Capital do Reino
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- Asura
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Data de inscrição : 05/11/2021
Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:25 pm
O mundo estava escuro ao redor de Asura. O golpe que recebera a queima roupa de Jaeger criou um buraco em seu estômago que criava uma poça vermelha onde estava caído. Com tamanha perda de sangue, com certeza ele não iria durar mais que uns cinco minutos.
Após cair de joelhos, finalmente caiu no chão e tentava voltar a enxergar algo no meio da escuridão, mas mesmo que fizesse esforço, não conseguia. Até Jaeger, que estava se aproximando, parecia mais e mais distante em seus passos, até que Asura finalmente perdeu a consciência e desmaiou.
Quando abriu os olhos, viu-se em um infinito mar vermelho. Mar vermelho de sangue. O céu rubro com nuvens carmim faziam ser quase impossível de se manter os olhos abertos pelo seu reflexo de cores quentes, adornadas por uma lua rubi que parecia escorrer pelo céu, como se sangrasse. A aura sinistra do lugar era adornada pelo incessante som de bolhas fervilhantes e constantes gritos de desespero vindos de debaixo do imenso mar vermelho.
O vampiro não entendia muito bem o que aquilo significava, apenas achando estupidamente ameaçador. Ele não tinha sequer um ponto de referência, um norte ou qualquer coisa na qual pudesse seguir ou se guiar ali dentro. No instante que virou para trás, uma coisa sem forma definida e que extinguia toda luz que chegasse perto, sendo mais preta que o breu noturno, estava colada em suas costas.
-Ora, então você está aqui? – Mil vozes falaram simultaneamente. – Não esperava que você chegasse aqui tão cedo...
Asura não respondeu. Não fazia ideia do que responder. Onde era ali? O que era aquilo? O que diabos era essa voz? Eram perguntas demais que faziam a cabeça de Asura doer de tentar encontrar alguma resposta. De cima de seu ombro, sentiu um sopro vindo com uma voz sussurrada em seu ouvido de uma distância incômoda:
-Pelo visto, entrou em um conflito que não conseguiria vencer e inevitavelmente perdeu. – Disse a voz. Tal voz era estupidamente parecida com a de sua irmã, quase como se fosse ela falando com ele. Quando se virou, não viu nada, porém quando voltou a olhar o que quer que fosse que estava em sua frente, sua irmã estava parada, sorrindo. – Você quer minha ajuda, maninho? – Disse ela estendendo a mão.
O choque era tamanho que Asura petrificou no lugar. Sua irmã em sua frente? Como? E o que aconteceu com a coisa? Isso não cheirava bem para ele. Seu rosto estava estático com os olhos arregalados e ouviu ela dizer alguma coisa, porém não entendeu de tamanho choque. Ela envolveu seus braços no seu corpo e nesse instante, a empurrou para longe, ofegante.
-Você não é minha irmã! Ela morreu faz muito tempo! Krioni uma vez me disse que ela seria usada como algum truque mental pra me pegar desprevenido, e você está fazendo isso! – Bradou furiosamente.
-Tolo. – Mil vozes disseram enquanto o corpo de sua irmã se dissolvia e envolvia todo o lugar. – Você acha mesmo que pode escapar de mim? Logo você, um prodígio físico! Perfeito para mim. Se me der seu corpo, você vai ganhar poder.
-Poder para salvar seus amigos...! – Sussurrou uma voz no ouvido de Asura.
-Poder para salvar aquela fadinha...! – Sussurrou outra voz no outro.
-Para poder salvar o capitão...! – Uma vinda de trás de sua nuca também sussurrou, e agora eles pareciam vir de todos os lados.
As vozes eram suaves e macias, com um tom cínico e sarcástico, vindos juntamente com uma semi-melodia que quase hipnotizava o vampiro.
-Você quer...
-Eu sei que você quer...
-Nós sabemos que você quer...
-Vamos, vamos...!
-Não pode perder tempo aqui...
-Ele vai te matar...
-Se não for rápido, tudo será em vão...!
-É hora de se vingar desse que feriu seu orgulho...
-É hora de saciar sua fome e sede com o corpo desse velho...!
Então, a menos de dois palmos de seu rosto, um par de olhos completamente brancos se abriu.
-Agora me dê seu corpo.
A voz dessa vez era grave e quase gutural, como se arranhasse uma já machucada garganta. Uma boca gigantesca com inúmeras fileiras de dentes se abriu debaixo dos olhos, tão grande que engoliria facilmente seu corpo inteiro.
Asura instintivamente cobriu o rosto com as mãos para se defender. Ele sentiu dois dedos roçarem a parte de trás de seu pescoço e, logo em seguida, um puxão no colarinho de sua camisa, o levando para trás com enorme força e velocidade.
Ele abriu os olhos, ofegante, e viu Krioni acima de si. Vendo seu salvador, ele fez de tudo para esquecer a cena que viu instantes atrás para poder se concentrar.
-Asura, em suas mãos eu entrego a Night Cape. – Falou enquanto encarava o amigo. – Enquanto você a utilizar, a noite nunca irá te abandonar, agora é hora de mostrar o seu verdadeiro poder, o poder do verdadeiro Rei Vampiro. Lembre-se de que reis nunca devem ter piedade daqueles inimigos que pisam em seu ego, e você... – Ele encostou o dedo no peito do Pecado da Gula. – Deve honrar essa fala.
Ele largou a Night Cape sobre seu corpo, e junto, continha algo para aquele que lutava ao seu lado antes de sumir em um portal. O vampiro não prestou atenção no que era, apenas seguiu estritamente as instruções e ajudou Volk, que estava nas últimas.
-Obrigado, Asura... Agora, vamos acabar com ele. – Disse Volk se levantando, pronto pro combate.
-Você fique aqui e aprecie o show. – Respondeu Asura sorrindo. – Eu vou abrir mais buracos naquele imbecil do que uma esponja.
-Mas ainda está de dia...
-E meu amigo Krioni me deu algo para trazer a noite para mim. – Ele balançou a capa que segurava com uma mão, e a jogou por cima do ombro, abrindo para que pudesse entrar por ela. Ele jogou o capuz por cima da cabeça, e subitamente se sentiu durante uma escura noite. – Realmente, o Krioni não tava brincando quando falou disso! É realmente boa!
Volk sentiu o poder escorrer de Asura. Ele estava em um nível completamente diferente do seu, e até mesmo de Jaeger. E falando na Virtude, ele apareceu na frente deles, desgostoso com a situação.
-Parece que você está inteiro de novo, vampiro. – Disse Jaeger sorrindo. – Vou te explodir de novo. E depois seus amigos, pois parece que o resto do meu pessoal perdeu as magias de suporte e eu não fui afetado... Bem, vamos começar? – Seu sorriso ganhou um ar psicótico quando terminou a frase.
Ele ergueu o braço para causar uma explosão em Asura, e seu Sexto Sentido o alertou que o vampiro desviaria e que contra-atacaria. Confiante, ainda assim disparou uma de suas explosões. Pretendia pegar Asura no contra-ataque, mas um chute na parte de trás de sua cabeça foi mais rápido do que pôde notar. Seu rosto foi de encontro ao chão, enquanto sentia a energia mágica esmagadora de Asura em suas costas.
-Você pode prever as coisas, mas consegue desviar de todas? – Disse Asura armando um soco.
Tal soco foi disparado na direção da cabeça de Jaeger, que não precisou nem de seu Sexto Sentido para alertá-lo para desviar. Uma cratera enorme se criou no ponto de impacto, fazendo ambos caírem nela de tão grande que era. A Virtude aproveitou o momento para fugir de Asura, acertando um chute em seu peito e saindo da cratera.
-Meia-noite, eh... Bem, pelo visto, eu posso usar aquilo e te destroçar. – Falou o vampiro olhando para suas mãos. Ele ergueu os olhos e Jaeger viu da penumbra da capa, o brilho vermelho vivo vindo deles. – Esse é seu último minuto de vida, aproveite-o bem.
Asura então começou a concentrar sua magia, aumentando de maneiras absurdas seu já enorme poder mágico. As sombras ao seu redor começaram a se juntar em um turbilhão quase dançante em seu corpo. Sua presença era com certeza ameaçadora, ainda mais para aquele que ousasse o enfrentar. Quando as sombras pareceram entrar em seu corpo, sua aparência era exatamente a mesma, exceto pela magia roxa que transbordava dele.
-Então os arquivos não mentiam... – Falou Jaeger com suor frio escorrendo pela sua testa. – Essa é a...!
-Hunger for Power. – Respondeu Asura, convicto de sua vitória. – Suas explosões são capazes de lidar com hemomancia e umbramancia?
Antes mesmo do Sexto Sentido acusar algo, Jaeger recebeu um gancho vindo em seu queixo, com uma estranha sensação vinda do golpe. Quando olhou para a mão de Asura, o seu agressor viu que ela estava coberta das sombras roxas que ele criou. Mas isso não explicava como havia sido atingido tão rápido.
E antes que pudesse pensar em uma resposta, um enorme e maciço pilar vermelho atingiu seu peito, o arremessando muitos metros a frente, para ser parado pela mão de Asura, que interrompeu o seu movimento com apenas a palma de uma mão, sem sequer dobrar o braço em riste que a Virtude atingiu.
-A maninha era melhor que eu usando essa forma... Ela controlava bem melhor as sombras, mas ao menos eu consigo usar a Hollow Walk pra me movimentar sem problemas entre elas... Bem, você só aprende a usar os poderes os usando, não é? Dê tudo de si para me ajudar a aprender a controlar melhor esses poderes, ok Jaeger? – Disse Asura alegre.
A Virtude se desvencilhou e tentou usar uma explosão no Pecado, que apenas criou uma barreira de sombras sem sequer mexer as mãos, apenas os olhos. Então um dardo vermelho se formou no lado de Asura, que foi disparado atravessando a barriga de Jaeger, e ficando maior depois de absorver o sangue que espirrou do ferimento.
-Você não é forte demais, Asura...? – Falou Volk para si mesmo, incrédulo com a facilidade que Asura atacava a Virtude.
Jaeger não se deu por vencido, e puxou suas adagas para tentar atacar, apenas para ter ambas cortadas por uma fina parede ascendente feita da mais pura sombra, fazendo as explosões que ele planejava usar estourarem em sua direção. Então, recebeu um soco com toda força em suas costas, sendo arremessado para a frente para dar de cara com Asura novamente, que estava com seu Tesouro Sagrado em mãos. A Holy Dracula estava roxa pela magia das sombras de Asura que adotavam essa cor, e se preparava para cortar Jaeger em dois.
-Dark Slash! – Falou disparando a magia.
-Bomb Wall! – Em um movimento rápido, Jaeger abriu os braços e entre eles criou uma barreira de explosões para não ser cortado em dois pelo golpe do vampiro.
De baixo do golpe, viu uma cena que o aterrorizou. Asura se materializava em meio às sombras, com o característico brilho vermelho dessa forma em seus olhos. Ele estava com seu dedo indicador e médio juntos, apontados para frente, e fizeram um movimento ascendente. Seguindo o movimento, várias armas feitas de sangue surgiram do chão.
-Você cria sangue agora? – Gritou a Virtude irritada.
-Eu apenas peguei de outros lugares, ou você acha que eu só aumento minha força e posso manipular sombras? – O vampiro respondeu com ironia.
Antes que pudesse perceber, Jaeger foi arremessado para cima com uma torre roxa de sombras, e um outro pilar, dessa vez vermelho, o atingiu o jogando em direção a Asura. O vampiro, por sua vez, acertou um poderoso soco para baixo em Jaeger, o fazendo aterrissar com uma cratera tão grande quanto a primeira.
-Pelo visto você não é nada forte, apenas finge ser... – Falou despretensiosamente o Pecado, zombando do adversário.
-O poder divino de Hanna vai fazer você se arrepender de ter feito isso comigo, vampiro! – Falou fanho pelo nariz quebrado no impacto no chão. – Ela vai te–
Um pisão em sua cabeça calou sua boca. Asura se moveu novamente por entre as sombras e mostrou a diferença de poderes para o seu inimigo.
-Talvez ela seja mais forte que eu, mas não é mais forte que a Saligia. E agora estamos todos juntos. E eu que não vou fazer feio com isso...
Antes que Asura pudesse se preparar para atacar, Jaeger agarrou seus pés pelas costas e usou o máximo de explosões que pôde, visando causar algum dano e fugir pela cortina de fumaça criada. Escapando do pé do Pecado, ele fugiu para fora da cratera, apenas para sentir a mão dele em seu ombro.
-Isso é injusto! – Asura sorriu cinicamente com a reclamação.
-Injusto é você entrar em uma luta com várias magias de aprimoramento durante o dia contra um vampiro. – Seu tom irreverente fez Jaeger se irritar, que tentou novamente explodir o rosto de Asura, apenas para as sombras o protegerem. – Espero que tenha gostado do seu último minuto, provando o poder do Rei Vampiro. É hora de acabar com isso.
O Pecado da Gula arremessou a Virtude da Humildade para trás com um rápido movimento de se pôr à frente do adversário e acertar uma joelhada no estômago com toda sua força. Jaeger conseguiu parar o movimento freando com seus pés, mas apenas para ver o brilho vermelho dos olhos de Asura em uma distância relativamente longe, porém ameaçadora.
As sombras e o sangue que ele controlava começaram a girar em um vórtex mágico ao redor da lâmina de sua Holy Dracula, se aglomerando em uma ameaçadora magia vermelha e roxa. Ainda com elas girando, Asura se pôs em posição de ataque e correu ao mesmo tempo, olhando fixamente para Jaeger. A Virtude, por sua vez, não sabia o que fazer para tentar parar o ataque. E não teria mais nenhum tempo para pensar, pois conseguiu ver o sorriso na face do seu futuro executor.
-Crimson Shadow!
Asura disparou na direção de Jaeger, com o seu passo criando uma imensa cratera na borda da outra que estava. A sombra misturada com sangue girava rapidamente pela lâmina de seu Tesouro Sagrado, deixando um rastro pelo ar, juntamente dos cacos de vidro das janelas que explodiram pelo impacto da quebra da barreira do som. O barulho ensurdecedor do movimento de Asura fez Jaeger fechar os olhos. Pela última vez.
O golpe de Asura foi um corte repleto de magia que dividiu o oponente em dois na altura da cintura, com as sombras e o sangue do ataque se expandindo como uma torre consumindo as metades antes que pudessem tocar no chão, obliterando completamente o inimigo.
Quando parou o movimento, as sombras saíram de seu corpo e sua Hunger for Power desativou. Ele olhou para baixo, olhando para as mãos. As abria e fechava, notando que ainda estavam se movendo perfeitamente. Então cerrou os punhos e pulou dando um soco no ar.
-Eu consegui! Consegui misturar as magias! – Gritou sorrindo radiante. Quando aterrissou do pequeno pulo, estendeu a mão aos céus e pensou: Eu consegui, irmã!
-Isso foi incrível, Asura! – Chegou gritando Volk, animado. – Você é muito forte! Ele não conseguiu nem encostar em você!
-Pois é, eu sou mesmo! – Respondeu animado. – Eu queria ficar aqui e conversar mais, mas agora é hora de ir pro Palácio. Vamos lá!
Volk concordou com a cabeça, e ambos deixaram para trás o campo da enorme batalha que Asura teve, rumo ao Palácio para salvarem os outros." />
Após cair de joelhos, finalmente caiu no chão e tentava voltar a enxergar algo no meio da escuridão, mas mesmo que fizesse esforço, não conseguia. Até Jaeger, que estava se aproximando, parecia mais e mais distante em seus passos, até que Asura finalmente perdeu a consciência e desmaiou.
Quando abriu os olhos, viu-se em um infinito mar vermelho. Mar vermelho de sangue. O céu rubro com nuvens carmim faziam ser quase impossível de se manter os olhos abertos pelo seu reflexo de cores quentes, adornadas por uma lua rubi que parecia escorrer pelo céu, como se sangrasse. A aura sinistra do lugar era adornada pelo incessante som de bolhas fervilhantes e constantes gritos de desespero vindos de debaixo do imenso mar vermelho.
O vampiro não entendia muito bem o que aquilo significava, apenas achando estupidamente ameaçador. Ele não tinha sequer um ponto de referência, um norte ou qualquer coisa na qual pudesse seguir ou se guiar ali dentro. No instante que virou para trás, uma coisa sem forma definida e que extinguia toda luz que chegasse perto, sendo mais preta que o breu noturno, estava colada em suas costas.
-Ora, então você está aqui? – Mil vozes falaram simultaneamente. – Não esperava que você chegasse aqui tão cedo...
Asura não respondeu. Não fazia ideia do que responder. Onde era ali? O que era aquilo? O que diabos era essa voz? Eram perguntas demais que faziam a cabeça de Asura doer de tentar encontrar alguma resposta. De cima de seu ombro, sentiu um sopro vindo com uma voz sussurrada em seu ouvido de uma distância incômoda:
-Pelo visto, entrou em um conflito que não conseguiria vencer e inevitavelmente perdeu. – Disse a voz. Tal voz era estupidamente parecida com a de sua irmã, quase como se fosse ela falando com ele. Quando se virou, não viu nada, porém quando voltou a olhar o que quer que fosse que estava em sua frente, sua irmã estava parada, sorrindo. – Você quer minha ajuda, maninho? – Disse ela estendendo a mão.
O choque era tamanho que Asura petrificou no lugar. Sua irmã em sua frente? Como? E o que aconteceu com a coisa? Isso não cheirava bem para ele. Seu rosto estava estático com os olhos arregalados e ouviu ela dizer alguma coisa, porém não entendeu de tamanho choque. Ela envolveu seus braços no seu corpo e nesse instante, a empurrou para longe, ofegante.
-Você não é minha irmã! Ela morreu faz muito tempo! Krioni uma vez me disse que ela seria usada como algum truque mental pra me pegar desprevenido, e você está fazendo isso! – Bradou furiosamente.
-Tolo. – Mil vozes disseram enquanto o corpo de sua irmã se dissolvia e envolvia todo o lugar. – Você acha mesmo que pode escapar de mim? Logo você, um prodígio físico! Perfeito para mim. Se me der seu corpo, você vai ganhar poder.
-Poder para salvar seus amigos...! – Sussurrou uma voz no ouvido de Asura.
-Poder para salvar aquela fadinha...! – Sussurrou outra voz no outro.
-Para poder salvar o capitão...! – Uma vinda de trás de sua nuca também sussurrou, e agora eles pareciam vir de todos os lados.
As vozes eram suaves e macias, com um tom cínico e sarcástico, vindos juntamente com uma semi-melodia que quase hipnotizava o vampiro.
-Você quer...
-Eu sei que você quer...
-Nós sabemos que você quer...
-Vamos, vamos...!
-Não pode perder tempo aqui...
-Ele vai te matar...
-Se não for rápido, tudo será em vão...!
-É hora de se vingar desse que feriu seu orgulho...
-É hora de saciar sua fome e sede com o corpo desse velho...!
Então, a menos de dois palmos de seu rosto, um par de olhos completamente brancos se abriu.
-Agora me dê seu corpo.
A voz dessa vez era grave e quase gutural, como se arranhasse uma já machucada garganta. Uma boca gigantesca com inúmeras fileiras de dentes se abriu debaixo dos olhos, tão grande que engoliria facilmente seu corpo inteiro.
Asura instintivamente cobriu o rosto com as mãos para se defender. Ele sentiu dois dedos roçarem a parte de trás de seu pescoço e, logo em seguida, um puxão no colarinho de sua camisa, o levando para trás com enorme força e velocidade.
Ele abriu os olhos, ofegante, e viu Krioni acima de si. Vendo seu salvador, ele fez de tudo para esquecer a cena que viu instantes atrás para poder se concentrar.
-Asura, em suas mãos eu entrego a Night Cape. – Falou enquanto encarava o amigo. – Enquanto você a utilizar, a noite nunca irá te abandonar, agora é hora de mostrar o seu verdadeiro poder, o poder do verdadeiro Rei Vampiro. Lembre-se de que reis nunca devem ter piedade daqueles inimigos que pisam em seu ego, e você... – Ele encostou o dedo no peito do Pecado da Gula. – Deve honrar essa fala.
Ele largou a Night Cape sobre seu corpo, e junto, continha algo para aquele que lutava ao seu lado antes de sumir em um portal. O vampiro não prestou atenção no que era, apenas seguiu estritamente as instruções e ajudou Volk, que estava nas últimas.
-Obrigado, Asura... Agora, vamos acabar com ele. – Disse Volk se levantando, pronto pro combate.
-Você fique aqui e aprecie o show. – Respondeu Asura sorrindo. – Eu vou abrir mais buracos naquele imbecil do que uma esponja.
-Mas ainda está de dia...
-E meu amigo Krioni me deu algo para trazer a noite para mim. – Ele balançou a capa que segurava com uma mão, e a jogou por cima do ombro, abrindo para que pudesse entrar por ela. Ele jogou o capuz por cima da cabeça, e subitamente se sentiu durante uma escura noite. – Realmente, o Krioni não tava brincando quando falou disso! É realmente boa!
Volk sentiu o poder escorrer de Asura. Ele estava em um nível completamente diferente do seu, e até mesmo de Jaeger. E falando na Virtude, ele apareceu na frente deles, desgostoso com a situação.
-Parece que você está inteiro de novo, vampiro. – Disse Jaeger sorrindo. – Vou te explodir de novo. E depois seus amigos, pois parece que o resto do meu pessoal perdeu as magias de suporte e eu não fui afetado... Bem, vamos começar? – Seu sorriso ganhou um ar psicótico quando terminou a frase.
Ele ergueu o braço para causar uma explosão em Asura, e seu Sexto Sentido o alertou que o vampiro desviaria e que contra-atacaria. Confiante, ainda assim disparou uma de suas explosões. Pretendia pegar Asura no contra-ataque, mas um chute na parte de trás de sua cabeça foi mais rápido do que pôde notar. Seu rosto foi de encontro ao chão, enquanto sentia a energia mágica esmagadora de Asura em suas costas.
-Você pode prever as coisas, mas consegue desviar de todas? – Disse Asura armando um soco.
Tal soco foi disparado na direção da cabeça de Jaeger, que não precisou nem de seu Sexto Sentido para alertá-lo para desviar. Uma cratera enorme se criou no ponto de impacto, fazendo ambos caírem nela de tão grande que era. A Virtude aproveitou o momento para fugir de Asura, acertando um chute em seu peito e saindo da cratera.
-Meia-noite, eh... Bem, pelo visto, eu posso usar aquilo e te destroçar. – Falou o vampiro olhando para suas mãos. Ele ergueu os olhos e Jaeger viu da penumbra da capa, o brilho vermelho vivo vindo deles. – Esse é seu último minuto de vida, aproveite-o bem.
Asura então começou a concentrar sua magia, aumentando de maneiras absurdas seu já enorme poder mágico. As sombras ao seu redor começaram a se juntar em um turbilhão quase dançante em seu corpo. Sua presença era com certeza ameaçadora, ainda mais para aquele que ousasse o enfrentar. Quando as sombras pareceram entrar em seu corpo, sua aparência era exatamente a mesma, exceto pela magia roxa que transbordava dele.
-Então os arquivos não mentiam... – Falou Jaeger com suor frio escorrendo pela sua testa. – Essa é a...!
-Hunger for Power. – Respondeu Asura, convicto de sua vitória. – Suas explosões são capazes de lidar com hemomancia e umbramancia?
Antes mesmo do Sexto Sentido acusar algo, Jaeger recebeu um gancho vindo em seu queixo, com uma estranha sensação vinda do golpe. Quando olhou para a mão de Asura, o seu agressor viu que ela estava coberta das sombras roxas que ele criou. Mas isso não explicava como havia sido atingido tão rápido.
E antes que pudesse pensar em uma resposta, um enorme e maciço pilar vermelho atingiu seu peito, o arremessando muitos metros a frente, para ser parado pela mão de Asura, que interrompeu o seu movimento com apenas a palma de uma mão, sem sequer dobrar o braço em riste que a Virtude atingiu.
-A maninha era melhor que eu usando essa forma... Ela controlava bem melhor as sombras, mas ao menos eu consigo usar a Hollow Walk pra me movimentar sem problemas entre elas... Bem, você só aprende a usar os poderes os usando, não é? Dê tudo de si para me ajudar a aprender a controlar melhor esses poderes, ok Jaeger? – Disse Asura alegre.
A Virtude se desvencilhou e tentou usar uma explosão no Pecado, que apenas criou uma barreira de sombras sem sequer mexer as mãos, apenas os olhos. Então um dardo vermelho se formou no lado de Asura, que foi disparado atravessando a barriga de Jaeger, e ficando maior depois de absorver o sangue que espirrou do ferimento.
-Você não é forte demais, Asura...? – Falou Volk para si mesmo, incrédulo com a facilidade que Asura atacava a Virtude.
Jaeger não se deu por vencido, e puxou suas adagas para tentar atacar, apenas para ter ambas cortadas por uma fina parede ascendente feita da mais pura sombra, fazendo as explosões que ele planejava usar estourarem em sua direção. Então, recebeu um soco com toda força em suas costas, sendo arremessado para a frente para dar de cara com Asura novamente, que estava com seu Tesouro Sagrado em mãos. A Holy Dracula estava roxa pela magia das sombras de Asura que adotavam essa cor, e se preparava para cortar Jaeger em dois.
-Dark Slash! – Falou disparando a magia.
-Bomb Wall! – Em um movimento rápido, Jaeger abriu os braços e entre eles criou uma barreira de explosões para não ser cortado em dois pelo golpe do vampiro.
De baixo do golpe, viu uma cena que o aterrorizou. Asura se materializava em meio às sombras, com o característico brilho vermelho dessa forma em seus olhos. Ele estava com seu dedo indicador e médio juntos, apontados para frente, e fizeram um movimento ascendente. Seguindo o movimento, várias armas feitas de sangue surgiram do chão.
-Você cria sangue agora? – Gritou a Virtude irritada.
-Eu apenas peguei de outros lugares, ou você acha que eu só aumento minha força e posso manipular sombras? – O vampiro respondeu com ironia.
Antes que pudesse perceber, Jaeger foi arremessado para cima com uma torre roxa de sombras, e um outro pilar, dessa vez vermelho, o atingiu o jogando em direção a Asura. O vampiro, por sua vez, acertou um poderoso soco para baixo em Jaeger, o fazendo aterrissar com uma cratera tão grande quanto a primeira.
-Pelo visto você não é nada forte, apenas finge ser... – Falou despretensiosamente o Pecado, zombando do adversário.
-O poder divino de Hanna vai fazer você se arrepender de ter feito isso comigo, vampiro! – Falou fanho pelo nariz quebrado no impacto no chão. – Ela vai te–
Um pisão em sua cabeça calou sua boca. Asura se moveu novamente por entre as sombras e mostrou a diferença de poderes para o seu inimigo.
-Talvez ela seja mais forte que eu, mas não é mais forte que a Saligia. E agora estamos todos juntos. E eu que não vou fazer feio com isso...
Antes que Asura pudesse se preparar para atacar, Jaeger agarrou seus pés pelas costas e usou o máximo de explosões que pôde, visando causar algum dano e fugir pela cortina de fumaça criada. Escapando do pé do Pecado, ele fugiu para fora da cratera, apenas para sentir a mão dele em seu ombro.
-Isso é injusto! – Asura sorriu cinicamente com a reclamação.
-Injusto é você entrar em uma luta com várias magias de aprimoramento durante o dia contra um vampiro. – Seu tom irreverente fez Jaeger se irritar, que tentou novamente explodir o rosto de Asura, apenas para as sombras o protegerem. – Espero que tenha gostado do seu último minuto, provando o poder do Rei Vampiro. É hora de acabar com isso.
O Pecado da Gula arremessou a Virtude da Humildade para trás com um rápido movimento de se pôr à frente do adversário e acertar uma joelhada no estômago com toda sua força. Jaeger conseguiu parar o movimento freando com seus pés, mas apenas para ver o brilho vermelho dos olhos de Asura em uma distância relativamente longe, porém ameaçadora.
As sombras e o sangue que ele controlava começaram a girar em um vórtex mágico ao redor da lâmina de sua Holy Dracula, se aglomerando em uma ameaçadora magia vermelha e roxa. Ainda com elas girando, Asura se pôs em posição de ataque e correu ao mesmo tempo, olhando fixamente para Jaeger. A Virtude, por sua vez, não sabia o que fazer para tentar parar o ataque. E não teria mais nenhum tempo para pensar, pois conseguiu ver o sorriso na face do seu futuro executor.
-Crimson Shadow!
Asura disparou na direção de Jaeger, com o seu passo criando uma imensa cratera na borda da outra que estava. A sombra misturada com sangue girava rapidamente pela lâmina de seu Tesouro Sagrado, deixando um rastro pelo ar, juntamente dos cacos de vidro das janelas que explodiram pelo impacto da quebra da barreira do som. O barulho ensurdecedor do movimento de Asura fez Jaeger fechar os olhos. Pela última vez.
O golpe de Asura foi um corte repleto de magia que dividiu o oponente em dois na altura da cintura, com as sombras e o sangue do ataque se expandindo como uma torre consumindo as metades antes que pudessem tocar no chão, obliterando completamente o inimigo.
Quando parou o movimento, as sombras saíram de seu corpo e sua Hunger for Power desativou. Ele olhou para baixo, olhando para as mãos. As abria e fechava, notando que ainda estavam se movendo perfeitamente. Então cerrou os punhos e pulou dando um soco no ar.
-Eu consegui! Consegui misturar as magias! – Gritou sorrindo radiante. Quando aterrissou do pequeno pulo, estendeu a mão aos céus e pensou: Eu consegui, irmã!
-Isso foi incrível, Asura! – Chegou gritando Volk, animado. – Você é muito forte! Ele não conseguiu nem encostar em você!
-Pois é, eu sou mesmo! – Respondeu animado. – Eu queria ficar aqui e conversar mais, mas agora é hora de ir pro Palácio. Vamos lá!
Volk concordou com a cabeça, e ambos deixaram para trás o campo da enorme batalha que Asura teve, rumo ao Palácio para salvarem os outros." />
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:36 pm
O Mago do Orgulho abriu mais um de seus portais e passou para outro lado, em outro lugar. A rua era aberta, e diante de si, uma figura de cabelos loiros e olhos verdes estava estatelada no chão. Se fosse apenas por sua vontade, ele prosseguiria para o próximo mortal e aquele necromante que morresse. Mas deixá-lo para morrer por seu ego seria como ele se banir da Saligia.
A contra gosto, ele se abaixou e viu a espada que estava atravessada no abdome de seu antigo companheiro. Sem se importar com a dor que ele sentiria, ele apenas arrancou a arma, fazendo sangue escorrer do ferimento. Apenas com sua magia de cura, começou a restaurar rapidamente os escassos ferimentos, juntamente do grande buraco.
Além de ter que restaurar o vigor e energia vital de Gwyndolin, ele precisava dar um jeito na magia do outro mago dos Pecados. Usando uma magia de transferência de mana, restaurou completamente o estupidamente grande reservatório mágico do Pecado da Luxúria.
Quando os ferimentos se curaram, o homem de cabelos loiros abriu os olhos e visualizou a figura que estava em sua frente. Os raios de sol estavam atrás de sua cabeça, dando um tom divino, como o de um cavaleiro que salva uma princesa indefesa. Não conseguindo segurar a emoção de ser resgatado por alguém que, da última vez que se viram, jurou que o mataria, o necromante se jogou com lágrimas nos olhos para abraçar o seu antigo camarada.
-Krioni! – Gritou exalando felicidade.
-Sai, porra! – Retrucou o orgulhoso, empurrando-o para o chão. – Não me toque, você sabe muito bem que odeio que encostem em mim.
-Ah, mas... – Ele tentou retrucar, mas apenas recebeu uma revirada de olho de Krioni. Ele viu quem estava enfrentando o Pecado da Luxúria e sentiu vontade de bater a cabeça na parede. – Bem, é bom te ver de novo. – Ele deu um sorriso sincero para Krioni, que apenas franziu o cenho em desgosto.
-Pega isso. Tem as instruções aí, então só as siga. – Ele então puxou um dos dois itens que o orbitavam, e sorriu de volta para Gwyn.
O loiro estava eufórico, viu Krioni sorrir para ele. Quando foi falar algo, viu apenas de relance um belo relógio de prata, adornado com desenhos em ouro. Esse relógio entrou inteiro na sua boca, e com os dedos indicador e médio, Krioni empurrava fundo na sua boca. A sensação era estranha, o relógio se desmanchava e dissolvia na garganta, como se ele estivesse engolindo ou absorvendo. Quando sentiu que Krioni usou os dedos para ajustar ele numa posição que ficasse difícil de respirar, começou a se engasgar, e saiu de cima dele. Após alguns segundos de agonia, a peça se dissolveu e ele se sentiu aliviado.
-Não sabia que você gostava dessas coisas, Krioni... – Falou com um tom completamente malicioso para o mago, que após um congelante arrepio na espinha, se virou lentamente para encará-lo e viu um homem de cabelos loiros de joelho e com baba branca escorrendo pelos cantos da boca. – Você podia ser uma gostosa, né... Isso seria bem melhor se você tivesse um belo par de seios. – A piada foi interrompida por um tapa com as costas da mão de Krioni no rosto de Gwyn, que apenas riu, fazendo que Krioni recuasse uns passos até se pôr a falar.
-Bem, ignorando esses seus fetiches estranhos, eu lhe presenteio com uma poderosa habilidade mágica: Time Walker. Se alguém usar poderes do tempo, você não será afetado, a menos que queira, ou se eu quiser. Isso é uma habilidade muito refinada através de meu exuberante poder. Faça um bom uso e não me decepcione. – Quando ele se virou, abriu mais um portal para continuar para o último dos que estavam lutando, porém antes de prosseguir, falou apenas mais uma frase pra o luxurioso. – Ensine para essa tola que crianças com menos de duzentos anos não devem mexer com o tempo. – E seguiu adiante.
Gwyn coçou o queixo, pensando se Krioni sabia qual era sua real idade. Mas como ele disse, crianças de menos de duzentos anos não deveriam mexer com o tempo. E o que fazer com crianças desobedientes? Pessoas normais diriam pôr de castigo, mas Gwyndolin prefere métodos mais ortodoxos de necromantes.
Um sorriso macabro e malicioso se desenhou na face do homem de olhos verdes, que lembrou que tinha que fazer algo antes de enfrentar Kyara. Ele rapidamente criou um lacaio, que andou até onde estava Agnite e o arrastou para fora do campo de batalha, para aplicar a medicação mágica. Quase como se fosse cronometrado, Kyara chegou na sua posição, sorrindo e acenando.
-Ora, eu jurava que estava perto de você! Por algum raio de razão, eu fui parar bem pra trás, mas vim correndo até aqui. Bom, eu queria conversar mais, mas... – Seu rosto fechou sombriamente. – É hora de te matar. E é hora de pagar por aquele crime de vários anos atrás. Não ache que eu não estudei sobre meu oponente, Gwyndolin.
-Parabéns? – Ele virou o rosto em confusão. – Isso é o mínimo que se espera de alguém antes de uma luta quando se tem tempo livre de sobra. Quando você não tem, descobre tudo durante ela, como seu poder sobre o tempo. – Um sorriso sarcástico surgia em seu rosto, desconcertando Kyara por ser descoberta. – Mas agora você não tem mais a menor chance de me derrotar. Se você se ajoelhar e... – Ele segurou seu impulso de falar alguma coisa pervertida, que Kyara notou e sentiu um calafrio na espinha. – ... Pedir por clemência, eu te deixo viver.
Ela cerrou as mãos segurando mais forte a espada que sobrava, já que a outra estava perto de Gwyndolin. Planejou seus movimentos com cautela, e gritou.
-Já chega! – E o tempo parou.
Gwyndolin ficou imóvel, como se estivesse congelado no tempo, porém, se segurando para não rir dela. Ela foi andando batendo os pés e, com raiva, no rosto para ele, e passou pelo seu lado. Foi atrás dele e pegou sua outra espada, se colocou em posição de combate e iria descongelar o tempo. Hora perfeita para começar a brincadeira de verdade.
Nos pés dela, sem que ela notasse, Gwyndolin criou várias mãos esqueléticas. Assim que o tempo voltou a correr, todas as mãos agarraram-na e a fizeram cair no chão. Ele apenas a olhou com a face neutra, sem sequer abaixar a cabeça.
-Patético.
E novamente, ela congelou o tempo. Ela virou a cabeça para cima e viu que o tempo havia parado enquanto ele a olhava, e sentia como se ele ainda estivesse a olhando em desaprovação – o que de fato estava. Chacoalhando as pernas, se livrou das mãos de ossos que a seguravam, e se pôs de pé, encarando-o. E novamente, soltou o tempo. Mas foi atingida por duas enormes mãos com grandes manoplas extremamente duras, uma de cada lado da cabeça. Cambaleando, se afastou.
-Isso é tudo que pode fazer? – Perguntou o necromante com um tom desapontado.
-Cala a porra da boca! – Kyara estava irritada. Estava sendo feita de otária, e aparentemente ele podia prever seus movimentos. Pela terceira vez, parou o tempo.
Ela então se afastou para pegar impulso, e saiu em disparada para Gwyndolin, correndo rapidamente. Em um salto, ativou suas magias de ataque e colocou os braços em posição de X. Pretendia cortá-lo assim que o tempo voltasse a fluir, mas quando voltou a fluir, ele apenas deu um passo para o lado e como se fosse um mordomo ou um gentleman, fez reverência permitindo que a dama passasse, estendendo o braço para mostrar a direção.
Assim que passou, estava completamente tomada por ódio. Ele estava anulando todos os golpes como se não fossem nada, e parecia estar se divertindo com sua desgraça. Estava ficando sem ideias, então talvez devesse fazer o que o atingiu antes. Golpear por cima, e segurar o tranco de parar o tempo além do seu limite o máximo que conseguisse.
Dito e feito. Ela subiu no prédio mais alto do lugar, se arremessou para cima, e como uma bala de canhão, desceu o mais rápido que podia até parar de controlar o tempo. Estava próxima do solo, e quando foi atacá-lo, estava rodeada por mortos-vivos que o escondiam no meio. Sem perder o ataque, fatiou todos, e se desse sorte, o acertaria no meio da confusão.
Quando parou de girar, não viu sinal dele, apenas a massa de cadáveres lentamente desaparecendo e voltando para seja lá de onde vieram. Após alguns instantes, ouviu batidas de palmas do parapeito de uma janela do terceiro andar de um prédio.
-Parabéns viu? Conseguiu derrotar todos rapidinho. Mas eu não estava ali, que peninha. – Uma veia em sua testa saltou pela raiva contra o necromante. – Eu acho que já disse antes, mas é bom lembrar. Você não tem mais a menor chance de me derrotar. Desista. – O Pecado pulou e desceu graciosamente no chão, como se fosse uma bailarina, e parou com as mãos apoiadas na cintura, olhando sua inimiga com um sorriso no rosto.
Novamente congelou o tempo. Atacar alguém com o tempo parado possivelmente a deixaria de cama por um mês ou até mesmo em coma, mas era o único jeito. Largou no chão uma de suas espadas, e com ambas as mãos trêmulas, andou vagarosamente até o seu oponente. Cada passo doía. A dor se espalhava por todo seu corpo, como se fosse queimada viva. No momento que chegou perto dele, tentava ao máximo erguer seus braços para acabar com a vida do Pecado, mas uma outra dor se misturava com a da magia. Como se várias lâminas cortassem seu corpo. Como se fosse... miasma. Mas não era hora de pensar nisso. Usando todas suas forças, encostou sua espada no peito dele, e quando foi pressionar, algo a fez perder completamente a concentração.
Seus braços estavam segurados por mãos de mortos-vivos. Ela olhou para os dois lados, e viu que realmente as duas bestas se mexiam. Rapidamente olhou para cima, mas os pássaros estavam parados. Não queria olhar para frente, mas, usando suas forças, sentiu como se seu estômago caísse. Gwyndolin estava ali, a olhando novamente com desaprovação. Uma expressão diferente da de quando o tempo parou. A mão dele foi rápida e precisa, e a agarrou pelas bochechas, apertando ambas enquanto lacaios pegavam sua espada.
-Você por acaso é burra? Eu disse duas vezes: Você não tem mais a menor chance de me derrotar. – Seus olhos faiscavam, colocando terror na Virtude. – Eu estava pensando em te matar ou te transformar em uma soldada de elite do meu exército, mas você tem muita força de vontade. Tive uma ideia melhor e mais divertida. – Os olhos de Kyara lacrimejavam. Fora completamente derrotada por sua magia e arrogância, e não conseguia mais se mexer pela dor. E pelo histórico de Gwyndolin, estava apavorada. Queria trocar de lugar com Vanalya, ela possivelmente estaria mais à vontade nessa situação (segundo seus pensamentos). – Eternal Curse!
Um pouco longe dali, Agnite estava se recuperando de toda a luta. Ouviu toda a animosidade e percebeu que Gwyn estava brincando com a sua oponente. Aparentemente, a presa e o predador trocaram de posições. Já inteiro, se levantou e estendeu o punho para o morto-vivo que o acompanhou. O mesmo entendeu, e retribuiu com um soquinho antes de desaparecer no solo.
Saindo da ruela onde estava, viu uma pequena multidão começando a se reunir na frente de uma casa de dois andares. Intrigado, foi até ela com a mão na espada, que estava guardada na bainha. Tentava ver por entre os populares, mas não dava, estavam muito aglomerados. Então, lembrou-se de quem era.
-Atenção, Cavaleiro Sagrado passando, abram caminho! – Suas palavras faziam com que as pessoas ficassem um pouco assustadas, então permitiram passagem. Ele então chegou na cena que atraiu tantas pessoas, e seu rosto avermelhou-se de instantâneo. – O que é isso, Gwyndolin?
-Bem, eu decidi que não ia matá-la de última hora, então me veio essa ideia na cabeça. O que achou, nada mal, né? – Falou contente.
-M-Mas ela é uma Virtude Sagrada! – Respondeu rispidamente, envergonhado com o que via.
-E essa, meu caro Agnite, é, com toda certeza, a melhor parte. – Disse pausadamente e alegre.
Kyara estava completamente ruborizada. Seu rosto parecia um pimentão. Gwyndolin amarrou-a nas paredes e a despiu, a deixando com apenas sua calcinha e sutiã de renda amostra, e uma mordaça com uma esfera em sua boca. Como se não bastasse, escreveu na barriga dela “Vadiazinha do Gwyn ♡” com batom. No chão haviam vários desenhos em giz, e Agnite os reconhecera como símbolos de proteção druida, logo não teria como as pessoas chegarem nela, mas todas podiam olhar. O rosto do Pecado estampava perfeitamente o seu pecado. Luxúria.
-Mas, mudando de assunto, você não tem um Reino pra salvar ou algo do tipo? – Indagou o Cavaleiro Sagrado.
-Sim, estava só garantindo que ninguém pudesse tocar nela. Quem sabe se eles forem forçados a não tocar nela parem com os assédios em bares... Cansa ter que expulsar gente do Delito por querem passar a mão na Camille ou na Lilian... – Suspirou, como se essa realmente fosse sua verdadeira intenção. – Ah é, agora que notei! Suas roupas íntimas são verdes! Você fez isso porque sabia que ia me enfrentar? Que adorável! Mas eu prefiro rosa... – Kyara estava completamente vermelha, tentando falar alguma coisa, mas não conseguia e apenas acabava babando por causa da bolinha em sua boca. – Hm? Você quer que eu tire a roupa também? – Ela nunca balançou a cabeça tão veementemente para negar algo quanto naquele momento. – Certo... Então, fique aí até eu voltar, ok? Vou deixar um lacaio para te dar comida e água caso precise. – Ele se virou para Agnite, sorrindo. – Bom, vamos?
-V-Vamos... – Então, ambos começaram a correr para o castelo, mas após dois ou três passos, Gwyn virou metade do corpo para trás para gritar.
-E Kyara, não se preocupe! Ninguém neste reino consegue desfazer esses círculos além de mim! – De alguma forma ou de outra, isso a tranquilizou, mas torcia para que ele não a esquecesse ali.
No meio do caminho, Gwyn se virou para Agnite para começar a falar:
-Ei, ei, será que eu devo dar algumas dicas para o Capitão se reconciliar com a princesa? Eles estavam meio brigados da última vez...
-Que tipo de dicas? – Ele temia pela resposta.
-Ah, você sabe... – Ele começou a listar suas ideias nos dedos. – Presentes com afrodisíaco, lingeries sexys para ela, perfumes, posições sexuais que dão mais prazer para a mulher... essas coisas. – Sua expressão de dúvida era real, ele realmente pensava em qual deveria recomendar ao Nier.
-Gwyn, você...
-Eu...?
-É realmente um pervertido.
A contra gosto, ele se abaixou e viu a espada que estava atravessada no abdome de seu antigo companheiro. Sem se importar com a dor que ele sentiria, ele apenas arrancou a arma, fazendo sangue escorrer do ferimento. Apenas com sua magia de cura, começou a restaurar rapidamente os escassos ferimentos, juntamente do grande buraco.
Além de ter que restaurar o vigor e energia vital de Gwyndolin, ele precisava dar um jeito na magia do outro mago dos Pecados. Usando uma magia de transferência de mana, restaurou completamente o estupidamente grande reservatório mágico do Pecado da Luxúria.
Quando os ferimentos se curaram, o homem de cabelos loiros abriu os olhos e visualizou a figura que estava em sua frente. Os raios de sol estavam atrás de sua cabeça, dando um tom divino, como o de um cavaleiro que salva uma princesa indefesa. Não conseguindo segurar a emoção de ser resgatado por alguém que, da última vez que se viram, jurou que o mataria, o necromante se jogou com lágrimas nos olhos para abraçar o seu antigo camarada.
-Krioni! – Gritou exalando felicidade.
-Sai, porra! – Retrucou o orgulhoso, empurrando-o para o chão. – Não me toque, você sabe muito bem que odeio que encostem em mim.
-Ah, mas... – Ele tentou retrucar, mas apenas recebeu uma revirada de olho de Krioni. Ele viu quem estava enfrentando o Pecado da Luxúria e sentiu vontade de bater a cabeça na parede. – Bem, é bom te ver de novo. – Ele deu um sorriso sincero para Krioni, que apenas franziu o cenho em desgosto.
-Pega isso. Tem as instruções aí, então só as siga. – Ele então puxou um dos dois itens que o orbitavam, e sorriu de volta para Gwyn.
O loiro estava eufórico, viu Krioni sorrir para ele. Quando foi falar algo, viu apenas de relance um belo relógio de prata, adornado com desenhos em ouro. Esse relógio entrou inteiro na sua boca, e com os dedos indicador e médio, Krioni empurrava fundo na sua boca. A sensação era estranha, o relógio se desmanchava e dissolvia na garganta, como se ele estivesse engolindo ou absorvendo. Quando sentiu que Krioni usou os dedos para ajustar ele numa posição que ficasse difícil de respirar, começou a se engasgar, e saiu de cima dele. Após alguns segundos de agonia, a peça se dissolveu e ele se sentiu aliviado.
-Não sabia que você gostava dessas coisas, Krioni... – Falou com um tom completamente malicioso para o mago, que após um congelante arrepio na espinha, se virou lentamente para encará-lo e viu um homem de cabelos loiros de joelho e com baba branca escorrendo pelos cantos da boca. – Você podia ser uma gostosa, né... Isso seria bem melhor se você tivesse um belo par de seios. – A piada foi interrompida por um tapa com as costas da mão de Krioni no rosto de Gwyn, que apenas riu, fazendo que Krioni recuasse uns passos até se pôr a falar.
-Bem, ignorando esses seus fetiches estranhos, eu lhe presenteio com uma poderosa habilidade mágica: Time Walker. Se alguém usar poderes do tempo, você não será afetado, a menos que queira, ou se eu quiser. Isso é uma habilidade muito refinada através de meu exuberante poder. Faça um bom uso e não me decepcione. – Quando ele se virou, abriu mais um portal para continuar para o último dos que estavam lutando, porém antes de prosseguir, falou apenas mais uma frase pra o luxurioso. – Ensine para essa tola que crianças com menos de duzentos anos não devem mexer com o tempo. – E seguiu adiante.
Gwyn coçou o queixo, pensando se Krioni sabia qual era sua real idade. Mas como ele disse, crianças de menos de duzentos anos não deveriam mexer com o tempo. E o que fazer com crianças desobedientes? Pessoas normais diriam pôr de castigo, mas Gwyndolin prefere métodos mais ortodoxos de necromantes.
Um sorriso macabro e malicioso se desenhou na face do homem de olhos verdes, que lembrou que tinha que fazer algo antes de enfrentar Kyara. Ele rapidamente criou um lacaio, que andou até onde estava Agnite e o arrastou para fora do campo de batalha, para aplicar a medicação mágica. Quase como se fosse cronometrado, Kyara chegou na sua posição, sorrindo e acenando.
-Ora, eu jurava que estava perto de você! Por algum raio de razão, eu fui parar bem pra trás, mas vim correndo até aqui. Bom, eu queria conversar mais, mas... – Seu rosto fechou sombriamente. – É hora de te matar. E é hora de pagar por aquele crime de vários anos atrás. Não ache que eu não estudei sobre meu oponente, Gwyndolin.
-Parabéns? – Ele virou o rosto em confusão. – Isso é o mínimo que se espera de alguém antes de uma luta quando se tem tempo livre de sobra. Quando você não tem, descobre tudo durante ela, como seu poder sobre o tempo. – Um sorriso sarcástico surgia em seu rosto, desconcertando Kyara por ser descoberta. – Mas agora você não tem mais a menor chance de me derrotar. Se você se ajoelhar e... – Ele segurou seu impulso de falar alguma coisa pervertida, que Kyara notou e sentiu um calafrio na espinha. – ... Pedir por clemência, eu te deixo viver.
Ela cerrou as mãos segurando mais forte a espada que sobrava, já que a outra estava perto de Gwyndolin. Planejou seus movimentos com cautela, e gritou.
-Já chega! – E o tempo parou.
Gwyndolin ficou imóvel, como se estivesse congelado no tempo, porém, se segurando para não rir dela. Ela foi andando batendo os pés e, com raiva, no rosto para ele, e passou pelo seu lado. Foi atrás dele e pegou sua outra espada, se colocou em posição de combate e iria descongelar o tempo. Hora perfeita para começar a brincadeira de verdade.
Nos pés dela, sem que ela notasse, Gwyndolin criou várias mãos esqueléticas. Assim que o tempo voltou a correr, todas as mãos agarraram-na e a fizeram cair no chão. Ele apenas a olhou com a face neutra, sem sequer abaixar a cabeça.
-Patético.
E novamente, ela congelou o tempo. Ela virou a cabeça para cima e viu que o tempo havia parado enquanto ele a olhava, e sentia como se ele ainda estivesse a olhando em desaprovação – o que de fato estava. Chacoalhando as pernas, se livrou das mãos de ossos que a seguravam, e se pôs de pé, encarando-o. E novamente, soltou o tempo. Mas foi atingida por duas enormes mãos com grandes manoplas extremamente duras, uma de cada lado da cabeça. Cambaleando, se afastou.
-Isso é tudo que pode fazer? – Perguntou o necromante com um tom desapontado.
-Cala a porra da boca! – Kyara estava irritada. Estava sendo feita de otária, e aparentemente ele podia prever seus movimentos. Pela terceira vez, parou o tempo.
Ela então se afastou para pegar impulso, e saiu em disparada para Gwyndolin, correndo rapidamente. Em um salto, ativou suas magias de ataque e colocou os braços em posição de X. Pretendia cortá-lo assim que o tempo voltasse a fluir, mas quando voltou a fluir, ele apenas deu um passo para o lado e como se fosse um mordomo ou um gentleman, fez reverência permitindo que a dama passasse, estendendo o braço para mostrar a direção.
Assim que passou, estava completamente tomada por ódio. Ele estava anulando todos os golpes como se não fossem nada, e parecia estar se divertindo com sua desgraça. Estava ficando sem ideias, então talvez devesse fazer o que o atingiu antes. Golpear por cima, e segurar o tranco de parar o tempo além do seu limite o máximo que conseguisse.
Dito e feito. Ela subiu no prédio mais alto do lugar, se arremessou para cima, e como uma bala de canhão, desceu o mais rápido que podia até parar de controlar o tempo. Estava próxima do solo, e quando foi atacá-lo, estava rodeada por mortos-vivos que o escondiam no meio. Sem perder o ataque, fatiou todos, e se desse sorte, o acertaria no meio da confusão.
Quando parou de girar, não viu sinal dele, apenas a massa de cadáveres lentamente desaparecendo e voltando para seja lá de onde vieram. Após alguns instantes, ouviu batidas de palmas do parapeito de uma janela do terceiro andar de um prédio.
-Parabéns viu? Conseguiu derrotar todos rapidinho. Mas eu não estava ali, que peninha. – Uma veia em sua testa saltou pela raiva contra o necromante. – Eu acho que já disse antes, mas é bom lembrar. Você não tem mais a menor chance de me derrotar. Desista. – O Pecado pulou e desceu graciosamente no chão, como se fosse uma bailarina, e parou com as mãos apoiadas na cintura, olhando sua inimiga com um sorriso no rosto.
Novamente congelou o tempo. Atacar alguém com o tempo parado possivelmente a deixaria de cama por um mês ou até mesmo em coma, mas era o único jeito. Largou no chão uma de suas espadas, e com ambas as mãos trêmulas, andou vagarosamente até o seu oponente. Cada passo doía. A dor se espalhava por todo seu corpo, como se fosse queimada viva. No momento que chegou perto dele, tentava ao máximo erguer seus braços para acabar com a vida do Pecado, mas uma outra dor se misturava com a da magia. Como se várias lâminas cortassem seu corpo. Como se fosse... miasma. Mas não era hora de pensar nisso. Usando todas suas forças, encostou sua espada no peito dele, e quando foi pressionar, algo a fez perder completamente a concentração.
Seus braços estavam segurados por mãos de mortos-vivos. Ela olhou para os dois lados, e viu que realmente as duas bestas se mexiam. Rapidamente olhou para cima, mas os pássaros estavam parados. Não queria olhar para frente, mas, usando suas forças, sentiu como se seu estômago caísse. Gwyndolin estava ali, a olhando novamente com desaprovação. Uma expressão diferente da de quando o tempo parou. A mão dele foi rápida e precisa, e a agarrou pelas bochechas, apertando ambas enquanto lacaios pegavam sua espada.
-Você por acaso é burra? Eu disse duas vezes: Você não tem mais a menor chance de me derrotar. – Seus olhos faiscavam, colocando terror na Virtude. – Eu estava pensando em te matar ou te transformar em uma soldada de elite do meu exército, mas você tem muita força de vontade. Tive uma ideia melhor e mais divertida. – Os olhos de Kyara lacrimejavam. Fora completamente derrotada por sua magia e arrogância, e não conseguia mais se mexer pela dor. E pelo histórico de Gwyndolin, estava apavorada. Queria trocar de lugar com Vanalya, ela possivelmente estaria mais à vontade nessa situação (segundo seus pensamentos). – Eternal Curse!
Um pouco longe dali, Agnite estava se recuperando de toda a luta. Ouviu toda a animosidade e percebeu que Gwyn estava brincando com a sua oponente. Aparentemente, a presa e o predador trocaram de posições. Já inteiro, se levantou e estendeu o punho para o morto-vivo que o acompanhou. O mesmo entendeu, e retribuiu com um soquinho antes de desaparecer no solo.
Saindo da ruela onde estava, viu uma pequena multidão começando a se reunir na frente de uma casa de dois andares. Intrigado, foi até ela com a mão na espada, que estava guardada na bainha. Tentava ver por entre os populares, mas não dava, estavam muito aglomerados. Então, lembrou-se de quem era.
-Atenção, Cavaleiro Sagrado passando, abram caminho! – Suas palavras faziam com que as pessoas ficassem um pouco assustadas, então permitiram passagem. Ele então chegou na cena que atraiu tantas pessoas, e seu rosto avermelhou-se de instantâneo. – O que é isso, Gwyndolin?
-Bem, eu decidi que não ia matá-la de última hora, então me veio essa ideia na cabeça. O que achou, nada mal, né? – Falou contente.
-M-Mas ela é uma Virtude Sagrada! – Respondeu rispidamente, envergonhado com o que via.
-E essa, meu caro Agnite, é, com toda certeza, a melhor parte. – Disse pausadamente e alegre.
Kyara estava completamente ruborizada. Seu rosto parecia um pimentão. Gwyndolin amarrou-a nas paredes e a despiu, a deixando com apenas sua calcinha e sutiã de renda amostra, e uma mordaça com uma esfera em sua boca. Como se não bastasse, escreveu na barriga dela “Vadiazinha do Gwyn ♡” com batom. No chão haviam vários desenhos em giz, e Agnite os reconhecera como símbolos de proteção druida, logo não teria como as pessoas chegarem nela, mas todas podiam olhar. O rosto do Pecado estampava perfeitamente o seu pecado. Luxúria.
-Mas, mudando de assunto, você não tem um Reino pra salvar ou algo do tipo? – Indagou o Cavaleiro Sagrado.
-Sim, estava só garantindo que ninguém pudesse tocar nela. Quem sabe se eles forem forçados a não tocar nela parem com os assédios em bares... Cansa ter que expulsar gente do Delito por querem passar a mão na Camille ou na Lilian... – Suspirou, como se essa realmente fosse sua verdadeira intenção. – Ah é, agora que notei! Suas roupas íntimas são verdes! Você fez isso porque sabia que ia me enfrentar? Que adorável! Mas eu prefiro rosa... – Kyara estava completamente vermelha, tentando falar alguma coisa, mas não conseguia e apenas acabava babando por causa da bolinha em sua boca. – Hm? Você quer que eu tire a roupa também? – Ela nunca balançou a cabeça tão veementemente para negar algo quanto naquele momento. – Certo... Então, fique aí até eu voltar, ok? Vou deixar um lacaio para te dar comida e água caso precise. – Ele se virou para Agnite, sorrindo. – Bom, vamos?
-V-Vamos... – Então, ambos começaram a correr para o castelo, mas após dois ou três passos, Gwyn virou metade do corpo para trás para gritar.
-E Kyara, não se preocupe! Ninguém neste reino consegue desfazer esses círculos além de mim! – De alguma forma ou de outra, isso a tranquilizou, mas torcia para que ele não a esquecesse ali.
No meio do caminho, Gwyn se virou para Agnite para começar a falar:
-Ei, ei, será que eu devo dar algumas dicas para o Capitão se reconciliar com a princesa? Eles estavam meio brigados da última vez...
-Que tipo de dicas? – Ele temia pela resposta.
-Ah, você sabe... – Ele começou a listar suas ideias nos dedos. – Presentes com afrodisíaco, lingeries sexys para ela, perfumes, posições sexuais que dão mais prazer para a mulher... essas coisas. – Sua expressão de dúvida era real, ele realmente pensava em qual deveria recomendar ao Nier.
-Gwyn, você...
-Eu...?
-É realmente um pervertido.
- Lilian
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Data de inscrição : 05/11/2021
Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:36 pm
Lilian estava à beira da morte. Sua oponente fez questão de torturá-la e quebrar seu espírito, deixando com que se remoesse e pensasse que a morte era uma excelente rota de fuga. Porém, o grande mago da Saligia cumpriu sua promessa, e se juntou à luta.
Com os olhos marejados, ele usou seus poderes em seu corpo destroçado, fazendo com que retornasse ao estado de antes. Sentia os ossos “desquebrando” e os órgãos se “desrasgando”, uma sensação realmente estranha. Olhando para o seu antigo companheiro, ouviu seu pequeno discurso, e o viu puxando o frasco de perfume e o borrifando em seus olhos. Ele queria ajudá-la ou cegá-la, afinal?
Enfim, agora com um item mágico desenvolvido por Krioni, era hora de ver através das ilusões de Hanna. Após se levantar e alongar o corpo, ele lhe entregou uma esfera mágica embrulhada em um papel, deu as costas e adentrou um portal. A garota abriu o embrulho e entendeu que se tratava de algo para Vatten, então era melhor achá-lo logo, antes que Vanalya desse um fim nele. Primeiro, a melhor coisa era esconder sua presença, e ir atrás de Skidbladnir.
Ocultando-se por entre as imensas lâminas de pedra, Lilian caçava sua macharreta. Eu devia pedir pro Krioni fazer com que ela volte pra minha mão como o Arslan..., pensou. Virando por entre as ruas de pedras, finalmente achou onde ele estava, e não via ninguém por perto. Com isso, sorriu e pegou sua arma. Agora, era completar o segundo objetivo do momento: salvar Vatten.
Ela lembrava de ele ter sido arremessado na direção oposta de onde ela foi ejetada, então decidiu apressar o passo. Quase correndo, não via nenhum traço de Vanalya. Por um momento se perguntou se o aparato de Krioni funcionava, mas então lembrou que foi feito por ele, era óbvio que funcionava.
Pulando por entre escombros com sua magia oculta, achou onde estava o corpo do jovem cavaleiro então, com um salto, subiu até o rombo onde estava o garoto. Ele estava desacordado, Lilian apenas seguiu rigidamente as instruções da esfera, fazendo-o engolir. A cor começou a retornar para ele, bem como suas feridas se fecharam e seus olhos se abriram.
-Lilian... Você está bem? Eu... Estou bem?! – Ele estava confuso com a situação. Seu corpo estava quase plenamente recuperado em poucos segundos, o que era muito impressionante.
-Sim, estamos. Um velho amigo meu apareceu e me deu um presentinho bem útil para usar contra aquela desgraçada. Fique aqui e assista eu transformá-la em uma poça de sangue! – O tom de voz dela era fofo, embora sua intenção assassina não parasse de escapar de seu corpo. Ela realmente é uma menina estranha..., pensou. Ainda bem que somos amigos, né?
Ela saltou do andar do prédio onde Vatten estava, e pousou graciosamente. Então, encostou no chão e recolheu para dentro da terra todos os enormes espetos e lâminas que usou para atacar antes como tentativa final. Ela engoliu o máximo de ar que conseguiu e gritou com toda sua força:
-Vanalya, apareça! Eu vou trucidar você! – Sua voz estava com um tom de ódio muito presente.
E como requisitou, a sua oponente apareceu. Porém, a cena era patética aos seus olhos agora impossíveis de serem enganados: Vanalya andava em zigue zague, com várias pedras flutuando ao seu redor. Aparentemente, ela estava fazendo suas ilusões andarem se mexendo como um exército do mal, porém... era apenas ridículo quando você está em apenas um.
-Como diabos você ainda está viva? – Perguntou desdenhando. – Bem, não importa. Eu vou te matar aqui e agora, depois de fazer você implorar por isso... – Seu tom lascivo não mudou.
Lilian estava em um dilema. Deveria fingir que estava vendo um exército, entrar no joguinho e quebrá-lo lentamente ou deveria apenas enfiar a face de martelo de seu Skidbladnir nos dentes de Vanalya? Antes que pudesse pensar a fundo, suas pernas estavam se mexendo no movimento de corrida, bem como seu corpo projetado para desferir um ataque com a marreta.
Sua oponente arregalou os olhos. Como ela estava correndo por entre as ilusões, e não acertava nenhuma das pedras? Não é como se ela estivesse em uma reta, quebrando tudo no caminho, ela estava desviando de ilusões que causariam danos e indo direto para o corpo verdadeiro! Ela andou alguns passos a fim de desviar, mas a rota mudou igual. Será que era possível? Ela estava vendo através das ilusões?
Sim, provavelmente estava.
A prova disso foi quando a face de marreta do Skidbladnir atingiu seu rosto, após um movimento de passo para o lado de Lilian, que usou toda a energia acumulada da corrida que teve e desferiu o golpe no meio do rosto de Vanalya, quebrando-lhe o nariz e os dentes da frente com o impacto da arma.
-Toma isso! – Bradou a Inveja.
Ela continuou com o movimento de alavanca, e arremessou o corpo de Vanalya para longe, o fazendo cair dentro de uma casa. A gigante não se contentou com isso e correu para a casa onde Vanalya estava. Ela girou o seu Tesouro Sagrado no seu eixo e mirou a lâmina de machado na cabeça de Vanalya, para parti-la como se parte uma melancia.
Quando entrou na casa, Vanalya instintivamente se arremessou para o lado, evitando que tivesse sua cabeça dividida em duas. Era real. Lilian passou por três ilusões sem sequer notá-las, ela realmente via através delas. Agora era hora de usar sua maça de luz e seu cajado, aliado ao seu conhecimento mágico, e derrotar a oponente de uma vez por todas.
-Parabéns por ver entre as ilusões, Lilian... – Sua voz era estranha, ao ponto de a membro da Saligia ter que se concentrar para tentar entender. – Mas saiba que eu não sou apenas ilusionista!
-E daí? – Lilian deu de ombros. – Você não é arrogante ao ponto de achar que ganha de mim em uma luta física, não é? – A Inveja da Saligia fazia uma expressão de nojo, por assim dizer.
-É o que veremos, sua porca imunda. – Lilian engoliu uma risada, e se engasgou com isso.
Ela se abaixou, e com esse movimento, a Virtude tentou se aproveitar do descuido de sua oponente. Mas tudo que ocorreu foi ter sua maça de luz sólida rebatida para longe, enquanto a gigante se recompunha. Nesse instante, Vanalya entrou em choque. Ela... Ela rebateu meu golpe enquanto estava se engasgando? Eu sou uma exímia combatente, eu...!
Lilian finalmente conseguiu superar sua maior ameaça após o presente do seu mago favorito: uma risada engasgada. Abrindo os olhos lacrimejados pelo sufoco que passou, ergueu os orbes rosas para Vanalya, que a encarava desesperada. Um arco se notava em seus lábios, delineando um sorriso confiante. Confiante em sua vitória. Confiante em sua vingança.
Antes que Vanalya pudesse fazer algo para se defender, Lilian acertou um gancho que ergueu a Virtude do chão, arremessando-a para cima. Quando estava caindo, a gigante, que havia se afastado, usou seu poder sobre a terra para atingi-la com uma pequena pilastra, para concentrar o dano todo na boca do estômago de Vanalya.
O impacto novamente arremessou Vanalya, porém não estava tão rápido quanto antes. Quando a dor permitiu que abrisse os olhos, via que Lilian corria ao seu lado, usando o seu poder sobre a terra para se movimentar melhor. Com um salto e um giro, como no balé, acertou o seu martelo nas costelas da Temperança, quebrando várias e a jogando contra uma parede de pedra de vários picos, criada pela magia de terra da Pecadora.
-Onde está a parte que você não é apenas uma palhaça ilusionista? – Perguntou sardonicamente Lilian. – Parece que era uma ilusão que apenas você enxergava... – O desdém escorria como o veneno de uma cobra da boca da Inveja. – Mas sabe... bem que eu poderia saber fazer ilusões... seria bem legal isso...
-Sua pirralha... com quem acha que está falando?! – Gritou com a boca cheia de sangue a Virtude.
-Eu até te responderia, mas obrigado por achar que eu sou mais nova que você. – Seu sorriso fofo estampava seu rosto. – É bom não precisar mentir a idade se os outros mentem por você, sabia?
Vanalya se levantou, pronta para continuar a lutar. Lilian estava zoando com sua cara, e ela não gostava de provar seu veneno. Ver sua oponente usando sua arma de apoio fazia seu sangue ferver. Ela já havia apanhado bastante, e não gostava de apanhar de outra mulher. Usando sua magia, conjurou sua maça de luz e correu para cima de sua oponente para esmagar o seu crânio.
Em um rápido e forte movimento para acertar a cabeça de Lilian com ambas as mãos, acertou um golpe na sua oponente. Ou foi o que pensou e desejou, já que ela desviou com um simples passo para o lado.
-Patético. – Respondeu Lilian para o ataque. – Eu não quero imaginar o que esses braços fizeram por aí, além de terem feito o que fizeram comigo, e tocado onde não deviam enquanto me batia... Acha que eu não notei aquilo?
Em um movimento de giro do Tesouro Sagrado, primeiro no seu eixo, para a lâmina ficar em uma posição correta, e depois em círculo, arrancou os braços de Vanalya em um corte limpo. O grito de dor da Virtude fez a Pecado tapar um ouvido e virar a cabeça para não ouvir.
-Meus braços! Sua puta do caralho! O que você fez?! – Berrava ajoelhada de dor, abraçando os tocos de braço.
-Você é suja, Vanalya. Você é uma mancha para as mulheres, sejam as que gostam de homens ou que gostam de mulheres, ou de ambos ou de nenhum. Suas atitudes ao longo de sua vida lhe trouxeram para esse ponto. Isso é, uma morte pelas minhas mãos. Uma morte para aquilo que você e sua ordem foram criadas para se opor. A morte de uma Virtude para um Pecado. A morte de uma “mestra” para uma “escrava”.
-Se você me matar, Zengate irá te matar! – Gritou em uma tentativa desesperada de salvar sua vida, mas o olhar de uma executora fria pairava perante os olhos impossíveis de enganar de Lilian. – Se parar agora, eu pedirei para que ele tenha clemência de você!
Lilian revirou os olhos. Ela ouvia que Vanalya falava baboseiras sobre Zengate tentando salvar sua pele, mas não se importava. Era hora de interrompê-la de uma vez por todas e calar sua boca para sempre.
-É melhor eu pedir para o meu capitão não trucidar o seu. Embora acho que Nier não dará ouvidos para mim, já que encostaram na Camille, e pelo que me falaram, encostar nela ou no Ryon é sentença de morte. Como a sua agora. Se arrependa de seus pecados no inferno, Vanalya. Se arrependa amargamente de ter cruzado o caminho da Inveja da Saligia, Lilian!
E em um movimento rápido, acertou o pescoço de Vanalya com seu machado, separando sua cabeça de seu corpo. O olhar de Vanalya era de ódio misturado a desespero, uma expressão horrenda considerando seu nariz estraçalhado e a falta dos dentes da frente.
Lilian se perguntava se deveria destruir o corpo ou sugá-lo para dentro da terra, mas antes que notasse novamente, o estava esmagando com rochas. O som dos ossos esmigalhando lhe dava uma certa satisfação, afinal ela não deveria ter a menor chance de voltar ao mundo dos vivos, nem como uma morta-viva de Gwyndolin.
Se sentando em um escombro, viu que Vatten se aproximava, agora completamente recuperado. Ela acenou para ele com um imenso sorriso no rosto, e ele foi ao seu encontro. E pelo visto, ela cumpriu a sua promessa e transformou Vanalya em uma poça de sangue.
-Como foi a luta? – Perguntou ele sem jeito.
-Bem... ela sem ilusões é como uma casa sem pilares e estrutura. Completamente inútil e quebra rapidinho. – Falou de um jeito meigo, embora as palavras fossem ríspidas.
-É, eu imaginei. Você acha que eu conseguiria derrotá-la se não fossem as ilusões? –Indagou curioso.
-Com certeza! Você é forte, teria transformado ela em um cadáver em poucos minutos, assim como eu! – Seu tom doce novamente não condizia com suas palavras, embora agora ela realmente quisesse animar seu mais novo amigo.
-E o que pretende fazer agora? – A resposta da pergunta foi o dedo indicador de Lilian apontando para sua frente, ou para as costas de Vatten. Ele se virou e viu o grande Palácio de Lioness.
-Ir para lá. Meus amigos estão lá. Meu objetivo está lá. Então... é para lá que eu vou. – Um sorriso confiante era notável nos lábios rosados de Lilian. – Gostaria de me acompanhar?
-Claro! Vamos nessa! – Respondeu o rapaz de cabelos azuis.
E assim, ambos saíram do lugar onde o corpo de uma das mais temidas Cavaleiras Sagradas de Lioness fora reduzido a uma poça de sangue, indo para o lugar predestinado pela Saligia: O Palácio de Lioness, o lugar onde todas as estradas do destino levam.
Com os olhos marejados, ele usou seus poderes em seu corpo destroçado, fazendo com que retornasse ao estado de antes. Sentia os ossos “desquebrando” e os órgãos se “desrasgando”, uma sensação realmente estranha. Olhando para o seu antigo companheiro, ouviu seu pequeno discurso, e o viu puxando o frasco de perfume e o borrifando em seus olhos. Ele queria ajudá-la ou cegá-la, afinal?
Enfim, agora com um item mágico desenvolvido por Krioni, era hora de ver através das ilusões de Hanna. Após se levantar e alongar o corpo, ele lhe entregou uma esfera mágica embrulhada em um papel, deu as costas e adentrou um portal. A garota abriu o embrulho e entendeu que se tratava de algo para Vatten, então era melhor achá-lo logo, antes que Vanalya desse um fim nele. Primeiro, a melhor coisa era esconder sua presença, e ir atrás de Skidbladnir.
Ocultando-se por entre as imensas lâminas de pedra, Lilian caçava sua macharreta. Eu devia pedir pro Krioni fazer com que ela volte pra minha mão como o Arslan..., pensou. Virando por entre as ruas de pedras, finalmente achou onde ele estava, e não via ninguém por perto. Com isso, sorriu e pegou sua arma. Agora, era completar o segundo objetivo do momento: salvar Vatten.
Ela lembrava de ele ter sido arremessado na direção oposta de onde ela foi ejetada, então decidiu apressar o passo. Quase correndo, não via nenhum traço de Vanalya. Por um momento se perguntou se o aparato de Krioni funcionava, mas então lembrou que foi feito por ele, era óbvio que funcionava.
Pulando por entre escombros com sua magia oculta, achou onde estava o corpo do jovem cavaleiro então, com um salto, subiu até o rombo onde estava o garoto. Ele estava desacordado, Lilian apenas seguiu rigidamente as instruções da esfera, fazendo-o engolir. A cor começou a retornar para ele, bem como suas feridas se fecharam e seus olhos se abriram.
-Lilian... Você está bem? Eu... Estou bem?! – Ele estava confuso com a situação. Seu corpo estava quase plenamente recuperado em poucos segundos, o que era muito impressionante.
-Sim, estamos. Um velho amigo meu apareceu e me deu um presentinho bem útil para usar contra aquela desgraçada. Fique aqui e assista eu transformá-la em uma poça de sangue! – O tom de voz dela era fofo, embora sua intenção assassina não parasse de escapar de seu corpo. Ela realmente é uma menina estranha..., pensou. Ainda bem que somos amigos, né?
Ela saltou do andar do prédio onde Vatten estava, e pousou graciosamente. Então, encostou no chão e recolheu para dentro da terra todos os enormes espetos e lâminas que usou para atacar antes como tentativa final. Ela engoliu o máximo de ar que conseguiu e gritou com toda sua força:
-Vanalya, apareça! Eu vou trucidar você! – Sua voz estava com um tom de ódio muito presente.
E como requisitou, a sua oponente apareceu. Porém, a cena era patética aos seus olhos agora impossíveis de serem enganados: Vanalya andava em zigue zague, com várias pedras flutuando ao seu redor. Aparentemente, ela estava fazendo suas ilusões andarem se mexendo como um exército do mal, porém... era apenas ridículo quando você está em apenas um.
-Como diabos você ainda está viva? – Perguntou desdenhando. – Bem, não importa. Eu vou te matar aqui e agora, depois de fazer você implorar por isso... – Seu tom lascivo não mudou.
Lilian estava em um dilema. Deveria fingir que estava vendo um exército, entrar no joguinho e quebrá-lo lentamente ou deveria apenas enfiar a face de martelo de seu Skidbladnir nos dentes de Vanalya? Antes que pudesse pensar a fundo, suas pernas estavam se mexendo no movimento de corrida, bem como seu corpo projetado para desferir um ataque com a marreta.
Sua oponente arregalou os olhos. Como ela estava correndo por entre as ilusões, e não acertava nenhuma das pedras? Não é como se ela estivesse em uma reta, quebrando tudo no caminho, ela estava desviando de ilusões que causariam danos e indo direto para o corpo verdadeiro! Ela andou alguns passos a fim de desviar, mas a rota mudou igual. Será que era possível? Ela estava vendo através das ilusões?
Sim, provavelmente estava.
A prova disso foi quando a face de marreta do Skidbladnir atingiu seu rosto, após um movimento de passo para o lado de Lilian, que usou toda a energia acumulada da corrida que teve e desferiu o golpe no meio do rosto de Vanalya, quebrando-lhe o nariz e os dentes da frente com o impacto da arma.
-Toma isso! – Bradou a Inveja.
Ela continuou com o movimento de alavanca, e arremessou o corpo de Vanalya para longe, o fazendo cair dentro de uma casa. A gigante não se contentou com isso e correu para a casa onde Vanalya estava. Ela girou o seu Tesouro Sagrado no seu eixo e mirou a lâmina de machado na cabeça de Vanalya, para parti-la como se parte uma melancia.
Quando entrou na casa, Vanalya instintivamente se arremessou para o lado, evitando que tivesse sua cabeça dividida em duas. Era real. Lilian passou por três ilusões sem sequer notá-las, ela realmente via através delas. Agora era hora de usar sua maça de luz e seu cajado, aliado ao seu conhecimento mágico, e derrotar a oponente de uma vez por todas.
-Parabéns por ver entre as ilusões, Lilian... – Sua voz era estranha, ao ponto de a membro da Saligia ter que se concentrar para tentar entender. – Mas saiba que eu não sou apenas ilusionista!
-E daí? – Lilian deu de ombros. – Você não é arrogante ao ponto de achar que ganha de mim em uma luta física, não é? – A Inveja da Saligia fazia uma expressão de nojo, por assim dizer.
-É o que veremos, sua porca imunda. – Lilian engoliu uma risada, e se engasgou com isso.
Ela se abaixou, e com esse movimento, a Virtude tentou se aproveitar do descuido de sua oponente. Mas tudo que ocorreu foi ter sua maça de luz sólida rebatida para longe, enquanto a gigante se recompunha. Nesse instante, Vanalya entrou em choque. Ela... Ela rebateu meu golpe enquanto estava se engasgando? Eu sou uma exímia combatente, eu...!
Lilian finalmente conseguiu superar sua maior ameaça após o presente do seu mago favorito: uma risada engasgada. Abrindo os olhos lacrimejados pelo sufoco que passou, ergueu os orbes rosas para Vanalya, que a encarava desesperada. Um arco se notava em seus lábios, delineando um sorriso confiante. Confiante em sua vitória. Confiante em sua vingança.
Antes que Vanalya pudesse fazer algo para se defender, Lilian acertou um gancho que ergueu a Virtude do chão, arremessando-a para cima. Quando estava caindo, a gigante, que havia se afastado, usou seu poder sobre a terra para atingi-la com uma pequena pilastra, para concentrar o dano todo na boca do estômago de Vanalya.
O impacto novamente arremessou Vanalya, porém não estava tão rápido quanto antes. Quando a dor permitiu que abrisse os olhos, via que Lilian corria ao seu lado, usando o seu poder sobre a terra para se movimentar melhor. Com um salto e um giro, como no balé, acertou o seu martelo nas costelas da Temperança, quebrando várias e a jogando contra uma parede de pedra de vários picos, criada pela magia de terra da Pecadora.
-Onde está a parte que você não é apenas uma palhaça ilusionista? – Perguntou sardonicamente Lilian. – Parece que era uma ilusão que apenas você enxergava... – O desdém escorria como o veneno de uma cobra da boca da Inveja. – Mas sabe... bem que eu poderia saber fazer ilusões... seria bem legal isso...
-Sua pirralha... com quem acha que está falando?! – Gritou com a boca cheia de sangue a Virtude.
-Eu até te responderia, mas obrigado por achar que eu sou mais nova que você. – Seu sorriso fofo estampava seu rosto. – É bom não precisar mentir a idade se os outros mentem por você, sabia?
Vanalya se levantou, pronta para continuar a lutar. Lilian estava zoando com sua cara, e ela não gostava de provar seu veneno. Ver sua oponente usando sua arma de apoio fazia seu sangue ferver. Ela já havia apanhado bastante, e não gostava de apanhar de outra mulher. Usando sua magia, conjurou sua maça de luz e correu para cima de sua oponente para esmagar o seu crânio.
Em um rápido e forte movimento para acertar a cabeça de Lilian com ambas as mãos, acertou um golpe na sua oponente. Ou foi o que pensou e desejou, já que ela desviou com um simples passo para o lado.
-Patético. – Respondeu Lilian para o ataque. – Eu não quero imaginar o que esses braços fizeram por aí, além de terem feito o que fizeram comigo, e tocado onde não deviam enquanto me batia... Acha que eu não notei aquilo?
Em um movimento de giro do Tesouro Sagrado, primeiro no seu eixo, para a lâmina ficar em uma posição correta, e depois em círculo, arrancou os braços de Vanalya em um corte limpo. O grito de dor da Virtude fez a Pecado tapar um ouvido e virar a cabeça para não ouvir.
-Meus braços! Sua puta do caralho! O que você fez?! – Berrava ajoelhada de dor, abraçando os tocos de braço.
-Você é suja, Vanalya. Você é uma mancha para as mulheres, sejam as que gostam de homens ou que gostam de mulheres, ou de ambos ou de nenhum. Suas atitudes ao longo de sua vida lhe trouxeram para esse ponto. Isso é, uma morte pelas minhas mãos. Uma morte para aquilo que você e sua ordem foram criadas para se opor. A morte de uma Virtude para um Pecado. A morte de uma “mestra” para uma “escrava”.
-Se você me matar, Zengate irá te matar! – Gritou em uma tentativa desesperada de salvar sua vida, mas o olhar de uma executora fria pairava perante os olhos impossíveis de enganar de Lilian. – Se parar agora, eu pedirei para que ele tenha clemência de você!
Lilian revirou os olhos. Ela ouvia que Vanalya falava baboseiras sobre Zengate tentando salvar sua pele, mas não se importava. Era hora de interrompê-la de uma vez por todas e calar sua boca para sempre.
-É melhor eu pedir para o meu capitão não trucidar o seu. Embora acho que Nier não dará ouvidos para mim, já que encostaram na Camille, e pelo que me falaram, encostar nela ou no Ryon é sentença de morte. Como a sua agora. Se arrependa de seus pecados no inferno, Vanalya. Se arrependa amargamente de ter cruzado o caminho da Inveja da Saligia, Lilian!
E em um movimento rápido, acertou o pescoço de Vanalya com seu machado, separando sua cabeça de seu corpo. O olhar de Vanalya era de ódio misturado a desespero, uma expressão horrenda considerando seu nariz estraçalhado e a falta dos dentes da frente.
Lilian se perguntava se deveria destruir o corpo ou sugá-lo para dentro da terra, mas antes que notasse novamente, o estava esmagando com rochas. O som dos ossos esmigalhando lhe dava uma certa satisfação, afinal ela não deveria ter a menor chance de voltar ao mundo dos vivos, nem como uma morta-viva de Gwyndolin.
Se sentando em um escombro, viu que Vatten se aproximava, agora completamente recuperado. Ela acenou para ele com um imenso sorriso no rosto, e ele foi ao seu encontro. E pelo visto, ela cumpriu a sua promessa e transformou Vanalya em uma poça de sangue.
-Como foi a luta? – Perguntou ele sem jeito.
-Bem... ela sem ilusões é como uma casa sem pilares e estrutura. Completamente inútil e quebra rapidinho. – Falou de um jeito meigo, embora as palavras fossem ríspidas.
-É, eu imaginei. Você acha que eu conseguiria derrotá-la se não fossem as ilusões? –Indagou curioso.
-Com certeza! Você é forte, teria transformado ela em um cadáver em poucos minutos, assim como eu! – Seu tom doce novamente não condizia com suas palavras, embora agora ela realmente quisesse animar seu mais novo amigo.
-E o que pretende fazer agora? – A resposta da pergunta foi o dedo indicador de Lilian apontando para sua frente, ou para as costas de Vatten. Ele se virou e viu o grande Palácio de Lioness.
-Ir para lá. Meus amigos estão lá. Meu objetivo está lá. Então... é para lá que eu vou. – Um sorriso confiante era notável nos lábios rosados de Lilian. – Gostaria de me acompanhar?
-Claro! Vamos nessa! – Respondeu o rapaz de cabelos azuis.
E assim, ambos saíram do lugar onde o corpo de uma das mais temidas Cavaleiras Sagradas de Lioness fora reduzido a uma poça de sangue, indo para o lugar predestinado pela Saligia: O Palácio de Lioness, o lugar onde todas as estradas do destino levam.
- Volk
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Data de inscrição : 05/11/2021
Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:38 pm
Em uma rua em direção ao castelo de Lioness, dois rapazes, um com cabelos brancos e olhos vermelhos e outro com cabelos e olhos vermelhos corriam para chegar logo ao lugar.
-Ei, Asura. – Falou o de cabelos vermelhos.
-O que foi, Volk? – Respondeu aquele que, com toda certeza, era o Vampiro da Gula.
-Como você sabe que temos que ir pro Palácio? – Perguntou o Cavaleiro Sagrado.
-Bem... – Ele coçou o queixo. – Eu não sei. – Volk se engasgou na corrida. – Apenas sinto que devo ir lá. Senti há pouco a magia de Krioni, e mesmo se quem eu procuro não estiver lá, com certeza o Krioni vai saber o que fazer.
-Entendi... – Falou com certo receio. – Bem, já estamos chegando. Espero que os outros estejam bem...
-Eles vão estar. Não se esqueça de que estão acompanhados por meus amigos! – Garantiu Asura, chegando perto da praça na frente do Palácio.
-Ei, Asura. – Falou o de cabelos vermelhos.
-O que foi, Volk? – Respondeu aquele que, com toda certeza, era o Vampiro da Gula.
-Como você sabe que temos que ir pro Palácio? – Perguntou o Cavaleiro Sagrado.
-Bem... – Ele coçou o queixo. – Eu não sei. – Volk se engasgou na corrida. – Apenas sinto que devo ir lá. Senti há pouco a magia de Krioni, e mesmo se quem eu procuro não estiver lá, com certeza o Krioni vai saber o que fazer.
-Entendi... – Falou com certo receio. – Bem, já estamos chegando. Espero que os outros estejam bem...
-Eles vão estar. Não se esqueça de que estão acompanhados por meus amigos! – Garantiu Asura, chegando perto da praça na frente do Palácio.
- Vatten
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:39 pm
Não tão longe dali uma garota de cabelos rosas e um rapaz de cabelos azuis corriam em direção ao Palácio de Lioness. Até que, ao passar na frente de uma loja de joias, a menina de cabelo rosa parou.
-Que coisas lindas... Todas aquelas modelos ficam tão lindas nisso, enquanto isso, eu estou acima do peso...
O comentário da moça, que se chamava Lilian, fez com que o menino de cabelos azuis, Vatten, arqueasse uma sobrancelha. Ela está acima do peso só se for pelos músculos... Ou se o padrão que ela quer é o de uma pena...
-Ei, Vatten! Você tem dinheiro? – Indagou a gigante encolhida.
-Eu acho que tenho... Por quê? – Respondeu com uma pergunta.
-Me empresta, por favor! Eu quero comprar isso! – Falou apontando para algumas peças que viu na vitrine. – Eu sei que eu poderia pegar, mas eu não quero roubar!
-O que eu tenho não paga metade de um bracelete... – Falou mostrando a bolsinha com algumas moedas.
Lilian murchou. Realmente queria aquelas peças. Se Takashi estivesse por perto, ele as compraria para ela – o que era uma meia verdade, pois ele as roubaria. A vendedora, vendo a situação e ouvindo os rumores, saiu de trás da bancada.
-Seria você... Lilian, a Gigante da Inveja? – Perguntou acanhada.
-Sim, sou eu sim! – Respondeu animada. – Ainda se lembram de mim, mesmo após tanto tempo?
-Claro! Sempre achei mal contada a história do Golpe de Estado ser aquilo que foi... E já que vocês estão de volta, gostaria de pegar essas peças? Se está indo para lá, acredito que o rumor que matou a Vanalya é verdadeiro. – Falou a mulher de uns trinta anos. – Se você está indo salvar o Reino desses idiotas da Psychomachia e trazer Gallien de volta ao poder, é o mínimo que eu posso fazer.
-Sério? – Lilian respondeu com brilho nos olhos. – Muito obrigada! Vou recomendar sua loja para todo mundo! – Disse pegando e pondo as peças de bijuteria. – Agora, se me dá licença, estou indo para o castelo salvar o reino!
E assim, ambos partiram dali, com Lilian radiante por ter pego peças de bijuteria caras apenas por sua fama, e Vatten pensando se conseguiria chegar nesse nível um dia.
-Que coisas lindas... Todas aquelas modelos ficam tão lindas nisso, enquanto isso, eu estou acima do peso...
O comentário da moça, que se chamava Lilian, fez com que o menino de cabelos azuis, Vatten, arqueasse uma sobrancelha. Ela está acima do peso só se for pelos músculos... Ou se o padrão que ela quer é o de uma pena...
-Ei, Vatten! Você tem dinheiro? – Indagou a gigante encolhida.
-Eu acho que tenho... Por quê? – Respondeu com uma pergunta.
-Me empresta, por favor! Eu quero comprar isso! – Falou apontando para algumas peças que viu na vitrine. – Eu sei que eu poderia pegar, mas eu não quero roubar!
-O que eu tenho não paga metade de um bracelete... – Falou mostrando a bolsinha com algumas moedas.
Lilian murchou. Realmente queria aquelas peças. Se Takashi estivesse por perto, ele as compraria para ela – o que era uma meia verdade, pois ele as roubaria. A vendedora, vendo a situação e ouvindo os rumores, saiu de trás da bancada.
-Seria você... Lilian, a Gigante da Inveja? – Perguntou acanhada.
-Sim, sou eu sim! – Respondeu animada. – Ainda se lembram de mim, mesmo após tanto tempo?
-Claro! Sempre achei mal contada a história do Golpe de Estado ser aquilo que foi... E já que vocês estão de volta, gostaria de pegar essas peças? Se está indo para lá, acredito que o rumor que matou a Vanalya é verdadeiro. – Falou a mulher de uns trinta anos. – Se você está indo salvar o Reino desses idiotas da Psychomachia e trazer Gallien de volta ao poder, é o mínimo que eu posso fazer.
-Sério? – Lilian respondeu com brilho nos olhos. – Muito obrigada! Vou recomendar sua loja para todo mundo! – Disse pegando e pondo as peças de bijuteria. – Agora, se me dá licença, estou indo para o castelo salvar o reino!
E assim, ambos partiram dali, com Lilian radiante por ter pego peças de bijuteria caras apenas por sua fama, e Vatten pensando se conseguiria chegar nesse nível um dia.
- Agnite
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:40 pm
Algo parecido aconteceu com um homem de cabelos loiros, não tão longe e nem tão próximo do acontecimento com Lilian.
-Sério mesmo que eu posso voltar depois pra pegar esse pacote? – Perguntava entusiasmado.
-Sim, pode sim! – Um vendedor respondia. – Basta que salve definitivamente nosso reino, sir Gwyndolin!
-Isso é maravilhoso! – Falou juntando as mãos. – Com certeza o Capitão vai ficar feliz com isso. Não concorda, Agnite?
-É... eu acho que sim... – Falou super envergonhado pelo lugar em que estavam.
-Eu não sabia que a moda em Lioness estava tão avançada... Esperava que estivessem mais atrasados por causa dessas Virtudes...
-Nem eu, para falar a verdade. – Falou o vendedor, acabando de colocar papel de presente no pacote. – Mas parece que a moda viaja e pega, principalmente a drangleiquiana! – Ele deu uma risada após isso, e Gwyn sorriu.
-Espero que continue assim! – Respondeu o necromante animado. – Mas bem, preciso ir! Tenho um Capitão e um Reino pra salvar! Até mais!
O vendedor abanou para os dois, que saíram da loja, um radiante e o outro vermelho como um pimentão. Tal loja era um pouco mais afastada das ruas principais, poucos metros para dentro de uma das ramificações das principais ruas da capital, porém grande e suntuosa. Ela era facilmente memorável por sua fachada rosa pastel e seu letreiro com um brilho fosco mágico escrito “Y Tŷ Pleser”. Essas características eram, sem sombra de dúvidas, da loja de erotismos mais requisitada de toda a Lioness.
Agora, o que Gwyndolin comprou ali, apenas ele, o vendedor e o pobre Agnite dos Cavaleiros Sagrados daquele reino sabiam.
-Sério mesmo que eu posso voltar depois pra pegar esse pacote? – Perguntava entusiasmado.
-Sim, pode sim! – Um vendedor respondia. – Basta que salve definitivamente nosso reino, sir Gwyndolin!
-Isso é maravilhoso! – Falou juntando as mãos. – Com certeza o Capitão vai ficar feliz com isso. Não concorda, Agnite?
-É... eu acho que sim... – Falou super envergonhado pelo lugar em que estavam.
-Eu não sabia que a moda em Lioness estava tão avançada... Esperava que estivessem mais atrasados por causa dessas Virtudes...
-Nem eu, para falar a verdade. – Falou o vendedor, acabando de colocar papel de presente no pacote. – Mas parece que a moda viaja e pega, principalmente a drangleiquiana! – Ele deu uma risada após isso, e Gwyn sorriu.
-Espero que continue assim! – Respondeu o necromante animado. – Mas bem, preciso ir! Tenho um Capitão e um Reino pra salvar! Até mais!
O vendedor abanou para os dois, que saíram da loja, um radiante e o outro vermelho como um pimentão. Tal loja era um pouco mais afastada das ruas principais, poucos metros para dentro de uma das ramificações das principais ruas da capital, porém grande e suntuosa. Ela era facilmente memorável por sua fachada rosa pastel e seu letreiro com um brilho fosco mágico escrito “Y Tŷ Pleser”. Essas características eram, sem sombra de dúvidas, da loja de erotismos mais requisitada de toda a Lioness.
Agora, o que Gwyndolin comprou ali, apenas ele, o vendedor e o pobre Agnite dos Cavaleiros Sagrados daquele reino sabiam.
- Edward
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:42 pm
Um menino de uns dezesseis anos de cabelo verde passeava pelas ruas da Capital de Lioness carregando um balão. Ou seria isso um balão? A forma era humanoide demais e se mexia enquanto estava deitada.
Sem sombra de dúvidas, os protagonistas da cena que atraía a atenção de todos eram Edward e Skanfy. A fada preguiçosa de um metro e meio estava cansada, então obrigou o pobre rapaz a carregá-la até o castelo, enquanto ela tirava uma pequena soneca.
-Ei, Skanfy! – Disse dando puxões na corda. – Estamos chegando...
-Hm, bonjour? – Disse esfregando os olhos. – Mais déjà? Quel sac...
Então ela flutuou para o chão e cresceu alguns centímetros, além de pôr um pouco mais de curvas em seu corpo. Ele achava aquilo realmente incrível, porém tinha vergonha de perguntar. E Skanfy estava ainda dormindo em pé, apenas seguiu o caminho acompanhando ele.
Sem sombra de dúvidas, os protagonistas da cena que atraía a atenção de todos eram Edward e Skanfy. A fada preguiçosa de um metro e meio estava cansada, então obrigou o pobre rapaz a carregá-la até o castelo, enquanto ela tirava uma pequena soneca.
-Ei, Skanfy! – Disse dando puxões na corda. – Estamos chegando...
-Hm, bonjour? – Disse esfregando os olhos. – Mais déjà? Quel sac...
Então ela flutuou para o chão e cresceu alguns centímetros, além de pôr um pouco mais de curvas em seu corpo. Ele achava aquilo realmente incrível, porém tinha vergonha de perguntar. E Skanfy estava ainda dormindo em pé, apenas seguiu o caminho acompanhando ele.
- Vênus
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:43 pm
-Como assim você saiu de Congleton pela porta da frente durante o dia? Como eu posso dizer... aquela cidade é um imenso forte! – A voz de uma garota, que antes odiava a Saligia, era ouvida relativamente alta.
-Magia de ladroagem é incrivelmente conveniente. Quando você a masteriza, você consegue sumir em qualquer sombra, mesmo que estejam te vendo. – Uma voz grossa e imponente a respondeu. – Quer ver?
-É claro! – Respondeu a voz animada, obviamente era Vênus dos Cavaleiros Sagrados de Lioness.
E claramente quem a acompanhava era Takashi, o Pecado da Ganância da Saligia. Ele andou para perto de uma casa que tinha um toldo para criar sombra em sua porta. Quando entrou plenamente na sombra, o enorme homem de mais de dois metros de altura desapareceu. E após alguns segundos, reapareceu saindo dela.
-Vê? Desse jeito. – Disse sorrindo.
-Magia de ladroagem é incrivelmente conveniente. Quando você a masteriza, você consegue sumir em qualquer sombra, mesmo que estejam te vendo. – Uma voz grossa e imponente a respondeu. – Quer ver?
-É claro! – Respondeu a voz animada, obviamente era Vênus dos Cavaleiros Sagrados de Lioness.
E claramente quem a acompanhava era Takashi, o Pecado da Ganância da Saligia. Ele andou para perto de uma casa que tinha um toldo para criar sombra em sua porta. Quando entrou plenamente na sombra, o enorme homem de mais de dois metros de altura desapareceu. E após alguns segundos, reapareceu saindo dela.
-Vê? Desse jeito. – Disse sorrindo.
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:44 pm
Em mais uma conveniente coincidência – ou seria o destino? – os pecados conseguem chegar na entrada do palácio, e todos ao mesmo tempo. O alívio toma conta do que sentem, e conseguem relaxar ao ver que todos estavam bem. Porém, quando iam entrar no palácio, um homem misterioso com vestes negras surge de dentro de um redemoinho à sua frente.
-Não deem sequer mais um passo. – ordenou.
Os pecados entram em posição de combate juntamente aos cavaleiros sagrados.
Menos um.
-Ei, pare! Ele pode ser perigoso! – Gritou a Cavaleira Sagrada que andava perto de um brutamontes.
-A coisa mais perigosa nesse prédio está no topo dele. – Respondeu o brutamontes.
Takashi ignorou o aviso do homem, julgando que ele não era ninguém com quem deveria se preocupar. E, pela primeira vez, teve sua cabeça separada de seu corpo. Com um golpe certeiro, o desconhecido arranca a cabeça de Takashi com sua lança.
-Takashi! – Berrou o Vampiro da Gula.
Asura parte para cima do homem, que aproveita o movimento do vampiro e desfere um soco certeiro no peito do mesmo, fazendo-o cair em cima do pecado da preguiça.
-Asura, tu vas bien? Ele é forte... – Falou Skanfy, impressionada com os movimentos dele. Talvez seu relaxo os tivesse feito perder um companheiro.
Lilian se prepara para atacar o espadachim, mas solta um grito aterrorizada quando olha para Takashi. Sua cabeça estava de volta no corpo. Ele voltou a se sentar, e suspirou.
-"Táquepariu" hein... Não sabia que era tão ruim ser decapitado. – Comentou com um tom desgostoso.
-Como assim você está vivo? – Questionou Asura, ainda em cima de Skanfy.
-Krioni me deu a poção da imortalidade.
Quando Asura ia se mexer para falar com Takashi, não consegue sair do colo da fada.
-Skanfy?
-Z-Z-Z-Z-Z-Zombi! – Ela soltou um grito estridente que parecia estar sendo guardado há tempos.
Skanfy joga Asura para o lado, puxa seu arco e dispara flechas violentamente contra o companheiro que acabara de se levantar, o transformando em um porco espinho esburacado.
-Eu me senti pessoalmente ofendido com isso... – Respondeu Gwyn as ações da amiga contra "morto vivo".
Takashi novamente se levanta, arrancando as flechas do seu corpo.
-Porra! Podem parar de me mata-
Takashi subitamente para sua fala por uma grande sombra cobrindo sua cabeça. Uma sobra familiar, de uma grande macharreta.
-Mas que mer–
Tão rápido quanto subiu, desceu o Skidbladnir.
-Esses caras são pirados...
Volk puxou seus companheiros para um canto, mantendo uma distância segura da Saligia. Enquanto as garotas atacam o Pecado da Ganância, eles conversam calmamente.
-Eles são os salvadores do reino? Eu ainda não acredito que a fada que vi lutar antes está chorando com medo e atirando flechas em um imortal. – Falou Vatten com uma mão nos olhos, em posição de decepção.
-Ao menos eles são engraçados, vai. – Falou Agnite, se divertindo com a situação. – Se bem que é realmente difícil de acreditar que eles são tão fortes...
-Será que elas escutaram que ele bebeu uma poção de imortalidade? – Comentou Edward, olhando para a cena.
-Espero que os poderes regenerativos dele sejam ilimitados... – Falou Vênus preocupada com seu novo amigo.
Quando Skanfy e Lilian cansam de atacar Takashi e são acalmadas pelos outros dois, ele se levanta.
Nu. Sua armadura foi destruída.
-Seu tarado! Parece um molestador! – Gritou Lilian apontando para ele e tampando os olhos.
-Vraiment, Lilian! – Concordou Skanfy no mesmo tom de voz. – Takashi, está querendo roubar o posto do Gwyndolin como pervers sexuel du groupe?!
-Ei! – Reclamou o necromante. – Skanfy! Pretende fazer bullying comigo mais quantas vezes?
Skanfy começa a contar alguma coisa nos dedos, extremamente concentrada.
-Quarenta e oito. – Ela fez um sinal de positivo para ele. – Hoje.
-Por que fazes isso comigo? – Indagou com lágrimas nos olhos.
-C'est cool, oras. – Ela deu de ombros. – Aliás, você não poderia envoyer un de tes morts-vivants buscar um chá para mim?
-Acho que vocês me mataram de todas as maneiras possíveis... – Disse o grande homem, visivelmente irritado. Gwyndolin colocou a mão no queixo quando ele falou isso, e começou a falar contando nos dedos:
-Bem, não carbonizamos, nem afogamos, eletrocutamos, desmembramos...
-Cala a boca, Gwyndolin!
-Pessoal, nós ainda temos trabalho a fazer. – Asura chamou a atenção de todos.
Eles olham para frente e observam o tal desconhecido – que ria como não ria a tempos, porém sem demonstrar –. E a bunda de Takashi. Então, voltam a gargalhar.
-Desculpa cara, mas não dá. – Asura disse em meio a uma respirada das risadas da situação... delicada do companheiro. – Alguém tem algo para ele usar? Algum morto vivo seu tem uma armadura sobrando, Gwyn?
-Tudo eu, né? – Disse com um ar de teimosia. – Talvez tenha alguma armadura velha, mas como ele é imortal, não vai fazer diferença a qualidade de armadura.
Gwyndolin invoca um morto vivo e entrega as vestes dele para Takashi, que rapidamente as coloca.
Agora sérios, Lilian caminha tranquilamente para a frente do homem misterioso.
-Ei, senhor, pode nos deixar entrar? Estamos aqui apenas para acabar com seu mestre e libertar nossos amigos.
-Vocês não encostarão em minha rainha, apenas se passarem por cima de meu cadáver!
-Rainha? Ela morreu dez anos atrás. E eu não lembro de o Gallien ter se casado novamente ou até de Zengate ser mulher...
-Zengate? Eu falo de Arthuria Pendragon, Rainha de Camelot! Zengate está sendo confrontado por Merlin no topo do castelo.
-Ah, nós viemos para bater nesse cara que seu amigo está batendo. Pode nos deixar passar? E se quiser, pode nos acompanhar.
-Certamente, mas antes... Quem são vocês?
-Bem... Nós somos a Saligia, os mais poderosos cavaleiros desse reino!
-Se é assim, vamos logo! Antes que eu esqueça, sou Lancelot, um cavaleiro da Távola Redonda de Camelot!
Então, os Pecados, Lancelot e os cavaleiros sagrados entram no castelo, seguindo em direção ao topo.[/center]
-Não deem sequer mais um passo. – ordenou.
Os pecados entram em posição de combate juntamente aos cavaleiros sagrados.
Menos um.
-Ei, pare! Ele pode ser perigoso! – Gritou a Cavaleira Sagrada que andava perto de um brutamontes.
-A coisa mais perigosa nesse prédio está no topo dele. – Respondeu o brutamontes.
Takashi ignorou o aviso do homem, julgando que ele não era ninguém com quem deveria se preocupar. E, pela primeira vez, teve sua cabeça separada de seu corpo. Com um golpe certeiro, o desconhecido arranca a cabeça de Takashi com sua lança.
-Takashi! – Berrou o Vampiro da Gula.
Asura parte para cima do homem, que aproveita o movimento do vampiro e desfere um soco certeiro no peito do mesmo, fazendo-o cair em cima do pecado da preguiça.
-Asura, tu vas bien? Ele é forte... – Falou Skanfy, impressionada com os movimentos dele. Talvez seu relaxo os tivesse feito perder um companheiro.
Lilian se prepara para atacar o espadachim, mas solta um grito aterrorizada quando olha para Takashi. Sua cabeça estava de volta no corpo. Ele voltou a se sentar, e suspirou.
-"Táquepariu" hein... Não sabia que era tão ruim ser decapitado. – Comentou com um tom desgostoso.
-Como assim você está vivo? – Questionou Asura, ainda em cima de Skanfy.
-Krioni me deu a poção da imortalidade.
Quando Asura ia se mexer para falar com Takashi, não consegue sair do colo da fada.
-Skanfy?
-Z-Z-Z-Z-Z-Zombi! – Ela soltou um grito estridente que parecia estar sendo guardado há tempos.
Skanfy joga Asura para o lado, puxa seu arco e dispara flechas violentamente contra o companheiro que acabara de se levantar, o transformando em um porco espinho esburacado.
-Eu me senti pessoalmente ofendido com isso... – Respondeu Gwyn as ações da amiga contra "morto vivo".
Takashi novamente se levanta, arrancando as flechas do seu corpo.
-Porra! Podem parar de me mata-
Takashi subitamente para sua fala por uma grande sombra cobrindo sua cabeça. Uma sobra familiar, de uma grande macharreta.
-Mas que mer–
Tão rápido quanto subiu, desceu o Skidbladnir.
-Esses caras são pirados...
Volk puxou seus companheiros para um canto, mantendo uma distância segura da Saligia. Enquanto as garotas atacam o Pecado da Ganância, eles conversam calmamente.
-Eles são os salvadores do reino? Eu ainda não acredito que a fada que vi lutar antes está chorando com medo e atirando flechas em um imortal. – Falou Vatten com uma mão nos olhos, em posição de decepção.
-Ao menos eles são engraçados, vai. – Falou Agnite, se divertindo com a situação. – Se bem que é realmente difícil de acreditar que eles são tão fortes...
-Será que elas escutaram que ele bebeu uma poção de imortalidade? – Comentou Edward, olhando para a cena.
-Espero que os poderes regenerativos dele sejam ilimitados... – Falou Vênus preocupada com seu novo amigo.
Quando Skanfy e Lilian cansam de atacar Takashi e são acalmadas pelos outros dois, ele se levanta.
Nu. Sua armadura foi destruída.
-Seu tarado! Parece um molestador! – Gritou Lilian apontando para ele e tampando os olhos.
-Vraiment, Lilian! – Concordou Skanfy no mesmo tom de voz. – Takashi, está querendo roubar o posto do Gwyndolin como pervers sexuel du groupe?!
-Ei! – Reclamou o necromante. – Skanfy! Pretende fazer bullying comigo mais quantas vezes?
Skanfy começa a contar alguma coisa nos dedos, extremamente concentrada.
-Quarenta e oito. – Ela fez um sinal de positivo para ele. – Hoje.
-Por que fazes isso comigo? – Indagou com lágrimas nos olhos.
-C'est cool, oras. – Ela deu de ombros. – Aliás, você não poderia envoyer un de tes morts-vivants buscar um chá para mim?
-Acho que vocês me mataram de todas as maneiras possíveis... – Disse o grande homem, visivelmente irritado. Gwyndolin colocou a mão no queixo quando ele falou isso, e começou a falar contando nos dedos:
-Bem, não carbonizamos, nem afogamos, eletrocutamos, desmembramos...
-Cala a boca, Gwyndolin!
-Pessoal, nós ainda temos trabalho a fazer. – Asura chamou a atenção de todos.
Eles olham para frente e observam o tal desconhecido – que ria como não ria a tempos, porém sem demonstrar –. E a bunda de Takashi. Então, voltam a gargalhar.
-Desculpa cara, mas não dá. – Asura disse em meio a uma respirada das risadas da situação... delicada do companheiro. – Alguém tem algo para ele usar? Algum morto vivo seu tem uma armadura sobrando, Gwyn?
-Tudo eu, né? – Disse com um ar de teimosia. – Talvez tenha alguma armadura velha, mas como ele é imortal, não vai fazer diferença a qualidade de armadura.
Gwyndolin invoca um morto vivo e entrega as vestes dele para Takashi, que rapidamente as coloca.
Agora sérios, Lilian caminha tranquilamente para a frente do homem misterioso.
-Ei, senhor, pode nos deixar entrar? Estamos aqui apenas para acabar com seu mestre e libertar nossos amigos.
-Vocês não encostarão em minha rainha, apenas se passarem por cima de meu cadáver!
-Rainha? Ela morreu dez anos atrás. E eu não lembro de o Gallien ter se casado novamente ou até de Zengate ser mulher...
-Zengate? Eu falo de Arthuria Pendragon, Rainha de Camelot! Zengate está sendo confrontado por Merlin no topo do castelo.
-Ah, nós viemos para bater nesse cara que seu amigo está batendo. Pode nos deixar passar? E se quiser, pode nos acompanhar.
-Certamente, mas antes... Quem são vocês?
-Bem... Nós somos a Saligia, os mais poderosos cavaleiros desse reino!
-Se é assim, vamos logo! Antes que eu esqueça, sou Lancelot, um cavaleiro da Távola Redonda de Camelot!
Então, os Pecados, Lancelot e os cavaleiros sagrados entram no castelo, seguindo em direção ao topo.[/center]
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:45 pm
Os Cavaleiros Sagrados foram ordenados por Nier, que com a sua tomada de Lioness estava em um cargo acima deles, a seguir para a capital para ajudar a população que estava em pânico.
Correndo pelas ruas, eles usam suas magias para chamar a atenção da população e mobilizar os outros Cavaleiros Sagrados para fazerem o mesmo, já que pessoas mais capacitadas para lidar com a grande ameaça cuidariam dessa parte.
Os cidadãos estavam chocados. Poucos minutos atrás a Saligia estava acabando sua luta contra a Psychomachia, e nesse momento, uma besta lendária estava no horizonte. Aparentemente eles realmente planejavam destruir o Reino, como os rumores diziam.
O grupo de Volk queria explicar o que realmente estava acontecendo, porém o mais importante era tentar acabar com a animosidade. Ao vasculharem a cidade enquanto tentavam conter a calamidade, encontram um dos prédios militares da capital, e decidem que deveriam entrar ali para tentar conseguir se comunicar melhor com os outros cavaleiros do Reino, mas um buraco em uma das paredes com um túnel chamou a atenção do quarteto, e talvez essa passagem no prédio os levasse a algo.
Correndo pelas ruas, eles usam suas magias para chamar a atenção da população e mobilizar os outros Cavaleiros Sagrados para fazerem o mesmo, já que pessoas mais capacitadas para lidar com a grande ameaça cuidariam dessa parte.
Os cidadãos estavam chocados. Poucos minutos atrás a Saligia estava acabando sua luta contra a Psychomachia, e nesse momento, uma besta lendária estava no horizonte. Aparentemente eles realmente planejavam destruir o Reino, como os rumores diziam.
O grupo de Volk queria explicar o que realmente estava acontecendo, porém o mais importante era tentar acabar com a animosidade. Ao vasculharem a cidade enquanto tentavam conter a calamidade, encontram um dos prédios militares da capital, e decidem que deveriam entrar ali para tentar conseguir se comunicar melhor com os outros cavaleiros do Reino, mas um buraco em uma das paredes com um túnel chamou a atenção do quarteto, e talvez essa passagem no prédio os levasse a algo.
- Volk
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:46 pm
Volk foi na frente dentro do buraco, seguido por Vatten, Vênus e Agnite. O buraco levava para um imenso complexo subterrâneo, ao ponto de parecer um castelo inteiro.
-Pessoal, fiquem atentos. Estamos indo justamente onde a magia é mais forte, então podemos topar com algum oponente. – Falou o líder do esquadrão.
Eles concordam com Volk, e continuam seguindo em direção à fonte de magia. Talvez eles concluíssem o trabalho da Saligia enquanto eles salvavam o Reino mais uma vez no dia.
Quando chegam no foco mágico, encontram uma porta com runas mágicas inscritas nela. Vênus se aproxima e detecta que essa é a magia que tanto sentiam, e decide cancelar ela. Por ser uma magia forte, possivelmente feita por Glenn, nota que vai demorar algum tempo. Os outros decidem esperar, mas um estalo acontece.
O teto racha, justamente com o chão, e deles começam a sair várias pedras, que se agrupam em um formato humanóide, até formarem um golem de pedra. Eles de começo pensam em mandar apenas um para lidar com a situação, porém sangue começava a escorrer do teto.
-Isso é... A mesma magia da gárgula que eu enfrentei em Rodório! – Volk avisa os outros surpreso. – É sangue de demônio! Se preparem!
No instante que acaba de absorver o sangue obscuro, o golem enfia ambas as mãos no chão, e com uma velocidade de magia de terra parecida com a de Lilian, atinge os quatro com estacas.
Rapidamente, Volk desembainha sua espada, toma impulso em uma das estacas e parte para cima do golem. Ele usa sua magia de gelo para congelar o chão e deslizar em alta velocidade, e atinge o golem com sua Sword Skill - Slash.
-Pessoal, fiquem atentos. Estamos indo justamente onde a magia é mais forte, então podemos topar com algum oponente. – Falou o líder do esquadrão.
Eles concordam com Volk, e continuam seguindo em direção à fonte de magia. Talvez eles concluíssem o trabalho da Saligia enquanto eles salvavam o Reino mais uma vez no dia.
Quando chegam no foco mágico, encontram uma porta com runas mágicas inscritas nela. Vênus se aproxima e detecta que essa é a magia que tanto sentiam, e decide cancelar ela. Por ser uma magia forte, possivelmente feita por Glenn, nota que vai demorar algum tempo. Os outros decidem esperar, mas um estalo acontece.
O teto racha, justamente com o chão, e deles começam a sair várias pedras, que se agrupam em um formato humanóide, até formarem um golem de pedra. Eles de começo pensam em mandar apenas um para lidar com a situação, porém sangue começava a escorrer do teto.
-Isso é... A mesma magia da gárgula que eu enfrentei em Rodório! – Volk avisa os outros surpreso. – É sangue de demônio! Se preparem!
No instante que acaba de absorver o sangue obscuro, o golem enfia ambas as mãos no chão, e com uma velocidade de magia de terra parecida com a de Lilian, atinge os quatro com estacas.
Rapidamente, Volk desembainha sua espada, toma impulso em uma das estacas e parte para cima do golem. Ele usa sua magia de gelo para congelar o chão e deslizar em alta velocidade, e atinge o golem com sua Sword Skill - Slash.
- Vatten
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:46 pm
Porém, pela pele dele ser feita de pedra recoberta por magia da escuridão, o golpe não causou danos. Quando notou que o golpe não funcionou, logo precisou conjurar uma barreira de gelo para se defender do poderoso soco do golem, que quebrou a barreira e o arremessou para longe. Ele se levantou e partiu de volta para atacar o monstro de pedra, porém foi arremessado de volta para seus companheiros.
Ou era o que pensava. Dos flancos do golem, Agnite e Vatten surgem e usam ataques com suas magias, que criam uma enorme cortina de vapor quando atingem a criatura e se chocam.
Desorientado, o golem balança o corpo tentando atingir algo, porém debaixo de seu corpo, Vênus aparece e cancela sua magia por alguns instantes. Ele se abaixa para pegá-la, e com uma lufada de ar, o vapor em sua frente se dissipa com a aproximação de Volk, empunhando sua espada na posição de estocada.
Com sua Sword Skill – Pierce, perfura a cabeça do golem quebrando seu núcleo. Porém isso não foi o suficiente. Vendo que não conseguiu o destruir, Vatten e Agnite atravessam suas espadas no peito da criatura, e quebram seu outro núcleo.
-Nós... vencemos uma criatura com sangue de demônio! – Volk grita animado.
-Isso foi demais! – Agnite berrou. – Tipo, do caralho mesmo!
-Modos, Agnite. – Vênus repreendeu. – Mas sim, isso foi demais.
-Isso significa que a gente tá no nível da Saligia? Digo, nós quatro juntos... – Vatten comentou.
-Bom, eles tiveram que se juntar para enfrentar uma gárgula com sangue de demônio em Rodório, então talvez nós quatro juntos sejamos capazes de derrotar um deles. – Respondeu o amigo.
-Vamos pedir pra lutar com um deles quando eles destruírem aquela coisa! – Agnite estava empolgado.
-Bora. – Vatten também.
-Eu acho que vamos apanhar, mas o que custa tentar? – Vênus respondeu com um sorriso.
Após a pequena conversa, eles voltam pra porta que viram antes e, fazendo força, conseguem empurrar a porta.
Ou era o que pensava. Dos flancos do golem, Agnite e Vatten surgem e usam ataques com suas magias, que criam uma enorme cortina de vapor quando atingem a criatura e se chocam.
Desorientado, o golem balança o corpo tentando atingir algo, porém debaixo de seu corpo, Vênus aparece e cancela sua magia por alguns instantes. Ele se abaixa para pegá-la, e com uma lufada de ar, o vapor em sua frente se dissipa com a aproximação de Volk, empunhando sua espada na posição de estocada.
Com sua Sword Skill – Pierce, perfura a cabeça do golem quebrando seu núcleo. Porém isso não foi o suficiente. Vendo que não conseguiu o destruir, Vatten e Agnite atravessam suas espadas no peito da criatura, e quebram seu outro núcleo.
-Nós... vencemos uma criatura com sangue de demônio! – Volk grita animado.
-Isso foi demais! – Agnite berrou. – Tipo, do caralho mesmo!
-Modos, Agnite. – Vênus repreendeu. – Mas sim, isso foi demais.
-Isso significa que a gente tá no nível da Saligia? Digo, nós quatro juntos... – Vatten comentou.
-Bom, eles tiveram que se juntar para enfrentar uma gárgula com sangue de demônio em Rodório, então talvez nós quatro juntos sejamos capazes de derrotar um deles. – Respondeu o amigo.
-Vamos pedir pra lutar com um deles quando eles destruírem aquela coisa! – Agnite estava empolgado.
-Bora. – Vatten também.
-Eu acho que vamos apanhar, mas o que custa tentar? – Vênus respondeu com um sorriso.
Após a pequena conversa, eles voltam pra porta que viram antes e, fazendo força, conseguem empurrar a porta.
- Vênus
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:47 pm
Os quatro entram na sala que Vênus conseguiu abrir com seu cancelamento mágico, e nela encontram justamente quem a Saligia procurava: o Rei de Lioness, Gallien Lioness. Ele estava preso em cordas mágicas, mas Agnite as incinera e solta o homem.
-Quem são vocês? – Pergunta atônito. Ele estava magro e parecia seco.
-Nós somos Cavaleiros Sagrados de seu reino. – Respondeu a Cavaleira Sagrada. – Viemos lhe resgatar!
-Então quer dizer que vocês salvaram o reino? – Gallien fazia força para se manter de pé, mas estava preocupado com seu Reino.
-Não, esse foi o trabalho da Saligia. – Volk respondeu sua pergunta.
-Eles chutaram as Virtudes. Com tudo. – Agnite completou a resposta.
-Mas nós os ajudamos a lutar contra as Virtudes. – Pontuou Vatten.
O homem os observa, e vê que aqueles jovens cavaleiros puderam lutar ao lado dos Pecados, e não sente mentira em suas palavras. Ele ia dar um passo, mas suas pernas fracas o impedem, e os jovens o seguram após um estalar de sua língua.
-Bem... então devemos sair. – Ele ainda consegue exprimir imponência em sua voz, não perdeu sua majestade no tempo que ficou preso. Ele faz com que se dirijam à porta e saem da instalação.
Eles vão andando até o castelo, e a população olha o seu Rei saindo das catacumbas, e aqueles que o observam começam a notar que o verdadeiro vilão do Reino eram as Virtudes. Os quatro colocaram ele a par da situação de seu Reino, que ouvia calado apenas absorvendo as informações.
Ajudando Gallien, os cinco conseguem subir até a torre onde Nier enfrentou Zengate. O Rei olha o horizonte e vê a imponente criatura que a Saligia estava prestes a enfrentar. Ele se sentou no chão e apenas observou a montanha que caminhava, torcendo para a vitória da ordem de Cavaleiros Sagrados mais forte da Britânia.
-Quem são vocês? – Pergunta atônito. Ele estava magro e parecia seco.
-Nós somos Cavaleiros Sagrados de seu reino. – Respondeu a Cavaleira Sagrada. – Viemos lhe resgatar!
-Então quer dizer que vocês salvaram o reino? – Gallien fazia força para se manter de pé, mas estava preocupado com seu Reino.
-Não, esse foi o trabalho da Saligia. – Volk respondeu sua pergunta.
-Eles chutaram as Virtudes. Com tudo. – Agnite completou a resposta.
-Mas nós os ajudamos a lutar contra as Virtudes. – Pontuou Vatten.
O homem os observa, e vê que aqueles jovens cavaleiros puderam lutar ao lado dos Pecados, e não sente mentira em suas palavras. Ele ia dar um passo, mas suas pernas fracas o impedem, e os jovens o seguram após um estalar de sua língua.
-Bem... então devemos sair. – Ele ainda consegue exprimir imponência em sua voz, não perdeu sua majestade no tempo que ficou preso. Ele faz com que se dirijam à porta e saem da instalação.
Eles vão andando até o castelo, e a população olha o seu Rei saindo das catacumbas, e aqueles que o observam começam a notar que o verdadeiro vilão do Reino eram as Virtudes. Os quatro colocaram ele a par da situação de seu Reino, que ouvia calado apenas absorvendo as informações.
Ajudando Gallien, os cinco conseguem subir até a torre onde Nier enfrentou Zengate. O Rei olha o horizonte e vê a imponente criatura que a Saligia estava prestes a enfrentar. Ele se sentou no chão e apenas observou a montanha que caminhava, torcendo para a vitória da ordem de Cavaleiros Sagrados mais forte da Britânia.
- Mestre
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Re: Capital do Reino
Qua Nov 10, 2021 11:48 pm
O FIM!
A lendária ordem de cavaleiros condenados, a Saligia finalmente conseguiu derrotar a antiga besta, o temível Tarrasque, que por algum motivo ainda desconhecido para eles, apareceu em Lioness.
Ao ver que a fera foi destruída, Krioni bateu o pó das roupas, agradeceu apenas à Takashi e se teleportou para onde Nier estava, antes de ouvir as reclamações de Gwyndolin.
Caminhou alguns metros observando a paisagem destruída pela intensa luta contra a fera, enquanto o sol voltava a brilhar após a energia negativa do monstro ser dissipada. Nier estava por perto, conseguia senti-lo, apenas estava difícil achá-lo. Isso é, até ouvir um tossido.
-Aí está você... – Falou o mago, flutuando para se aproximar. – Ele era bem grande.
Nier deu uma risadinha, e vi que Krioni estendeu a mão. Segurou-a e se sentou.
-Grande é pouco. Alguma ideia de porque ele estava aqui? – Questionou curioso com a situação.
-Ainda não. Vou estudar a região nos próximos meses. – Falou observando o horizonte destruído.
-Então você vai ficar? – Nier se esforçou e conseguiu se colocar de pé. – Vai sair de onde está?
O mago se virou para ele, sorrindo de canto de boca.
-Sim... eles podem se virar sem mim. Inclusive... – Ele puxa sua mala roxa com estrelas douradas. – Eu já estou pronto pra ficar.
O Capitão da Saligia ri com o preparo do mago, sabendo que ele possivelmente trouxe todo um castelo em uma mala.
-Isso é muito bom. Podemos voltar? – Perguntou cansado.
-Claro, com certeza. – Ele encosta a mão no ombro de Nier.
Logo, Krioni os teleporta para onde os outros membros da Saligia estavam, que recebem Nier pulando em cima dele. Eles ouvem gritos de festa vindos da população, e os boatos que a Saligia derrotou as Virtudes e deu um golpe de estado já haviam se espalhado – e eles não sabiam se isso era bom ou ruim.
A Capital estava agitadíssima, pessoas corriam para todos os lados contando a notícia. Murmúrios eram ouvidos por toda a cidade. Era de conhecimento comum as coisas que acabaram de acontecer. Os traidores voltaram para confrontar a Psychomachia e venceram, a Princesa Camille estava junto deles e que também algumas pessoas afirmam terem visto um monstro gigante nos arredores da cidade quando o dia virou noite. E outro rumor, esse ainda mais importante... O Rei Gallien Lioness que fora dado como morto nos últimos dias, estava vivo.
Em um prédio na beirada da capital, estavam a Saligia e a princesa Camille. Após saírem do montinho que fizeram em Nier para comemorar a grande vitória no dia (e quase o matarem no processo), Camille, ao ver o que acabou de fazer, não conseguiu conter as lágrimas que começaram a rolar em seu rosto.
-Finalmente... Finalmente isso tudo acabou e consegui salvar todo mundo... Eu não consigo acreditar nisso...
Ela sentia uma alegria totalmente genuína. Um sentimento imenso de satisfação consigo mesma por ter aguentado toda essa jornada e de alívio por não ter sido em vão tomava completamente seu coração.
Os oito pretendiam comemorar, mas quando foram se aproximar, caíram no chão, tão exaustos que não aguentavam mais ficar em pé. As batalhas consecutivas cobraram muito de seus corpos.
-É... Finalmente conseguimos acabar com isso. – Nier falou se virando de barriga para cima. – Bom trabalho, pessoal! Estou orgulhoso de vocês!
Os outros membros do grupo sorriram com o elogio do seu capitão, também felizes por conseguirem cumprir sua missão. Após longos dez anos de exílio e fugas, finalmente conseguiram justiça pela falsa acusação de tentar tomar o Reino e também vingar Rose e Tristan, mortos pelos planos vis da Psychomachia.
Não muito tempo após começarem a conversar, começaram a ouvir o barulho de metal se batendo cada vez mais alto. Não havia dúvida, eram Cavaleiros Sagrados. Do jeito que estavam, não conseguiriam oferecer resistência, então apenas mandaram Camille ficar quieta, já que era sua primeira vez sendo presa. Algumas vezes, ela esquecia que todos já passaram por isso – alguns mais de uma vez.
-Ali estão eles! – Gritou o comandante do pelotão, e aqueles ali dentro apenas levantaram as mãos, mesmo que estivessem caídos no chão.
O mesmo Cavaleiro de alto posto ordenou para que os membros de seu pelotão vendassem e silenciassem a Saligia e a Princesa, e assim todos foram levados – melhor dizendo, arrastados – presos.
Já no centro da capital, as pessoas confirmaram as informações. Era oficial. Todos os rumores eram verdade, desde a invasão e batalha dos Pecados contra as Virtudes até o monstro gigante e a vida do Rei. Um enorme palanque, como um palco teatral na frente do palácio, foi montado para o discurso real. Toda a população, mensageiros, viajantes e nômades se reuniram ali. O povo estava apreensivo com o discurso de sua majestade, afinal não era sempre que os mortos voltavam a vida. No palanque, haviam quatro Cavaleiros Sagrados, os mesmos que foram vistos com o Rei antes.
Em uma subida com toda a pompa e imponência que apenas um rei poderia ter, Gallien Lioness subiu no palco e se pôs a falar:
-Povo de Lioness! Como podem ver, eu estou bem, vivo e salvo. – Sua voz ecoava pelos cidadãos do Reino. – Sei o que passaram nesses últimos tempos, estes nobres quatro cavaleiros aqui junto comigo, que me resgataram da masmorra que estava preso me deixaram a par da situação. E agora eu digo: vocês não sofrerão mais tamanha opressão, não enquanto eu estiver vivo!
Toda a plateia vibra em uníssono, pela volta do seu legítimo rei e pelo fim da opressão que sofriam pelos Cavaleiros Sagrados e pela Psychomachia.
-Tenho certeza que já sabem do que acabou de ocorrer. A Saligia invadiu a cidade e derrotaram o grão-paladino Zengate e suas Virtudes Sagradas...
Novamente, um cochicho era ouvido por entre os cidadãos. Será que a Saligia realmente salvou o reino ou eles apenas queriam toma-lo? A segunda opção era a mais comentada, afinal, criminosos sempre eram criminosos. Então, uma imensa cortina cai, revelando oito figuras em pé, uma do lado da outra, juntamente de um gato.
-Esses são a Saligia, juntamente com a minha filha, Camille Lioness! Eles que desafiaram a Psychomachia e os derrotaram!
Ele faz uma pausa em sua fala esperando que eles continuassem, mas apenas um silêncio constrangedor se seguiu. Ele se virou e sua expressão de confusão foi para um misto de espanto e vergonha. A Saligia, sua filha Camille e um gato que pertencia ao grupo estavam vendados, amordaçados e acorrentados. Prontos para serem executados. Sua pálpebra esquerda começou a tremer em fúria, e com a voz mais calma o possível – ainda assim, muito irritada –, ordenou:
-Tirem essas coisas deles! Eu não mandei porem isso! Eu lhes disse para trazerem até aqui, não que era para prendê-los! Vamos, vamos!
Os responsáveis por prender a Saligia pensam em desertar, mas logo se juntam aos outros soldados, e os livram de seus grilhões.
-Como eu ia dizendo, eles derrubaram o governo militar de Zengate. Minha filha, Princesa Camille, reuniu os sete criminosos lendários – E O GRANDE RYON! – e salvou o Reino. Também se tornou de meu conhecimento que Zengate foi o responsável por assassinar friamente minha esposa Rose e meu filho Tristan, e culpar a Saligia para se passar impune. Agora, com os poderes que a mim foram concedidos por direito de nascença, eu retiro toda a pena da Saligia por traição ao reino e a passo para a Psychomachia! E os declaro como heróis de estado!
A população estava em choque. Era muita informação para ser digerida em pouco tempo. Mas, quando as pessoas associavam os problemas e a Psychomachia, tudo fazia sentido, e passavam a celebrar seus antigos e novos heróis, a Saligia!
Ao ver que a fera foi destruída, Krioni bateu o pó das roupas, agradeceu apenas à Takashi e se teleportou para onde Nier estava, antes de ouvir as reclamações de Gwyndolin.
Caminhou alguns metros observando a paisagem destruída pela intensa luta contra a fera, enquanto o sol voltava a brilhar após a energia negativa do monstro ser dissipada. Nier estava por perto, conseguia senti-lo, apenas estava difícil achá-lo. Isso é, até ouvir um tossido.
-Aí está você... – Falou o mago, flutuando para se aproximar. – Ele era bem grande.
Nier deu uma risadinha, e vi que Krioni estendeu a mão. Segurou-a e se sentou.
-Grande é pouco. Alguma ideia de porque ele estava aqui? – Questionou curioso com a situação.
-Ainda não. Vou estudar a região nos próximos meses. – Falou observando o horizonte destruído.
-Então você vai ficar? – Nier se esforçou e conseguiu se colocar de pé. – Vai sair de onde está?
O mago se virou para ele, sorrindo de canto de boca.
-Sim... eles podem se virar sem mim. Inclusive... – Ele puxa sua mala roxa com estrelas douradas. – Eu já estou pronto pra ficar.
O Capitão da Saligia ri com o preparo do mago, sabendo que ele possivelmente trouxe todo um castelo em uma mala.
-Isso é muito bom. Podemos voltar? – Perguntou cansado.
-Claro, com certeza. – Ele encosta a mão no ombro de Nier.
Logo, Krioni os teleporta para onde os outros membros da Saligia estavam, que recebem Nier pulando em cima dele. Eles ouvem gritos de festa vindos da população, e os boatos que a Saligia derrotou as Virtudes e deu um golpe de estado já haviam se espalhado – e eles não sabiam se isso era bom ou ruim.
A Capital estava agitadíssima, pessoas corriam para todos os lados contando a notícia. Murmúrios eram ouvidos por toda a cidade. Era de conhecimento comum as coisas que acabaram de acontecer. Os traidores voltaram para confrontar a Psychomachia e venceram, a Princesa Camille estava junto deles e que também algumas pessoas afirmam terem visto um monstro gigante nos arredores da cidade quando o dia virou noite. E outro rumor, esse ainda mais importante... O Rei Gallien Lioness que fora dado como morto nos últimos dias, estava vivo.
Em um prédio na beirada da capital, estavam a Saligia e a princesa Camille. Após saírem do montinho que fizeram em Nier para comemorar a grande vitória no dia (e quase o matarem no processo), Camille, ao ver o que acabou de fazer, não conseguiu conter as lágrimas que começaram a rolar em seu rosto.
-Finalmente... Finalmente isso tudo acabou e consegui salvar todo mundo... Eu não consigo acreditar nisso...
Ela sentia uma alegria totalmente genuína. Um sentimento imenso de satisfação consigo mesma por ter aguentado toda essa jornada e de alívio por não ter sido em vão tomava completamente seu coração.
Os oito pretendiam comemorar, mas quando foram se aproximar, caíram no chão, tão exaustos que não aguentavam mais ficar em pé. As batalhas consecutivas cobraram muito de seus corpos.
-É... Finalmente conseguimos acabar com isso. – Nier falou se virando de barriga para cima. – Bom trabalho, pessoal! Estou orgulhoso de vocês!
Os outros membros do grupo sorriram com o elogio do seu capitão, também felizes por conseguirem cumprir sua missão. Após longos dez anos de exílio e fugas, finalmente conseguiram justiça pela falsa acusação de tentar tomar o Reino e também vingar Rose e Tristan, mortos pelos planos vis da Psychomachia.
Não muito tempo após começarem a conversar, começaram a ouvir o barulho de metal se batendo cada vez mais alto. Não havia dúvida, eram Cavaleiros Sagrados. Do jeito que estavam, não conseguiriam oferecer resistência, então apenas mandaram Camille ficar quieta, já que era sua primeira vez sendo presa. Algumas vezes, ela esquecia que todos já passaram por isso – alguns mais de uma vez.
-Ali estão eles! – Gritou o comandante do pelotão, e aqueles ali dentro apenas levantaram as mãos, mesmo que estivessem caídos no chão.
O mesmo Cavaleiro de alto posto ordenou para que os membros de seu pelotão vendassem e silenciassem a Saligia e a Princesa, e assim todos foram levados – melhor dizendo, arrastados – presos.
Já no centro da capital, as pessoas confirmaram as informações. Era oficial. Todos os rumores eram verdade, desde a invasão e batalha dos Pecados contra as Virtudes até o monstro gigante e a vida do Rei. Um enorme palanque, como um palco teatral na frente do palácio, foi montado para o discurso real. Toda a população, mensageiros, viajantes e nômades se reuniram ali. O povo estava apreensivo com o discurso de sua majestade, afinal não era sempre que os mortos voltavam a vida. No palanque, haviam quatro Cavaleiros Sagrados, os mesmos que foram vistos com o Rei antes.
Em uma subida com toda a pompa e imponência que apenas um rei poderia ter, Gallien Lioness subiu no palco e se pôs a falar:
-Povo de Lioness! Como podem ver, eu estou bem, vivo e salvo. – Sua voz ecoava pelos cidadãos do Reino. – Sei o que passaram nesses últimos tempos, estes nobres quatro cavaleiros aqui junto comigo, que me resgataram da masmorra que estava preso me deixaram a par da situação. E agora eu digo: vocês não sofrerão mais tamanha opressão, não enquanto eu estiver vivo!
Toda a plateia vibra em uníssono, pela volta do seu legítimo rei e pelo fim da opressão que sofriam pelos Cavaleiros Sagrados e pela Psychomachia.
-Tenho certeza que já sabem do que acabou de ocorrer. A Saligia invadiu a cidade e derrotaram o grão-paladino Zengate e suas Virtudes Sagradas...
Novamente, um cochicho era ouvido por entre os cidadãos. Será que a Saligia realmente salvou o reino ou eles apenas queriam toma-lo? A segunda opção era a mais comentada, afinal, criminosos sempre eram criminosos. Então, uma imensa cortina cai, revelando oito figuras em pé, uma do lado da outra, juntamente de um gato.
-Esses são a Saligia, juntamente com a minha filha, Camille Lioness! Eles que desafiaram a Psychomachia e os derrotaram!
Ele faz uma pausa em sua fala esperando que eles continuassem, mas apenas um silêncio constrangedor se seguiu. Ele se virou e sua expressão de confusão foi para um misto de espanto e vergonha. A Saligia, sua filha Camille e um gato que pertencia ao grupo estavam vendados, amordaçados e acorrentados. Prontos para serem executados. Sua pálpebra esquerda começou a tremer em fúria, e com a voz mais calma o possível – ainda assim, muito irritada –, ordenou:
-Tirem essas coisas deles! Eu não mandei porem isso! Eu lhes disse para trazerem até aqui, não que era para prendê-los! Vamos, vamos!
Os responsáveis por prender a Saligia pensam em desertar, mas logo se juntam aos outros soldados, e os livram de seus grilhões.
-Como eu ia dizendo, eles derrubaram o governo militar de Zengate. Minha filha, Princesa Camille, reuniu os sete criminosos lendários – E O GRANDE RYON! – e salvou o Reino. Também se tornou de meu conhecimento que Zengate foi o responsável por assassinar friamente minha esposa Rose e meu filho Tristan, e culpar a Saligia para se passar impune. Agora, com os poderes que a mim foram concedidos por direito de nascença, eu retiro toda a pena da Saligia por traição ao reino e a passo para a Psychomachia! E os declaro como heróis de estado!
A população estava em choque. Era muita informação para ser digerida em pouco tempo. Mas, quando as pessoas associavam os problemas e a Psychomachia, tudo fazia sentido, e passavam a celebrar seus antigos e novos heróis, a Saligia!
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