começar pela mulher. – Takashi ouviu Torgan falar enquanto levantava seu martelo do chão, então o mesmo logo se pôs entre os dois pegando sua espada com uma mão, enquanto que com a outra chamava o homem em sua frente.

-Serei seu único oponente hoje. – O Pecado respondeu com um sorriso nos lábios. Vênus estava em choque com o que via em sua frente. Os dois membros conhecidos por sua brutalidade se enfrentando diante de seus olhos.

-Já que insiste... Começaremos por você! – Torgan rebateu tomando impulso e indo com tudo para cima de Takashi, que jogou o peso de seu corpo para o lado cravando no chão a forte lâmina de sua espada para usar de apoio enquanto ativava o escudo da Bucaneer para defender do golpe da Virtude, trocando o seu centro de equilíbrio para usar o corpo no apoio do escudo e apenas resistir ao impacto. No mesmo instante do choque, ele fez uma carga contra o escudo feito de magia sólida, fazendo o martelo da Generosidade ser rebatido e voar na direção oposta, e ainda assim, Torgan não o soltou. Takashi então puxou sua espada do chão, fazendo um corte nele indo na direção de seu oponente, mas fora acertado por uma martelada do mesmo, que usou o impulso da arma rebatida para girar no seu próprio eixo e acertar seu oponente na região do ombro.

Porém, tal golpe não abalou Takashi, que mesmo não podendo mais continuar aquele ataque, logo partiu para outro, dessa vez vindo pela lateral. A Virtude prontamente usou a barra onde segurava seu imenso martelo para defender. No momento que o impacto iria ocorrer, um sorriso maligno se via no rosto de Takashi, a habilidade de Zephyrus era atravessar qualquer defesa, como se fosse uma espada fantasma. Ao ver que sua defesa era inútil, prontamente ativou sua magia Titanium, se tornando extremamente resistente, tanto quanto o Heavy Metal de um gigante. A espada de Takashi atingiu seu corpo com um estrondo metálico mágico, e a mão de Torgan logo atingiu a boca de seu estômago. O Pecado da Ganância tentou reagir, porém foi acertado por um soco em seu nariz, fazendo-o cair com um joelho no chão.

-Para um homem do seu tamanho e fama, achei que aguentava mais... – Ouviu Torgan desdenhar em um tom irônico. Takashi não apanhava tanto em um combate e nem achava que não teria tantas chances de virada desde que lutou contra Nier, anos atrás. – Claramente a lenda de “Pecado mais forte” não é sobre você... Talvez eu devesse te matar e ir atrás da gigante, ela parece ser mais durona que você. – Continuou com a tiração de sarro com a cara de Takashi.

Takashi odiou ouvir aquelas palavras. Estava sendo tratado como lixo. Porém ir atrás de outro pois ele não era um oponente digno era horrível. E principalmente Lilian. Por mais que odiasse admitir, depois de seu capitão, Lilian era a membro do grupo com a qual tinha a melhor relação. Ela era forte, obstinada e fofa, o que fazia ele possuir uma admiração por ela, talvez até...

Mas esse não era o momento sobre sentimentos puros. Era hora de destruir o oponente em sua frente. Era hora de usar toda sua ganância por poder e obliterar o oponente. Ele cravou fortemente a sua espada no chão e se levantou, com ódio no olhar. Torgan o fitou com algo que parecia pena nos olhos e ergueu seu martelo. Porém, antes que pudesse abaixá-lo, sentiu a Zephyrus de Takashi o atingir em cheio no flanco direito. Não causou danos externos de cortes, porém o impacto provavelmente ficaria roxo horas depois. Ao ver que não perfurou, o Pecado estalou a língua e mudou o golpe para o outro lado, que parecia ter sido igual. Os golpes impediam Torgan de o atacar, porém não causavam efeito. Ele mudou a posição da espada para acertar com a parte larga da lâmina, como se fosse um taco, e arremessou o seu oponente contra uma parede, que desmoronou em cima dele. Sem dar tempo para sair dos escombros, Takashi desceu novamente um ataque imbuído de magia que parecia com um grande pilar no seu oponente, e após erguer a lâmina, a girou para tentar o perfurar com o fio da espada. Porém, após acertar o que parecia ser uma pedra com uma faca cega, recebeu um chute no peito, fazendo-o voar para o meio da rua. Seu oponente se levantou vagarosamente, batendo o pó da roupa com uma expressão de desapontamento.

-Talvez os ataques daquela gigante façam algum efeito em mim... – Disse arregaçando as mangas de sua camisa. – Provavelmente seria melhor matá-la do que matar você. – Falou com desprezo na voz, querendo irritar seu oponente.

-Não ouse encostar na minha gigante! – Gritou sem pensar nas palavras, tomado pela raiva contra a Benevolência da Psychomachia.

Takashi novamente partiu para cima de Torgan. Dessa vez, ele arremessou sua espada no seu oponente, que voou girando rapidamente com uma força mortal. A Virtude, por sua vez, apenas rebateu a espada, mas recebeu uma voadora no peito, caindo de costas no chão, com o ganancioso sentando em seu peito.

-Me socar não vai funcionar! – Gritou Torgan, começando a ficar sem paciência com a situação.

-E quem disse que eu vou te socar, seu merda? – Takashi colocou a mão esquerda nas costas e puxou seu outro Tesouro Sagrado, o colocando a centímetros da cabeça de Torgan. – Eu vou é explodir a porra da tua cabeça!

Takashi puxou imediatamente o gatilho do canhão de mão, fazendo elevar uma cortina negra de fumaça da pólvora.

-Acha mesmo que consegue quebrar a Proteção Divina com isso? Não me faça rir, Takashi! – No momento que acabou de falar tais palavras, tentou acertar um soco em seu oponente que desviou como um lutador profissional.

-Takashi, apenas ataque para matar! – Gritou Vênus se jogando ao lado deles. Ao ver ela, Torgan se lembrou do poder dela. Sua pupila se afinou tanto que quase se perdeu em seus olhos vermelhos. Ele apenas ouviu um estalo metálico antes de ela falar a sua próxima palavra. – Erased!

A magia de ambos acabou sendo apagada. Agora, Torgan não tinha mais nenhuma defesa além de seu corpo naturalmente forte. Porém, do outro lado, havia outro com um corpo naturalmente forte, criado para ser o ápice físico de combate com poderosas mãos que estavam armadas com socos-ingleses, que logo um entrou em contato com seu rosto, atingindo em cheio seu nariz. Quase no mesmo instante que ela saiu dele, sentiu outro impacto, dessa vez da outra mão, no meio de sua boca. Sem tempo para ver ou reagir, a outra mão acertou seu supercílio, fazendo-o abrir e jorrar sangue instantaneamente. E assim seguiram dezenas ou até mesmo centenas de socos em um período de dez segundos em seu rosto. A cada fração de segundo que passava, Torgan tentava ativar sua magia, porém não conseguia. Até que finalmente conseguiu, e jogou Takashi para longe.

-Sem sua magia de defesa não é tão forte assim, não é? – Takashi ria de seu oponente, que levantava com o rosto completamente deformado, se é que podia ser chamado de rosto.

-Você vai pagar por isso... Takashi da Saligia...


Capital do Reino - Página 2 Takash10
Lilian
Lilian
Mensagens : 7
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:40 pm
Capital do Reino - Página 2 Lilian14

-Já chega! – Bradou Lilian.

Capital do Reino - Página 2 Magi-110

A gigante da inveja estava cercada por fantasmas, e isso estava a tirando do sério. Ela se agachou e criou diversas pilastras de terra, que desfizeram as ilusões como névoa. Vatten ficou impressionado com o poder de Lilian, que era tão grande quanto seu tamanho real. Ele se recompôs e ficou em posição de guarda, mas não conseguia ver Vanalya.

-Tudo o que vocês são é patético! Confusion!

A visão de Lilian ficou turva por alguns segundos, e quando seus olhos voltaram ao normal, percebeu que Vatten tinha sumido. Agora estava sozinha com sua adversária, sentia um certo desconforto em relação ao sumiço repentino do cavaleiro, porém, era uma oportunidade de lutar com todas suas forças sem se preocupar com as consequências.

- Vatten, não sei onde você está, mas não tenho tempo a perder aqui, me desculpe! – Seu olhar estava fixo na cavaleira que permanecia rindo na sua posição inicial.

Lilian não queria mais perder tempo, então girou seu tesouro sagrado por cima da cabeça e desferiu o golpe no chão, uma enorme onda de choque se concentrou em sua frente, erguendo uma grande rocha do solo, foi então que ela girou seu corpo e desferiu um golpe sobre a rocha, causando uma explosão e lançando vários projéteis na direção de Vanalya.


-Impacto Meteoro!

Capital do Reino - Página 2 20220113

A cavaleira foi rápida em sua reação ao ataque, desviando dos ataques com agilidade e perfeição. Sem levar nenhum dano, Vanalya aterrissa a alguns metros de onde Lilian estava, ao olhar, percebeu que Lilian havia sumido e foi quando recebeu o impacto na lateral de seu corpo.

-Impacto Meteoro! – Lilian surgiu com uma velocidade incrível na lateral de Vanalya e arremessou ela contra outra rocha que Lilian elevou do chão a distância.

-Por que você não dá risada agora? - Ela sorria ao ver a sua oponente se levantar, seu sorriso se desfez ao notar o tom escuro dos cabelos surgindo em meio a poeira que ergueu em meio a luta.

- Muito Obrigada, Lilian. – Lilian se virou com uma expressão de ódio e encontrou Vanalya encostada em uma parede sem nenhuma preocupação atrás dela. – Você me ajudou muito ao cuidar de Vatten, assim só preciso acabar com você agora.

Antes que Vanalya pudesse fazer alguma coisa, Lilian já estava se movimentando e gritando contra ela.

-Exatamente como eu pensei! Skidbladnir! Increase!

Lilian ergueu seu Tesouro Sagrado acima de sua cabeça, e o desceu com uma velocidade extrema. Vanalya se esquivou por pouco do ataque, mas teve cortes pelo vento gerado em sua roupa.

-Você errou! – Gritou contra a gigante.

-Foda-se! – Retrucou Lilian, fazendo um gesto com a mão esquerda, enquanto ainda segurava com a outra mão o Tesouro Sagrado. – Gladio Terrestre!

Uma imensa lâmina de pedra surgiu do chão, porém como não era a intenção inicial de Lilian, não estava completamente afiada, mas ainda acertou em cheio o tórax de sua adversária, que foi arremessada cuspindo sangue. Lilian imediatamente se voltou para Vatten, que estava ferido dos golpes dela.


Capital do Reino - Página 2 Lilian14
Agnite
Agnite
Mensagens : 4
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:42 pm
Capital do Reino - Página 2 Agnite10

Agnite olhava para Gwyndolin tanto com medo quanto com admiração. A criação de Gwyndolin era estupidamente forte, e aparentemente era suficientemente capaz de dar conta de Kyara sozinha, já que a mesma estava sendo pressionada e não conseguia sair dessa situação.

-Isso é incrível, Sir Gwyndolin! – Falou Agnite impressionado. – Kyara é conhecida como Matadora de Titãs, embora eu não saiba o que seja um titã...

Gwyndolin suspirou e limpou o suor da testa. Seu Gashadokuro não permitia que a Virtude sequer tivesse tempo para respirar, mas isso lhe custava uma certa quantidade de magia, aliado ao fato de manter duas duplicatas sob controle.

-Titãs são parecidos com gigantes, porém maiores e mais poderosos. Eles estão relativamente longe, mas na terra dos Francos tem alguns portais que levam para sua terra... – Disse se lembrando de coisas que havia lido em livros no passado. – Mas ela ter matado Titãs... isso é difícil de acreditar. Eles são realmente muito poderosos. Talvez ela tenha tido ajuda, mas ainda assim isso me incomoda.

Agnite estava estupefato com o poder de Gwyndolin. Era impressionante, mas notou que agora o mesmo acabou cansando. Não era para menos, era realmente impressionante o poder que o mesmo tinha e colocava em cada um de seus lacaios. Ele não conseguia mais ficar quieto, e passou a falar rapidamente:

-Isso é incrível, Sir Gwyndolin! Me diz que eu posso treinar com você depois que vocês recuperarem o Reino!

Gwyndolin por sua vez apenas sorriu, estava realmente concentrado. O modo Susano’o de um Gashadokuro usava a própria magia para aumentar a regeneração e dureza dos ossos, logo ele poderia esgotar toda sua magia. Agnite teve um estalo em sua mente e não conteve a sua pergunta:

-E aliás, Sir Gwyndolin... Como virou um pecado e como foi aquela noite da suposta traição? Vocês realmente nos traíram?

Capital do Reino - Página 2 Agnite10
Volk
Volk
Mensagens : 7
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:44 pm
Capital do Reino - Página 2 Volk10

Mesmo com a ordem de Asura, Volk olhava incrédulo para o que acabara de acontecer. Um Pecado, que viu lutar tão bem em Rodório, estatelado no chão. Ele deveria fugir? Deveria prender a Virtude? Ajudar Asura? Ele deveria agir, e rápido.

Primeiro, Volk decidiu amarrar Jaeger e prendê-lo em um caixão de gelo concentrado, virado para o lado oposto, apenas para garantir. Sabia que não derrotaria ou pararia a Virtude, mas poderia ganhar algum tempo.

Então, ele se dirigiu a Asura e procurou suas esferas mágicas. Ele tinha duas de restaurar ferimentos e uma pequena esfera de proteção. Se as esferas para restaurar ferimentos forem ingeridas, teriam um efeito mais rápido, mas não pode funcionar em mais de uma pessoa. Colocou na boca do pecado e o mandou comê-la. Ele o fez, e seus ferimentos começaram a se curar.

-Vamos, Asura, temos pouco tempo até ele voltar.

-Me deixe e se salve, cavaleiro...

-Dane-se! Vamos logo!

Volk puxa Asura pelo braço e o apoia em seu ombro. Ele começa a andar com Asura e eles conseguem se distanciar um tanto do caixão de gelo com Jaeger, andando por entre as várias ruas da capital, até pararem em uma delas para descansar.

-Devemos estar seguros aqui, certo?

Asura estava inerte, apenas respirando escorado na parede. Volk olha bem o Pecado e o arrasta para dentro de uma casa, e se escondem dentro dela, com Volk de plantão e sua esfera de barreira na mão, caso algo saísse do controle.

Capital do Reino - Página 2 Volk10
Vênus
Vênus
Mensagens : 7
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:50 pm
Capital do Reino - Página 2 Vzonus10

Vênus correu animada para Takashi, afinal tinham derrotado a virtude que era conhecida por ser o mais resistente da Psychomachia.

-Isso foi... brutal. – Comentou Vênus, sorrindo para o estrago que Takashi fez. No fim, talvez ela fosse capaz de derrotar um Pecado também. Antes que Takashi pudesse responder, sua expressão ficou séria.

-Eu sou... o Escudo de Zengate. Não acredito que achou que me matou só com isso... – Falou enquanto seu rosto se restaurava dos danos. – Vou acabar com isso de uma vez! Eu sou a Generosidade sem fim!

Capital do Reino - Página 2 Cdcb6710

Ensandecido pelo ódio contra Takashi, Torgan partiu e o acertou com um soco poderoso no abdome, que o fez ser jogado contra a parede, que quebrou no impacto. Rapidamente Takashi se levantou, mas fora atingido nas costelas e após isso, na canela com um chute, até que se esquivou de um dos socos de Torgan, e disparou em direção a sua espada. Quando a pegou, imediatamente se virou para atacar seu oponente, o atingindo na lateral, arremessando-o para dentro de uma construção que tombou inteira em cima dele. Quando tentou dar um passo, acabou caindo no chão. Fora acertado por uma martelada na cabeça, e agora estava com sua cabeça zunindo.

Vênus partiu correndo, tomou alguns tropeços pela pressão que ambos emanavam alguns instantes antes até chegar em Takashi, sentou-se em sua frente, logo colocou a mão em seu bolso, puxando de lá uma pequena caixinha de acrílico, onde se encontrava 4 esferas mágicas, 3 para restaurar ferimentos e uma de proteção.

-Tenta engolir isso, por favor. – Falou enquanto colocava duas esferas de restauração na boca do Pecado em sua frente, que olhava fixamente para o céu sem entender muito do que estava acontecendo em sua frente.

Enquanto Takashi engolia, Vênus olhou para os escombros onde Torgan estava e viu que eles lentamente se mexiam. Sabia que aquilo não seria o suficiente para pará-lo, Vênus então voltou sua atenção para Takashi, percebendo que seus ferimentos estavam se regenerando muito mais rápido por ter tomado duas esferas, a mesma pensou em tomar a última, mas sabia que se Takashi lutasse novamente iria precisar dela no final. Vênus então viu o homem voltar a si e deu um pequeno sorriso, já que seu atual companheiro estava bem.

-Precisamos sair daqui! – Falou enquanto se levantava cambaleando, Takashi então se levantou, ainda fraco e tonto, mas com força o suficiente para segurar Vênus com uma mão, enquanto que, com a outra, segurava a Zephyrus.

Capital do Reino - Página 2 Vzonus10
Vatten
Vatten
Mensagens : 6
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:51 pm
Capital do Reino - Página 2 Vatten10

-Desculpe, Vatten! Eu me segurei, mas mesmo assim não podia me segurar completamente... – Disse Lilian com uma expressão completamente diferente da anterior.

-Está tudo bem, eu entendo... – Disse colocando uma mão nas costelas acertadas por Lilian. – Esse seu Impacto Meteoro é realmente poderoso...

-Esse não é meu Impacto Meteoro, é um golpe normal. –Disse Lilian sorrindo. – Eu apenas blefei, se eu usasse ele, teria te destruído no primeiro ataque. – Continuou fazendo uma expressão fofa, e Vatten não sabia se ria ou se chorava nesse instante.

-Você não acha que isso é o suficiente para me derrotar, não é!? – Gritou uma voz conhecida por cima do ombro de Lilian. Vanalya estava inteira atrás dela, e abaixando sua espada nas costas da gigante.

-Metal Pesado! – A espada não fez grandes danos em Lilian, que segurou a maior parte com seu corpo. – E atacar pelas costas não é coisa que se faça! – Lilian imediatamente desferiu um soco em Vanalya, que se desfez como fumaça.

-Eu sei, mas pelos lados não há nada errado! – Lilian então sentiu dois golpes, um em cada flanco, a atingindo.

Vatten engoliu a dor do golpe de Lilian e imediatamente disparou duas lâminas de água em ambas as Vanalyas, que se desfizeram como fumaça.

-Merda! Que mulher irritante! – Gritou Vatten.

-Oponentes de magia de ilusão são um inferno de se enfrentar, especialmente quando não se tem ninguém que possa desfazer essas magias... – Comentou Lilian fazendo uma expressão de nojo segurando sua macharreta.

Se eu pudesse atacar com a lâmina do Skidbladnir... Mas isso poderia matar Vatten se eu for pega em sua magia de ilusão... Maldita maga ilusionista... Talvez se...

Em posição de combate, ambos encostaram suas costas para se defender, embora não soubessem se a magia de ilusão era capaz de afetar os sentidos, era a melhor maneira de se protegerem e não atacarem o outro por engano, e para garantir, Lilian fez uma pequena ligação de pedra maleável em seus tornozelos, que imediatamente sentiria se fosse rompida. Após alguns instantes nessas posições, eles são cercados novamente por espíritos, que partem para cima deles. Vatten destrói todos que estão indo para cima de si antes que cheguem perto, se desfazendo em fumaça, mas Lilian espera cada um chegar o mais perto possível para destruir, ao ponto de quase encostarem em seu corpo.

-Isso é perigoso, Lilian! – Gritou o garoto vendo os atos aparentemente impensados da companheira.

-Eu sei! Mas isso me fez descobrir uma coisa. – Respondeu ainda de olho nos seus arredores. – Eles são ocos, sendo apenas o que nos atinge real, e esse real nada mais é que um fantoche!

-O que? – Vatten parecia confuso.

-Digamos que você faça uma bola de papel. O seu dano é basicamente nulo, mas se você pegar uma pedra e a embrulhar em papel, é um dano considerável. – Explicou a gigante da Inveja.

-Então as ilusões são assim?

-Exatamente. Elas por si só não causam danos, o que causa são os apetrechos que ela usa.

-Parabéns por descobrir o meu segredo, mas isso não é o suficiente! – Vanalya apareceu acima deles, descendo com sua espada em direção aos dois. – Aumentar!

Ambos pularam para se esquivarem do golpe, que causou uma enorme rachadura no chão. Lilian imediatamente girou seu corpo para onde Vanalya estava, e viu que ela estava quase em cima dela. Num movimento rápido, se defendeu de outro golpe com o cabo de seu Tesouro Sagrado e girou o corpo para acertar um chute em sua oponente, que sentiu atingir de verdade. Essa era a Vanalya de verdade, afinal tinha prendido antes sua perna com a de Vatten.

Capital do Reino - Página 2 Remini15

A Virtude atingiu uma parede, e antes que pudesse entender o que estava acontecendo, viu a macharreta de Lilian próxima a sua cabeça, com a lâmina extremamente afiada apontada para si. Ela conseguiu se abaixar, com o machado cortando alguns fios de cabelo do topo de sua cabeça.

-Sua va- Antes que pudesse sequer retrucar o golpe, recebeu um chute em sua boca, que arrebentou toda sua gengiva, a fazendo cuspir bastante sangue.

-Sujou meu sapato novinho... Você vai pagar por isso! – Gritou Lilian, brava com a situação.

Capital do Reino - Página 2 Img-2018

Eu que vou pagar? Essa maluca me chuta e eu sou a culpada?

Lilian imediatamente baixou seu martelo com as duas mãos, a fim de esmagar a cabeça da sua oponente. Vanalya segurou com seu cajado, mas sentiu algo estranho, uma presença se aproximando.

-Water Blade! – Vatten se aproximava com sua espada coberta em água com uma pressão tão grande que cortava o chão.

-É o seu fim! – Gritou Lilian.

Em um estalo de língua, a Temperança chutou Lilian e entrou na construção, que rapidamente teve seu muro destruído pelo Tesouro Sagrado da Inveja. Ela ainda teve tempo de se abaixar e se esquivar do golpe do Cavaleiro Sagrado, mas não das correntes de pedras que a Pecado fez.

-Isso não é o suficiente para me det- Antes que pudesse acabar sua fala, recebeu outro chute na boca, com o outro pé da pequena gigante, a apagando.

-Isso não é muita violência...? – Perguntou Vatten, acanhado.

-Ela tentou me matar! Deveria agradecer por eu não partir a cabeça dela em dois! – Falou Lilian exaltada. Ela passou a fitar a oponente desmaiada. – Ela tem várias coisas legais na roupa, devia ter apanhado mais... Eu queria pegar, mas não sou uma ladra! – Falou colocando a mão no peito.

-C-Certo... – Respondeu Vatten percebendo que realmente se tratava do Pecado da Inveja.

Capital do Reino - Página 2 Vatten10
Edward
Edward
Mensagens : 5
Data de inscrição : 06/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:53 pm
Capital do Reino - Página 2 Edward11

-L-Lady Skanfy! E-Está tudo bem com você?! - questionou Edward, mesmo que fosse uma pergunta idiota por conta do estado em que a Fada se encontrava naquele momento.

Sem dizer uma única palavra, Skanfy tentou levantar-se para que pudesse retornar ao combate contra Vincent. Porém, suas pernas tremiam de tão fracas e abatidas, o máximo que conseguira fazer foi ficar de joelhos diante da Virtude, enquanto tossia algumas pequenas gotas de sangue que manchavam o solo da Capital. Ao vê-la naquele estado, de certa forma, deplorável, Edward pôde sentir seu sangue ferver por dentro. Irado, cerrou um de seus punhos e voltou seu olhar para a direção da Caridade.

-Atacando uma dama pelas costas desse jeito! Como pode se considerar um Cavaleiro Sagrado, seu covarde?! – Perguntou gritando o garoto, completamente irritado. E a cada palavra dita, sentia seu coração sendo preenchido por mais ódio diante da Virtude – Posso não saber o que está acontecendo, e nem qual o motivo dessa briga, mas como alguém que andou com verdadeiros Cavaleiros Sagrados, não vou permitir que machuque mais ninguém!

Capital do Reino - Página 2 Gjuup110

Aos poucos, o olhar inocente de Edward ia dando lugar a uma expressão séria, transmitindo a confiança de um guerreiro com anos de experiência em combate, algo que fez com que até mesmo Vincent o encarasse surpreso.

- M-Mas, que aumento de poder repentino é esse?! – Perguntou-se a Virtude da Diligência. – Quem diabos é esse moleque?!

Capital do Reino - Página 2 Screen12

Enquanto Vincent tinha seus pensamentos tomados pela dúvida e espanto, Edward ia caminhando calmamente em sua direção. Ainda de punhos cerrados, e com as sobrancelhas franzidas, o esverdeado esbravejou:

- Você vai pagar pelo o que fez com a Lady Skanfy, seu babaca! – Ao dizer tais palavras, Edward partiu em disparada na direção de seu adversário, com um de seus punhos coberto por uma aura roxa e escura – Essa é a minha magia! Sombras Transmórficas!

Antes que pudesse ter qualquer reação para se defender ou contra-atacar, Vincent fora acertado pelo punho de Edward diretamente na região de seu estômago, o que lhe arrancou algumas gotas de sangue de sua boca. Em um piscar de olhos, as sombras tomaram a forma de chamas gigantescas, que com uma força surpreendente, o arrastaram para longe do garoto.

-Tome isso! Assimilação das Chamas! – Gritou Edward, o que fez seu ataque colocar ainda mais pressão sobre o corpo de Vincent, arremessando a Diligência por mais alguns metros de distância

Capital do Reino - Página 2 Edward11
Torgan
Torgan
Mensagens : 2
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:54 pm
Capital do Reino - Página 2 Torgan10

Enterrado em escombros, Torgan joga as pedras mais coladas em si para longe. Com o corpo pesado e doendo por ser soterrado e ter apanhado como não apanhava faziam anos, lentamente se levantava enquanto xingava o Pecado da Ganância.

-Maldito seja, Takashi... Quando eu te achar, vou te fazer se arrepender de sequer ter nascido, seu filho da puta...

Não tão longe dali, mas por entre as inúmeras vielas da enorme Capital de Lioness, Takashi estava sendo apoiado por sua mais nova amiga Vênus, enquanto andava com dificuldade. Os danos internos que recebera da Virtude foram maiores do que imaginava que seriam, e até mesmo esferas de regeneração não eram exatamente o suficiente.

-Ei, Takashi, recomponha-se homem! – Gritou a loira. – Você é o Pecado da Ganância! Não deve perder assim.

-É, eu sei, eu sei... – Falou com dificuldade de puxar o ar. – Só que eu acho que estou velho demais pra isso... Se eu me encontrasse com esse imbecil quando tivesse meus vinte anos, teria o matado...

Vênus o olhou intrigada. Ele parecia ser bem jovem para ela, e se movia como muitos guerreiros no auge.

-Como assim? Você não parece ser tão velho...

-Eu tenho trinta e três. – Falou com um pouco do que parecia ser vergonha na voz.

A Cavaleira Sagrada parecia estar em choque. Ele realmente parecia ter cerca de vinte. Mas olhando atentamente, via algumas imperfeições causadas pela idade na pele e um ou outro fio branco de cabelo perdido.

-Pode descolar de mim? –Disse empurrando a garota, que estava colada demais nele. Ao ver essa situação inusitada, Vênus lançou um olhar zombando dele. – Eu não gosto de humanos por perto, só isso! – Bradou contra ela, que ainda olhava torto. – Já consigo andar sozinho.

Ela pensou em retrucar, mas havia a possibilidade de ser morta pelas palavras erradas. Então apenas fez bico e rosnou para ele, que rosnou de volta.

-Toma. – Ela estendeu o magro braço para ele, que pegou a sua espada de volta. – Ela é incrivelmente muito pesada. Ela é feita do que?

-Todos falam isso... – Ele deu de ombros enquanto a colocava nas costas. – E eu não sei. Pergunte ao Krioni.

Eles seguiram andando por mais alguns metros, até um estouro ecoar atrás deles. Uma figura imponente de cabelos e olhos vermelhos os observava de cima dos telhados, com desprezo e nojo no olhar.

-Finalmente os achei. Você não sairá dessa cidade vivo, Takashi da Ganância! – Gritou contra Takashi, e pulou no chão, fazendo uma pequena cratera onde caíra. Takashi estalou o braço e sacou sua espada.

-Cai dentro. Tenho certeza que vou te dividir em dois dessa vez. – Respondeu completamente confiante.

-Estamos em uma ruela e você vai lutar com uma espada longa? Não sei se isso é coragem ou burrice... Isso deve ser herança de ser um escravo... Ou você acha que eu não conheço seu passado? – Desdenhou do Pecado.

Takashi não respondeu e apenas o encarou irritado, e Vênus olhou confusa sobre a última parte. O silêncio fez saltar uma veia na testa de Torgan. Ele partiu para cima do seu oponente como não fazia em tempos, e fora atingido pela Zephyrus, que destruiu as paredes ao seu redor, devido a tamanha resistência da lâmina e também força do Pecado. Porém, isso não o impediu de acertar a face do seu alvo, que acabou caindo para trás.

Quando ele ia acertar mais um golpe em Takashi, ele se defende com seu escudo e Vênus o golpeia, embora não causasse nenhum dano, ao menos o tirou de cima do Pecado. Ao ver a brecha, Takashi agarra a pequena Cavaleira Sagrada e usa sua magia Ash Crown, criando uma cortina de fumaça para se esconder da Virtude. Quando estava prestes a golpeá-lo de dentro da fumaça, o ouve gritar.

-Isso não vai funcionar! – E a fumaça é dissipada com a pressão mágica da Virtude.

Vênus se abalou com isso, ao contrário de Takashi que seguia firme em seu movimento, acertando um golpe de cima com toda sua força.

-E isso também não. No fim, é um escravo burro ainda. – Falou com desdém enquanto a lâmina atingia sua cabeça, que nem arranhada era, e logo após, acerta um soco no peito de Takashi.

Capital do Reino - Página 2 Torgan10
Jaeger
Jaeger
Mensagens : 2
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:56 pm
Capital do Reino - Página 2 Jaeger10

Volk e Asura haviam se afastado de onde deixaram Jaeger. Ele não ficou ali por muito tempo, logo o caixão derreteu e liberou uma de suas mãos, e no momento em que ele serrou seu punho todas as residências ao seu redor voaram em meio a explosões causadas pela magia de Jaeger. Ele se levantou e verificou os ferimentos em seu corpo, eram buracos pequenos e profundos, nada preocupante, afinal ele moveu seu corpo de modo que não acertaram nenhum órgão importante.

-Rei dos vampiros? Me causou danos tão superficiais que não valeria gastar uma esfera de restauração. – Quebrou uma nas mãos e engoliu, o efeito ocorreu em instantes. Os pequenos buracos se fecharam sem nem mesmo deixarem cicatrizes. – Mesmo assim, quero esmagar esse vampiro e o cavaleiro traidor, com meu melhor físico. – Jaeger riu alto dos seus dois oponentes, pois sabia que não estavam em boas condições.

Um enorme tremor foi sentido por Volk e Asura, isso fez com que o cavaleiro se mantivesse de guarda e preocupado pelo estado do vampiro. Ele mal conseguia andar, sem condições de travar outra batalha, principalmente considerando a hora.

Sem mais nem menos, uma enorme explosão eclodiu na residência de frente onde eles se escondiam. Só havia uma pessoa capaz de fazer isso.

-Droga Asura, aquele imbecil já está aqui por perto... Temos pouco tempo, melhor você sair logo daqui, vou segurar ele por um tempo.

Asura estava cansado, afinal era dia e ele tinha usado mais de si mesmo do que imaginava que precisaria usar. Ele olhou para Volk sério, com os olhos fundos e quase sem fôlego, falou:

-Deixe de heroísmo, Volk. – Ele fez uma pausa para puxar o ar e continuar sua fala. – Nós vimos a força desse cara... Ir sozinho é... Suicídio. - Asura falava enquanto tentava se levantar, sem sucesso por culpa da fraqueza que tomava conta de seu corpo.

Volk sabia que não conseguiriam vencê-lo desse jeito. Uma luta dessas só seria vencida com sacrifícios, e ambos pareciam estar dispostos a isso.

-Se é assim... Eu autorizo você usar o meu sangue para lutar contra ele! – Falou Volk completamente determinado, chocando o Pecado. – Foi uma honra lutar ao seu lado, Asura. – Volk arremessou uma esfera proteção na direção do vampiro, fazendo com que um grande domo de luz cobrisse Asura, depois fez as paredes caírem sobre o domo, assim não teria como Asura se envolver na luta. Ele pulou para fora em meio a fumaça das explosões de seu oponente.

-Esse idiota...! – Reclamou Asura. – Não vá!

O apelo de Asura foi tarde demais. Volk já tinha ido de encontro a Virtude. Ele bateu no domo, porém inutilmente. Estava fraco demais para destruí-lo.

-Acredito que você calculou mal a distância, Cavaleiro. – Disse em tom cínico a Temperança. – Fazer um estrondo em uma direção oposta de onde você está, não enganará meu Sexto Sentido.

-Não pretendo pegá-lo de surpresa, Jaeger. – Falou desembainhando sua espada. – Minha intenção foi manter a batalha entre apenas nós dois, só isso. – Ele apontou sua espada para a Virtude e engoliu em seco. Essa provavelmente era a virtude que menos lhe dava chances de vencer, depois de Zengate.

-Se é a morte que deseja, ficarei feliz em atender seu desejo. – Sorriu sardonicamente a Virtude.

Capital do Reino - Página 2 Remini17


Segurando ambas suas adagas em mãos, Jaeger correu em direção ao cavaleiro de gelo. Volk tinha em mente que perder tempo com ataques surpresas eram inúteis, então o que lhe restava era atacar diretamente, sem deixar que ele usasse suas explosões.

Isso foi o que ele pensou e não Jaeger. A Virtude arremessou uma de suas adagas em Volk, que defendeu com sua espada, fazendo ela voar para longe. Ou era o que pensava. Ele ouviu um estouro na direção da adaga, e viu que o seu oponente usou explosões para fazê-la voltar para atacá-lo novamente. Prontamente se defendeu com gelo da adaga voadora, e logo notou a Temperança em sua frente, pronto para acertá-lo com sua adaga.

Quando ambos fizeram suas lâminas se encontrarem em um estrondo metálico, Jaeger estalou os dedos da mão livre. O chão abaixo de Volk começou a tremer e explodiu rapidamente, Volk projetou um dos braços para frente, criando uma massa grossa de gelo para diminuir o impacto, mesmo assim, seu corpo foi projetado para o ar, e uma sombra surgiu atrás dele. Nesse momento, ele sentiu o impacto das lâminas em suas costas, mesmo ele se contorcendo para esquivar, foi inútil. O Sexto Sentido era muito forte, e não apenas impedia de atacar Jaeger, como impedia de se defender do mesmo. Após o golpe das lâminas, a Virtude o arremessou para o chão, com um forte impacto.

-Até que você é rápido, garoto. Mas mesmo assim, sabia que não poderia defender minha sequência aérea! – Jaeger parou de frente para Volk, que ainda estava no chão. – Pode lutar ainda, rapaz?

Volk reuniu suas forças e começou a se levantar. Não achava que seria possível sequer aguentar uma sequência de ataques de uma das Virtudes, mas no fim ainda eram humanos como ele. Ainda não era o fim, e ele sabia que havia alguma esperança. Com feridas abertas e sangue escorrendo pelo corpo, se apoiou em sua espada e ficou definitivamente em pé, ofegante.

-Não tente me menosprezar, Jaeger. – Encarou fortemente seu oponente. – Sou um cavaleiro sagrado de verdade, não perderei tão fácil para alguém que finge proteger meu Reino! – Volk percebeu pela dor que não aguentaria outro golpe daqueles, somente acertar um golpe certeiro poderia salvá-lo e ainda dar tempo de Asura fugir.

Jaeger permaneceu imóvel, quando Volk avançou em sua direção, ele queria correr, porém não tinha forças para isso. Enquanto ia andando e cambaleando, foi concentrando toda sua magia em sua espada. No momento que conseguiu esquecer a dor, acelerou o passo e começou a correr. A lâmina de sua espada estava completamente diferente, coberta por uma grossa camada de gelo. Ele não podia errar, precisava atacar Jaeger de maneira certeira.

-Um ataque frontal? Isso é ainda mais inútil do que tentar um golpe surpresa ou pelas minhas costas... – Falou com desdém na voz.

-Seu sexto sentido pode te fazer ver o que vai acontecer, porém se você não conseguir acompanhar, é atingido! Use-o e veja o que vai acontecer!

O sorriso de deboche de Jaeger se transformou em uma expressão séria. Volk arremessou a espada em Jaeger, que usou uma das explosões para desviar a espada. Porém não a desviou completamente.

-Winter Grave!

O cavaleiro usou toda sua magia no ataque. Ele pretendia prender Jaeger pelo menos até a noite, quando Asura pudesse lutar contra seu oponente sem dificuldades. O gelo da espada começou a expandir e engolir a Virtude, que não conseguia se esquivar do grande gelo do seu oponente. O Cavaleiro Sagrado caiu de joelhos no chão após o ataque, que com certeza pegou Jaeger, junto com uma boa parte da rua e algumas casas. Após alguns instantes no chão, reuniu suas forças e foi andando até o oponente congelado.

Volk estava confiante, até ver um sorriso cínico e um olhar tenebroso em Jaeger, dentro de sua prisão de gelo. Em questão de segundos, a ponta de uma das adagas de Jaeger começou a brilhar e explodiu a grande muralha de gelo onde estava preso.

-Bela jogada, porém, seu oponente... – Falou se aproximando de Volk, tentando acertar uma adaga em sua barriga, mas errou por um desvio do Cavaleiro Sagrado e cravou em sua cintura. – ... sou eu.

Capital do Reino - Página 2 Walter11


Ele mirou a outra adaga para o pescoço de Volk, que conseguiu segurá-la. Antes que o cavaleiro pudesse perceber, ambas as adagas explodiram e ele foi arremessado em meio aos escombros da casa onde Asura se recuperava.

-Ora ora, vejam só. – Disse Jaeger batendo o pó das roupas. – Tive que dar duas cajadadas e ainda não matei a "lebre das neves", mas por outro lado, encontrei um "morceguinho" abatido. Hoje é meu dia de sorte. – Sua risada lotada de escárnio e desdém preencheu as ruas da Capital de Lioness, enquanto andava em direção aos seus dois oponentes, com passos que pareciam ecoar para os dois, como se anunciassem suas mortes.

Capital do Reino - Página 2 Jaeger10
Vanalya
Vanalya
Mensagens : 3
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:57 pm
Capital do Reino - Página 2 Vanaly10

Lilian e Vatten deram as costas para Vanalya, que estava amarrada e inconsciente no chão, e se prepararam para ir atrás do próximo oponente. Após alguns passos, avistaram Vanalya, que estava em pé olhando suas unhas com cara de tédio.

-Pronto?! Podemos lutar pra valer dessa vez? – A voz de Vanalya soava indiferente, como se estivesse cansada da brincadeira, debochando dos dois.

Capital do Reino - Página 2 Screen15

-Mas como? Eu tenho certeza que não era uma ilusão! – Gritou Lilian. Estava completamente chocada com aquilo, afinal conseguiu passar pelas ilusões de Vanalya.

-Achou errado, otária. – Vanalya fez duas ilusões que se materializaram instantaneamente na frente de Lilian, que acertaram, cada uma, um chute seu rosto, sendo arremessada para fora do local.

Porém, Vanalya estava blefando. Até o momento que se lançou para dentro da construção, era realmente ela a receber os ataques. Quando entrou, usou suas ilusões para escapar, e usou sua magia Restaurar para se recuperar dos danos. Só que sua pompa e arrogância nunca a deixariam admitir isso.

-Lilian! – Gritou Vatten olhando para a sua companheira.

-Deveria se preocupar com você mesmo, garoto! – Vanalya apareceu em sua frente, e com seu cajado em mãos, gritou... – Light Mace!

Ela acertou um ataque esmagador com sua arma em Vatten, que pouco pôde fazer além de amortecer o impacto com a água. Antes que pudesse se preparar, viu dois espetos de pedra saindo do chão, mirando seu corpo. A Virtude deu um salto e, no meio do ar, seu corpo se desfez em fumaça.

- Merda! Essa imbecil é forte...! – Pensou Lilian. – Preciso achar logo um jeito de quebrar essas ilusões... mas como?

Antes que pudesse continuar seu pensamento, Lilian percebeu um golpe vindo em sua direção, que prontamente defendeu, e ele também se desfez em fumaça. Ela viu que Vatten se levantou, mas decidiu manter distância, assim como ele também decidiu. Se aproximar não era boa ideia. Novamente, outros dois ataques ilusórios vieram, mas não causaram efeitos em nenhum dos dois.

-Ao menos são fracos... – Murmurou Lilian para si. Ela ouviu uma risada e viu várias Vanalyas se formando no ar, aparentemente se preparando para vários ataques de uma vez.

A gigante suspirou e se concentrou. Então, puxou seu Skidbladnir, o girou em cima da cabeça e o acertou no chão, com a cabeça de martelo enorme.

-Isso não vai adiantar, invasora! – Gritou do meio da névoa várias cópias, debochando do esforço de Lilian.

Capital do Reino - Página 2 47c9e911

Quando partiram para atacar a gigante, ela não estava mais lá. E a verdadeira Vanalya sentiu um impacto nas costelas.

-Te achei! – Bradou a Inveja acertando um ataque. A cortina de fumaça deixou o vulto de Vanalya visível, e Lilian pôde acertá-la com um golpe de seu Tesouro Sagrado.

-Então essa era sua intenção, hein... – Falou rindo. – Devia ter me matado, garota.

A Caridade apontou para Vatten, e Lilian gelou ao ver a cena. Ele estava preparando um ataque de água. O seu ataque mais poderoso de água. Quando ele disparou, toda a poeira baixou e grudou no chão, impedindo que fosse usada novamente. E como antes, Vanalya sumiu em meio a uma ilusão.

-Merda! – Berrou Lilian. Agora teria que achar outra maneira de ver através das ilusões de Vanalya. Ela não podia condenar Vatten, afinal também estava lutando por sua vida.

Após isso, o mesmo exército de antes se materializou em sua frente. O coração de Lilian disparou pela primeira vez no combate, afinal estava sem tempo para pensar em qualquer estratégia.

Quando a primeira ilusão partiu para cima dela, a gigante segurou firme sua macharreta e a cortou em dois em um movimento rápido. Aproveitando o movimento, acertou as que estavam próximas de si, porém foi acertada na perna. Continuou a cortar e esmagar as que se aproximavam, e alguns golpes a acertaram.

No instante que olhou para o último ataque recebido, seu coração pareceu falhar. Os golpes que estavam a acertando eram invisíveis. As ilusões também podiam fazer as coisas desaparecerem.

Já Vatten havia se colocado dentro de uma barreira de lâminas de água, e pelo visto, Vanalya havia desistido dele. Uma presa fraca que poderia ser facilmente eliminada. A prioridade era só uma, a Gigante da Inveja.

Lilian era resistente e poderia tomar muitos danos, mas não poderia tomar para sempre. Mesmo que tentasse parar de atacar as ilusões, notou que todas eram golpes de verdade, e conseguia acertar alguns golpes invisíveis no meio de seus ataques. Então não havia motivo para parar.

No começo, os golpes que recebia não eram nada além de golpes que recebia de treino. Fracos e não conseguiam penetrar sua pele naturalmente enrijecida. Porém, quanto mais golpes recebia, mais dano acumulava. Após alguns minutos de luta, mal conseguia manter-se de pé, após os inúmeros golpes que recebeu em sua perna direita.

Com mais um golpe que penetrou fundo em sua carne, não conseguiu manter a força e caiu com o joelho no chão. Sem pensar duas vezes, fez um gesto mágico e colocou sua mão no chão, criando um apoio de pedra para seu lado direito.

-Isso é tolice, Lilian... – A voz de Vanalya ecoou pela rua que estavam lutando. – Não pode vencer essa luta...

Capital do Reino - Página 2 Tumblr11

-Calada! – Gritou a Pecado. – Isso não é nada!

Vanalya colocou uma de suas mãos no rosto, decepcionada e frustrada.

-É o que veremos. O que acha de dobrarmos- Não, triplicarmos as ilusões, gigante?

Capital do Reino - Página 2 Vanaly10
Vincent
Vincent
Mensagens : 2
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:58 pm
Capital do Reino - Página 2 Vincen10

Como única alternativa de escapatória possível naquele momento, Vincent abriu mais um portal atrás de si, por onde desapareceu da vista de seus adversários.

-Isso ainda não acabou, moleque! – Exclamou, poucos segundos antes daquela abertura fechar-se por completo, impedindo a passagem de Edward ou de Skanfy, que continuava ajoelhada no chão.

Já fora de combate, a aura negra que tomara conta do corpo de Edward começara a se esvair no ar, e junto a isso, sua expressão inocente substituiu o seu olhar sério e irado de antes. Aparentemente, tudo estava de volta ao normal.

O que foi isso? Como ele superou a Lágrima da Deusa?

Capital do Reino - Página 2 301d74450dacb363d338781caed49fc6

Vincent estava atônito com o que acabara de ver. Se afastou para dentro de uma das construções para conseguir pensar. Tinha certeza que usou a Lágrima da Deusa, e que cortou as magias de seus oponentes, mas como o jovem tinha acabado de lhe desferir um ataque mágico? A Lágrima da Deusa era absoluta – por mais que durasse por apenas cinco minutos, mas normalmente não precisava de mais que isso para eliminar seus alvos –, inclusive a fada não estava conseguindo usar sua magia. Ele parou para sentir o poder deles, e não sentia nada. Algo muito estranho acabou de acontecer em sua frente, e isso lhe deixou com várias dúvidas. Ele largou seu arco de lado, deu dois tapas de cada lado do seu rosto para se recompor, pegou novamente sua arma e saiu por um portal, dentro de uma distância boa para um arqueiro na frente de seus oponentes.

-Lhe parabenizo por esse ataque, garoto. Foi realmente bem interessante. Mas será que você e sua amiguinha conseguirão continuar?

Novamente, Vincent armou seu arco e apontou a flecha para os seus alvos. Aquele imprevisto não poderia se repetir, ele devia acabar com isso logo.

Se apoiando em Edward e segurando um de seus ferimentos que atravessou suas costas com a mão livre, Skanfy olha com fúria nos olhos para Vincent.

-Damné! Onde está Camille?

Vincent coçou levemente o queixo, pensativo.

-Boa pergunta fadinha, boa pergunta. Deve estar com o Zeni, a Glenn e a Hanna.

-Hanna? – Retrucou Skanfy. – Os registros antigos de Zengate contenaient tous leurs noms, mais je n'ai vi alguma Hanna...

-Ups, acho que falei o que não devia... – Respondeu fazendo um gesto como se estivesse surpreso. – Bem, como já vou ter que eliminar os dois, não faz tanto problema assim, né...

-Seu fils de pute... – A fada estava completamente irritada. – Edward, segure meu arco com toda força, em posição de disparo!

-Certo! – O garoto prontamente respondeu a Preguiça.

O rapaz segura o arco de Skanfy com ambas as mãos, segurando ao máximo para não o soltar. Skanfy puxa a corda de seu arco e começa a criar uma flecha de luz.

-É o seu–

Capital do Reino - Página 2 Bfln5jRa_L37ziNWm-xNvLM-Y8xF77WUcWNv6YIJ0e9J7nDhAbhuQZnAlBmeYNcbEV2nb1RwH_pxzBTGz1am5hHkPQbYGoagOfhuYGaRSfU

Skanfy cai de joelhos no chão vomitando sangue. Acabou por levar um golpe poderoso direto nas costas, e forçou muito seu ferimento, além de alguns pontos provavelmente vitais terem sido atingidos.

Vincent sentiu um grande alívio ao ver a cena, já que esforço muito pesado não era com ele. Então, pegou de sua aljava 10 flechas e as posicionou em seu arco, puxou a corda de seu arco até sua tensão máxima e criou um portal na frente de suas flechas, e as disparou. Repetiu o processo algumas vezes, enquanto Edward ajudava Skanfy a se levantar.

-O que ele está fazendo? – Falou a abatida fada.

-Não sei, mas deve ser perigoso... – Respondeu Edward com receio. – É melhor tomarmos cuidado.

-Suponho que essa quantidade seja suficiente... – Falou colocando seu arco em posição de descanso. Então ele ergueu a mão direita na direção de seus dois oponentes. – Portal: Centopeia Titã!

Vincent abriu um portal atrás dele, e de dentro dele saiu uma gigantesca centopéia, com dezenas de metros de comprimento, que fez um círculo ao redor de Skanfy e Edward.

-Queria ter mais paciência para caçar vocês, mas não será divertido se o Noct descobrir que demorei demais... Triste vida... – Disse cruzando os braços.

Em seguida, ele abre outro portal acima deles, e murmura Esfera Prismática, criando um domo ao seu redor. De fora dela, ele acena para os seus oponentes, e começam a sair todas as flechas que ele disparou para dentro do portal. Não, muito mais do que a quantidade de flechas que ele disparou, centenas de vezes mais.

-Sinceramente, usar isso cansa, sabia? – Falou fazendo uma expressão de sono. – É bom que eles morram com isso de uma vez, gastei poder mágico em demasia com isso... Ao menos minha Esfera Prismática não quebra facilmente, nem se estiver sem magia... Quem sabe essa Omni Blitzkrieg te lembre de algo, não é pecadora? – Falou, agora debochando de Skanfy.

Ao ver tal cena acontecer, as flechas pareciam todas estar em câmera lenta para Skanfy. Ela fechou os olhos, e em um segundo viu novamente toda a cena de seu maior arrependimento, desde o começo, passo a passo, como se sua vida passasse diante dos seus olhos instantes antes de ser alvejada de todos os lados possíveis.

Capital do Reino - Página 2 Vincen10
Kyara
Kyara
Mensagens : 3
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 6:59 pm
Capital do Reino - Página 2 Kyara10

Kyara, a Integridade da Psychomachia, conhecida como Matadora de Titãs era com certeza uma hábil guerreira. Esse título era questionado apenas por tolos que não tentavam sequer pesquisar sobre a origem de tal título. Em uma missão no continente das Virtudes, quando estavam conseguindo a confiança da população, foi para ajudar os Helênicos a lidar com sua libertação dos poderosos Titãs.

Nesse momento, Titãs como Hiperião, Jápeto, Febe, Têmis e Tétis sucumbiram diante a extremamente poderosa e bem humorada Integridade das Virtudes. As histórias também diziam que Zengate só fora capaz de derrotar Cronos por causa da sua companheira, que sempre estava pronta para lutar.

Mesmo assim, ela era pressionada cada vez mais pela invocação de Gwyndolin, o Gashaduroko que, naquele momento, parecia mais forte do que nunca. Tal conjuração era do necromante mais poderoso da Britânia – excluindo Lichs, que eram criaturas que haviam transcendido a vida e morte em troca de poder –, que era conhecida por ter muitos poderosos necromantes.

Mesmo usando suas magias Apunhalar e Aprimorar, e mesmo insistindo cortar os ossos da criatura, eles logo derretiam, se regeneravam, e logo voltavam a se amontoar na forma daquele poderoso adversário. Entretanto, quanto mais Kyara atacava, mais a regeneração do monstro demorava para acontecer, o que não significava que a luta estava perto de terminar.

- Droga! Como querem que eu derrote isso?! – perguntou-se a Integridade, colocando uma das mãos em seu queixo, pensativa – Aham! Já sei! – exclamou, com um sorriso em seu rosto.

Capital do Reino - Página 2 0c08fa10

De repente, a Virtude, que antes parecia esgotada e cansada por conta do combate contra a criatura, agora estava... Completamente recuperada?! Ao verem tal cena, ambos Gwyndolin e Agnite olharam em sua direção, estupefatos com aquilo.

-M-Mas... Que porra é essa? – perguntou-se Gwyn – Agnite! Sendo um Cavaleiro Sagrado de Lioness, você deve saber quais os poderes da Psychomachia, certo?!

Infelizmente, a resposta de Agnite não seria aquela esperada pelo Pecado da Luxúria.

-E-Eu não sei, sir Gwyndolin! Nós, Cavaleiros Sagrados, apenas sabemos que eles são o esquadrão de elite do reino!

Frustrado e levemente apavorado, Gwyndolin se via sem saídas daquele combate...

Se regenerar de uma vez? I-Isso é demais, até pra esses caras! Deve ser algo diferente... Tem que ser! Nem em meus estudos druidas me lembro de ver seres capazes de se regenerar tão rapidamente, sem qualquer uso de encantamentos, ou algo do gênero... Isso é praticamente impossível! Pensou Gwyn, ainda atônito com toda aquela situação em que se encontrava, junto de Agnite.

-Ah! Muito melhor! – Exclamou Kyara, já recuperada, enquanto parecia se alongar para seguir com o combate.

Mais uma vez, Kyara partiu na direção do gigantesco Gashaduroko. Entretanto, não importava o quanto ela despedaçasse a invocação do Necromante, por mais que demorasse cada vez mais, ela sempre se regenerava dos danos sofridos. Percebeu que, daquele jeito, nunca a derrotaria. Poderia passar horas fazendo aqueles mesmos movimentos, e não resultaria em nada, além de mais uma regeneração.

Sem outras escolhas, decidiu que o melhor a se fazer seria usar sua magia para congelar o tempo e tentar bolar alguma estratégia.

-Cara, esse monstrengo de ossos é assustador! Esse Necromante consegue fazer jus à sua fama, cruzes! – Exclamou olhando para o brilho da cavidade ocular do esqueleto.

Despreocupada, Kyara foi andando calmamente pelas ruas da Capital, aproveitando para descansar e se recuperar dos danos sofridos. E então, decidiu ir para dentro do corpo da criatura, o local onde Gwyndolin estava, ainda paralisado.

- Toc, toc! Kyara falando! – Brincou, dando alguns soquinhos na testa do Necromante, como se batesse em uma porta. – Cara, eu tenho que admitir! Você é bem forte! Nem parece que é humano! Fala sério! Se bem que druidas não são exatamente humanos...

Em forma de brincadeira, a garota deu um leve tapinha nas costas de Gwyndolin... Entretanto, ao tocá-lo, pôde sentir algo anormal...

-Espera um pouquinho... Isso parece ser de... Fumaça?! – Perguntou-se, olhando abismada para seu adversário. Seria possível que, durante todo esse tempo, tivesse sido enganada por ele?! Aquela era uma possibilidade que precisava confirmar, e rápido.

Sem perder tempo, Kyara descongelou o tempo, ainda de frente para Gwyndolin, que se assusta ao vê-la tão próxima de si.

- Você é real? – Perguntou, em um tom completamente normal, como se aquilo fosse algo comum de se dizer para alguém, principalmente alguém com quem estivesse lutando.

Com ambas as mãos, Kyara puxou ambas as bochechas de Gwyndolin, as arrancando de sua pele. E como ela suspeitava, aquilo não era pele de verdade... O que quer que tivesse arrancado, se desfez por entre seus dedos, transformando-se em uma substância escura e líquida, e ao mesmo tempo, gasosa.

-O Pecado da Luxúria é um Doppleganger! – Esbravejou, ao ver aquela substância se dissolver – E, com certeza, você também é um, moleque! – Completou, encarando Agnite, que estava distante, caído no chão, com um olhar mortal.

Sem dar qualquer chance para que nenhum dos dois se defendesse, a vilã acertou Gwyndolin no peito com uma de suas espadas, e em seguida, arremessou a outra direto na testa de Agnite, fazendo com que sua cabeça fosse explodida. Como esperado, o membro se desfez, transformando-se na mesma substância que formara as “bochechas” do Necromante, que escorria pelo seu peito.

- Francamente... – murmurou Kyara, após um longo suspiro – Se tivessem me dito que o Pecado da Luxúria era um Doppleganger, eu nem teria perdido meu te–

Antes que pudesse terminar de formular sua frase, a Integridade foi acertada por um golpe avassalador em suas costas. O responsável pela investida? Nada mais, nada menos, do que o Gashadokuro de Gwyndolin, que permanecia firme e forte. Ele a agarrou de dentro de sua couraça de ossos e a arremessou para longe.

- Ah! Uma farsa! – Concluiu ainda no ar, abrindo um leve sorriso de canto – Bem pensado, Gwyndolin... Bem pensado...

De repente, ambos Gwyndolin e Agnite arregalaram seus olhos, como se quisessem ter certeza que tinham acabado de presenciar aquilo. Em questão de segundos, ou até menos, Kyara desaparecera de onde estava no meio do ar e ressurgiu na frente da cópia de Agnite, que estava sem cabeça.

-Eu odeio Doppelgangers, vocês são sujos e fedidos! – Gritou para o corpo que escorria a substância. Após isso, o esmagou com toda sua força.

O gashadokuro de Gwyndolin tentou acertá-la, mas errou. Novamente, ela havia sumido. E como num passe de mágica, estava na frente da duplicata de Gwyn.

-Criatura ridícula e asquerosa! Zengate vai me dever um monte por eu ter tocado em vocês, viu?

Em rápidos movimentos com sua espada, destruiu o corpo do Doppel de Gwyndolin.

Espera um pouco! Como assim ela se teletransporta?! Perguntou-se Gwyndolin em seus pensamentos, em choque. Ela tem os poderes mágicos do Krioni e as técnicas de combate do Asura? Não fode, porra! Os olhos do necromante pareciam girar devido à situação horrível que se encontrava.

O loiro sorria, talvez para tentar acalmar Agnite, mas seu sorriso era falso. Podia sentir como se seu coração tivesse parado por alguns milésimos de segundos, assim como sua respiração. Por dentro, seu sangue parecia gelado como o dos cadáveres que controlava.

Num ato desesperado, o Necromante se aproximou do Cavaleiro Sagrado ao seu lado e recitou alguns encantamentos Druidas de proteção, junto com suas correntes que, com um comando de seu mestre, entraram em modo defensivo, afinal de contas, não sabiam quando seriam descobertos e atacados por Kyara.

-Sir Gwyndolin, o que faremos se ela nos encontrar? – perguntou Agnite, tão preocupado quanto o Pecado Capital da Luxúria.

De repente, ambos puderam sentir algo atrás de seus corpos... Ou melhor dizendo, alguém!

-Não sei o que pretendem, mas é melhor terem um bom plano! – Exclamou Kyara, de maneira brincalhona, enquanto fazia um joinha para seus adversários, que sentiram como se suas almas fossem arrancadas de seus corpos.
Capital do Reino - Página 2 Claudi11


Capital do Reino - Página 2 Kyara10
Takashi
Takashi
Mensagens : 8
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:03 pm
Capital do Reino - Página 2 Takash10

Droga, esse cara é uma montanha ou o que? Não, se fosse uma montanha eu o cortaria, está mais pra uma ilha inteira! Desgraçado! Só há um jeito de derrotá-lo, mas isso pode me matar... E se eu morrer, podemos dizer que a missão foi um fracasso... Maldita ganância de salvar o Capita a todo custo que me fez usar aquilo! Mas não posso ficar assim! Eu não posso perder aqui! Eu vou derrotar esse imbecil e te salvar, Nier!

Takashi se levanta com dor e dificuldade, ajeita sua postura e segura a espada com as duas mãos, apontando para a frente, na direção de Torgan.

Capital do Reino - Página 2 The-he10


-Se você é o Escudo de Zengate, eu vou te dividir em dois aqui e agora! Dragon’s Greed! – Gritou Takashi ativando sua habilidade mágica única, aumentando extremamente sua força. – Eu vou te derrotar, salvar o Capita, a princesa e esse reino! Eu vou me redimir pelos meus erros! – Ele parecia gritar mais para si mesmo como uma promessa do que faria do que para seu oponente. – Se prepare para provar o poder e toda a chama da vida de alguém da Saligia!

-Quanta ganância... – Resmungou Torgan. – Venha então, escravo. – Ele puxou seu martelo e ficou em postura de combate, pronto para rebater cada golpe de Takashi.

Porém, não foi isso que aconteceu.

O primeiro golpe de Takashi fez um enorme corte horizontal em seu peito, de fora a fora, quebrando sua Titanium por completo. O choque o fez tentar se defender com seu martelo do segundo ataque que vinha por cima, mas a Zephyrus atravessou por ele – havia se esquecido por completo do poder desse Tesouro Sagrado no seu reflexo instintivo. Agora, Torgan possuía uma enorme cruz de sangue em seu tórax.

No terceiro ataque, conseguiu rebater a espada com seu martelo, mas a mão que não segurava a espada o atingiu em cheio na boca com o soco-inglês de antes, fazendo-o cuspir sangue. Aproveitando o impulso que pegou do golpe de martelo, ele girou em seu eixo e fez um corte na barriga do oponente em sua frente. A sua Anti Morte com certeza estava ativa, mas se realmente morresse, não havia nada que pudesse fazer.

A Virtude deu alguns passos para trás, mas Takashi o seguiu com uma estocada violenta, que acertou os braços que Torgan ergueu para usar de escudo e proteger a cabeça. O Pecado se impulsionou para frente em uma explosão de sangue e acertou um soco com sua mão livre novamente, dessa vez nos braços, fazendo-o abrir a guarda. Em um movimento que explodiu os músculos de seu braço que segurava a poderosa espada, abaixou a Zephyrus contra Torgan, que esquivou para o lado.

Infelizmente para a Generosidade, sua esquiva não foi o suficiente. Seu braço direito fora cortado com o golpe brutal de Takashi, que estava parado em pé, sem se mexer, apenas sangrando. Vênus olhava para aquilo incrédula aqueles movimentos destrutivos em um pequeno beco da Capital de Lioness. Ela com certeza presenciou de camarote uma batalha que entraria para os livros de história.

-Pelo visto... – Falou a Virtude, completamente ofegante. – Você queimou... toda sua vida... Se eu não fosse... o mais resistente... das Virtudes... eu morreria...

Ele então pegou seu braço caído no chão, e colocou no lugar cortado, e devido a sua habilidade única, começou a se regenerar como o resto de seu corpo. Takashi apenas sentia que aquilo acontecia do seu lado, mas não conseguia falar ou se mover. Queria gritar para Vênus fugir, mas sua voz não saia, nem sua boca se mexia. Esperava que ela fosse esperta o suficiente para isso, ou que ao menos sua habilidade mágica de desativar magia pudesse desativar essa Anti Morte.

Então isso é morrer, hein... No fim, eu falhei completamente na minha missão... Desculpa Capita, por não conseguir te salvar... Desculpa Krioni, por falhar com você... Desculpa pessoal, por não poder me despedir de vocês... E... desculpa Lilian... Todas essas memórias que tivemos desde quando entrei serão perdidas junto de minha vida... No fim, não consegui sequer decidir sobre o que eu sinto, e só decido na hora que eu morro. Que patético. Ao menos a jornada foi divertida. Me lembrarei de vocês no outro mundo.

Capital do Reino - Página 2 Animee10

E com um baque de metal, o Pecado da Ganância cai no chão.


Capital do Reino - Página 2 Takash10
Asura
Asura
Mensagens : 16
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:04 pm
Capital do Reino - Página 2 Asura13

Sem perder tempo, Asura partiu na direção de Volk, que fora atingido e arremessado para longe pela magia de Jaeger. O jovem cavaleiro estava caído sobre os escombros de uma das casas próximas do local da batalha. Uma grande quantidade de sangue escorria de sua cabeça, assim como de seu tórax, preenchendo o peitoral da armadura com uma mancha avermelhada.

Usando sua magia de Manipulação Sanguínea, Asura conseguiu fazer com que o sangue ainda fresco do garoto retornasse para dentro de seu corpo, e logo em seguida, usou uma das esferas de magia de cura que carregava consigo para curar os ferimentos do ruivo. Entretanto, o jovem cavaleiro ainda parecia muito cansado, não sendo capaz nem de se levantar para lutar ao lado do Vampiro.

Percebendo o estado do rapaz, tudo que Asura podia fazer era escondê-lo dentro tal casa em que se encontravam; com sorte, aquilo o impediria de ser afetado pelo combate que se seguiria. Mesmo quase desacordado, Volk ainda possuía algo que, certamente, ajudaria o Vampiro durante a luta contra Jaeger.

Aproveitando-se do estado inconsciente de seu parceiro, Asura pegou um pouco de seu sangue para si, como forma de recompor suas energias, sendo capaz de criar uma nova adaga com o líquido avermelhado, ainda empunhando a Holy Drácula em uma de suas mãos.

-Ora, ora... Pelo visto, o Rei dos Vampiros já está de pé! Mas será que você será capaz de me acertar com suas adagas? Agora que sei de suas habilidades, vou evitar me aproximar de você... – Disse o velho, exibindo um sorriso psicótico em seu rosto.

-Sério? Então, como vai fazer para me acertar? Diferente de você, posso lutar à distância, e além disso, consigo me defender de qualquer lâmina que jogar em mim! – Retrucou o Vampiro, ainda confuso sobre as palavras ditas pela Virtude.

Capital do Reino - Página 2 Wp521311

Como resposta, o velho Jaeger soltou uma leve risada debochada.

-E quem disse sobre jogar lâminas? Saiba que posso criar explosões não apenas ao meu redor, mas também consigo direcioná-las para onde eu quiser! – Explicou, sorrindo de maneira desdenhosa.

A Virtude criou pequenas esferas flamejantes ao seu redor. Asura sabia que caso fosse acertado, sofreria um dano considerável, e na pior das hipóteses, poderia até mesmo tombar em combate.

Sem qualquer aviso prévio, Jaeger disparou uma das esferas na direção do Vampiro, que em um reflexo, criou um enorme escudo de sangue para se defender do ataque. Ao chocar-se com a superfície do escudo, a esfera foi rebatida em direção ao céu, criando uma explosão semelhante a fogos de artifício.

Em resposta, Asura criou várias adagas de sangue a partir do escudo que ele criou. Em um rápido movimento, as lançou na direção de Jaeger que, com extrema facilidade e agilidade, conseguiu se desviar do ataque de seu adversário.

Asura tentou novamente o ataque, utilizando do mesmo sangue anterior para não gastar muito do sangue de Volk, pois para sua infelicidade, não podia se dar ao luxo de criar inúmeras adagas de sangue, já que a substância usada para as gerar era escassa, e assim, acabaria ficando sem o resto de seu escudo para se proteger dos ataques da Virtude. Jaeger desviou habilmente de novo do ataque, mas dessa vez quase foi acertado por uma adaga.

“Se eu pudesse lhe acertar ao menos um golpe, causar um mísero arranhão, poderia usar o sangue dele ao meu favor...” Pensou o vampiro, tentando novamente acertar as adagas de sangue em Jaeger. Mas como se pudesse ler a mente do vampiro, a virtude usou de suas esferas explosivas para se livrar das adagas.

-Não pense que será tão fácil assim me arranhar, vampiro miserável! – Disse o velho a Asura, jogando suas esferas em direção ao vampiro.

A explosão causada pelas esferas de Jaeger causou um dano considerável ao escudo do Asura, fazendo evaporar parte do sangue e enfraquecendo a sua defesa.

Como Asura não poderia mais usar o sangue do escudo, se não ficaria indefeso, percebeu que estava sem opções, Asura pegou mais um pouco do sangue que havia adquirido do corpo de Volk para criar uma enorme lança avermelhada. Diferente do que seria o comum, não planejava jogá-la em Jaeger, já que este desviaria com facilidade, mas sim, usá-la como arma em conjunto com o escudo.

Sua nova arma era comprida o suficiente para acertar a Virtude sem que Asura precisasse chegar muito perto e correr o risco de ser acertado, entretanto, Jaeger continuava usando suas adagas como defesa contra os ataques do Vampiro, que não pareciam ser muito efetivos contra o velho.

Mesmo após certo tempo, ambos continuavam na mesma situação. Asura usava sua lança para, ao menos, tentar acertar Jaeger com algum golpe, enquanto a Virtude apenas usava suas adagas para se defender das inúmeras investidas do Vampiro. E foi então que o pior aconteceu... Graças a um descuido de poucos segundos, a arma criada pelo Pecado acabou entre as armas de seu adversário, que o encarou com um sorriso no rosto.

Vendo uma oportunidade de, enfim, atingir seu adversário, Jaeger criou uma pequena explosão contra a lança, fazendo com que a ponta da mesma evaporasse em um piscar de olhos, e assim, Asura ficou sem qualquer meio de ataque.

Capital do Reino - Página 2 Nmhxkj11

Ao ver sua arma se desfazer na frente de seus olhos, Asura ficou sem qualquer tipo de reação... E para seu azar, acabou abaixando sua guarda. Mais uma vez, Jaeger aproveitou a oportunidade para acertá-lo com uma pequena explosão à queima roupa.

Capital do Reino - Página 2 Asura13
Skanfy
Skanfy
Mensagens : 13
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:05 pm
Capital do Reino - Página 2 Skanfy16

Skanfy acordou mais cedo naquele dia, não que ela tivesse o costume de acordar tarde, já que costumava cozinhar para seus pais – por mais que para aquela família de fadas “cedo” e “tarde” fossem diferentes –, mas acordou com o nascer do sol naquele dia, pois ela iria sair para treinar com o arco e flecha. Preparou panquecas, torradas e pães para combinar com algumas geleias de fruta que ela havia preparado no dia anterior. Ferveu água para fazer um chá preto e café, para acordar. Quando terminou de pôr a mesa, seu pai Thyppon apareceu na cozinha e lhe deu um beijo na cabeça, ele estava acompanhado de sua mãe Lanya, que a abraçou e se sentou ao lado do marido.

-Está pronta para o treino, filha? –Falou a mãe da garota. Uma bela mulher, realmente parecida com uma versão mais velha filha, mas com mais “corpo” e dois belos pares de asas prateadas, que refletiam a luz de maneira que lembrasse a luz da lua. – Não irei com você dessa vez. – Ela disse enquanto se servia de panquecas com geleia de laranja.

-Claro mamãe, tenho treinado bastante a minha magia junto do meu pai. – Ela já estava com uma xícara de chá preto na mão e comia uma maçã ao olhar o pai, que também já estava com o prato cheio, saboreando a bela culinária da filha.

-Sabe, se você não fosse uma excelente guerreira, poderia se tornar a maior chefe das fadas! – Falou seu pai, enchendo novamente o prato. Ele possuía um rosto simpático com cabelos pretos curtos e usava um óculos quadrado, mantendo sempre uma expressão serena, que contrastava fortemente com a cicatriz de espada que ia do seu queixo até a sua bochecha. Seu par de asas eram cinzas opacas, e não emitiam um brilho como as de sua mãe.

-É verdade, filhota! Você é a melhor dos Lunae há pelo menos 500 anos nos assuntos culinários, então poderia muito bem se tornar mundialmente famosa! – Completou a mãe, se servindo do pão caseiro de sua filha. – Você deveria ir em Grisgandor e conhecer culinárias do Continente, com certeza agregariam muito no seu cardápio.

A jovem fada ficou vermelha com os elogios, e sorriu por saber que suas habilidades como cozinheira deixavam quem amava feliz. Ela pegou uma de suas panquecas e usou mel para dar um sabor extra. Depois que provou, realmente considerou trocar de profissão.

Após comerem, ela lavou e guardou a louça. Em seguida pegou seu arco e uma bolsa cheia de flechas, além de uma muda de roupas de emergência, sua mãe a havia ensinado a nunca levar muita coisa nos treinamentos. Também pegou uma cesta com o que sobrou da comida para levar para suas amigas, afinal já havia feito com esse pensamento em mente. Então ela se despediu dos pais e saiu, prometendo voltar no final da tarde, antes de escurecer.

Saindo de casa, ela viu que era um lindo dia meio quente, porém nublado, do jeito que ela gostava. Ela tomou distância do lugar onde morava, encontrando suas amigas no caminho.

-Olá, Skanfy, tudo bem? – Falou Wendy, sua amiga de infância. Ela era mais alta que Skanfy, e tinha longos cabelos verdes, além de usar um óculos redondo, com duas asas rosas. A garota de cabelos azuis olhou para a amiga, que estava junto de sua outra amiga Nyadara, e sorriu.

-Claro, Wendy, estou indo treinar, mas ainda está muito cedo...

Nyadara, que era a mais sensível das três, abraçou e beijou Skanfy, desejando-lhe bom dia. Skanfy apenas aceitava, mesmo não gostando muito de ser tocada. Ela era uma garota sexy, com um grande par de seios e uma grande bunda. Suas asas eram ciano, juntamente com seu cabelo. Ela se colocou a falar quando largou Skanfy.

-Você é realmente preguiçosa, hein... pretende dormir no treino?

-Na verdade, não. – Respondeu Skanfy, surpreendendo ambas. – Pretendo dormir antes. Mas antes disso... – Ela falou erguendo a cesta. – Quem quer comer? Fiz a mais para vocês duas ho–

Antes que pudesse terminar, ambas pegaram a cesta e começaram a comer a comida da fada azulada e elogiar veementemente, apenas acendendo mais a chama de cozinheira de Skanfy. Ela se sentia verdadeiramente feliz em ver seus amigos comendo a sua comida.

Ela se sentou do lado das duas e reclamou sobre não ter asas, mas elas disseram que elas incomodavam, fora que ela podia voar sem elas, então não é como se estivesse perdendo alguma coisa de verdade. Elas então passaram um pouco de tempo conversando sobre seus assuntos femininos, até a preguiçosa pegar no sono.

Após quase uma hora de soneca, Skanfy foi acordada pelas duas, pois era hora de ela ir treinar. Ela herdou os poderes de seus pais, então acabava sendo a possível futura líder dos Lunae, e também competidora pelo trono das fadas. Nesses momentos, ela desejava que outra pessoa mais proativa estivesse em seu lugar, já que era muito mais sua cara dormir do que lutar.

Skanfy abraçou suas amigas, se despedindo delas, e pedindo para, caso ela não voltasse até o pôr do sol, acordá-la, pois ela não havia conseguido ficar acordada. Elas riram e prometeram, afinal ela poderia se meter em mais encrencas por dormir demais, como se metia quando era apenas uma criança.

Ao ganhar distância, começou a atirar em árvores enquanto voava, nelas já haviam marcas de outras flechas que ela já retirara. Ela treinou duramente atingindo árvores, folhas caindo e até uma maçã, mas após atingir a fruta, ela a pegou e comeu enquanto dava uma pausa em seu voo pela Floresta das Fadas, quase no seu ponto final.

Nisso, ela ouviu alguns sons, mais especificamente vozes, e foi silenciosamente verificar quem era. Ela era leve como um gato, não fazia barulho ao se movimentar por entre as folhas das árvores. Olhando atentamente, ela viu que eram os Argent's, que discutiam uma emboscada para atacar o clã Lunae. Os Argent’s eram uma guilda de caçadores de fadas, afinal as propriedades mágicas das asas ajudavam e muito a criação de vários tipos de poções, inclusive havendo um catálogo criado pelos mesmos sobre as propriedades de cada cor e seus melhores usos.

Eles discutiam alguma estratégia, mas a fada não deu bola. Já haviam tentado invadir antes, e haviam saído com o rabo entre as pernas e com metade de seu pessoal. Julgando pelo jeito que estavam, poderia ter tentado lutar contra eles, mas isso iria requerer demais de sua energia, coisa que ela guardava apenas para cozinhar, comer e ir para a cama. Além disso, ela não daria conta de tantos, então precisaria chamar reforços, que estavam muito longe. E como era de se esperar da fada preguiçosa, ela não estava nem um pouco afim de voltar todo o caminho, pois teria que o fazer de novo pelo menos mais duas vezes. Além disso, os Lunae possuíam diversos lutadores hábeis, como seu pai – que era o ex-capitão da guarda real – e até mesmo suas amigas eram boas combatentes. Então não havia nada com o que se preocupar, né?

Ao ver que seria trabalhoso demais voltar, ela seguiu por mais uns 5 minutos e chegou no seu campo de treino. Vários alvos, estáticos ou em movimento, circulares ou em formas de seres vivos, todos marcados nos pontos onde mais eram importantes pelas inúmeras flechas de Skanfy. Ela suspirou e começou a disparar nos alvos por algum tempo, até ficar cansada. Ela pegou sua mochila e a colocou como travesseiro, e se deitou para dormir, se cobrindo com o cobertor que havia deixado ali para essas ocasiões. Sempre se prevenir para poder dormir era seu lema de vida.

Seu sono foi interrompido por uma coruja bicando sua cabeça, e notou que já era noite. Quase meia-noite. Ela engoliu em seco e seguiu o rumo de casa, se preparando para a bronca que iria tomar. Quando passou pela clareira onde os Argent’s estavam, decidiu parar e observar o que estavam planejando, afinal queria imaginar como os Lunae desfizeram o plano deles e os fizeram fugir com o rabo entre as pernas novamente.

No momento que viu o plano, seu coração errou uma batida e um frio enorme subiu pela sua espinha, junto com a sensação de seu rosto estar pegando fogo. Selos de cancelamento de magias. Selos de invocação de soldados estacionários para invasões. Magia solar, que anulava os poderes da lua dos Lunae. Magia negra, perfeita para se usar contra fadas. Magia de fogo, igualmente letal para magias de natureza. Magia de restrição de movimento. Um plano de ataque onidirecional, chamado por eles de Omni Blitzkrieg. Uma técnica de guerra que ela ouviu que acontecia no continente, onde atacavam de todos os lados com muita força, sem deixar o inimigo pensar. Seus olhos já pareciam um mar vendo o plano tão simples de se contornar com informação privilegiada, porém impossível de escapar se feito de surpresa, como foi feito.

Sem pensar mais um segundo, a fada estava voando entre as árvores, batendo seu corpo delicado em galhos, fazendo pequenos cortes e arranhões pelo seu rosto e braços. Já perto de seu destino ela encontrou a destruição de magias de fogo, sol e trevas e muitas árvores caídas, então nesse momento apenas rezava para os ancestrais dos Lunae que fosse apenas a derrota do inimigo e suas magias disparadas de maneira errada.

Mas ao olhar ao chegar na vila onde viviam os Lunae, seu coração pareceu despencar, junto de suas lágrimas. Vários corpos estirados pelo chão, desprovidos de suas asas, com alguns ainda vivos agonizando de dor, afinal arrancar as asas de uma fada morta não eram tão boas quanto as de uma viva. Ela tentava andar, mas não conseguia se manter em pé, já que logo seus joelhos cederam. Seus olhos inchados ardiam de tanto chorar, mas ela reuniu as forças que imbecilmente poupou ao longo do dia e se levantou para tentar ir para casa.

No caminho, ouviu uma voz familiar a chamar. Não apenas uma, mas duas, bem conhecidas dela. Wendy e Nyadara, ambas caídas e ensanguentadas no chão. Ela correu na direção das duas e se jogou na frente delas, que choravam ao vê-la. Ela logo ajeitou o corpo e pegou as duas nos braços, como se segurasse ambas no colo.

-Que bom... que está viva... Skanfy... – Falou Wendy. – Você sempre foi excelente... em evitar encrencas... ficando longe... – Ela sorriu ao se lembrar de quando eram pequenas, e Skanfy estar dormindo em algum lugar ortodoxo e se livrar das broncas dos anciões.

-Wendy, aguente firme! – Gritou Skanfy, aos prantos. – Nyadara, você também!

Nyadara nada falou, apenas projetou seu corpo e abraçou a amiga de cabelos azuis, como costumava fazer o tempo todo. Skanfy retribuiu e abraçou ambas dessa vez, apenas para sentir, após alguns segundos, seus corpos perderem suas forças e tombarem no chão, sem vida. A menina de cabelos azuis fechou os olhos de suas amigas e as colocou no chão, deitadas com as mãos sobre o peito.

Ela então reuniu suas forças e correu para sua casa em desespero, pensando se eles haviam conseguido encontrar sua mãe, uma fada de sangue raro cobiçada em todo mundo humano. Mas ao chegar em casa, ela não a encontrou, achando somente o corpo sangrento e cheio de cortes e hematomas de seu pai, também sem asas. Ele levantou a cabeça e olhou para ela, afinal o matar não era tão fácil assim.

-Skanfy... ainda bem... que está... viva...

-Papai! – Gritou a fada correndo na direção dele e o abraçando, o colando no seu colo.

-Agora você... tem um pai como você... sem asas... – Falou tentando manter seu característico bom humor.

-Pai, me desculpa! Eu–

Ela foi interrompida pela mão fraca de Thyppon, que a silenciou.

-Eu sei, eu sei... Eu sou seu pai... afinal de tudo... eu sei que você... é uma pirralha preguiçosa... e que estava dormindo... e se viu... os Argent’s. – Parou sua fala para tossir, e logo continuar. – Os ignorou... eu não devia... deixar você sozinha... – A garota chorava desesperada enquanto seu pai falava. – Escute bem, filhota... Eu te perdoo... e sua mãe... também... Nós te... amamos muito... mesmo com... esse... erro... Então... não... se... culpe... tanto... Então... vi.. va.. por... nós...

Ele usou o resto de suas forças para erguer o seu tronco e dar um beijo na testa de Skanfy, enquanto afagava seus cabelos, até perder suas forças e entibiar sem vida no chão. Skanfy chorava como nunca chorou ou choraria no futuro, e colocou o corpo de seu pai no chão, com ambas as mãos cruzadas sobre seu peito.

Capital do Reino - Página 2 Jyornk12


Ela saiu de casa desolada e com o rosto banhado em lágrimas, ela se beliscava murmurando coisas como “isso é só um pesadelo” e “isso não é real”, enquanto chorava, tentando acordar dessa onirodinia. Ela, em meio ao caos, acabou encontrando com Jyglix, um dos anciões do clã Lunae, que reunia, um a um, os corpos dos falecidos. Ele também estava sem asas, e parecia usar magia ancestral para se manter vivo e ajudar os outros a irem para o outro mundo e falar o que aconteceu ao Rei das Fadas. Ele olhou para ela e arregalou os olhos, afinal alguém continuava bem fisicamente.

-Skanfy, você está bem? – Perguntou preocupado. – Está viva! Onde você estava?! – Cuspia palavras tentando encontrar algum sentido nisso.

Skanfy o fitou sem brilho algum no olhar e o respondeu, em baixo tom. Sua voz conseguia ser abafada pelo som da grama se movendo com o vento da madrugada.

-Eu fui treinar.

Jyglix parecia incrédulo com a resposta dela. Treinar? Mas o campo de treinamento era um alvo fácil, afinal estava na quase entrada da floresta dos Lunae.

-Mas você não foi atacada pelos Argent's?

A pergunta do ancião levava Skanfy de volta às memórias do começo do seu dia. Novamente, sua voz fraca e rouca era quase inaudível, porém Jyglix ouvia perfeitamente cada palavra da jovem Skanfy.

-Não, eu os vi no início da tarde, mas eles não perceberam a minha presença.

O velho Jyglix ficou perplexo com o que ouviu. Era quase como se Skanfy tivesse cuspido em sua cara. Não, ele preferia que Skanfy tivesse cuspido em sua cara ao ouvir isso.

-Então você viu que eles estavam vindo atrás de nós, mas ainda assim não nos enviou nenhum aviso?

As palavras dele eram tão afiadas e certeiras que fizeram Skanfy se derramar em lágrimas.

-E-Eu achei que eles seriam pegos antes de conseguir pegar alguém, portanto apenas os ignorei...

Ela viu o rosto do ancião ficar branco. Seu olhar no começo era de preocupação, mas agora era apenas fúria para a garota.

-Então você viu que eles estavam vindo, mas ainda assim não mandou nenhum aviso porque achou que nós os pegaríamos a tempo?

Skanfy abaixou a cabeça, envergonhada, e apenas assentiu. Ele caiu sentado no chão, e levou ambas as mãos á cabeça. A sombra da meia-noite cobria seu rosto, e Skanfy achava melhor desse jeito. Ele começou a murmurar para ela.

Capital do Reino - Página 2 90a4c212


-Detesto dizer isso, garota, mas por causa disso você é tão culpada por esse ataque quanto qualquer um deles, e eu não terei escolha a não ser a de te entregar.

Nesse instante, o mundo de Skanfy desabou de vez. Não tinha mais casa, não tinha mais família, não tinha mais amigos. E agora não poderia nem ficar no lugar onde costumava chamar de lar. Com muitas lágrimas nos olhos e uma dor inexplicável no coração, correu. Correu para fora da floresta das fadas. Talvez os anciãos e outros clãs não a perdoassem, mas sabia que quem importava pra ela a perdoava. Suas amigas sabiam que algo assim aconteceria, só não esperavam que fosse assim. Seus pais se culparam por não a terem acompanhado, já que sua filha preguiçosa não se mexia pra fazer o que deveria fazer. Ela podia jurar que, na hora que olhou para trás, sentiu as mãos de Nyadara e Wendy a empurrarem pra frente e dizer “viva por nós!” e “não morra tão cedo!” para ela. Provavelmente era verdade, afinal a floresta ainda mantinha os espíritos ali por um tempo.

Só que mesmo assim, era tudo culpa dela, e isso era o fato que a corroía por dentro, mas ela não sabia o que fazer, então fugiu o quanto pôde, sabia que seria pega, mas isso não importava mais, pois ela havia perdido tudo.

Ela saiu da floresta das fadas e desertou por um longo tempo, afinal sempre foi boa em se transformar em outras pessoas. Logo, a Floresta das Fadas emitiu um comunicado ordenando que a cabeça de Skanfy Lunae, a causadora do massacre, fosse entregue, viva ou morta. Então, logo os reinos humanos começaram uma busca por ela, e após muito tempo vivendo em um mar de tristeza, no qual ela já não sabia quanto tempo aquilo havia acontecido, foi pega em Lioness, e condenada a morte ali mesmo, afinal as fadas não queriam nem sequer executá-la, devido ao desgosto que sentiam por apenas ouvir seu nome.

Quando foi encontrada, ela não lutou, e se entregou de boa vontade, nada poderia apagar o que aconteceu. No momento que estava prestes a ser enforcada, ela olhou para a corda com simpatia, se perguntando se a morte seria capaz de apagar a sua dor. Bem, ao menos poderia ver a lua uma última vez, já que o pôr do sol já permitia que a bela lua estivesse no céu. Após ser colocada em pé num barril na praça da capital e começarem a recitar seus crimes, falando uma a uma as vítimas do massacre e o motivo sendo cravado a cada fada que havia morrido, uma conversa entre quatro homens podia ser ouvida no fundo da multidão silenciosa.

-Sou só eu ou vocês também sentem essa magia nela? – Falava um rapaz de vinte e poucos com uma camisa social branca de botões com um bordado de um doce no bolso e cabelos igualmente brancos, na altura do pescoço.

-De fato, é possível sentir uma imensa quantidade mágica nela... – Falou um homem de capa branca com uma coroa gravada na sua lateral e cabelos azuis curtos, com uma tatuagem vermelha no rosto.

-E ela consegue esconder bem a força dela, hein. Cara, ela é forte pra cacete, dá pra sentir daqui! – Exclamou um jovem de uns dezesseis anos de cabelos pretos semi-longos, que andava com uma jaqueta feita de couro com moedas bordadas em seus ombros por cima de uma camiseta preta.

-Bem, e é preguiçosa. Tá aí um requisito importante. Por sinal, por que precisa ser sete pecadores? – Falou um jovem de cabelos castanhos, que usava uma camiseta preta e um sobretudo vermelho aberto, com a gola levantada, com alguns detalhes de chamas em branco na base do sobretudo, com um destaque para um grande martelo marcado em suas costas.

-Porque sim. – Respondeu o homem de cabelos azuis sem titubear. O garoto de sobretudo apenas suspirou e começou a andar em direção ao palanque onde estava acontecendo a execução da fada, com os outros três o seguindo.

A população começou a abrir caminho e olhar com desprezo para os quatro, que não ligavam nem um pouco para isso. “Esses malditos criminosos...”, “sumam daqui escória!” ou “vocês são piores que lixo!” eram frases rotineiras para eles, então simplesmente continuaram. Quando chegou na frente do palanque, o rapaz do sobretudo vermelho falou:

-Olá, Skanfy! Eu sou Nier, e esses são meus companheiros e amigos Krioni, Asura e Takashi! – Disse apontando para cada um deles. – Nós somos a Saligia, a Ordem de Cavaleiros Condenados! Gostaria que você se juntasse a nós.

Ela olhou sem entender para ele. Ele estava radiante, sorrindo para ela assim como os outros, principalmente o de cabelos brancos. Antes que sequer pudesse responder ou perguntar qualquer coisa, o carrasco atravessou e se pôs a falar:

-Ela não vai a lugar nenhum. Ela vai ser executada aqui e agora e entregue à Floresta das Fadas.

Antes que pudessem retrucar, o carrasco puxou a alavanca do alçapão, fazendo que ela despencasse. Ela fechou os olhos e esperou pelo inevitável fim, e esperava que fosse rápido.

Isso não está demorando demais? E por que eu ainda respiro?

Quando abriu os olhos, Asura, o homem de cabelos brancos, estava no palanque, pisando em alguma coisa vermelha, e a segurando com um braço, como se a segurasse no colo. Em um rápido movimento, ele cortou a corda da forca com sua adaga, que era bem bonita, ela poderia dizer.

-M-Merci... – Respondeu a fada. Ainda segurando ela, Asura respondeu.

-Que isso! Agora você é uma de nós! É importante salvar nossos companheiros! Afinal, todos cometemos um grande pecado, não é mesmo?

Ela não respondeu o radiante platinado, apenas abaixou a cabeça. Ainda carregando ela, ele desceu do palanque e Nier gritou para a multidão, com a voz amplificada com a magia de Krioni:

-Acabou o show pessoal! Podem ir pra casa!

Krioni, por sua vez, fez uma pergunta para ela:

-Onde você preferiria ser tatuada?

-Na panturrilha direita... Pourquoi?

-Você vai ver... – Falou Takashi, rindo.

O mago colocou sua mão na panturrilha de Skanfy e concentrou sua magia ali. Uma marca de um travesseiro surgiu, uma marca de preguiça.

-Bem, essa magia cria uma marca de pecado em quem ela for usada. E ela só funciona com aqueles que tem bom coração, então se você não fosse boa, acabaríamos com você agora mesmo.

Skanfy tentava compreender o que Krioni disse, mas não conseguia plenamente. Nier percebeu sua confusão e falou:

-Ele quer dizer que mesmo que você tenha feito uma coisa ruim que se arrepende, ainda é uma boa pessoa. Então, bem vinda ao time. Nós somos a Saligia, aqueles que foram condenados por crimes que não queriam ter cometido. Eu sou Nier, o Pecado da Ira.

-Eu sou Asura, o Pecado da Gula.

-Meu nome é Takashi, e eu sou a Ganância.

-Krioni, o poderoso Orgulho.

-Bi-Bien... Je suis Skanfy Lunae, o Pecado da Preguiça. Eh bien, Asura, você poderia me colocar no chão?

-Ah, certo, desculpe. – Ele a desceu no chão, tirando de seu braço. – É que você é muito leve. Não sabia que fadas eram assim. – Ele riu após falar isso, e ajeitou a camisa, que havia abarrotado.

E após muito tempo, Skanfy sorriu e riu. Finalmente, achou um lugar para poder ficar. Ela podia sentir que aquelas pessoas eram boas, e que poderia confiar nelas. Afinal, todos carregavam um fardo como ela. O fardo de um enorme Pecado.

Após ver sua vida passar diante de seus olhos, Skanfy sai do transe e retorna à realidade. A terrível realidade daquele momento. As flechas continuavam indo em sua direção, e sua percepção deixava a impressão de estarem em câmera lenta.

Ao ver que não havia escapatória, decidiu que ia aceitar o seu fim. Afinal, era hora de expiar seu Pecado. Tê-lo revisto com certeza era um sinal para isso, não?

Não.

Com certeza não.

Morrer agora e deixar todos seus amigos para trás? Ser a única que morreu da Saligia? Justo no auge de seus quatrocentos e treze anos? Deixar Camille e Nier morrerem pra algum plano sujo das Virtudes?

Nem pensar.

-Como se isso fosse ser tão fácil! – Gritou, mais para si do que para o seu parceiro ou oponente, para conseguir novamente a energia necessária para continuar lutando.

Capital do Reino - Página 2 4zyhai10

Ignorando os ferimentos, usou sua anormal força para socar imediatamente um dos grandes tijolos do chão da Capital e usar como escudo para se defender, pelo menos das flechas de uma direção. Ela posicionou suas costas nesse bloco, e tentou usar sua magia de vento para criar uma barreira de vento e, para sua surpresa, conseguiu! O efeito da Lágrima da Deusa devia ter passado alguns instantes antes, e Vincent se mostrou verdadeiramente descontente com isso.

-Incrível! – Falou Edward empolgado com tal situação.

Porém, sua empolgação durou pouco. Como se fosse uma montanha caindo em sua direção, a centopeia gigante de Vincent se movia em sua direção. Com um som estridente, ela ia atropelá-lo, mas uma lufada de ar o jogou para o lado e ele viu Skanfy voando por cima de sua cabeça.

A fada arqueira puxou três flechas mágicas de seu arco e disparou na cabeça da invocação. A besta se voltou para sua direção, e em um movimento que parecia ter saído do próprio inferno, começou a contorcer seu corpo em direção ao céu, onde estava a Preguiça.

-Arc Perfide: Nouvelle Lune!

O Tesouro Sagrado de Skanfy brilhou opacamente, e ela mirou as flechas nas patas do enorme artrópode. Algumas várias foram arrancadas, mas as flechas pararam na carapaça dura, que estava até nas patas.

Continuando a subir, mirou a fada com suas enormes presas, mas soltou outro grunhido que irritava qualquer um que ouvisse, mas dessa vez de dor: Edward usou novamente sua magia e acertou a parte inferior completamente exposta da fera de várias patas.

-Boa, moleque! – Gritou Skanfy. – Arc Perfide: Premier Quartier!

Novamente, o arco mudou de forma. Dividindo-se em dois, se transformou em duas adagas curvas, perfeitas para o combate corpo a corpo e para assassinatos, a lua crescente. Ela voou em direção ao chão, fazendo um corte que rasgou o corpo inteiro da centopeia em dois, por onde vazava um sangue verde escuro que sujava ela e Edward, como a vizinhança inteira.

-Isso é nojento... – Reclamou a fada.

-Não tinha como fazer menos bagunça? – Reclamou Edward limpando o sangue do monstro morto.

-Vocês são melhores do que eu pensava. Mas não posso deixar escaparem. Se eu não estivesse com tanta pressa, até aplaudiria, mas... Vamos acabar com isso.


Capital do Reino - Página 2 Skanfy16
Gwyndolin
Gwyndolin
Mensagens : 9
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:06 pm
Capital do Reino - Página 2 Gwyn13

-Mas que caralho?! – Gritou Gwyndolin.

Kyara estava diante de seus olhos. A assustadora presença da mulher diante bem em sua frente, fez Gwyn pular para longe e enrolar Maltorius no corpo de Agnite para arrastá-lo junto. Como diabos ela conseguiu se aproximar tão rápido? E por que seus doppels foram destruídos?

-O que foi, Gwyndolin? Medo de mim? Confusão? Você parece atordoado... Será que se eu fizer isso de novo...

E como num passe de mágica, estava na sua frente novamente.

-...você vai se assustar?

Gwyn estava branco de medo. O que ela estava fazendo? Como isso era possível? Ele precisava reverter a situação e rápido, antes que...

-Sir Gwyndolin! Cuidado!

-Merda! - Gritou Gwyndolin.

O Pecado da Luxúria puxa suas correntes para proteger do ataque do lado esquerdo da virtude, porém é acertado com um golpe pela direita por baixo, o deixando confuso e o ferindo com um corte na barriga. Se não usasse um encantamento de aumentar a resistência do corpo, teria tido sérios problemas com esse ataque. Porém, em uma batalha, o tempo não para. Kyara logo desferiu um chute rasteiro em Gwyn, que percebe a trajetória da perna da virtude e usa seu Tesouro Sagrado para segurar o golpe. Porém, algo estranho acontece. O chute acerta seu braço direito, e o faz voar alguns metros.

-Sir Gwyndolin! Você está bem?

O jovem cavaleiro dispara em direção ao pecado para ajudá-lo.

-Bem não estou, porém, vivo. Tem algo de muito estranho nela... Mas eu acho que descobri o segredo dessa vadia! – Fala o Pecado confiante.

-E o que é?! – Perguntou o empolgado cavaleiro.

-Verdade Gwyndolin, o que é? – Kyara estava novamente atrás dele.

Em um movimento rápido, usou a Lilith para afastá-la e se afastar também. Ela riu e disparou para cima dele, que imediatamente criou dois mortos-vivos na sua frente para atrapalhá-la.

Obviamente eles não adiantaram nada, afinal foram fatiados por suas espadas extremamente poderosas. E novamente ela desapareceu, e apareceu na direita de Gwyndolin.

-Não é tão fácil fugir de mim, Gwyn!

O necromante prontamente ergueu uma barreira mágica, negando o impacto que sofreria. Em um movimento com a mão esquerda, fez dois largos esqueletos com grossos ossos saírem do chão e segurarem-na.

-Agora!

-Toma essa! – Gritou Agnite surgindo das sombras.

Na trajetória do seu ataque, ele incendiou sua espada e focou seu golpe no pescoço da Virtude.

-Vocês são muito chatos, sabiam? – Após falar isso, desapareceu novamente para os dois. Havia congelado o tempo para fugir.

Droga! Congelar o tempo e não poder atacar com isso é um saco! E ainda tenho que esperar para atacar após descongelar o tempo! Isso é ridículo!

Ela estava começando a se irritar com a luta. Gwyndolin era realmente um oponente digno, e o Cavaleiro Sagrado que o seguia possuía um bom potencial para se tornar um grande defensor do Reino, caso sobrevivesse a ela.

Se não fosse essa magia de apoio da Hanna e da Glenn, eu provavelmente teria sido amassada por aquele esqueleto gigante de antes... Mas bem, é hora de voltar a lutar!

Ao descongelar o tempo, estava novamente na frente deles. Ela soltou um sorriso claramente cínico para os dois, que se mantinham focados nela. A essa altura, esses teleportes não eram novidades e sim realidades.

-Vocês são fortes, eu admito... Mas eu sou uma das Virtudes Sagradas, protetora desse reino!

Gwyn ignorou completamente as falas dela, e ele mesmo pôs-se a falar:

-Existem duas possibilidades para o seu poder, Kyara. Primeira: você consegue se teletransportar. Segunda: você pode parar o tempo. E a melhor parte de eu ter sido um membro da Saligia dez anos atrás, é que uma certa pessoa que pode fazer ambas as coisas tentava me matar todos os dias. E agora, eu sei como me proteger disso. Não pense que será fácil assim me derrotar. Você está 200 anos adiantada para querer me enfrentar, garotinha!

Após falar isso, Gwyn puxou Agnite para suas costas, e ele entendeu imediatamente, se colando nas costas do necromante. As correntes Maltorius fizeram um círculo em volta deles, criando uma defesa de todos os lados, enquanto Lilith criava uma barreira de várias runas que flutuavam ao redor deles, quase como se dançassem.

Ele está me fazendo de boba? Eu vou acabar com a raça dele!

E novamente, parando o tempo, disparou correndo na direção de um dos flancos dele. Quando quis se enfiar por dentro da corrente, sentiu inúmeros cortes sob sua pele. Quando viu mais de perto, percebeu que haviam incontáveis lâminas de magia negra e ossos, todas fragmentadas, saindo de cada elo das correntes. Ela deu dois passos para trás e desativou a dobra do tempo.

-Está ven–

Antes que pudesse completar, foi recebida por dois esqueletos que lembravam trolls porém mais pesados e resistentes, que acertaram cada um um soco em sua face, a arremessando longe. Imediatamente após isso, eles se liquefizeram e entraram por entre as frestas dos tijolos enormes do chão, enquanto as runas daquele lado brilhavam.

-Gostou do meu gasha? Eu não o desfaria ou deixaria jogado por aí. Necromantes são eco conscientes, reutilizam tudo para aumentar seus poderes. E posso ver que você para o tempo... As lâminas da Maltorius estão quebradas. E a julgar pelo fato de que você não as estraçalhou como um certo alguém faria, você é bem impotente enquanto está com o tempo parado, não?

Agnite estava estupefato com a inteligência de Gwyndolin. Todas as suas afirmações se mostravam verdadeiras, devido à expressão de raiva de Kyara. Provavelmente ele era o adversário que ele menos gostaria de enfrentar da Saligia, devido ao tamanho poder e raciocínio rápido.

-Descobrir meu segredo não significa sua vitória, necromante. Eu sinto que sua magia está quase acabando. Aparentemente, você usou muitos poderes que até mesmo a demente mágica da Glenn não conseguiria manter por muito tempo, e agora está ficando sem mais nada no corpo.

E ela desapareceu novamente, Gwyn não a via em lugar algum. Ela fugiu para chamar reforços? Não, ela não era desse tipo. Até que um som de ar cortando chamou a atenção de seus ouvidos. Ao procurar ele por todos os lados, lentamente ergueu sua cabeça, bem como Agnite. Kyara estava no céu, caindo com extrema velocidade e com suas adagas brilhando.

-Destruidor de Gaia!

O impacto das espadas de Kyara nas correntes foi tão forte que lembrava os sinos das grandes catedrais. Gwyndolin imediatamente ergueu seu cajado para reforçar a resistência de Maltorius e lutava para manter as correntes que requeriam magia para estarem ativas, fazendo tanto esforço que as veias de seu nariz estouraram e começaram a sangrar sem parar. Porém, em um duelo de força, apenas o Escudo da Psychomachia teria alguma chance de parar a Matadora de Titãs.

No instante em que ela perfurou a defesa de Gwyn, o necromante que estava em choque fora chutado por Agnite, que percebeu que ele perderia e ela atravessaria a barreira. O chute salvou os dois de serem cortados em centenas de partes pela Virtude. Como se fosse esperado por ela, ela girou no seu eixo e arremessou as espadas nos dois.

Imediatamente, Gwyn criou mortos vivos para servirem de barreira para eles. Mas as espadas continuavam atravessando, e em um movimento rápido, Agnite se jogou para o lado, com a arma passando de raspão, fazendo apenas um corte.

Mas Gwyn não era um lutador físico e ágil. Ele era um mago. E magos, bem... magos são mais imóveis. A espada perfurou sua barriga, a atravessando por inteiro. No momento que a arma parou de atravessar e se instaurou com um soco por cima da ferida aberta pela guarda da lâmina, sangue saiu de sua boca para todos os lados. Ele continuou na trajetória, agora somado pela força da espada, até perder força e sair rolando pelo chão.

Capital do Reino - Página 2 5jvhng11


Capital do Reino - Página 2 Gwyn13
Lilian
Lilian
Mensagens : 7
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:12 pm
Capital do Reino - Página 2 Lilian14

Lilian suou frio. As ilusões realmente triplicaram. Após poucos golpes, notou ser impossível continuar desse jeito. Ela precisava fazer alguma coisa. Quando viu que Vatten estava ali ainda, usou sua magia e o arremessou para longe. Após fazer isso, sentiu o sangue escorrer por sua boca, estava começando a ir longe demais naquilo. Ela o ouviu gritar seu nome, mas não ligou.

-É hora de acabar com isso. Acabar com essas ilusões e você! – Lilian acertou um ataque no chão que fez uma onda de impacto, e se livrou daqueles ao seu redor.

-O que pretende fazer, gigante tola? – Perguntou, com desdém na voz, a Virtude.

-Você verá!

Ela fez alguns sinais mágicos com suas mãos, e ao invés de bater com a cabeça do martelo no chão, acertou com a lâmina do machado. Um pequeno tremor de terra começou.

-Contemple o ataque de área mais poderoso dos gigantes! Tsingy Bemaraha!

Uma enorme floresta de pedra emergiu do chão. Cada rocha que emergia até grandes alturas era completamente afiada, cheia de poros tão afiados quanto. Tudo que era tocado por essas estruturas rochosas era cortado como se fosse por uma lâmina de espada, inclusive o ar.

A enorme floresta se expandia rapidamente tanto para os lados quanto para cima, destruindo cada um dos ataques e ilusões de Vanalya. A mesma, inclusive, desviou de um ataque que acertaria e a dividiria em dois, mas seu corpo foi acertado pelos poros da enorme rocha, e o rasgou fazendo como se tivesse passado por um ralador.

No epicentro, estava Lilian, vomitando sangue de joelhos no chão. Ela viu o corpo de Vanalya, que estava em parte carne viva, escorrer para sua frente. Aquele era o fim da Caridade. Mas não.

-Res... tau... rar...

Capital do Reino - Página 2 Remini18

A voz fraca e cansada de Vanalya saiu de sua boca e fez seu corpo se regenerar dos enormes danos que havia levado. Os olhos de Lilian se encheram de lágrimas vendo aquela cena. Aquilo tudo foi em vão. Ela estava quase sem forças para se manter consciente. Porém havia um fio de esperança. Ela poderia finalizar sua adversária com seu machado, tudo que precisava fazer era ir até ela.

Ela usou todas suas forças para se por de pé. Após isso, conseguiu dar um passo com sua perna esquerda. Quando ergueu a direita, caiu e fez um corte em seu braço em uma das rochas. Um corte fundo, chegando a mostrar um de seus ossos.

-Isso dói... – Falou em meio a um soluço. Quando olhou para frente, viu que Vanalya se levantava, quase completamente regenerada.

Tentou se arrastar, mas foi em vão: sua oponente havia se regenerado e estava em pé. Ela andou com fúria nos olhos até a Pecado que estava caída em uma poça de sangue e lágrimas. Ela ergueu Lilian pelos cabelos e acertou suas costas numa pedra, batendo sua cabeça junto.

-Eu poderia só te matar, mas isso não teria graça. Vamos nos divertir, Inútil da Inveja. – A risada de Vanalya ecoou malevolamente por dentre as paredes de pedra. Lilian desistiu de tentar manter a pose e começou a chorar, com pequenos soluços e espasmos de dor.

Capital do Reino - Página 2 Magi0611

Pessoal… Takashi... Alguém me salve... por favor...

Capital do Reino - Página 2 Lilian14
Vênus
Vênus
Mensagens : 7
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:16 pm
Capital do Reino - Página 2 Vzonus10

Com ambos os olhos completamente arregalados, Vênus observava o resultado nem um pouco animador da batalha que acabara de presenciar. Tudo havia ocorrido tão depressa que, quando menos percebeu, o corpo de Takashi estava caído sobre as ruas da capital. Ver a cena do Pecado da Ganância, um dos Cavaleiros Sagrados mais fortes de toda Britânia, tombar tão facilmente em combate era, sem dúvidas, assustador.

Em contrapartida, Torgan se levantara bem devagar e com certa dificuldade, usando seu machado como ponto de equilíbrio, e para piorar a situação, todas as feridas presentes ao redor do corpo da Virtude pareciam estar se regenerando, mesmo que aos poucos. Apesar de seu adversário se encontrar em um estado de fragilidade, Vênus sabia que seria morta por ele em questão de segundos caso tomasse alguma ação imprudente. Mesmo assim, ela precisava fazer alguma coisa, ou então, Lioness estaria com sérios problemas.

Distraída por seus pensamentos, a Cavaleira Sagrada mal pôde notar quando algo a segurou pelo pescoço e, usando uma força descomunal para qualquer humano, a levantou. Aos poucos, Vênus podia sentir que seu corpo estava começando a ficar sem ar. Vendo a sua oponente, ele riu contente de sua ação.

-Nem tente fugir, garotinha... – Murmurou a figura de cabelos ruivos, ninguém menos do que Torgan, que já não parecia precisar mais do apoio de seu machado - Você... Será a próxima!!! - ao dizer aquelas palavras, a Virtude encarou fixamente os olhos assustados de Vênus, ainda a segurando com seu braço inteiro

Capital do Reino - Página 2 68747412

Dentro de seu peito, Vênus podia sentir seu coração disparar de maneira que parecia um tambor sendo golpeado ferozmente como em uma música de combate. Mesmo sabendo que, por conta da diferença de força entre ambos, enfrentar a Virtude era praticamente impossível, a garota sabia que era a única opção caso desejasse uma morte digna. Apesar do medo que rondava sua mente, a Cavaleira Sagrada encarou seu adversário, e então respondeu:

- Ah, mas nem fodendo! Erased! – Exclamou, enquanto segurava o braço de seu adversário com uma das mãos. Ao ativar sua habilidade, Vênus cancelara a magia Anti-Morte de Torgan

Sem perder tempo, Vênus sacou sua espada e a cravou no braço ainda em estado de regeneração do homem, criando uma ferida profunda. Devido ao susto pela rapidez com que fora atingido, Torgan acabou soltando a garota permitindo que, mais uma vez, ela respirasse de maneira aliviada. Agora, era questão de vida ou morte. Caso não saísse dali e encontrasse alguém disposta a ajudá-la, Vênus estaria com sérios problemas, afinal, tinha acabado de irritar uma das Virtudes.

-Filha da... A-AAAAARGH! – Esbravejou Torgan no instante em que fora acertado pela espada de Vênus. Por estar com sua Anti-Morte desativada, todo o seu corpo, incluindo o seu braço, havia parado de se regenerar. Novamente, a Virtude tombou no chão, ficando de joelhos. Sem poder fazer nada, apenas observou a garota rapidamente deixar o campo de batalha, o fazendo pensar o quão covarde era a nova geração de Cavaleiros Sagrados. – Volte aqui, sua pirralha! – Exigiu, enquanto tirava a lâmina de seu braço

Ignorando as falas e insultos de seu adversário, Vênus continuou correndo o mais rápido que suas pernas lhe permitiam, na intenção de conseguir escapar daquele local.

Capital do Reino - Página 2 54767214

Cansada e respirando de maneira ofegante, a garota desejava, mentalmente, que dez segundos fosse tempo o suficiente para que conseguisse fugir. Algumas poucas lágrimas teimavam em escorrer de seus olhos ao se lembrar da cena de Takashi tombando em sua frente. Entretanto, logo tratou de cessar seu choro, afinal de contas, não era hora de se lamentar. Precisava permanecer firme em seu objetivo.

Aguenta firme, Takashi! Eu tô indo buscar ajuda, então vê se não morre, caramba! – Pensou Vênus, ainda correndo o mais rápido que conseguia.

E foi então que, enquanto corria, a garota se deu conta de algo que não fora capaz de pensar no calor da emoção... Mesmo que precisasse de alguém, não fazia a mínima ideia de quem poderia chamar. A maioria de seus conhecidos, com toda a certeza, nem chegaria a causar um arranhão em Torgan, e a outra parte, provavelmente, estaria do lado da Virtude.

- Mas que merda! Se nem o Takashi conseguiu, quem diabos seria capaz de derrotar essa... Essa coisa aí?! – Perguntou-se em voz alta e, graças a esse momento de reflexão, acabou perdendo um pouco de seu ritmo. Logo que percebeu tal mudança, tratou de voltar a correr o mais rápido possível, afinal, não era hora de parar para descansar quando se tinha alguém como a Virtude da Benevolência a seguindo.

Agora, o foco da mente de Vênus era outro. Ao invés de pensar se poderia encontrar alguma ajuda, a garota tentava concentrar-se naqueles que poderiam ajudá-la a enfrentar Torgan.

Em primeiro lugar, lembrou-se dos companheiros de Takashi, os outros membros da tão famosa Saligia... Entretanto, aquele plano logo foi descartado, afinal, era provável que cada um já estivesse ocupado enfrentando o restante das Virtudes. Além disso, embora todos fossem bastante fortes e poderosos, se um deles havia tido dificuldade, era provável que os demais também tivessem.

Mesmo assim, aquela era sua única e última esperança. Sem outra alternativa, Vênus decidiu agarrar-se nela com todas as suas forças, como se sua vida dependesse daquilo – e, de fato, dependia – e continuou a correr, sempre se mantendo atenta a qualquer sinal da presença de algum outro membro da Saligia nos arredores.

Há alguns dias atrás, eu estava indo atrás dos Pecados para derrotá-los e destruí-los em nome das Virtudes... Agora, eu estou procurando ajuda para um deles, enquanto fujo da Psychomachia... Que ironia, não? – pensou.

Mesmo cansada e abatida, Vênus permanecia correndo à procura de socorro. Entretanto, algo a fez parar... Um enorme calafrio lhe percorreu a espinha e seu corpo ficou completamente imóvel... Passos abafados vinham em sua direção, acompanhados de uma voz ríspida que parecia cortar qualquer fio de esperança que restara no coração da Cavaleira Sagrada.

Capital do Reino - Página 2 Remini20

-Ótimo... Fique você sabendo, pirralha, que sua espada só me perfurou porque você acertou em um lugar que já estava muito danificado! – Revelou a Virtude, segurando a espada de Vênus com uma de suas mãos

Vênus se recusava a olhar para trás e, mais uma vez, encarar aquela figura assustadora. Um baque abafado e metálico pôde ser ouvido pela garota, provavelmente era sua espada que havia sido solta por seu adversário, que ainda caminhava em sua direção.

O físico de Torgan parecia estar recuperado quase que completamente, afinal de contas, o efeito do Erased de Vênus já havia se esvaído, e o mesmo estava recuperado de todo o dano sofrido no combate contra Takashi.

-Eu devo lhe parabenizar, garotinha... Afinal de contas, você conseguiu me atrasar, então... Meus parabéns! – Zombou o ruivo e, em seguida, soltou uma risada que fez o coração de Vênus parar por alguns poucos segundos. – Entretanto, tudo o que você fez foi adiar o inevitável... – Prosseguiu, com uma feição mais sombria em seu rosto. – A sua morte!

Capital do Reino - Página 2 F5iq2a10

Por algum motivo, Vênus não era mais capaz de se mover... Nada parecia existir ao seu redor, apenas ela e a Virtude... Naquele momento, sua vida parecia passar diante de seus olhos... Cada batalha, cada vitória, cada derrota... Tudo acabaria ali... Em pouco tempo, as ruas de Lioness estariam manchadas com seu sangue.

Não havia nenhuma escapatória... Tudo que Vênus podia fazer, naquele momento, era rezar para que algum milagre ou intervenção divina a livrasse do abraço frio e gélido da morte.
Capital do Reino - Página 2 Vzonus10
Volk
Volk
Mensagens : 7
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:18 pm
Capital do Reino - Página 2 Volk10

Asura, assim como Volk, fora lançado a alguns metros de distância... O golpe de Jaeger o havia atingido em cheio, chegando até a perfurar seu traje... Uma grande quantidade de sangue escorreu de sua boca, e naquele momento, pôde sentir como se sua visão escurecesse, mesmo que por poucos segundos...

Diversos pensamentos tomavam conta de sua cabeça naquela hora... Podia ver os rostos de todas as pessoas importantes que já conhecera em sua vida: sua irmã, seus pais, Nier, Camille, seus outros companheiros da Saligia, e em especial, Skanfy.

Sem mais forças para se manter de pé após o golpe recebido, Asura caiu de joelhos, ainda conseguindo enxergar uma pequena poça de sangue, vindo tanto de sua boca quanto do ferimento em seu estômago, tomar forma a poucos centímetros de seus pés... E de repente, pôde escutar uma risada um tanto quanto conhecida para ele... Ninguém mais, ninguém menos do que Jaeger, que vinha caminhando calmamente em sua direção.

-Bem... Pelo visto, eu serei aquele que terei a honra de eliminar o último Vampiro deste mundo! – Exclamou o velho, exibindo um sorriso vitorioso em seu rosto, enquanto segurava uma de suas adagas.

Capital do Reino - Página 2 Remini21


Capital do Reino - Página 2 Volk10
Edward
Edward
Mensagens : 5
Data de inscrição : 06/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:19 pm
Capital do Reino - Página 2 Edward11

Skanfy apertou o machucado que atravessou e sentiu que estava cada vez mais empapado de sangue. Não sentia dor, mas isso era por conta da adrenalina. Não podia parar, pois sabia que se parasse, não levantaria mais. Ela apertou forte seu arco e voltou a falar:

-Arc Perfide: Pleine Lune!

O brilho forte da arma cintilou nos olhos da Virtude, que já puxava mais flechas para disparar nela e no garoto. Ela disparou uma flecha, e prontamente Vincent pulou para o lado. Mas esse era o poder da lua cheia...

A flecha fez uma curva no ar e acertou as costas de Vincent, que olhou assustado para o golpe. Quando se deu conta do que era, viu que Skanfy havia colocado mais flechas no ar que estavam voando em sua direção.

-Esfera Prismática! – Rapidamente, ele tratou de se proteger.

Quando parou de ouvir as flechas baterem no seu escudo o desfez, mas foi prontamente recebido por um soco no meio de seu nariz, que o arremessou para longe.

-Você não é forte demais para uma fada...? – Perguntou Edward para Skanfy, que continuou focada no seu alvo.

-Arc Perfide: – No meio da mudança de forma da sua arma, sentiu uma pontada no coração, como se enfiassem uma faca nele. Porém, não era hora de parar, não ainda. – Dernier Quartier!

Ela disparou uma flecha em direção a Vincent, que havia acabado de parar de voar após o golpe. Então, ele imediatamente ficou preso no lugar, com o efeito paralisante pela lua minguante. Como se não bastasse, Skanfy ergueu seu arco com as duas mãos e puxou a corda com o pé, disparando uma flecha para cima.

-Para que isso? – Perguntou Edward confuso.

-Um presentinho pra ele. Vamos!

E então, ambos saltaram do prédio onde Vincent estava, o deixando preso no chão. Eles começaram a se afastar, porém após passar duas quadras, Skanfy caiu de joelhos no chão.

-Merde! Agora não! Je ne laisserai plus personne mourir à cause de moi! – Gritou triste e irritada.

Os machucados faziam uma poça de sangue onde ela estava. No seu próprio sangue, ela viu seu reflexo, sujo e acabado. Presenciando tal cena, algumas lágrimas começaram a rolar do rosto de Skanfy, e caiam no círculo vermelho, criando pequenas distorções na sua figura.

Edward se sentia mal por Skanfy, mas percebia que ela tinha um motivo forte para continuar e se sentiria pior se não a ajudasse. Ele a pega no ombro, servindo de apoio para a fada.

-Estamos indo para o Castelo, não é? – Falou o garoto de cabelos verdes. Skanfy deu um sorriso fraco, e respondeu com a voz fraca.

-Oui, au... château...

Eles começaram a dar passos lentos, atravessando a cidade, mirando o castelo e salvar os companheiros de Skanfy.

Quando o efeito da paralisação das flechas estava começando a passar, a outra flecha que havia sido disparada aparece na visão de Vincent.

Vadia...! Você calculou o tempo e deixou a flecha aqui para comprar mais tempo? Mexa-se corpo! Você não pode deixá-la fugir!

Ele tentou se mexer, mas não conseguiu. Ele teve sorte que Skanfy estava muito afetada pelos machucados e mal conseguia se manter em pé, afinal ela errou todos seus órgãos vitais. Mas acertou o órgão mais vital de um arqueiro: seu braço.

Talvez fosse para outros arqueiros, mas para Vincent, nada que um Portal não resolvesse, ou até uma das pílulas de restauração. Agora, era questão de tempo até poder se mexer de novo.

Skanfy via apenas uma coisa: o castelo. Sua visão estava turva, e apenas seu foco era enxergado. Cada passo seu ressoava na sua cabeça como se andasse em uma catedral vazia. Ela não sentia dor, na verdade, não sentia nada. Não sentia seus pés, suas pernas ou seus braços, apenas sabia que estava andando porque podia ver o castelo mais e mais perto.

Edward estava mais atento ao seu redor. Aparentemente, haviam saído do perímetro do combate, já que cidadãos de Lioness apareciam para olhar os dois, como se fossem uma alegoria. Mas não havia motivo para parar, apenas devia ignorar e seguir adiante.

Porém, no meio do caminho, uma flecha passa zunindo pela sua orelha, com um som de ar sendo cortado violentamente. Quando ela atinge o chão, todos os curiosos de plantão se escondem. Ao longe, Vincent, recuperado do ferimento e da paralisia, ria por ter superado o plano de Skanfy.

-Nesse duelo de arqueiros, o mais forte venceu. – Falou para si mesmo, afirmando superioridade.

Capital do Reino - Página 2 E4401711

Edward imediatamente puxa Skanfy para dentro de uma rua, para saírem da linha de fogo. Apenas aí, a fada percebe o que aconteceu, pois o castelo saiu de sua visão.

-Pourquoi paramos? – Perguntou.

-Ele voltou a nos atacar.

Skanfy fechou os olhos com força. Visualizou tanto Camille e Nier, que estavam presos, quanto os seus outros companheiros, especialmente... Asura.

-Edward... S'il vous plaît, vá até o castelo et salve eles. Je te rattraperai plus tard...

-Não, eu não vou– Ele foi interrompido pelo dedo de Skanfy.

-Eu prometo que vou chegar lá. – Falou com um olhar confiante.

Edward sabia que aquilo era mentira, mas não tinha como retrucar. Ele apenas abaixou a cabeça e acatou o pedido de Skanfy, saindo da frente dela, correndo por entre as ruas. Ele fez questão de fazer isso de maneira espalhafatosa, para tentar atrair o seu inimigo.

Talvez agora fosse realmente a hora de Skanfy pagar pelos seus crimes. Encostada na parede, viu uma borboleta azul pousar em seu nariz, e fechou os olhos, com aquela pequena criatura que lembrava uma fada ali, junto dela.


Capital do Reino - Página 2 Uchiha10



Capital do Reino - Página 2 Edward11
Agnite
Agnite
Mensagens : 4
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:21 pm
Capital do Reino - Página 2 Agnite10
Kyara sorria satisfeita para seu trabalho. No fim, eliminar um Pecado era mais difícil do que parecia. Porém, nenhum trabalho é grande demais para a Diligência das Virtudes. Ela anda pomposa até o oponente caído, para ouvir um grito em suas costas.

-Engole essa, Kyara! – Ouviu sentido um grande calor.

Agnite estava com uma imensa bola de fogo em sua espada, e mirou nela. Não havia erro, quando fosse acertada ela estaria morta.

Mas, como sempre, ela sumiu de onde estava e foi para outro lugar. Voltando ao seu tom habitual, ela deu de ombros para ele, e balançou a cabeça de olhos fechados.

-Tolo, acha que consegue me derrotar com isso?

Ele não respondeu, mas o clarão das chamas sim. Ele estava na frente dela.

-Não me subestime! – Bradou a plenos pulmões.

Quando subiu a espada, ela não estava mais lá. Ele se preparava para girar novamente o ataque, e após alguns segundos a procurando, recebeu um golpe certeiro com a mão de Kyara no pescoço, caindo de joelhos no chão.

-Você é de fato bem forte, mas eu te mato depois. Meu alvo está ali, pedindo pelo golpe de misericórdia.

Sua espada apareceu novamente em sua mão, provavelmente com ela indo a buscar apenas para a exibir para Agnite, que tentou salvar Gwyn. Agora, ela caminhava para terminar o que começou: a missão de matar o Pecado da Luxúria, que estava sangrando no chão.
Capital do Reino - Página 2 Agnite10
Vatten
Vatten
Mensagens : 6
Data de inscrição : 07/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:22 pm
Capital do Reino - Página 2 Vatten10
-Por onde eu começo? – Falou Vanalya, sorrindo para o rosto coberto de sangue e lágrimas de Lilian, que não tinha mais esperança nenhuma.

O olhar da Inveja era vazio, apenas desejando que acordasse daquele pesadelo. Mas seu olhar vazio se transformou em um de dor com o soco que levou em seu estômago. A dor não era apenas do golpe em uma área já machucada, mas também do impacto de suas costas com a lâmina de pedra das suas estacas. O ar saiu de seus pulmões em um gemido de dor, fazendo Vanalya se contorcer em prazer.

-Isso... Isso! Exatamente isso, Lilian! – A Virtude passou a mão no rosto de Lilian e tentou enfiar o polegar na boca dela, mas apenas recebeu uma mordida. – Argh! Sua vadia!

Capital do Reino - Página 2 Tjvmf310

A Temperança acertou um tapa no rosto de Lilian, que se sentia cada vez mais humilhada. Após a golpear, apertou o rosto da Pecado com uma mão, que tentava desviar o olhar.

-Nós mal começamos, garota. E não vamos terminar tão cedo...

Assim que proferiu essas palavras, agarrou a parte frontal da roupa de Lilian, e no momento que ia puxar, sentiu uma intenção assassina surgindo ao seu lado. Dando três passos para trás, desviou da lâmina de água que mirava seu pescoço.

Segurando sua espada em apenas uma mão, Vatten estava na frente de Lilian. Seu braço esquerdo estava completamente arrebentado e ensanguentado e além disso, seu corpo demonstrava intensos sinais de cansaço.

-Eu ainda estou vivo, Vanalya. – Disse apontando sua espada para a Virtude. – Suas ilusões não foram o suficiente para me matar.

A Temperança rangeu os dentes em desgosto. Justo quando estava começando a ficar divertida sua “conversa” com a Inveja, aquele garoto aparece e atrapalha tudo. E ela com certeza não iria deixar por isso.

Ainda com lágrimas e sujeira no rosto, Lilian olhou para Vatten, que se colocava entre ela e sua oponente. Suas costas estavam completamente cortadas, e ela não sabia como o braço dele ainda estava completamente preso no corpo.

Vatten antes fora arremessado para longe pela gigante, para sair do seu raio de ataque, mas isso não o tirou do raio de ataque de Vanalya, e ele só percebeu isso quando era tarde demais. Ao estar cercado por ilusões, conseguiu dispersar várias, mas ainda assim recebeu danos em suas costas. E em um descuido, várias das ilusões se aglomeraram em seu braço esquerdo. Pensando rápido, conseguiu criar uma barreira de água que segurou um pouco o dano, porém mesmo assim seu braço foi inutilizado.

-Lilian, seu estado está pior que o meu. Arranje ajuda. – Falou confiante.

A Inveja não estava em posição de retrucar, e decidiu acatar a ordem, afinal já não tinha mais orgulho ou moral nenhuma após a humilhação que estava passando. Quando conseguiu reunir suas forças para andar e ,principalmente, ignorar a dor, sentiu uma excruciante dor nas pernas que lhe arrancou um grito de dor com mais lágrimas, ao mesmo tempo que ouviu um som duplo de estalo. Quando olhou para as pernas, viu que ambas estavam quebradas.

-Como se eu fosse deixar você escapar, pequena gigante! – Gritou rindo excitada a Virtude.

Capital do Reino - Página 2 20220120


Lilian a ignorou. Ao invés de dar ouvidos para ela, a mesma usou seus braços para se arrastar para longe, mas foi parada por uma forte pressão em suas costas. Quando se virou, viu que uma enorme rocha repousava sobre sua lombar. Ao ver a virtude mordendo o lábio, percebeu que estava fazendo justamente o que ela queria. Ao tentar se mexer, viu que Vatten fora arremessado para sua frente, aparentemente teve que lutar contra mais ilusões, e acabou perdendo.

-Se eu fosse você, me renderia logo... – Falou com um tom hediondo na voz.

Capital do Reino - Página 2 29749610

Mesmo com a rocha, Lilian conseguia se mexer. Ainda pequena, mantinha sua força de gigante, e isso estava fazendo com que ela não perdesse, não ainda. Ao conseguir dar o primeiro “passo”, sentiu outra pressão, agora em sua cabeça. Virando o rosto e os olhos para cima, viu o pé da Virtude em sua face, que quando fez o contato visual, torceu o mesmo como se estivesse esmagando um inseto.

Alguns metros mais à frente, Vatten observava aquilo, e lançou uma lâmina d’água que atingiu de raspão o braço da sua oponente, que revirou os olhos. Ela removeu o pé de cima de Lilian, andou cheia de pompa até o garoto e usou seu cajado como uma maça de luz sólida para golpear seu rosto, gritando coisas como “não me atrapalhe” e “escória de Lioness”.

Após a selvageria, retornou para a quase inconsciente Lilian. Removeu a rocha de suas costas e a ergueu pelo pescoço, colocando-a na altura de seus olhos. Encarando a Inveja nos olhos, chutou-lhe a perna quebrada, arrancando um grito de dor misturado a um choro da sua “oponente”. Vatten via a cena sem conseguir se mexer direito, apenas desejando que Vanalya morresse. Ela se tornou, nesse momento, a pessoa mais odiada por ele, já que ninguém conseguia ser tão desprezível, nojenta e lasciva como ela. E o pior disso, é que ela ainda era chamada de Virtude.

-Sabe, eu espero realmente que você não morra tão cedo, Lilian... É realmente divertido ver como seu corpo reage a cada golpe, sabia? – Sua voz entrava como uma gosma pelos ouvidos da gigante, que jurava para si mesma que a mataria, de um jeito ou de outro.

Em meio a soluços e lágrimas, Lilian reuniu suas forças para voltar a falar, ou melhor, ofender a sua algoz.

-Você é com certeza a pior pessoa que existe nesse mundo, Vanalya... Eu juro que eu vou fazer você pagar por tudo isso que você fez! Eu com cer– Sua fala foi interrompida com um apertão no pescoço, impedindo sua fala.

-E você não está em posição de falar nada, sua gigante imunda! Sabia que você além de fugitiva oficial do reino, é uma escrava fugitiva? Assim que isso acabar, farei questão de pegar a sua vida para mim, sua porca inútil!

Um dente de Lilian trincou devido a pressão que produziu com eles. Qual era o objetivo dela? Quebrar completamente sua mente? Seu corpo? Seu espírito? Nesse momento, as lágrimas de Lilian pararam de ser de frustração e se transformaram em raiva. Cada gota de sangue restante em seu corpo e cada célula sua ansiavam por conseguir se recuperar e contra-atacar.

Porém, sua raiva foi interrompida com um golpe da massamaça de luz sólida de Vanalya em sua barriga, fazendo com que vomitasse sangue novamente.

Ainda vendo aquela cena, Vatten não podia ficar parado. Reunindo as últimas forças de seu corpo, de alguma forma andou até as duas, arrancando risadas da Temperança.

-Ei, ei! O que pretende fazer? – Disse sorrindo com maldade.

-Salvar... nós... dois... – Disse com o sangue escorrendo de sua boca, bem como de outras várias feridas em seu corpo.

Ao se aproximar das duas, colocou sua mão no peito de Lilian, fazendo que sua adversária ficasse com uma expressão confusa.

-Vatten? – Perguntou a garota igualmente sem entender nada.

-Isso vai doer um pouco, mas por favor, tente não morrer.

-Espe–

Antes mesmo que pudesse mandar ele parar, afinal seus danos eram grandes e mal conseguia manter a consciência, quem dirá resistir a seja lá o que ele quisesse fazer, Vatten concentrou sua magia em sua mão.

-Water Explosion!

Uma enorme explosão de água arremessou os três para longe. Ele, que ocasionou a explosão, quebrou uma ou duas “árvores” de pedra, até atingir uma construção e parar em sua parede. Ele não fazia ideia de como estava vivo, mas sabia que se não achasse como se curar logo, não ficaria vivo por mais de cinco minutos.

Vanalya foi arremessada para longe, mas conseguiu resistir aos impactos sem ter tantos danos. A magia de aprimoramento de Gentiana era extremamente forte, pelo que podia ver. Sua expressão não era de desespero ou irritação, mas sim de... prazer. Ela conseguiu deixar um traço de sua magia ilusória em Lilian e Vatten, e sabia exatamente onde cada um estava. Se levantando do lugar onde caiu, sua única dúvida era sobre qual ir atrás primeiro. Dúvida que durou poucos segundos, já que imediatamente decidiu ir atrás da garota.

Lilian, a mais danificada da luta, teve a explosão atingindo seu peito. A parede atrás de si foi completamente arrebentada pelo impacto, bem como as quatro subsequentes. Na quinta, seu corpo rebateu como uma boneca de pano e atravessou uma parede, entrando em uma casa. Porém, ela não sentia dor alguma. Desde o impacto no peito, não sentia nada. Ela se perguntava se sequer estava viva, e se aquilo não era apenas seu espírito se recusando a sair de seu corpo, ou se ela estava presa em um pós vida. Ela tentava puxar o ar, mas seus pulmões não obedeciam. Provavelmente perfurados. Em um sorriso misturado a sangue e lágrimas, começou a pensar enquanto sua mente se apagava.

Capital do Reino - Página 2 Hqdefa10

Esse é o fim, hein... Morrendo de maneira patética, sem poder sequer ter tido a chance de decidir se gosto ou não do cabeça dura do Takashi... Desculpe pessoal, mas eu espero que eu finalmente possa rever minha família, se é que eles estão mortos... Haha, isso é um saco. Queria morrer como uma guerreira honrada como os outros morreriam, não assim...

Capital do Reino - Página 2 Vatten10
Krioni
Krioni
Mensagens : 12
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 7:23 pm
Capital do Reino - Página 2 Krioni12

O grande mago se concentrava à medida que sentia medo. O medo não era por ele, mas sim por seus amigos e por seu antigo reino. Ele sentia a energia vital de cada um deles, e daqueles que estavam aliados com eles, diminuir exponencialmente, e alguns até quase queimar por completo. Por mais que seu Absolute Cancel desfizesse uma barreira, haviam outras duas ou três no mesmo centímetro, o que dificultava a sua missão. Quando parecia não haver mais esperança, ele sente quebrar a última dos arredores da Capital, deixando a muralha exposta, e dentro da muralha não haviam mais barreiras.

-Isso! – Gritou aliviado e vitorioso. – Vamos agora!

Antes que recebesse a resposta, em um simples estalar de dedos, Krioni e seus companheiros estavam finalmente na Capital de Lioness, dentro das muralhas. Nesse instante, ele começou a procurar com sua magia e encontrar cada um de seus amigos e os perigos a que os mesmos estavam expostos – inclusive irritado por estarem parando o tempo. Quando fez um balanço de danos, já não tinha certeza se chegou realmente a tempo.

Capital do Reino - Página 2 Tumblr10


-A luta está chegando ao seu fim e vejo cada um deles perecendo, eu cheguei tarde demais, droga, droga, DROGA! – Enquanto falava, Krioni abria uma sequência de portais para se locomover entre seus antigos companheiros e ia organizando as coisas enquanto flutuava e se colocava a par da situação. Ele segurou suas emoções por um segundo, respirou e voltou ao seu ar arrogante habitual. – Bom, até que não está tudo perdido, eu sempre estou no tempo certo.

Ele então colocou a mão em seu peito, sob o relógio que regulava o seu poder. Pela primeira vez, sentiu ódio de si mesmo por achar que tudo era resolvível apenas com ele, e não ter levado Arlsan – seu Tesouro Sagrado – para a batalha. Mas não era hora de lamentar, era hora de salvar a Saligia de uma vez por todas!

Krioni esboçou um leve sorriso e prosseguiu em sua abertura do portal, ele hesitou em entregar o que havia trazido ao Gwyn, porém ele se lembrou que desapontaria Nier e isso era a última coisa que ele queria no momento. Quando abriu o último portal, apenas olhou para seus acompanhantes, que fizeram um sinal de positivo com a cabeça, e então ele adentrou o primeiro portal.

Capital do Reino - Página 2 Flippa10


Sua primeira visão foi de um homem forte de um metro e noventa de altura estatelado no chão, de quem a vida havia praticamente se esvaído. Com certeza seu coração estava na sua última dezena de batidas, então todo microssegundo era mais que essencial. Ele o virou de frente e puxou o primeiro presente: um frasco com um líquido estranho.

Segurando a cabeça de seu amigo para cima, arrancou com a boca a tampa do adornado frasco de poções, e fez com que o Pecado da Ganância o engolisse seu conteúdo por inteiro. Takashi era o mais mortal dos membros da Saligia, tanto por ser um simples humano quanto por sua habilidade mais forte gastar sua vida. E havia apenas uma maneira de fazer com que ele superasse isso.

Se tornando imortal.

Quando viu a cor voltar ao seu corpo e seus olhos abrirem fracamente, suspirou aliviado. Ao menos um não precisaria curar. Ele deixou a pílula de restauração melhorada com magia do tempo na mão dele, e a fechou para que não a perdesse.

-Takashi... Ah meu amigo Takashi, há muito tempo eu me preocupo com você e há muito tempo eu busco o que eu lhe entrego, é o meu maior e mais belo trabalho, a poção da juventude perene, eu nunca mais precisarei me preocupar em perder um companheiro novamente. Além disso, ela fará que você fique alguns bons anos mais novo, voltando ao seu auge físico, e sendo novamente reverenciado como o Humano Mais Forte.

Capital do Reino - Página 2 Minor_10


O deixando se recuperar dos danos naturalmente, ele prosseguiu para o próximo portal. Ele saiu da rua para entrar em uma construção, e a cena que viu o atingiu como uma apunhalada no coração.

Em uma poça de sangue, uma garota de cabelos rosas respirava com muita dificuldade, claramente por pulmões perfurados. Suas pernas estavam dobradas em um lugar onde não deveriam e em uma posição macabra, além de possuir mais cortes que o seu corpo deveria aguentar. Seus olhos estavam fechados, mas lágrimas normais e de sangue escorriam deles. Nem mesmo o frio e fechado mago conseguia segurar as lágrimas que escorriam em seu rosto. Quem era capaz de fazer isso com a alegria da Saligia? A poderosa, porém fofa, Lilian da Inveja?

Ele se ajoelhou ao lado dela e começou a usar uma magia de cura poderosíssima, aliada ao seu poder de manipular o tempo. Os ferimentos começaram a se fechar, em troca da força de Krioni. Ao menos sua magia não era gasta, mas seu poder do tempo, por outro lado, era. Porém aquilo não importava nem um pouco, já que ao ver as pernas destroçadas de Lilian e seus pulmões voltando a funcionar valiam a pena o esforço.

No momento que ela estendeu o braço e abriu o olho, para olhar para o que estava acontecendo, Krioni sentiu o poder de Vanalya, e soube exatamente qual dos presentes dar para a jovem garota. Ele puxou dos itens que o rondavam, um pequeno frasco parecido com o de perfume.

-Lilian, onde está a força daquela mulher que eu conheci há alguns anos atrás, que não se abatia por nada? Não deixe se enganar pelo poder desesperador de um inimigo que só está na frente de você por técnicas escusas de combate. – O brilho voltava no olhar de Lilian, que se sentia mais confortável em ver um rosto conhecido, além de retomar sua confiança. – Mas em todo caso... Perfect Vision! – Ele borrifou o frasco no rosto da garota, que lacrimejou com a substância entrando em contato com os olhos. – A você, eu confio o dom da visão perfeita, nada mais poderá te enganar, sejam magias ou mentiras. Os truques sujos dessa imbecil jamais te afetarão novamente, minha amiga.

Capital do Reino - Página 2 Commun10


Com a garota plenamente recuperada e de pé, ele entregou uma das esferas especiais de recuperação e entrou no próximo portal antes que ela pudesse sequer dizer algo, e ela sabia que os outros também não tinham tempo a perder.

Voltando para as ruas, dessa vez em outra ruela, encontrou algumas borboletas repousando sobre um corpo. Isso era um sinal das fadas de que uma delas estava passando para o outro mundo. Ele as espantou e checou o pulso de Skanfy, que estava preguiçoso como a mesma. Seria até cômico se não fosse por ela quase não ter mais sangue em seu corpo. Sua branquidão era próxima a de uma folha de papel.

Assim como fez com Lilian, começou a usar sua magia para curar seu corpo. Seus ferimentos não eram tão fatais quanto os da Inveja, porém a perda de sangue fazia com que usasse seu poder sobre o tempo para recuperar o mesmo mais rápido. Quando viu que estava apenas pálida e não mais um fantasma, sentiu um certo alívio.

Quando sua cor voltou ao habitual e ela abriu os olhos e notou que ainda estava viva, e ainda estava vendo o outro membro de cabelos azuis da Saligia em sua frente, não pode segurar algumas lágrimas de felicidade e um sorriso caloroso. Com ele, sabia que não havia a possibilidade de perder aquela luta. Antes que ela abrisse a boca, ele puxou um dos itens que o orbitavam e uma das esferas de restauração especiais e entregou para ela.

-Skanfy, minha fadinha corajosa, eu sei como funcionam seus poderes e os poderes de seu poderoso Arc Perfide, então projetei isso para você: uma lua artificial que a orbitará, e estará ligada a forma de sua arma, fazendo com que pareça que você sempre está na fase da lua certa, e quando está na certa, seu poder é acumulado. Seu nome é Lune Parfaite, e cuide bem desse novo Tesouro Sagrado.

Capital do Reino - Página 2 Heal_p11


Imediatamente após isso, ele entrou no próximo portal, dessa vez, a rua era aberta, e quem estava na sua frente era a última pessoa que queria ajudar. Um homem de cabelos loiros e mais de um tipo de arma mágica, com uma espada fincada em seu abdome.

Ele pegou a espada pelo cabo e a arrancou, e usou sua magia de cura para fechar o buraco. Ele não possuía tantos danos, afinal magos raramente levam tantos danos. Quando Gwyndolin o viu, imediatamente o abraçou chorando, mas logo foi afastado, tanto pelo fato de Krioni não gostar dele quanto por não gostar de reuniões melosas.

Gwyn secou as lágrimas dos olhos e sorriu para Krioni, que suspirou, entregou uma das esferas destinadas aos Cavaleiros e puxou um relógio de bolso de prata adornado com o símbolo do Pecado do Orgulho das coisas que o orbitavam, quando sentiu Kyara ao redor. Ele sorriu para Gwyndolin, que ficou eufórico por ver o mago sorrir, e enfiou o relógio em sua boca, o fazendo engolir e empurrando com o dedo indicador e médio. Enquanto o necromante se engasgava com o relógio que se dissolvia magicamente em sua garganta, ele se pôs a falar, como se fazer com que ele quase se engasgasse fosse um ato de extrema bondade.

-Gwyndolin, que fique claro que isso é pelo capitão apenas... Essa é a Time Walker! Toda e qualquer magia de controle do tempo não afetará você, a menos que você queira que afete – ou eu, é claro. Faça bom uso desse poder e não me decepcione!

Capital do Reino - Página 2 Flicke10

Com o necromante ainda tossindo, estava na hora de entrar no último portal e encerrar seu passeio pela Capital. Seu portal abriu atrás de um senhor de idade que andava até Asura. Ele o ignorou, e apenas seguiu até o vampiro quase morto.

Novamente usou sua magia de restauração no Pecado da Gula, que possuía um excelente vigor, então logo ela se fez efetiva. O rapaz de cabelos brancos sorria por ver Krioni, afinal ele com certeza daria um jeito naquilo.

O velho se aproximou para atacar, mas Krioni o teleportou para uma distância segura para que continuasse a fazer o que estava fazendo. Quando terminou de curar Asura, entregou a última esfera e puxou o último de seus presentes.

-Asura, em suas mãos eu entrego a Night Cape. Enquanto você a utilizar a noite nunca irá te abandonar, agora é hora de mostrar o seu verdadeiro poder, o poder do verdadeiro Rei Vampiro. Lembre-se que reis nunca devem ter piedade daqueles inimigos que pisam em seu ego, e você deve honrar essa fala.

Capital do Reino - Página 2 Wjwxnp10


Antes que Asura o respondesse, Krioni se teleportou dali, deixando-o sozinho e plenamente recuperado como todos os outros. Ele apareceu novamente na frente de seus companheiros da Távola Redonda, que olhavam para ele abismados com a velocidade que ele resolveu essa situação.

-Você... está bem? – Perguntou Arthuria.

-É, porque tipo, você foi rápido até demais! – Exclamou Perceval maravilhado com o mago.

-Por que não estaria? – Respondeu em seu habitual tom arrogante e prepotente, fazendo Lancelot revirar os olhos.

-Isso é ótimo! – A Rainha de Camelot estava empolgada com ele, afinal não estava completamente arrebentado.

-Bem, agora está na hora de completar essa missão, e derrotar de uma vez por todas a Psychomachia!

Seus companheiros concordaram, e eles se teleportaram para a frente do Palácio. Os guardas que estavam na frente do lugar, impedindo a passagem, não foram páreos para os ataques flamejantes de Perceval, que estava gritando de empolgação. Ao entrarem no hall de entrada, Krioni se virou para seus acompanhantes e se pôs a falar.

-Arhturia, Cavaleiros... O que iremos enfrentar agora é algo que vai além do que já enfrentamos, eu sinto uma energia poderosa e maligna vindo do topo do Palácio, mas o foco principal é recuperar meus itens mágicos que eles estão usando e meu maior e melhor amigo, porém estaremos em mais essa juntos.

Após dizer essas palavras e todos concordarem com o mago, estava na hora de adentrar o covil inimigo e destruir o mal pela raiz.

Capital do Reino - Página 2 Krioni12
Takashi
Takashi
Mensagens : 8
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 9:36 pm
Capital do Reino - Página 2 Takash10

No meio de seus últimos instantes de vida, Takashi sentiu algo como se fosse uma injeção de força em seu corpo. Quando abriu seus olhos, viu a silhueta de uma figura familiar e nostálgica. Por mais que não entendesse o que ela falava, sua voz apenas confirmava quem era. Krioni, o grande mago da Saligia, finalmente chegou na Capital de Lioness.

Ele realmente tentava prestar atenção no que seu antigo amigo falava, mas não conseguia. Exceto por quatro palavras: “Poção da Juventude Perene”. Se aquilo que estava bebendo era realmente isso que ele falou, bem... As coisas iriam ficar realmente interessantes. O líquido era extremamente liso, parecia que dissolvia quando passava por sua garganta. A cada gole, seu corpo recuperava cada vez mais as energias, e energias que não sentia fazia pelo menos uma década.

Após acabar de beber e Krioni de falar, viu que o Orgulho seguiu para dentro de um portal e desapareceu de vista, o deixando no chão. Ele sentia como se cada célula do seu corpo se energizasse e recuperasse seu vigor, além de se transformar em algo mais novo. Sentia que a pequena dor na lombar e na coluna desaparecia, enquanto seus músculos se enrijeciam como se fosse jovem de novo. Coisa que de fato era.

Não sabia quanto tempo passou desde que bebeu, talvez alguns poucos minutos. Quando se levantou, notou que estava de fato mais jovem mesmo, talvez no auge de seus vinte anos, após alguns anos de Saligia (já que entrou com cerca de 16 anos). Ele estalou as costas e o pescoço, fazendo tudo ficar em seu devido lugar. Então sorriu e falou para si mesmo:

-Vamos ver do que isso é capaz. – Ele concentrou seu poder em seu corpo e pronunciou duas palavras, que significaram sua quase morte poucos instantes atrás. – Dragon’s Greed.


O poder fluía por cada centímetro de seu corpo, porém dessa vez, sem sentir como se sua chama da vida fosse se extinguir, muito pelo contrário, sentia como se queimasse mais do que uma imensa fogueira. Com essa sensação, seu sorriso era de legítima felicidade. Era hora de mostrar o verdadeiro poder do Pecado da Ganância. O poder que fez que ele deixasse de ser conhecido apenas como ladrão, e sim como um dos maiores cavaleiros de toda a Britânia.

Seu êxtase fora interrompido por um som metálico que sua aguçada audição conseguiu detectar. E esse som só podia ser uma pessoa, a Virtude da Benevolência, Torgan. Estava na hora de cumprimentar seu quase executor com força total, e mostrar para ele quem é o mais forte e resistente daquele reino.

Em uma velocidade assustadora, Takashi percorreu todo o caminho até seu alvo se preparando para a luta, e viu que ele se aproximava de Vênus, sua mais nova amiga, que estava paralisada pelo choque.

O brutamontes da Psychomachia sentiu apenas o contato de dois pés em suas costas, que o arremessaram para longe. A jovem cavaleira notou isso e logo se virou para ver o que aconteceu. Takashi estava ali. E sem mais nenhuma ruga no rosto, ou imperfeições na musculatura. O seu corpo estava perfeito, como se fosse jovem.

-Takashi! – Gritou animada com a cena.

-E aí. – Respondeu com um sorriso de canto de boca.

-Como você está vivo? E por que está mais... jovem? – Perguntou a Cavaleira Sagrada com uma expressão intrigada.

-Digamos que um velho amigo apareceu e fez isso com uma poção de juventude perene. E agora, preciso mostrar para esse imbecil que ele não passa de uma criança perto de mim. Se afaste, porém, não muito. –Seu sorriso tomou toda sua face. – Você não irá querer perder o show.

Ela deu alguns passos para trás, a fim de se proteger de possíveis ataques que sobrassem em sua direção. Ela sentia a mesma energia de quando Takashi quase matou Torgan emanando de seu corpo, mas era como se não consumisse sua vida. Isso fazia sentido, afinal sua juventude era eterna.

-Seu desgraçado! – A voz da Virtude ecoou pela região. – Como ousa estar vivo? – O ódio estava presente em cada sílaba que saía de sua boca. – Eu vi você morrendo, seu merda!

-Se eu morrer não poderei ter um terço do que eu desejo e desejei por toda minha vida, seu imbecil do caralho. – O tom de Takashi parecia de piada, como se zombasse do seu oponente. – Então é melhor garantir que eu nunca mais vá morrer, não é?

As veias na testa de Torgan pareciam que iam estourar. O seu oponente estava vivo, e zombando dele. Ele não ia deixar assim. Ele agarrou novamente seu martelo e partiu para cima de Takashi, que o observava parado. A petulância de não se intimidar seria seu fim, e ele tinha certeza. Em um movimento de mestre, girou a sua arma e explodiu a cabeça de Takashi, fazendo voar sangue para todos os lados.

-No fim era só um sortudo arrogante. – Ele dava passos pesados em direção a Vênus, que estava assustada. A Virtude se deleitava em seu olhar de medo, porém quando notou que seus olhos não miravam nele, se virou para trás.

-Qual parte de “Eu nunca mais vou morrer” você não entendeu? Seu cérebro foi consumido por músculos, seu marsupial bombado? – A voz do Pecado fez a Virtude girar seu corpo mirando com o martelo em sua cabeça de novo, mas dessa vez, Takashi se abaixou.

Em seu movimento perfeito de esquiva devido aos reflexos restaurados, arqueou o corpo para desferir um soco com toda sua força na barriga de Torgan. Tal golpe fez o mesmo cuspir sangue, além de atravessar algumas paredes.

Impossível! Estou com todas minhas proteções ativas! Não me diga que... agora ele pode...!

Takashi andava com sua espada apoiada no ombro, procurando por onde estava seu oponente. Realmente, poder usar ilimitadamente a Dragon’s Greed era fenomenal. Com certeza não morreria, mas talvez ficasse bem cansado depois disso. Bom, com Krioni ali, Skanfy estaria viva, e se fizesse sua obrigação, isto é, vencer, poderia comer até morrer. Se bem que isso era impossível de acontecer agora...

Perdido em pensamentos desconexos com o cenário atual, chegou aonde Torgan estava.

-Levante-se, está na hora da luta. – Disse apontando sua espada para ele.

Capital do Reino - Página 2 Cautio10


Tomado pela fúria, o brutamontes da Psychomachia se levantou. Seus olhos laranjas faiscavam em raiva e miravam seu alvo. Com seu martelo em mãos, mirou um golpe na cabeça de Takashi, que se esquivou e acertou-lhe um soco no queixo com sua mão esquerda.

A Virtude soltou uma mão do martelo e socou Takashi no rosto, que apenas aceitou o golpe, como se nada fosse. Após isso, deu um chute no peito do Pecado e tomou distância para poder pensar em algo para fazer, porém não teve tempo nem de pensar: Takashi disparou em sua direção, com Zephyrus em mãos.

Em situações normais, Torgan apenas iria parar de atacar Takashi e tomar aquele golpe, mas desse jeito, seria morte certa. Ao invés disso, ele se concentrou para contra-atacar a enorme espada do Pecado. Arregalou os olhos e segurou com ambas as mãos a sua arma, pronto para acertar a do seu oponente.

Porém, Takashi não era nem um pouco burro. Muito pelo contrário, por mais que sua atitude bruta não dissesse isso, ele era um homem inteligente. Quando viu que Torgan começou o movimento para contra-atacar Zephyrus, a cravou no chão, antes do raio de ação do martelo, surpreendendo o seu oponente. Então, como um ginasta, alavancou seu corpo com sua espada e acertou ambos os pés no rosto de Torgan.

Após o impacto, continuou com as mãos segurando a espada. Usando sua imensa força, puxou-a do chão e girou no ar, para atacar a Benevolência, agora sem meios de impedir o ataque. O mesmo, quando viu que não poderia impedir o ataque, apenas ergueu o braço esquerdo, com a sua Proteção Divina ativa, mas como uma armadura mágica, misturada com sua Titanium. Desse jeito, parecia como uma imensa fortaleza que caminhava sobre dois pés, mas não importava para Takashi.

A colisão da espada com o braço de defesa da virtude fez com que vários raios de magia saltassem juntamente de uma onda choque, que danificou os prédios ao redor. Ao ver que seu oponente resistiu, Takashi sorriu.

-Cacete, você é realmente resistente, Torgan! – Berrou Takashi, animado com o combate. – Dizem que você é tão resistente quanto a porra de uma ilha! Agora é hora de vermos se eu sou capaz de cortar uma ilha! Vamos queimar toda a chama da minha vida e ver até onde aguentamos!

A Virtude não estava exatamente triste com a situação. Desde sempre, sonhara que se fosse para morrer, deveria ser para alguém mais forte que ele, em um combate puramente de força bruta. E bem, isso estava acontecendo. Mas ele não podia morrer, afinal seus companheiros ficariam sem sua grande proteção e referência de poder físico, além de pôr em risco seu grande plano de anos. Era hora de usar tudo também.

-Você não desiste, não é, Takashi?! – O brilho no corpo de Torgan significava que outra magia fora ativa. Sua Anti-Morte. – Você nunca passará pela defesa perfeita! Não um escravo cegueta feito você! – Ele sorria de um jeito maquiavélico, talvez tentando desestabilizar mentalmente seu adversário. – Você e aquela gigante vão ter o que merecem por fugirem de seus donos!

-Eu vou passar sim! – Retrucou Takashi gritando, completamente tomado de ódio. – E a gigante se chama Lilian, seu merda!

Capital do Reino - Página 2 -66a6v10

Em um rápido movimento, o Pecado da Ganância soltou a espada com sua mão esquerda e encostou sua arma na lâmina de sua espada. O bocal do canhão de mão estava grudado na lâmina, e esse era um bom movimento para exercer mais pressão.

Imediatamente puxou o gatilho e disparou. A bola de chumbo foi empurrada pela imensa quantidade de pólvora do canhão, e foi projetada contra a lâmina, crescendo quando saiu do cano. A esfera se dividiu em dois com o contato com a lâmina, assim como o braço esquerdo de Torgan.

-Eu disse que eu ia passar, porra! – Bradou em felicidade o membro da Saligia.

Já Torgan, urrou de dor. Nunca havia pensado que havia um humano poderoso desse jeito. Porém, não era tempo de fazer terra arrasada. Takashi não tinha mais como usar algo como o tiro de canhão para impulsionar a espada. Agora era questão de tirar a garrucha dele e voltaria a ter a vantagem, afinal tinha os dois olhos.

Bem como pensou, tinha.

Quando olhou para Takashi, viu uma faca de sua bandoleira voar em direção ao centro de seu olho esquerdo, tendo o lado completamente inutilizado.

-Quem é o cegueta agora, filho da puta?

Sua tentativa de desestabilizar o seu oponente apenas o enraiveceu. E agora era hora de pagar pelo que comprou. E o preço era...

Sua vida.

Um chute do Pecado acertou o queixo da Virtude que partiu em direção ao céu. Ele viu toda sua vida passar diante de seus olhos nesse momento, e não se arrependeu de nada. Pôde passá-la ao lado de seus dois queridos irmãos e fez alguns amigos, que vista a situação que se encontrava, os veria no pós vida, seja ele onde for. Era hora de aceitar sua primeira e única derrota de peito aberto. Mas antes de morrer, gritou suas últimas palavras, com todo o resto de honra de guerreiro que tinha.

-Eu não aceitarei morrer sem que você dê seu melhor, Takashi! Se não for com tudo, voltarei dos mortos para lhe assombrar.

Takashi apenas sorriu, e a visão do olho direito de Torgan o fez entender que seu desejo de morte seria atendido.

No momento em que a Virtude atingiu o pico de sua trajetória, Takashi segurou Zephyrus com as duas mãos para trás de seu corpo, para acumular o máximo de poder possível. Vários raios de tensão mágica eram vistos pela espada, que possuía um intenso brilho... dourado. Da mesma cor do ouro que a ganância tanto cobiça. Então, a queda de Torgan começou.

No mesmo instante em que ele atingiu a altura que Takashi desejava para atacar, ele fez um movimento horizontal, usando toda a impulsão de sua poderosa musculatura, acertando um golpe com todo seu poder no corpo de Torgan, liberando a tensão mágica junto de todo poder acumulado durante a batalha usando a Dragon’s Greed.

-Dragon’s Avarice!

O poder foi tamanho que o corte, que obliterou o corpo de Torgan, contiunou por centenas de metros, destruindo inúmeras casas em seu caminho, chegando até mesmo a cortar um pedaço da espessa muralha revestida por magia que cercava a Capital de Lioness, até o corte dourado desaparecer no horizonte.

-Pelo visto continua dourado, hein... – Falou para si mesmo, olhando para seu poder com aparência triste. – Achei que havia me livrado disso.

Ele então desativou a sua Dragon’s Greed, e sentiu como se tivesse sido surrado, ao ponto de se apoiar em um escombro, como se estivesse sentado (o escombro estava muito vertical, mas possuía uma pequena saliência) e apoiou-se em seu Tesouro Sagrado. Bem, não era para menos, ela nunca foi uma técnica muito segura mesmo. Porém, sua recuperação estava mais rápida que o habitual, mesmo que fosse o habitual de mais de dez anos atrás. Provavelmente, em poucos minutos, estaria como novo.

-I-Isso foi incrível! – Gritou Vênus encantada com a força de seu mais novo amigo. – Ele era o membro mais resistente da Psychomachia, e você o derrotou assim! Como eu gostaria que tivesse como mostrar isso para os outros...

Takashi suspirou e soltou um de seus raros sorrisos aliviados, sem ser os psicóticos, sarcásticos ou de luta.

-Bem, uma parte da população viu. Dá pra ver só pelo tanto de olhos que tem na gente agora por entre as janelas. – O som de várias janelas fechando se ouviu pela micro região que estavam.

-Como você notou todos esses olhares? – Perguntou a jovem cavaleira incrédula.

-Um dos maiores benefícios de ser um ladrão é que você tem todos os sentidos aguçados, principalmente a audição. – Ele ficou em silêncio por alguns instantes, pensando em algo. Vênus estava legitimamente curiosa no que ele pensava, até ouvir de sua boca o que ele tinha para falar. – Quer ouvir um pouco das minhas histórias de ladrão? Temos algum tempo até chegarmos no Palácio, e a Dragon’s Greed me cansou pra valer, não tenho como correr até lá.

Vênus não conseguiu segurar o sorriso. Até poucos dias atrás, tinha certeza que os Pecados eram o mal completo do Reino, mas agora chegou até a fazer amizade com um deles e melhor, estava para ouvir histórias do lendário ladrão Takashi, que antes da maioridade já era reconhecido por toda a Britânia tanto pelas habilidades quanto pela sua imensa força, sendo comparado a um exército de um homem só.

-Eu adoraria! – Exclamou a garota.

E com isso, ambos foram caminhando em direção ao Palácio, com olhos e ouvidos curiosos os acompanhando, e acompanhando a virada de jogo da Saligia.
Capital do Reino - Página 2 Takash10
Skanfy
Skanfy
Mensagens : 13
Data de inscrição : 05/11/2021

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ter Nov 09, 2021 9:38 pm
Capital do Reino - Página 2 Skanfy16

-Xô, xô! – Krioni falava com as borboletas que pousavam no corpo de Skanfy, fazendo um movimento com as mãos para as afastar. – Eu sei que ela está quase morrendo, senhorita Natureza, não preciso que esfregue na minha cara!

As borboletas saíram do corpo inerte que respirava fracamente, mas não deixavam de rondá-lo. O mago logo pegou o punho da fada e checou seu pulso: fraco e lento, porém ainda estava ali. Era mais do que o suficiente. O lastro de sangue estava seco, provavelmente sangrou por muito tempo e perdeu mais da metade do seu sangue. Estava viva por preguiça de morrer.

Ele então encostou as mãos no peito de Skanfy e concentrou sua magia para restaurar seus ferimentos, fechando os buracos e fazendo que o sangue voltasse a estar onde deveria estar: dentro de seu corpo. Sua cor voltava lentamente, e a cada vez que sua branquidão de uma folha de papel se transformava em algo mais parecido com o tom natural da garota, porém pálido, sentia que estava indo pelo caminho certo.

No instante em que sua cor voltou ao seu normal, a pequena fada de um metro e meio, que não estava controlando seus poderes de transfiguração corporal, abriu os seus olhos azuis. Ela viu um rosto familiar, com cabelos azuis como os seus e uma tatuagem vermelha peculiar no rosto. A mesma não conseguiu conter suas lágrimas, que escorriam por suas bochechas rosadas, e contornavam o sorriso de alívio. Quando pensou em falar, o Orgulho a interrompeu, entregando uma esfera de restauração com um embrulho de instruções e puxando um item que o orbitava.

-Skanfy, minha fadinha corajosa, eu sei como funcionam seus poderes e os poderes de seu poderoso Arc Perfide, então projetei isso para você: uma lua artificial que a orbitará, e estará ligada a forma de sua arma, fazendo com que pareça que você sempre está na fase da lua certa, e quando está na certa, seu poder é acumulado. Seu nome é Lune Parfaite, e cuide bem desse novo Tesouro Sagrado.

Quando ela pegou a pequena lua artificial na palma de sua mão, viu que era pequena, como uma bola de cristal de um mago, porém sua textura era a mesma da lua. No momento que se virou para agradecer, o seu antigo companheiro havia sumido. Ela apenas suspirou e soltou a Lune Parfaite, que passou a orbitar seu corpo. A Preguiça puxou seu arco e mudou a configuração de lua, e o novo Tesouro Sagrado acompanhou. Realmente era como se estivesse de noite e ela usasse a configuração que combinasse com a lua. Um item perfeito para ela. Uma lua perfeita para um arco traiçoeiro da espiã da Saligia.

-Eh bien, voyons. – Falou para si mesma. – Si je transforme aquele cara em uma almofada de alfinetes, et le pessoal demorar mais dans leurs combats, je vais pouvoir dormir até eles chegarem... – Pensou em voz alta. – Alors c'est décidé! VJ'utiliserai toute l'énergie que j'ai économisée depuis des années pour caçar et détruire mon ennemi!

A determinação da mabra da Saligia transbordava de seu pequeno corpo. Ela levantou voo e procurou pela presença mágica do arqueiro da Psychomachia. Após instantes se concentrando, conseguiu notar seu alvo. Era hora da antiga caça virar o caçador.

Usando sua força absurdamente grande, ela tensionou a corda do arco e sussurrou as palavras Arc Perfide: Pleine Lune, com o arco e a Lune Parfaite mudando de forma. No instante que soltou a corda e a sua flecha estava no ar, esperou para ver o que aconteceria.

Capital do Reino - Página 2 11972810

Já Vincent, que caçava o jovem Edward e pretendia deixar Skanfy para morrer de hemorragia, não notou a flecha se aproximando até o último segundo quando, em um sobressalto, desviou para o lado, com a flecha passando no seu braço esquerdo, onde a mesma o atingiu de raspão.

-Como... Ela está viva? – Ele se perguntou em voz alta.

Em um disparo como se fosse de uma de suas flechas, Skanfy se lançou na direção de Vincent e sussurrou no meio do caminho Arc Perfide: Premier Quartier. Seu arco se dividiu em dois e encolheu alguns centímetros, se transformando em duas adagas curvas como a lua crescente, bem como a fase da Lune Parfaite se alterou. Ela parou na frente dele, que levou um grande susto no instante que viu a pequena fada.

-Pensiez-vous que j'étais mort? – Antes que ele tivesse reação, ela mirou a adaga na jugular de seu oponente, que se jogou para trás para não ser morto. Desviou apenas a jugular, mas seu peito teve um corte de ponta a ponta, mas nada muito profundo. – J'ai realmente vi a luz, mas... ela estava muito longe, entende? Ir pra ela era cansativo demais.

Antes que o seu oponente pudesse ter reação, a fada que estava usando toda a energia que acumulou durante meses, não, anos de preguiça para atacá-lo com uma chuva de ataques. Suas adagas passavam a centímetros de pontos vitais, sempre passando raspando ou fazendo cortes superficiais na Virtude da Caridade. Ele com certeza não era um bom lutador de curtas distâncias, mas era um excelente esquivador, como bons arqueiros deveriam ser.

Porém, Skanfy não era uma boa arqueira. Nada disso, ela era uma excelente arqueira, que aprendeu a lutar em combates de curta e média distância, inclusive possuindo um Tesouro Sagrado que a ajudava nisso.

À medida que atacava com estocadas e cortes, seus movimentos aceleravam devido a lua estar na fase correspondente. Nesse caso, a sua Lune Parfaite.

Vincent estava cada vez mais encurralado, mais colocado contra a parede, tentando desviar dos ataques de um dos Pecados mais irritantes de se derrotar. As habilidades de Skanfy cobriam todas as distâncias de combate, além de duas habilidades mágicas extremamente irritantes, um disfarce e voo, a última sendo usada nessa luta, para deixar seus movimentos ainda mais imprevisíveis. Se não fossem os anos de treino contra Zengate e Torgan, que por mais que se controlassem por serem irmãos e companheiros de equipe, ele teria sido fatiado em vários pequenos pedaços.

Em um segundo que Skanfy tomou de respiro, Vincent criou uma esfera prismática para se proteger. A fada não conseguiu conter os movimentos que estava fazendo, e atingiu um golpe na defesa de seu oponente, com um som que lembrava o choque de dois metais.

-Incroyable não ter morrido ainda, Vincent. Apparemment, em um combate realmente justo, tu n'es páreo contre moi. – A Preguiça levantou uma de suas sobrancelhas enquanto dava um sorriso satisfeito com o que estava acontecendo.

Já a virtude estava completamente sem saída. Skanfy provavelmente arrebentaria a sua Esfera Prismática e o mataria, então era hora de encontrar uma solução. Talvez houvesse algo em seus portais, mas era como um tiro no escuro. Algo que, como arqueiro, não gostava de fazer.

Porém, era necessário.

-Portal!

Um de seus portais abriu, e dele saíram dois enormes cães de caça negros, com aproximadamente dois metros de altura cada. Ambos dispararam na direção de Skanfy, que desviou do ataque num voo ascendente.

-Arc Perfide: Nouve!le Lune – E como de praxe, o arco e a lua que a segue se transformaram para a forma das flechas indefensáveis. Puxando a corda do arco, duas flechas de luz escura surgiram no tensionado fio, que a mesma disparou contra os animais, que desviaram dos ataques. Eles eram rápidos, porém ela sabia como contornar isso. – Arc Perfide: Pleine Lune!

O arco mudou de forma, assim como a Lune Parfaite se encheu de luz. As flechas perseguidoras possuíam um brilho prateado, e ambas foram disparadas para caçarem os cães de caça.

Capital do Reino - Página 2 11973010

-Portal!

Um novo portal se abriu, agora atrás de Skanfy. Dele saiu uma criatura que ela não conseguiu identificar, mas parecia uma lagarta reptiliana alada gigante. Algo que com toda certeza não se vê todo dia. Ela desceu para o chão, e viu que suas flechas ainda não haviam atingido os cães, que fugiam rapidamente delas, e agora se viraram para sua direção.

-Arc Perfide: – Em uma corrida em direção aos enormes cachorros, Skanfy mudava a forma de seu arco para a –Premier Quartier!

Quando as bocarras de seus predadores se abriram, a mesma cortou os dois ao meio, cada um com cada adaga. E suas flechas agora miravam a coisa que voava atrás dela. As flechas atingiram e causaram algum dano, mas não como ela esperava. Então, ela cravou ambas as adagas na criatura, a fim de rasgá-la no meio, mas quando pretendia aplicar pressão para cortar, soltou seu Tesouro Sagrado e desviou de uma flecha que mirava suas costas. Vincent estava a atacando agora que tinha companheiros. Porém, esse voador não duraria muito.

Edward, que estava quieto observando em um telhado, saltou e usou sua magia, algo que era natural para ele desde o momento que nasceu (ou seria renasceu?) e destruiu a bestial criatura, mas a arma de Skanfy caiu atrás de Vincent. Agora, ele tinha a vantagem.

-O que você pode fazer sem seu Tesouro Sagrado? – Perguntou em um sorriso psicótico de olhos abertos, confiante de que mataria a fada da preguiça logo em seguida.

Skanfy não respondeu, apenas olhou com ódio para ele. Poucos instantes após isso, trocou o olhar de ódio por um confiante, com um sorriso de canto de boca. Então, estendeu suas duas mãos na direção do peito de seu adversário, que olhava confuso.



-Você acha que eu dependo apenas do meu Arc para disparar, n'est-ce pas!? Busque em sua memória, Vincent, qual é a minha magia?! – Bradou Skanfy, concentrando seu poder mágico nas suas mãos.

No instante que ela disse isso, memórias do tempo em que a Saligia era reconhecida no reino inteiro como a mais forte ordem de cavaleiros voltaram à sua mente, e ele se lembrou que havia um membro que pouco usava sua magia, porém era extremamente rara e poderosa. Esse membro era Skanfy Lunae, detentora da fulminante magia de...

Sua expressão era de medo. Desespero. Notou que era o instante de sua morte, e não poderia nunca mais ver seus irmãos Zeni e Tori.

-Parece que se lembrou! – Os braços de Skanfy vibravam muito rapidamente, como se centenas de milhares de lâminas girassem em volta deles.

-E-Esfera Prismática! – Em um ato desesperado, a Caridade usou sua defesa novamente para tentar não ser morto.

Edward observava do topo de uma casa de três andares, e achava impressionante o poder de Skanfy. Aquela magia, o jeito que se comportava e como afetava ele e o mundo ao seu redor, só podia ser uma. Vento.

-Ciel Sans Lune!

O disparo da magia de vento de Skanfy cobriu a distância entre os dois como nenhuma de suas flechas o faria. O vento extremamente cortante penetrou a Esfera Prismática, a estraçalhando. Como uma bola de canhão, atravessou o peito de Vincent, deixando um buraco do tamanho das mãos da fada, o matando no mesmo instante pela explosão de vento mágico por dentro de seu corpo. Era mais do que uma flecha de vento, estava mais perto de uma enorme lança de caça de gigantes, comprimida do tamanho dos punhos da pequena Pecado da Preguiça.

-I-Isso foi demais! Skanfy! – Edward desceu do prédio, indo cumprimentar sua amiga. – Foi a coisa mais incrível que eu já vi na vida! Mesmo que eu não tenha nem um mês de vida... Mas, mesmo assim!

Capital do Reino - Página 2 Theo_c10



-Isso não foi nada, garoto. – Disse a pequena garota, flutuando para ficar na altura dele, se exibindo.

-Mas, Skanfy... Por que você não usa essa magia para impulsionar suas flechas? Vai dizer que você nunca pensou nisso... – Perguntou intrigado.

-É bem trabalhoso. Et je préfère éviter le trabalho autant que possible. – Disse com um sorriso adorável no rosto, fazendo Edward pensar se era certo parabenizar demais ela.

-A-Ah... Faz sentido, você é a preguiça, afinal de contas... – Falou apoiando a cabeça em uma das mãos.

Skanfy então puxou um pedaço de corda com sua habilidade de flutuação (requer um pouco de esforço usar essa parte da habilidade, então ela evita ao máximo) e seu arco, onde ambos vieram preguiçosamente ao seu encontro. Ela escondeu magicamente seu arco, como sempre fazia, e amarrou a corda em seu tornozelo e entregou para Edward a outra extremidade.

-Estamos indo para o castelo, et j'en cansei dessa luta... Você pode me levar, n'est-ce pas? Je suis leve, fadas não pesam muito! – Ela falava empolgada, mas se espreguiçando para dormir, juntamente de um sorriso fofo.

Edward não sabia se ria, chorava ou se virava as costas e ia de volta para Altíssia. No fim, com um rosto sem expressão, começou a andar até o castelo com seu balão humano dorminhoco, atraindo muitos olhares confusos de janelas de fofoqueiros de plantão. Mas, no fim, estava feliz de ter feito uma amiga e estar participando de uma missão para salvar um Reino, sem nem um mês de vida.
Capital do Reino - Página 2 Skanfy16
Conteúdo patrocinado

Capital do Reino - Página 2 Empty Re: Capital do Reino

Ir para o topo
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos