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Vilarejo de Lestalum

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Sex Nov 05, 2021 12:53 am




Vilarejo de Lestalum Latest?cb=20130423021334

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Trata-se do centro de exportação e importação do reino, dessa maneira é o vilarejo responsável pelo suprimento do reino e de todos os demais vilarejos, é mais conhecido como o Centro Portuário de Lioness, um local de bastante orgulho para o reino e os cidadãos que ali residem, e assim como Rodório, é um vilarejo constantemente vigiado.
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Nier
Nier
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Seg Nov 08, 2021 5:18 pm
Vilarejo de Lestalum Nier10

O cheiro do mar d’A Cidade Mais Distante da Capital começava a ocupar o Delito. A maresia misturada com o ar morno da primavera era agradável de se sentir, e todos começavam a se aproximar das janelas logo ao amanhecer.

- Ei, pessoal! Venham comer! – Grita alegremente a fada preguiçosa. - Fiz omelete essa manhã! – Aparentemente a maresia deu uma invertida no seu senso de preguiça, fazendo com que fizesse bastante comida.

- Opa! – Falou Takashi empolgado. – Tem cerveja? – Continuou com um tom leve atípico. Talvez a brisa do mar tivesse o deixado alegre, ou se reunir com seus companheiros após tantos longos anos.

- Já quer beber a essa hora? – Fala Gwyndolin, sério e com certa desaprovação. – Me vê três canecas, Skanfy.

- Não comecem a beber sem mim! – Asura sai de dentro da adega correndo e gritando, onde passou a noite dormindo.

- Estão brincalhões hoje, rapazes. O que aconteceu? L’air está afetando as esprits de vocês? Ou é o meu... – Skanfy se vira para eles que notam que sua aparência está diferente. Seus cabelos antes azuis, agora eram fúcsias e seus olhos amarelos lembravam os olhos de um felino. Seus dentes pareciam ter pressinhas, o que a deixava com uma aparência fofa, que contrastava com os grandes seios que decidiu ter para a ocasião, que se sobressaltavam em um generoso decote.

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– ...look du jour? – Ela fala com um tom sexy e confiante na voz, fazendo os três desviarem o olhar.

- Dois quarentões e um vampiro desviando o olhar? Essa é nova. – Nier fala descendo as escadas rindo, seguido por Camille.

- Bom dia pessoal! – Fala Camille acenando para eles. – Bom dia Skanfy! Bela aparência.

Nier se junta aos outros na mesa enquanto Camille decide ir olhar o mar. Fazia muito tempo que não o via, foi apenas uma vez a uma cidade costeira e não se lembrava muito bem, apenas que sua mãe e seu irmãozinho ainda eram vivos. Isso a deixou triste por alguns instantes, mas afastou as memórias ruins de tê-los perdido e tornou a olhar a água azul e incrivelmente cristalina para um porto, se perguntando se algum dia poderiam tomar banho de bar, já que aparentemente era uma tradição do verão de outros povos e queria experimentar. Quando os outros iam comer, algo pula em cima da mesa.

- Parece que estão se esquecendo de alguém, o ser mais importante desse bar! – Ryon pula na mesa, entre a omelete e os pecados, cheio de pompa. – Eu, é claro. – Ele dá um sorriso levantando a sobrancelha. – Comam após me reverenciarem.

- Poderia sair da frente, bola de pelos? Eu estou com fome. – Fala Takashi empurrando o gato com sua mão esquerda. – E não quero que atrapalhem meu café da manhã.

Ryon encara Takashi nos olhos. Dois olhares determinados, queimando por seus objetivos e convicções. Takashi puxa uma faca de seu cinto e tenta acertar Ryon, que desvia do ataque, escala seu braço e pula em seu rosto. O gato arranha ferozmente o rosto de Takashi, que puxa o bichano e o atira para longe.

- Nier! – Berrou Takashi, enquanto os outros riam. – O que esse seu animal tem, hein?

- Surtos de Krioni espontâneos. – Respondeu enquanto queimava outro boletim de notícias, fazendo Camille ficar triste pois sempre queria ler, mas nunca dava tempo de sequer pedir. Queria saber do estado de seu pai, mas possivelmente apenas leria mentiras.

Ryon se levanta e começa a se lamber. Então, percebe que Camille estava olhando o mar pela janela, e decide ir até ela. Como os outros estavam comendo na mesa, acabaram ficando distraídos demais para os planos diabólicos do gato.

- Olá princesa. – Fala o gato subindo no parapeito, após rebolar para seu pulo magistral.

- Oi Ryonzinho, tudo bem? – Pergunta com um sorriso gentil no rosto.

- Sir Ryon. – Corrige o gato. – E sim, estou bem. Está gostando de dormir com o Nier? – Diz o gato mexendo a língua rapidamente após a fala.

- É, bem, eu... – Ela começa a corar, e o gato ri da situação, se deliciando da vergonha que causou na princesa.


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- Parece que eu te peguei novamente, princesa. – Ele encosta sua patinha fofinha no nariz da menina. – Você é uma pata. Uma princesa pata. – Ele começa novamente a mexer a língua sugestivamente, fazendo um som estranho.

Camille olha corada e irritada para Ryon. Ela reúne todas suas forças, respira fundo e fala nos ouvidos do gato:

- Sim, Sir Ryon, eu adoro dormir com o Nier. – Ela sorri com incrível maldade no olhar para o gato após falar isso.

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O animal arregala os olhos. Jamais pensara que ouviria isso, ao menos em tão pouco tempo. Talvez... Bem, não importava. Ele sorriu, riu da situação com sua risada que mais parecia um miado, e se pronunciou:

- Ha! Evoluiu mais do que eu pensava, princesa. Agora, vá comer. Vou ver se tem um rato no porão ou algo assim. Preciso me exercitar e nada melhor que uma caça para isso. – Ele sai cheirando o ar, procurando a presa que seria seu café da manhã (ou o primeiro, já que planejava pedir comida para Skanfy depois de seu ratinho). Então, Camille se senta à mesa.

- Ainda tem um pouco para mim, não é? – Fala meiga e sorrindo. Entretanto, perde as esperanças quando vê o prato vazio, e os rapazes desviando o olhar bebendo seja lá o que tinha em suas canecas.

- Bien sur que tem! J'en ai mis plus dans mon prato porque je savais que eles poderiam devorar tudo rápido demais. – Skanfy fala rindo. Os garotos a olham com irritação por ter pego comida a mais.

- Obrigada, Skanfy! - Camille se senta ao lado de Skanfy e a abraça. Depois, começa a comer a deliciosa comida da fada.

Enquanto os pecados bebem e se divertem, Nier pigarreia e se pronuncia:

- Pessoal, já planejei nossa visita para Lestalum. Antes de abrirmos as portas e procurarmos por Lilian, precisamos comprar suprimentos. Estamos com baixos níveis nos estoques, segundo Ryon. E quando ele fala isso, quer dizer que está crítica a situação. Asura e Takashi, vocês dois vêm comigo, vamos ao mercado. – Fala apontando para os dois. – Temos bastante ouro, e vamos torcer para que a sedução vampírica de Asura funcione pra barganhar bastante. O resto pode ficar no bar mesmo, cuidando das coisas. Ele está meio sujo e se quiserem fazer um enorme favor...

- Colocando as meninas para limpar a casa, enquanto você sai com vos amis? – Fala Skanfy armando seu Arc Perfide em lua nova, para usar as adagas do arco.

- Eu vou estar aqui, Skanfy... – Fala o necromante amuado.

- Tu n'es pas un modèle de virilité, Gwyn. – Ela dá de ombros.

- Por que fazes isso comigo, Skanfy? –Pergunta com lágrimas de crocodilo nos olhos.

- Je sais pas. Tu ne m'inspires pas confiance fora de combate. – Responde a fada guardando seu Tesouro Sagrado, e fazendo Gwyn soltar um suspiro misturado em um gemido de desaprovação.

- Certo, certo... – Nier os interrompe. – Bom, vamos todos então. Mas vocês vão ter que ajudar a trazer todos os suprimentos. Vamos deixar a Mama mais longe.

Todos concordam com Nier, por mais que a fada sentisse preguiça de carregar compras. Cerca de duas horas depois, eles chegam a Lestalum. O que viria a acontecer nessa cidade, mudaria para sempre o mundo de Camille.
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Gwyndolin
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Seg Nov 08, 2021 5:21 pm
Vilarejo de Lestalum Gwyn10

- Não precisamos demorar tanto aqui, então vamos nos separar, para ganharmos tempo e podermos voltar logo para o bar. – Diz Nier, se dirigindo aos outros olhando por cima dos ombros, entre o buraco que seus braços faziam por andar com as mãos atrás da cabeça.

- Então o Asura vient com moi, preciso d'ingrédients, et je n'ai pas muito afim de carregá-los. – Diz Skanfy, flutuando em sua aparência nova.

- Eu posso carregar, mas depois terá que fazer um banquete para mim. – Falou o vampiro pensando no que queria que a fada fizesse, com ambos se afastando para ir ao mercado público.

- Gwyndolin e eu podemos ir juntos? Desde que nos reencontramos ele está com a mesma roupa, toda rasgada ou está andando com roupas apertadas suas ou largas do Takashi ou do Asura, queria comprar alguma para ele. – Fala Camille, entusiasmada.

Ela gostava de comprar roupas, mas nunca teve tantas oportunidades desde que estava com a Saligia, já que o pessoal tinha suas mudas de roupa consigo. Talvez em Lestalum, uma cidade portuária, encontrasse até coisas de outros países, como de algo do continente.

- Ryon, vá com eles. – Falou Nier. – Cuide dos dois.

- Você confia no Gwyn ao ponto de deixá-lo com a Camille, Capita? – Cochicha Takashi, desconfiado. Ele nunca confiava em deixar o Pecado da Luxúria perto de garotas, principalmente garotas bonitas.

- Eu confio nele, Takashi. – Nier lançou um olhar que pareceu uma facada para Takashi, por desconfiar de um de seus companheiros, fazendo o mesmo engolir em seco. – Além disso, eles não vão sozinhos, o meu gato estará com eles. Vamos Takashi, sinto que vamos achar algo bom nesta cidade. – Os dois saem em direção contrária a que Skanfy e Asura foram, e deixam os outros três sozinhos.

Andando pelas ruas, vem um padre da mesma ordem de Zugmon pregando que a Saligia era enviada do inferno para tomar o reino, e outras baboseiras mais. Vários comerciantes conversam sobre esse fato da Saligia estar pensando em transformar Lioness em uma ditadura não-humana era real, com argumentos quase convincentes.

Muitos nobres estavam passeando pela cidade, inclusive de várias cidades e até de outros Reinos, e todos comentavam com desprezo sobre não-humanos, e como a única coisa para qual serviam era para serem escravos ou virarem produtos supérfluos. A própria população num geral poderia ser considerada nobre em outras cidades pelos seus altos ganhos, então esse era um pensamento comum entre os cidadãos.

Gwyndolin, Camille e Ryon conversavam no mesmo momento que essas conversas periféricas eram prontamente ignoradas, enquanto não acham uma boa roupa para o Pecado da Luxúria.

- Princesa... Você sente algo pelo Capitão? – Diz curioso (escondendo um olhar malicioso) Gwyn, fazendo a Camille dar um pequeno sobressalto.

- Sir Gwyn... Posso chamá-lo assim, não é? – Pergunta Camille, com um pouco de vergonha. Era a primeira vez que ia chamar algum pecado por um apelido.

- Claro! – Responde sorrindo. – Eu até prefiro, Gwyndolin é um nome um tanto quanto grande de se falar. – Diz em tom de brincadeira.

Olhando para a divisa do grande mar do porto de Lestalum com o céu azul com poucas nuvens, Camille sorri e diz:

- Eu... não sei responder sua pergunta, só sei que quando estou com o Nier, me sinto protegida, como se ele não fosse deixar nada ruim acontecer comigo. E mesmo ele sendo bobo, eu gosto do jeito dele. Sinto que nunca vamos nos separar. – Fala de um jeito meigo e gentil sobre Nier.


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Ao ouvir as palavras de Camille, o necromante para de fitar o horizonte e torna sua atenção para ela e fala:

- O Nier é uma boa pessoa, um bom amigo, me ajudou nos piores momentos, me fez... superar minhas piores falhas. – Fala Gwyn, lembrando de um passado triste que o assombra até hoje.

- Você e ele se dão muito bem, e com Takashi e Asura também, mas e o Krioni, você é amigo dele também, não é? – Pergunta a princesa curiosa, principalmente lembrando do que falaram da relação deles.


- Não exatamente... – Ele dá uma risada amarela ao falar isso. – O Krioni nunca foi muito com a minha cara, mas não o culpo, há motivos para isso... Um dia quem sabe, nós possamos nos resolver. – Fala com tom de esperança na voz.

- Então o Krioni te odeia, Gwyn? – Fala o gato passando no meio das pernas de Gwyndolin. – Esse cara me parece perigoso, sabia? Tudo bem, se ele quiser te machucar, eu posso derrotá-lo. – Diz o confiante Ryon, fazendo o necromante dar uma pequena risada.

- Eu adoraria Ryon, você é muito corajoso, mas acho que o Krioni não tem a intenção de me ferir. – Diz sorrindo, mas seu sorriso logo se desfaz para uma expressão sombria e com medo. – Eu espero.

Camille olha para o seu novo companheiro e pensa em perguntar o motivo do ódio de Krioni, mas se lembra que os Pecados não gostam de falar sobre seus problemas e principalmente, seus pecados. Ao ver que a conversa inevitavelmente acabaria chegando nesse ponto, ela logo se prontificou a mudar de assunto.

- Temos que achar uma roupa para você, Gwyn, vamos ver em mais lojas. – Fala pegando a mão dele e o arrastando para outra loja de roupas. Ao ver o gesto gentil da princesa, Gwyn dá um leve sorriso, pensando se já poderia ter se redimido de seu crime.

Perto do cais do porto, comerciantes conversavam sobre os mais variados assuntos, desde como vão suas famílias até as novas cargas que haviam chegado, entre outras coisas.

- Estou lucrando muito, meus sócios conseguiram no leilão uma gigante de cabelos e olhos rosas para ser escrava, ela trabalha como ninguém, e nem preciso pagá-la! – Fala um homem gordo e baixo, ligeiramente mais baixo que Nier, com roupas de um nobre.

- Só não deixe os outros saberem disso, eles podem te matar como vingança, ou até mesmo... Inveja. – Adverte seu companheiro preocupado.

- Relaxe, ela está bem presa, não fugirá tão cedo... – Diz o homem roliço. – Se bem que ela é super submissa, duvido que irá fugir. – Ele solta uma risada rouca, provavelmente por causa do fumo.

Ao escutar isso, imediatamente Gwyn corre na direção daquele comerciante, saindo da loja que estava, onde tentava se decidir entre uma saia e uma calça.

- Você disse gigante? – Pergunta gritando. – Onde ela está? – Fala Gwyn, ofegante. Essa descrição era a mesma de Lilian, não haviam muitas gigantes de cabelos e olhos rosas além dela, e que fariam de tudo para serem prestativas.

- Está nas docas, mas quem é você? – Questiona o comerciante. – Por que quer saber daquele monstro?~ – Desdenha do Pecado da Luxúria.

- Nada, nada... – Despista o necromante. – Obrigado por falar onde ela está. Com licença! – Gwyn corre para perto de Camille, que estava na porta da loja juntamente de Ryon. – Exatamente o que Nier suspeitava se tornou verdade, Lilian está aqui! – Exclama Gwyn, preocupado. Sabia o quão longe a sua companheira iria só para querer ser útil, e isso era terrível.

- Lilian? – Fala Camille com um ar de curiosidade. – Essa não é o Pecado da Inveja? Como é que ela é escrava sendo uma gigante?

- Não sei, ela deve estar querendo ser útil de alguma maneira para as pessoas... – Fala exaltado. – Então não podemos demorar, ela pode estar sendo mal tratada ou até mesmo torturada, temos que ir o mais rápido possível para lá! – Exclama Gwyn.

- Vamos, temos que encontrar os outros, essa gigante só pode ser ela! – Grita Camille.

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Os três saem correndo em direção às docas atrás de Lilian. No meio da corrida, Gwyndolin fecha seus olhos para sentir a magia do lugar, e consegue sentir a magia de sua amiga naquela direção.

- Ei, Camille! Eu achei ela! – Exclamou se virando para a princesa, que não estava mais ali.

Ao ver que Camille sumiu, o necromante caiu de joelhos, desolado. Sentiu como se um mundo caísse nas suas costas, por um leve descuido. Alguns cidadãos de Lestalum começaram a tossir e passar mal por estarem ao redor dele, que liberava uma quantidade avassaladora de magia negra – ou como é chamada popularmente, miasma. Ele pegou o gato no colo, que estava desmaiado no chão.

Ele viu um bilhete preso com uma faca no chão alguns metros atrás e se levantou para ir vê-lo, com uma expressão completamente sombria e assustadora.

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Essa pessoa que sumiu acabou de se tornar parte do Leilão de Escravos de Lestalum. Obrigado pela compreensão e tenha um bom dia.

Gwyn deu uma risada leve, porém por não saber como reagir.

Sequestrar alguém para um leilão de escravos? E dizer tenha um bom dia? Isso é tão idiota que chega a ser cômico! Eu acho que esses cidadãos não devem gostar muito de se meter, por terem ficado quietos. Veja bem, todos estão até dormindo no chão! Mas... onde é isso? Que droga... Eu vou matar cada um desses sequestradores e transformá-los em parte do meu exército de mortos vivos!

Gritou internamente e se pôs a caminhar para o Delito, desolado. Ele tinha um trabalho para fazer, e precisava da Lilith e de alguns gizes para isso.

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Takashi
Takashi
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Seg Nov 08, 2021 5:21 pm
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Takashi caminhava ao lado de Nier pela cidade de Lestalum, viam mercadores barganhando e um gatuno ou outro tentando tirar a sorte. O clima da cidade era agradável para alguns, e desagradável para outros, como Takashi. O acúmulo de pessoas não lhe fazia bem, fazia com que se lembrasse de eventos traumáticos de seu passado. Afastou esses pensamentos ao ouvir a voz de Nier.

-Ei, Takashi. – O chamou.

- Oi? – Respondeu Takashi distraído.

- O que tem feito durante estes anos mesmo? – Perguntou. – Digo, além de ter ficado sendo um cidadão exemplar de Araruna.

- Nada além de me esconder, eu diria. – Falou coçando o queixo.

- Se esconder? Isso de fato não faz seu tipo... – Proclamou arqueando uma sobrancelha e soltando uma risada.

- Escondido se faz muita coisa. – Takashi solta um riso irônico, para em seguida continuar. – Arrumei muitos problemas nesse meio tempo. Brigas de bar, criminosos que me davam no saco, apostas insanas… Eu me diverti nesse meio tempo.

- Duvido. – Nier continua. – Havia alguém no seu nível? – O maior soltou uma risada.

- Ninguém, capitão. Eu que tive que me adequar a eles. – Disse soltando um suspiro devido à falta de ação de verdade. Takashi contemplou as barracas de venda, com uma expressão anormalmente tranquila em seu rosto. – E você, Capita? Como foram as coisas nesse tempo? – Disse virando seu rosto para Nier, que seguia olhando em frente. Ele apenas fez um som pensativo com a garganta.

- Nada demais, Takashi. – Disse relativamente triste. – Eu diria que apenas ganhei quantias obscenas de ouro em apostas, mas perdia em jogadas péssimas de marketing...

Os dois continuam a trocar conversa, falando de tópicos comuns e coisas que aconteceram um ao outro, até que se ouve alguns comerciantes falando a respeito de uma escrava gigante com uma aparência bem específica que trabalhava no porto.

- Ouviu isso, Capita? – Perguntou o ganancioso.

- Sim, Takashi. Ouvi. – Respondeu Nier, fechando sua expressão.

- Parece que a Lilian está mais perto do que o esperado. – Prosseguiu o Pecado da Ganância.

-Temos que avisar os outros sobre isso... – Falou Nier preocupado.

Takashi então pegou de um dos seus bolsos uma das várias esferas mágicas que conseguiram em Araruna, uma de comunicação a distância. Ele e Nier vão para um beco e usam, e chamam primeiro pela fada pelas suas capacidades mágicas de dia.

-Skan– Antes que Takashi pudesse acabar de falar o nome da Pecado da Preguiça, ela o interrompe gritando:

- Capitaine, fomos rendidos! Há muitos deles aqui et je ne peux pas me mover!

- Skanfy! – Gritou Nier.

- Nie– A comunicação com Skanfy cessou de repente.

- Merda! – Nier diz enfurecido.

- Capita, vá até o bar e procure por ela, eu irei atrás de Lilian. – Falou o Pecado da Ganância.

- Certo, Takashi.

Os dois amigos se separam, correndo um para cada lado. Nier com fúria em seus olhos, Takashi com anseio para salvar sua amiga, com quem tinha uma intimidade até maior que com seu capitão. Porém, as docas de Lestalum eram enormes, e ele poderia muito bem se perder nelas e não achar a Lilian, dependendo do lugar onde ela estivesse, até por haverem outros gigantes ali.

Andando para perto das docas, ele aborda um grupo de comerciantes que aparentemente se aproveitavam das importações e exportações da cidade com sua típica expressão assassina.

- Então… – Ele diz sorrindo. – Onde está a tal gigante que mencionaram?

- Tsc, não é da sua conta, babaca. – Responde um deles colocando a mão no peito de Takashi para o empurrar, já que estavam quietos conversando e não queria atrapalhar seus negócios, mas não consegue empurrar o forte homem.

Takashi pega-o pelo pescoço e o ergue uns trinta centímetros do chão, quase esmagando seu pescoço.

- Não estou brincando, seu imbecil. – Fala o encarando. – Ela é uma importante companheira para mim, agora… Diga. Onde. Ela. Está! – Bradou a última palavra.

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- N-No porto, seguindo adiante! – Respondeu aterrorizado, com seus companheiros impotentes perante tal situação. – Doca número vinte e sete!

- Sabe o que acontecerá se estiver mentindo para mim? – Takashi olha para o rosto aterrorizado do homem. – Eu vou achar você, vou abri-lo ao meio e vou dar seus restos para os cães!

Takashi joga o comerciante em cima de uma tenda, destruindo-a. Seus companheiros o ajudam a se levantar, e Takashi parte em direção a doca vinte e sete.

- Estou indo, Lilian.


Ele sai em disparada em direção às docas, mas logo nota que tem alguns homens com roupas pretas e máscaras brancas com expressões assustadoras desenhadas o seguindo, e vira em direção a um beco, e se esconde usando sua magia de ladrão.

Quando eles entram no beco, não veem nada nem ninguém, e se sentem confusos. Sua confusão é rapidamente cortada assim como seus corpos quando Takashi sai das sombras e divide os corpos de 4 pela metade e soca outro no rosto quebrando sua máscara e o derrubando no chão.

O Pecado então se senta em cima do peito do homem e encosta seu outro Tesouro Sagrado na testa do homem, e começa a falar:

- Quem caralhos é você? Vocês são relativamente fortes e bem ordenados, porém escolheram a pessoa errada para se meter no meio das sombras.

- Como se eu fosse con– O homem gritou de dor ao passo que Takashi começou a enfiar uma de suas facas entre as costelas do homem.

- Eu não estou pedindo para me contar, rapaz. eu estou ordenando! – Falou mexendo levemente a faca.

- Nós somos do mercado de escravos! – Gritou o homem fazendo com que Takashi parasse de mexer sua faca. – Nós vimos você e achamos que um homem assim seria perfeito para os barões!

Takashi sentiu um turbilhão de memórias invadirem sua mente, muitas das quais queria esquecer. Começou a morder seu lábio inferior até começar a sangrar, para tentar apagar coisas que não gostava que estivessem em sua mente.

- Me diga, caro sequestrador... Vocês pegaram uma fada?

- Fada? – Pergunta tentando se lembrar. – Bem, pegamos uma mulher de cabelos vermelhos e peitões que flutuava por aí e uma ruivinha bonitinha de cabelo curto, mas ela era meio lisa, então...

Takashi soube nesse exato momento quem eles tinham pego. Skanfy e Camille foram sequestradas, e ele se perguntava quando e para quem seriam vendidas. Porém, quando pensou no leilão, se lembrou de ver uma multidão à sua frente gritando números obscenos de ouro por ele.

- Porra cara... – Ele falou cortando os pensamentos ruins. – Você acabou de me deixar muito puto...

Takashi puxou o gatilho de seu Tesouro Sagrado e estourou a cabeça do sequestrador com um tiro de canhão a queima roupa. Ele se levantou e não se preocupou em esconder sua arma que recarregava no meio da rua, com vários transeuntes o olhando com medo, e também não se importou de arrastar sua Zephyrus coberta de sangue pelo chão.

- Espero que o Capita não se importe se eu incendiar essa cidade... – Falou para si mesmo no meio da rua, sem se importar com o que as pessoas estavam ouvindo. – Ah, o que eu estou falando? – Ele deu uma risada sádica quando acabou de armar sua garrucha e guardas chegavam de todos os lados, com alguns Cavaleiros Sagrados juntos. – Você mesmo vai incendiar esse lugar se eu não o fizer antes.

- Parado aí! – Gritou um guarda, que logo viu a tatuagem das moedas no seu pulso. – Não pode ser...! Você é Takashi, o Pecado da Ganância!

Takashi não se importou com o homem gritando. Ele apenas segurou mais fortemente sua grande espada, e pronunciou duas palavras:

- Dragon’s Greed.


Seu corpo teve uma súbita explosão de adrenalina e poder. Seus músculos hiper tencionaram e sua magia sumiu, sendo consumida pela sua força, e soltou um grito que mais lembrava o rugido de um dragão. Quando o primeiro cavaleiro da guarda de Lestalum se aproximou, seu corpo foi partido ao meio sem que pudesse perceber. Takashi então banhou sua espada em um óleo negro que carregava em um dos seus vários bolsos e a incendiou com uma fagulha. Quando os Cavaleiros Sagrados e os outros cavaleiros foram em disparada ao Pecado da Ganância, não conseguiram fazer frente a ele, sendo cortados de todas as maneiras em uma velocidade ridiculamente alta, enquanto seus corpos queimavam com piche e alastravam fogo por aquela região da cidade.

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Ele foi arrastando a sua espada pelo chão em direção ao porto, pensando na dor que sentiu e que estavam fazendo Lilian passar sendo escravizada. As veias de seu pescoço estavam saltadas pela raiva que sentia, e quando outro Cavaleiro Sagrado veio em sua direção, o dividiu em dois e pegou duas esferas de cura que tinha com ele. Aquilo devia ser o suficiente para conter os efeitos da Dragon’s Greed.

Cavaleiros vinham em sua direção, porém nenhum sequer fazia frente ao seu poder. Quando pararam de vir, seja por desistência ou por morrerem todos, ele se virou para trás, viu que um pequeno incêndio se alastrava por aquela região.

Ele simplesmente virou sua cabeça para a frente, e guardando sua espada na cintura agora que já haviam se extinguido as chamas, comeu as duas esferas de recuperação e continuou a andar em direção a Lilian.
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Mestre
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Seg Nov 08, 2021 5:21 pm
Vilarejo de Lestalum Mestre10

Algo terrível aconteceu. Skanfy, a fada da preguiça, foi sequestrada em plena luz do dia. Um sequestro extremamente espalhafatoso aconteceu para a pegar. Nesse momento, Nier corria em direção a última posição da magia de Skanfy, que estava com Asura. Como ainda eram 13:30, ele estava completamente impotente, sendo apenas mais forte que um humano normal, mas incapaz de enfrentar grandes problemas. Enquanto isso, Takashi partiu em direção às docas do porto.

E, como tudo que é ruim tem como ficar pior, os sequestradores atacaram Camille e Gwyndolin, levando a garota de olhos esmeraldinos. Gwyn começava a voltar desolado para o bar, até topar com Asura e serem encontrados por Nier.

Voltando um pouco no tempo, logo após o sequestro de Skanfy...

Vilarejo de Lestalum Mestre10
Asura
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Seg Nov 08, 2021 5:25 pm
Vilarejo de Lestalum Asura10

- Malditos escravagistas... – Reclamou Asura, enquanto começava a recuperar a sua consciência, depois da surra que ele levou. Ele estava deitado no chão, onde estava espalhado todas as compras que ele tinha feito com a Skanfy. – Eu vou acabar com a raça de cada um de vocês! – Gritou impotente, no chão.

Asura e Skanfy estavam andando pela cidade, conversando sobre que refeição a Skanfy iria preparar quando a Lilian se reunisse com eles, quando dez homens encapuzados apareceram. Asura e Skanfy estavam sem suas armas, e era mais ou menos uma hora da tarde, então Asura estava enfraquecido, mas ele tinha força para lutar com meros humanos, sem falar que ainda tinha sua magia de sangue.

Mas os inimigos não eram meros oponentes, pois quando Asura lançou suas adagas de sangue contra eles, um dos encapuzados criou uma enorme bolha de água, que absorveu as adagas e as dissolveu dentro dela. Para Asura, água era seu maior pesadelo, pois era a principal fraqueza da sua magia, já que o sangue não conseguia coagular dentro da água, fazendo com que suas armas fossem completamente desfeitas.

Depois disso, outro encapuzado foi na direção de Asura, ele era o maior dos dez, embaixo do capuz, tinha uma máscara branca com ornados verdes. Asura deu um soco na sua cara com potência máxima, mas não pareceu afetá-lo. Então, o seu oponente contra-atacou com um soco, que jogou o vampiro contra a parede da casa ao lado, e com a força do impacto, fez um buraco na casa.

Depois disso, Skanfy tentou golpear o grandão, mas ele e outros dois seguraram seu golpe e outros dois deram um soco violento em seu estômago, que fez a fada se contorcer de dor, além de outro usar um pano – provavelmente com éter – e fazê-la desmaiar.

Depois de testemunhar a cena, Asura ficou extremamente furioso, ao ver a companheira sendo atacada daquele jeito, ele voou na direção dos agressores e deu uma chuva de socos rápidos e poderosos contra eles, mas eles não pareceram ser afetados. Um deles segurou Asura pelo cabelo, e enterrou a cabeça com o corpo contra o chão, depois, ele ficou pisando no vampiro um monte de vezes, com força e velocidade.

Enquanto perdia a consciência, Asura viu sua querida companheira sendo segurada pelo grandalhão verde e ele e os outros encapuzados começaram discutir sobre por quanto a sexy mulher seria vendida. Eles foram embora rindo, enquanto Skanfy retornava fracamente a consciência, e com fraqueza, chamava pelo nome de seu companheiro.

- Hoje não deve ter sido seu dia de sorte, não é mesmo, senhor Asura? – Gritou uma voz desconhecida.

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Asura olhou para cima do telhado da casa destruída e viu uma figura agachada nele.

O jovem tinha pele e cabelos brancos como Asura. Ele parecia ser alto como ele, só que mais magro e com músculos um pouco menores. Estava sentado lá como se estivesse apreciando um show. Mas o que chamou a atenção de Asura, foram seus olhos vermelhos que estavam em profundas olheiras.

- Senhor? Desculpe, mas eu acho que nós não nos conhecemos. – Falou o vampiro.

- Mas sei tudo sobre você. – Ele pulou do telhado para chegar perto de Asura. – Asura, o Pecado da Gula, o Herói da Saligia, o devorador de vacas, o manipulador de sangue, e principalmente, o herdeiro de Vlad Tepes, o primeiro rei vampiro. – Falou com confiança na voz.

- Herdeiro? Ninguém me chama assim além dos meus companheiros da minha espécie, que está completamente extinta. – Falou semicerrando os olhos. – Quem é você e o que quer de mim?

- Sou Togina, um mero mensageiro da Facção Negra dos Vampiros.

Asura ficou surpreso.

- Facção Negra? Achei que seu exército tinha sido completamente exterminado durante sua pequena revolução. – Falou desdenhando.

- Não, nós nos escondemos nas ruínas de Transylvania, depois de perdermos o nosso líder, Izraf em combate. – Explicou Togina. – Depois de anos esperando, nosso exército está fortalecido novamente. E nós desejamos que você nos lidere. – Falou com uma certa súplica pomposa na voz.

- Como? – Asura estava confuso. – A Guerra Santa acabou, porque vocês estão se preparando para lutar? Os demônios e os anjos se foram, não temos mais inimigos para enfrentar.

-Temos um inimigo que devemos derrotar eventualmente. Aquele que derrotou o nosso líder, o anjo Vendrick. – Quando falou o seu inimigo, o Pecado da Gula arregalou os olhos.

- Como? Vendrick? Você sabe quem ele é? – Gritou Asura confuso.

- Sim, nós conhecemos o membro dos Dez Mandamentos. Foi ele quem derrotou o nosso líder e exterminou a Facção Vermelha. Ele é uma criatura que usou o extermínio de nossa raça como troféu. Precisamos da sua ajuda para derrotá-lo. – Alegou o suposto mensageiro.

- Isso é piada? – Reclamou Asura. – Mesmo se eu quisesse ajudá-los, nós não teríamos chances, ele é forte demais.

- Temos uma chance. – Ele falou, surpreendendo o Pecado. – Se você começar a utilizar o poder das trevas dentro de você, teremos uma boa chance.

Asura ficou em silêncio por um momento. Então, ele respondeu:

- Não. – Falou solenemente. – Eu não me tornarei em um monstro só por vingança. Aliás, ele está bem selado, então não valeria nem um pouco a pena.

Togina ficou surpreso. Como assim Asura não iria ajudar? Como assim o herdeiro do Trono de Sangue não iria combater seu exterminador? Ele estava o fazendo de idiota, por acaso?

- Como assim “não”? Se despertar o seu poder, você poderia dominar toda a Britânia e subjugar as outras raças! – Bradou irritado.

- Eu não tenho interesse em subjugar outras pessoas. – Respondeu Asura, enquanto uma leve brisa balançava seus cabelos. – No momento, prefiro ajudar os meus companheiros a salvar este reino. – Ele deu um leve sorriso com o canto da boca.

- Mas eles não passam de um simples grupo de criminosos, você é o príncipe destinado a sentar no trono do antigo rei! – Berrou Togina, desesperado pela recusa de Asura.

- Prefiro ser um membro da Saligia a ser o rei cruel que vocês querem que eu seja. – Asura estava decidido. O idiota do Vendrick estava selado, então não poderia o matar, ou matar esses outros vampiros.

- Entendo... – Começou a falar Togina, mudando seu tom de voz para algo mais psicótico nas próximas palavras. – Acho que não adianta tentar insistir na minha oferta. Porém, lembre-se disso... – Togina estendeu uma de suas mãos e cortou o pulso com uma pequena adaga, despejando um pouco de sangue sobre a boca de Asura que se sentiu revigorado. Após isso, prosseguiu sua fala, gritando histericamente e com um olhar deturpado no rosto:

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- Uma nova guerra santa está chegando, diferente das outras! E quando ela começar, milhares morrerão, incluindo seus amigos! Se você se preocupa com eles, se transforme na esperança da nossa raça e destrua os nossos inimigos!

Depois de beber o sangue, Asura ficou zonzo por alguns segundos, e quando acordou, Togina tinha sumido, assim como seus ferimentos e seu cansaço. Ele levantou, e olhou aos seus arredores, mas sem nenhum sinal do outro vampiro. Ele deu um estalo com sua língua e o xingou.

- Maluco! – Ele sentiu uma presença familiar chegando até ele.

- Asura, você está bem? – Perguntou Gwyn, que tinha chegado no local.

- Sim, mas a Skanfy foi raptada! Nós fomos derrotados facilmente. Eu acho que eles queriam vender a Skanfy como uma escrava! – Gritou preocupado.

- Sério? Mas achei que vocês eram fortes o suficiente para se virarem sozinhos... – Falou o necromante confuso.

- E u também achava, mas esses caras estavam em um número maior e nos pegaram em uma emboscada, e Skanfy não conseguiu nos proteger sozinha... – Disse irritado por sua impotência. – Espera, cadê a Camille? – Ele olhou para os lados procurando-a, afinal via apenas Ryon desmaiado no colo do companheiro.

- Ela também foi raptada. Eu sem querer perdi ela de vista por um segundo, e quando tinha visto, ela não estava mais do meu lado.– Falou irritado com isso, deixando sua magia e espírito escaparem.

- Precisamos chamar o capitão rápido e–

- E irmos logo salvar as nossas companheiras. – Disse Nier com os olhos sem brilho algum, que estava em cima do telhado, segurando a adaga de Asura, o arco da Skanfy e o cajado e bolsa de Gwyndolin. Ele também soltava uma magia muito grande de si, quase revigorante por estar perto de alguém tão determinado.

- Capitão! – Gritou o luxurioso. – E quanto ao Takashi?

Nier entregou a adaga para Asura e o cajado e a bolsa para Gwyn, que invocou mortos para ajudá-los e um bem forte para levar o gato para o bar.

- Takashi foi atrás da Lilian, que também está na mesma situação. A Lilian pode cuidar de si mesma, mas estou preocupado com a Camille e a Skanfy. Precisamos ir encontrá-las rápido. – Falou completamente sério e irritado, sem mudar seu tom.

- Sim senhor! – Ambos responderam.

Asura estava aliviado por ver que seus dois amigos estavam junto dele, agora ele tinha certeza que podiam salvar suas companheiras. Que se dane o aviso daquele maluco do Togina, enquanto ele tivesse seus companheiros ao seu lado, Asura poderia fazer qualquer coisa.

- Skanfy, já estou indo te salvar! – Murmurou para si mesmo.

Porém, ele não havia percebido uma coisa, por ser uma criatura das trevas e acostumado com as magias de seus companheiros, ele facilmente confundia o miasma deles com suas magias. Os seus miasmas eram diferentes, o de Gwyn parecia como lâminas cortantes e o de Nier como uma pressão esmagadora. Mas para ele, eram apenas suas magias. Ele próprio emitia algum quando estava irritado, porém não estava em condições de estar emitindo e ferindo algumas pessoas que estavam ao seu redor, desmaiadas.

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Camille Lioness
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Seg Nov 08, 2021 5:26 pm
Vilarejo de Lestalum Camill11

- Ei, acha que vamos conseguir agradar ao Pato? Ouvi que ele vem ao leilão hoje.

- Provavelmente, ele pediu duas moças bonitas, e vejam bem, temos duas boas moças bem bonitas aqui...

- Poderíamos aproveitar delas um pouco, não acham?

- Hehe, claro...

- Vocês querem que o Pato mate vocês dois? Se ele pediu duas moças bonitas, quer aproveitar delas sozinho. Além do mais, se ele não comprar, quem comprar vai querer o mesmo.

Camille acordou com a conversa dos seus sequestradores, mas ficou com os olhos fechados, fingindo estar desmaiada ainda. Notou que estava em uma espécie de porão, não sabia aonde. Ela procurou com olhos cerrados qualquer escapatória, mas viu outra jovem de cabelos vermelhos, mas compridos e com um par avantajado de seios: Skanfy. Como conseguiram sequestrar Skanfy? Devem ter armado uma armadilha perfeita, como a que fizeram para ela com Gwyn, agindo coordenadamente e com velocidade, saindo de um beco para o outro, inclusive atacando Ryon.

"Sir Nier... por favor... me ajude..."

Após alguns instantes, os sequestradores saíram do local, deixando-a sozinha com Skanfy. Ela se arrasta até a fada, e como estava amordaçada e amarrada, dá uma cabeçada em Skanfy, que acorda fazendo um som estranho, e ambas saem cambaleando. Elas se olham e sorriem por não estarem sozinhas.

Porém, sua alegria dura pouco.

Dois enormes homens começam a arrastar uma moça de cabelos pretos para fora do salão, e elas ouvem outro anunciar, de um lugar que vem uma luz forte:

- Senhoras e senhores, sejam bem vindos ao Leilão de Escravos de Lugar Nenhum! Para começar a noite, temos uma bela moça de cabelos negros, que foi pega em uma caravana vinda de Drangleic, na cidade de Araruna!

Elas ouvem alguns murmúrios de aprovação, e um homem gritando:

- Eu dou 10!

- 15!

- 20!

- 50!

E os números param. O mestre do show grita “Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três! Vendida!”

Esse processo se repete mais algumas vezes, e elas veem mulheres de todas as idades, desde crianças de cinco anos até adultas pela casa dos quarenta passando por ali, sendo arrastadas e leiloadas para sabe-se lá quem. A única coisa que Camille e Skanfy podiam fazer era torcer para que não acontecesse nada com elas, porém sabiam que isso não aconteceria.

Até que ouvem o mestre do show anunciar as seguintes palavras:

- Então pessoal, tivemos várias coisas interessantes sendo vendidas na tarde das mulheres, mas agora vamos ao principal espetáculo do dia! Um combo de duas belas ruivas, que serão leiloadas juntas! Por favor garotos, tragam-nas aqui!

Quando ordenou, quatro homens foram ao depósito ao lado do palco e pegaram Skanfy, que ainda parecia estar drogada, e Camille, e as arrastaram para o palco.

Ao entrarem no palco, uma luz cegante causada por refletores mágicos as iluminaram, e quando seus olhos acostumaram com a luz, viram um enorme teatro ao redor do palco, com inúmeras fileiras que subiam sem parar, lotadas de pessoas usando máscaras de animais. Em uma das primeiras fileiras, viram um homem roliço, com um terno branco, camisa preta e gravata vermelha usando uma máscara de um animal que fora mencionado algum tempo atrás: um pato.

- Vejam, vejam! – Gritou o leiloeiro. – A garota de cabelos curtos, por mais que seja meio lisa – Quando falou isso, Camille pensou "L-Lisa?" – é extremamente charmosa e bonita. Sua pele é branca como a neve e macia como seda, além de possuir belos olhos verdes e bochechas levemente rosadas! Com certeza uma beldade que poderia ser até uma princesa!

Vários murmúrios ecoam pelas enormes paredes do teatro, todos elogiando a aparência da ruiva de cabelos curtos, e falando as mais diversas coisas sujas e pervertidas sobre seu corpo, fazendo Camille encher seus olhos de lágrimas. Skanfy aparentemente estava se recuperando do éter, mas continuava meio grogue.

- E agora vejam essa outra aqui! – Continuou o showman. – Essa, ao contrário da outra que é extremamente fofa, tem um belo par de seios, coxas grossas e uma bunda avantajada. – Skanfy se sentiu suja por ouvir isso sobre seu corpo. Gostaria que outro tivesse reparado tais dotes, e não um bando de tarados de uma casa de leilão. – Sua pele é igualmente macia, porém com um tom mais forte do que a outra! E então... vamos começar os lances em mil moedas de ouro.

"Mil moedas?! Isso é o suficiente para comprar uma casa em quase todas as vilas de alto nível!" Pensou Camille. Aparentemente, ambas eram tidas como artigos de extremo luxo.

- Mil e cem!

- Mil e duzentos!

- Dois mil!

- Três!

- Quatro!

- Quatro e cem!

- Quatro cento e cinquenta!

A cada lance, elas se sentiam pior. Eram apenas objetos, prontas para serem vendidas? Após mais alguns lances na casa dos 4300, Camille acabou caindo desmaiada, mas isso não os fez parar. Pelo contrário, só os fez acelerar.

Ao ver isso, o leiloeiro decidiu que poderia conseguir ainda mais. Ele mandou dois dos enormes homens virarem Skanfy de costas para a plateia e começou a falar.

-Vejam bem como é essa mulher! Notem como suas curvas seguem até o fim de... suas pernas... – Ele engoliu em seco quando viu o fim da calça rasgada da ruiva de cabelos longos.

Uma imagem peculiar adornava sua panturrilha direita. Um travesseiro. Por mais que fizessem dez anos, todos ainda se lembram o que a tatuagem de travesseiro na panturrilha de uma mulher que flutua significa. E aparentemente, o éter não estava mais à afetando tanto.

- Vous ... chacun d'entre vous ... Je vous enverrai tous en enfer!

Ao falar isso, ela estoura as correntes que a prendiam e faz com que seu Arc Perfide apareça em sua mão esquerda. Porém, ao invés de simplesmente usar uma das luas, ela fez que uma de suas unhas crescesse e fez um corte na sua mão. Então, de um brilho azulado, o brilho de seu arco fica vermelho.

- Arc Perfide, forme spéciale : Lune de Sang!

Essa técnica estava longe de ser masterizada pela fada, mas o seu precioso sangue do clã Lunae dava um poder absurdo para as flechas, que disparou às cegas nos compradores presentes. Eles sentiam como se seu sangue começasse a parar de circular, o que de fato estava acontecendo. A Lua de Sangue coagulava o sangue daquele atingido até parar de ser líquido, uma forma de morte digna para eles, segundo a fada. As flechas eram disparadas usando toda sua anormal força para uma fada, que as faziam atingir velocidades extremas. Ela não fazia ideia de quantos havia acertado, porém apenas matá-los era o suficiente. Entretanto, algo chamou sua atenção. O leilão continuou, e agora os valores estavam na casa dos seis mil. Sua raiva era tanta que ela cogitou usar outra forma especial, porém antes que fizesse, sentiu uma injeção na parte de trás de sua nuca, fazendo-a cair.

- Dezessete mil.

O silêncio reinou no lugar. O homem com a máscara de pato deu seu preço, e encerrou a venda das garotas, que rapidamente foram arrastadas para sua carroça.

Elas acordam dentro de um caixote, e Skanfy começa a chorar para Camille.

- Pardonne-moi, je... je...

- Tudo bem, Skanfy. – A fada se surpreende com a resposta da princesa. – Nós iremos sair dessa, apenas espere. E mesmo que Sir Nier e os outros não venham, nós sairemos sozinhas.

Skanfy engoliu o choro e assentiu com a cabeça.

Após algum tempo na carroça, elas finalmente chegam na mansão do Pato. Elas sentem que seu caixote está sendo carregado e após alguns minutos, chegam no seu destino. Ele as tira da caixa e as desamarra, e elas percebem estar em um quarto luxuoso, com uma enorme cama.

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- E então? O que acham da sua nova casa?

Silêncio. Elas olham para si e veem que estão com roupas diferentes: vestidas de noivas. Seus estômagos se reviram e preferem nem pensar em quem as vestiu, e torcem para ser obra de empregadas.

- Vamos, não se acanhem! Vou até tirar minha máscara para vocês...

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O roliço homem estende sua mão gorda até seu rosto e tira sua máscara de pato, e revela um velhinho careca com a cabeça manchada com um pequeno bigode um pouco menor que a espessura de seu nariz. Seus olhos são pequenos e sua testa enrugada, porém ele dá um sorriso que elas diriam que era gentil, por mais bizarro que ele fosse.

- E então? Quais são seus nomes? Meu nome é Johan Tucker. Sou o barão desta cidade.

- Eu sou–

- Nós não temos nomes que lhe interesse. Nos deixe sair. – A fada corta a fala de Camille.

- Creio que não, senhorita Pecado. Paguei caro por vocês duas.

Skanfy começou a analisar o lugar. Pelo vento que entrava pela janela, julgou estarem muito alto, e talvez Camille se machucasse na queda. Ela poderia sair voando com ela nos braços, mas ainda estava com sua magia abalada pelo éter, já que não conseguiu matar todos no leilão, fora a injeção que a apagou antes.

- Bom, se é assim, vamos sair à força.

Ela pega a mão de Camille e começam a sair do quarto, até que Johan puxa um pequeno orbe e o aperta. Os corpos de ambas esquentam como se fervessem de dentro para fora e caem de joelhos no chão, ofegantes.

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Elas se viram e olham para Johan, que dava um sorriso assustador. Seu rosto enrugado se iluminava de maneira aterrorizante com a fraca luz do lugar, fazendo cada linha do seu rosto ficar horrorosa.

- Mas que putain est-ce!? – Gritou Skanfy.

- Preciso garantir que minhas compras não saiam correndo por aí... por quem vamos começar... – Ele coça seu queixo em dúvida, e Skanfy começa a colocar seu corpo na frente do de Camille, tentando escondê-la, mas em vão. – Acho que pela tímida...

Johan solta uma risada parecida com o grunhido de um porco e se aproxima de Camille, que olha aterrorizada para ele, com lágrimas escorrendo pelas suas bochechas rosadas.

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- Por favor... pare! Sir Nier, me ajuda! – Berrou com todo o ar dentro de seus pulmões.

Johan riu seus ganidos e a olhou com uma expressão de prazer, fazendo Camille sentir um refluxo imenso. Ele vê Skanfy tentando ir para cima, e aperta novamente a esfera, fazendo a fada sentir como se estivesse sendo cozinhada por dentro.

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Ele puxa uma pequena faca e se ajoelha em cima de Camille, que chora desesperadamente chamando por Nier, enquanto Skanfy estava impotente do seu lado, com lágrimas escorrendo na mesma intensidade de sua raiva.

- Você tem um belo rosto... Você vai ser minha principal esposa! Eu não vou conseguir esperar... Então vamos começar a noite de núpcias agora mesmo!

Ele usa a pequena faca e corta a frente das roupas de Camille, descobrindo seus seios e começando a mexer neles. Quando se dá por satisfeito e decide descer, é acertado por um soco na cabeça dado por Skanfy.

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- Não mexa... com ela, vieux fils de pute! Camille, corre!

Skanfy cai de joelhos no chão e começa a vomitar sangue, enquanto retorna a sua forma original. Sua magia e corpo ainda estavam fracos pela droga.

- Eu não vou te deixar, Skanfy! – Ela sai em direção a sua amiga.

Skanfy empurra Camille para longe e se levanta, com as pernas bambas e sangrando. Johan se levanta em silêncio, pega o orbe e aumenta a intensidade da magia, até que a fada caia de joelhos no chão, chorando de dor.

- Skanfy, se quer tanto ser a primeira, é só pedir! – Fala com certa irritação na voz. – Vadia desgraçada... Sabia que deveria ter feito um contrato mágico.

Ele pega Skanfy e a ergue, jogando-a na cama, mas ela não cai na cama.

- O que você fez aqui... é imperdoável. – Diz um homem de cabelos brancos e olhos vermelhos que pegou a fada no colo no ar.

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- O que? Quem é você? – Grita o velho gordo.

- Meu nome é Asura! Eu sou o Pecado da Gula da Saligia!

- Mais um dos sete criminosos lendários? Por favor, me perdoe! Não sabia que essa é a sua mulher! – Gritou Johan, se ajoelhando para Asura pedindo desculpas. Ao ver que Asura tornou sua atenção para Skanfy, ele dispara para cima do vampiro com sua faca na mão, mas recebe um chute no meio de seu rosto.

- Não é comigo que você tem que se preocupar... é com ele. - Asura aponta com a cabeça para a porta.

Um garoto de cabelos castanhos com uma estranha tatuagem que se assemelhavam a presas negras que passavam por seus olhos igualmente negros estava na porta, abraçando Camille que chorava que não aguentava sequer estar viva nesse momento, com nojo de si e daquele velho.

- Eu vou te trucidar, seu filho da puta de merda!
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Lilian
Lilian
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Seg Nov 08, 2021 5:28 pm
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Andando para longe da confusão, Takashi se dirigia à Doca 27, ele viu diversos trabalhadores– não, escravos no porto. Seu sangue fervia ao passar por aquelas pessoas, que com certeza lhe lembravam seu passado. Ele viu uma embarcação cargueira atracando, e próximo a ela, dois homens conversavam.

- Vamos precisar da gigante para aquela carga pesada de peixes. – Falou um deles.

- Vou pegar a garota gigante depois do serviço, nunca comi uma tão grande antes! - Os dois saem rindo.

Takashi ficou furioso com aquilo, mas de algum modo conseguiu se segurar para não fazer as dobras dos corpos deles dobrarem para o lado contrário do que deveriam, e seguiu os comerciantes até onde estava Lilian.

Ao chegarem na Doca 27, acorrentada e com um enorme trapo bem rasgado que deixava a mostra a tatuagem de espelho em sua coxa, aparentemente para satisfazer os olhares de seus donos, Takashi ficou completamente irritado quando viu o rosto triste e sem esperança de uma enorme garota de olhos e cabelos rosas que com certeza era Lilian. Ele imediatamente puxou sua Zephyrus e dividiu ambos ao meio, em um corte liso. Ao fazer isso, Takashi correu na direção de Lilian a fim de salvar a garota.

- T-Takashi!? – Gritou assustada. O que um de seus companheiros estava fazendo ali? E principalmente, ele?

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Ao ver ele, Lilian o agarra com suas enormes mãos chorando, já que vieram lhe salvar. Ela esfrega seu rosto no dele, e Takashi por sua vez .afaga sua cabeça e a acalma, e a faz o pôr no chão.

- Lilian, você está bem? – Perguntou o Pecado da Ganância. – Fizeram algo com você?

- Não, não.– Negou com a cabeça. – E bem, estou ótima agora. – Falou com um caloroso sorriso no rosto.

- Calma, vou dar um jeito de tirar você daí.

Takashi foi até os comerciantes que estavam no chão divididos em dois, e começou a procurar pelas chaves.

- Takashi.

- Fique calma, vou encontrar a qualquer momento, fique de olho caso venh–

- Takashi!

- O que– Takashi olha para ela já impaciente, Lilian ergue ambos os braços que estavam acorrentados e simplesmente puxa, as correntes rangem e se entortam até quebrarem, a garota faz o mesmo com as de seus pés e pescoço.


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- Por que.... Você podia fugir? – Pergunta intrigado o Pecado da Ganância.

- Talvez, são correntes humanas, então...

- Mas... Eu não...

Takashi encara a garota de oito metros que abraçava os joelhos por algum tempo, sem saber o que fazer ou dizer, achando tudo aquilo algo burro e insensato além de se perguntar o motivo da comoção se podia ter feito isso desde o princípio, antes que se passasse qualquer outro pensamento a respeito do que tinha acabado de acontecer, o homem diz:

- Precisamos sair desse lugar o mais rápido que pudermos, para nos encontrarmos com o resto do pessoal. Porém, esse lugar me incomoda...

- Por que? – Pergunta a gigante.

- Essa coisa toda de escravos me irrita profundamente.

Ela o encara em silêncio, e pensa que talvez seu ódio não seja apenas por causa dela.

- Sim, eu entendo. O que você planeja fazer? – Questiona Lilian. O seu companheiro sorri para ela e responde:

- Não é óbvio? Vamos salvar todos! Esse buraco escravagista está prestes a ver a maior rebelião em toda a Britânia!

Lilian sorri de volta para Takashi. Ela procura dentro do galpão e acha suas antigas roupas. Ao ver que Takashi ainda estava ali, ela o pega pela gola da armadura e o coloca para fora, e fecha a porta. Após colocar seu vestido branco com uma faixa com um ornamento no nó, e principalmente roupas íntimas decentes e amarrar a sua tradicional mecha no cabelo, ela engatinha para fora do galpão da Doca onde estava presa, e se levanta aproveitando do ar puro da liberdade.

Ela olha para os lados e acha jogada no meio do mar o que ela estava procurando. Em uma pequena corrida e um salto, ela pula nele e faz uma onda que dá um banho de água salgada em Takashi, que reclama da inesperada onda.

Após nadar alguns metros, ela agarra o que estava atrás: Skidbladnir, sua macharreta (uma mistura de marreta com um machado) e mais importante, seu Tesouro Sagrado. Ao pegá-lo de volta, ela cria uma pequena passarela de volta para a terra usando sua magia, e faz algo usando algumas pedras para se secar enquanto girava como a dançarina que sempre foi.

- Agora sim, estou pronta. – Fala com um sorriso confiante no rosto.

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- Ótimo, vamos lá! – Ele responde com um olhar determinado a resolver esse problema de uma vez por todas.

Ambos saem correndo e atiram mercadores e guardas para a água, os cortam e amassam, sem chance de reação. À medida que ambos avançam, uma legião de escravos (agora ex-escravos) os seguem, se juntando a rebelião e libertando outros de seus companheiros que criavam uma pequena multidão desenfreada, lideradas por um homem de cabelos negros e uma garota gigante.

Após alguns minutos, eles limpam o porto, e nenhum homem é escravo de outro, todos são libertos. Eles saqueiam os corpos dos guardas e mercadores e saem em disparada da cidade, com a intenção de nunca mais voltarem para esse maldito lugar.

Todos que saem comemoram sua liberdade, agradecem seus salvadores e logo reconhecem quem são. Eles sempre questionam sobre serem criminosos, mas após ouvir uma pequena explicação sobre “realmente parecemos ter dado um golpe de estado?”, eles compreendem o que se trata.

- Nada como uma boa rebelião pra voltar à ativa, não é Lilian? – Takashi pergunta para sua companheira, que responde com um risinho.

- Sim! Senti sua falta, Takashi. – Ela sorri gentilmente para ele, que retribui com um sorriso singelo e desviando o olhar.

Após acabarem de fazer uma grande bagunça naquela parte da cidade, eles finalmente saem daquele lugar em direção onde estavam os seus amigos, e então Lilian começou a explicar a situação dela para Takashi, que estava curioso:

- Me prenderam quando eu estava andando pela estrada… – Disse triste. – Falaram que eu era um monstro que destruía tudo. Fiquei magoada, só queria ajudar, então eles disseram que se eu quisesse ser útil em algo, que seria como escrava de comerciantes, então eu–

- Sabe que não é dessa maneira que você pode ser útil, não é? – Ele a interrompe. – Se quer ajudar deve ser por vontade própria, e não sendo escravizada, entendeu Lilian?

A garota afirma de cabeça baixa. Todos sabem como Lilian sempre tenta ao máximo ser útil e ajudar os outros, mas às vezes eles se aproveitavam desse fato até demais, como dessa vez. Vendo sua amiga um pouco magoada, Takashi saltou para seu ombro, e começou a afagar novamente sua cabeça, para tentar animá-la.

No meio de seu retorno, eles ouvem um enorme estrondo em uma das docas, e ambos saem em disparada para ver o que era, principalmente por sentirem energias familiares vindo dela.

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Seg Nov 08, 2021 5:29 pm
Vilarejo de Lestalum Mestre10

Todos os sequestrados conseguiram ser resgatados. A Saligia agora estava praticamente completa, faltando apenas Krioni, o Mago do Orgulho, que disse que iria atrás deles.

Takashi e Lilian estavam retornando ao Delito, para decidir o que fazer em seguida, caso os outros não tivessem retornado, mas um estrondo das docas os fez mudar de ideia. Eles partem correndo para o local, e encontram o antigo comprador de Lilian, com a boca sangrando e sem alguns dentes, aparentemente tendo caído de um buraco no teto. Em seguida, das sombras surgem Nier, Gwyndolin,, Asura, Skanfy e Camille, devidamente vestidas graças às magias de Gwyn como conjurador, por mais que fossem trapos.

O homem pergunta como haviam passado por todas suas defesas, afinal, eram os melhores mercenários do reino, não? Ele pagou caro por aquela proteção, não deveria ser simples assim passar por ela.

- Ah, isso é simples. – Falou Gwyndolin. – Eu conjurei um exército de mortos vivos! – Disse com um sorriso dócil no rosto, mas que Johan viu como um sorriso macabro. – E se está se perguntando como o vampirão ali está forte, digamos que minha Eternal Curse está fazendo um excelente trabalho. Tudo bem que não chega à metade do seu verdadeiro poder com uma noite falsa criada por ilusões, mas... dá pro gasto. – Ele deu de ombros. – Antes que me perguntem, eu vou soltá-lo da magia assim que dermos um jeito nisso, tá bom? – Respondendo à pergunta que ninguém iria fazer.

Então, Johan começa a fugir, mas sofre uma blitz de Nier, que se moveu em sua velocidade máxima para sua frente, quase como um teletransporte.

- P-Por favor! Eu tenho dinheiro! Prestígio! Glória! Poder! Posso ajudá-los seja como for, só por favor, não me mate!


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Nier
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Seg Nov 08, 2021 5:30 pm
Vilarejo de Lestalum Nier10

Nier pegou o homem pelo pescoço. Seus olhos negros brilhavam como a chama de sua ira. O que ele fez foi imperdoável. Escravizar uma de suas preciosas amigas e companheiras, que apenas queria ajudar, e abusar sexualmente de Camille. Apertava cada vez com mais força. Cada músculo, cada tendão, cada nervo e fibra de seu corpo borbulhava em mais puro ódio.

- Você... cometeu um grave... pecado... – Proferiu pausadamente as palavras enquanto esmagava o pescoço do homem.

Vilarejo de Lestalum JoV1XJo

- Por... favor... me... solte... – Falava Tucker, com sua voz rouca e abafada pela mão de Nier.

A cada segundo que se passava, Nier apertava cada vez mais e mais o pescoço do homem, fazendo com que sua cabeça gorda ficasse roxa como uma uva com seus olhos quase saltando completamente de órbita, e depois soltava para que não morresse por asfixia. Não, apenas matá-lo não seria suficiente para Nier. Queria fazê-lo sofrer.

Enquanto o homem agonizava em sua mão, ele lhe desferiu um golpe nas costelas, quebrando a última do lado esquerdo. O homem tenta gritar, mas não consegue. A voz não sai. Então, Nier continua a quebrar suas costelas, uma a uma, com golpes com precisão cirúrgica que apenas alguém que treinou para matar conseguiria fazer.

Lágrimas escorriam do rosto inchado do dono da doca. A dor excruciante dos golpes de Nier consumia as células de seu corpo, enquanto sentia arrependimento por ter se aproveitado da gigante, da fada e da princesa. Lilian apenas quis ajudar, não destruir a cidade. Camille e Skanfy não foram sua culpa direta, ele não as ordenou especificamente. Então, o silêncio, adornado apenas pelos soluços do homem e som das ondas no cais e na doca é interrompido por uma voz doce, suave e meiga, aos prantos:

- Sir Nier, pare por favor! Você não é disso! – Gritou Camille. Ela de fato odiava ele, mas toda essa tortura estava a enjoando, esse tipo de coisa com certeza era fora de qualquer coisa que ela já havia visto.

- Ele cometeu um crime imperdoável, Camille! – Berrou Nier sem tirar os olhos de sua presa. – E deve pagar por isso!

- Mas todos vocês não cometeram crimes? Então deveriam todos morrer? – Disse se aproximando de Nier.

- Se fosse simples assim pagar por nossos pecados, já teríamos morrido faz muito tempo. – Respondeu quase murmurando.

Camille olha em choque para o rosto frio de Nier, e em seguida, para os seus companheiros. Todos desviaram o olhar dela, inclusive Skanfy, sua melhor amiga. Lágrimas escorrem de seu rosto e deslizam por suas bochechas rosadas, fazendo-as brilhar. Então, Takashi dá um passo à frente e anda em direção ao seu capitão, ficando em seu lado esquerdo.

- Nier, mate-o de uma vez. – Falou Takashi, com a voz calma como se aquilo fosse algo corriqueiro. – Está aterrorizando a garota. – Quando Takashi manda alguém parar de fazer algo ruim, é por que essa pessoa está muito errada. Isso sempre foi o pensamento da Saligia.

- Ele... você viu o que ele fez. – Falou bufando para Takashi. – Ele tem que pagar.

- Sir Nier... eu... – Camille correu e se colocou entre Nier e o homem. – Eu quero que pare e o solte. Eu não estou defendendo ele nem nada do tipo, mas ele deve ser julgado perante as leis de Lioness. Vocês não são juízes e executores! E todas as outras pessoas para quem ele fez mal? Elas ficarão sem compensação? Ele provavelmente será executado, porém sem ser desse jeito cruel! Além disso, será obrigado a fazer o que o reino quiser, sem nem poder–

- Camille, ele não mudará de ideia. – Asura interrompe Camille enquanto se aproxima dos quatro, parando do lado direito de Nier. – Não agora.

O olhar que Nier estava no rosto aterrorizava Camille. Nunca havia visto um olhar daqueles. Um olhar repleto de ódio, com uma sede de sangue como se fosse um animal selvagem. Um olhar sombrio, como se fosse um demônio. Suas marcas e olhos negros eram extremamente intimidadores para Camille, fazia-a sentir como se o inferno inteiro e todas as legiões dos mais terríveis demônios olhassem para ela. Aquele não era o Nier que ela tanto gostava, era algo diferente. Ela se sentia inquieta e incomodada com essa sensação que emanava de seu corpo, então tinha que pará-lo antes que ele deixasse de ser quem ela tanto gostava e admirava.

- Por favor, Sir Nier. Você é gentil, engraçado e sorridente. Faz com que todos os dias sejam especiais para mim. – Falou com sorriso meigo que contracenava com as lágrimas de desespero em seu rosto. Não queria imaginar Nier como um homem cruel que se divertia torturando os outros. – Solte-o logo. Por favor... – Seu rosto não conseguia mais se manter suave, tendo se fechado em uma expressão de choro.

Vilarejo de Lestalum Snow-w10

Nier apenas fechou os olhos e começou a apertar mais a mão. A cabeça do homem começava a avermelhar, parecendo um pimentão arroxeado. Seus olhos esbugalharam e saltaram de vez de suas órbitas. Camille, já chorando, começa a chorar mais alto, gritando.

- Sir Nier, pare! – Ela tentou dar um soco nele, mas tudo o que fez foi machucar sua frágil mão.

Vilarejo de Lestalum Akagam10


Takashi então tapa os olhos da garota, e Gwyndolin conjura dois pequenos roedores fofos e felpudos em sua cabeça para tapar suas orelhas. Skanfy dispara em sua direção, a abraça e sussurra em seu ouvido, afastando um dos ratinhos "tout ira bien, mon petit chérie".

Quando Gwyndolin se aproxima, ela vê no reflexo do orbe de seu cajado uma cena aterrorizante. A cabeça do homem havia explodido pela força de Nier, parecendo uma flor de carne. Se fosse apenas isso, ela apenas ficaria triste e tentaria esquecer, afinal ele era, de fato, o Pecado da Ira e essa atitude fazia algum sentido, e nada que alguns dias ignorando a existência dele não resolveria. Mas ela viu também o tesouro sagrado de Asura, Holy Dracula, perfurando seu coração, enquanto seu sangue parecia ser drenado. Takashi havia atravessado a Zephyrus em seu abdômen, fazendo um enorme buraco por onde escorriam seus intestinos. Um esqueleto completamente negro, de quatro, cinco metros de altura arrancava seus braços, que estavam cravejados bem como o resto do corpo de flechas do Arc Perfide de Skanfy. Uma estaca de pedra, vinda do chão, atravessava a parte inferior do homem, chegando até onde deveria ficar a cabeça, proveniente da magia de Lilian.

Os três segundos em que viu isso foram mais do que suficientes para cravar isso em suas retinas e principalmente em sua mente. Nesse momento, ela vomitou e começou a passar agudamente mal. Ela desmaiou devido ao choque e percebeu naquele exato momento que, com absoluta certeza, a Saligia era composta por criminosos, como eles mesmos falavam. Sempre achava que eles eram mais não compreendidos, porém tamanha crueldade, principalmente após ignorar sua súplica com argumentos, era realmente assustador. Pela primeira vez em toda sua jornada, se indagou se era certo reunir os sete pecados capitais novamente.

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Camille Lioness
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Seg Nov 08, 2021 5:30 pm
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Camille abriu seus olhos, deitada em sua cama.

- Onde... estou em casa? – Seus olhos verdes correm por todo o lugar, e era realmente sua cama.

- Camille, você acordou! – Gritou uma voz masculina familiar.

- Ainda bem, estávamos inquiets! – Continuou uma voz feminina igualmente familiar.

Ela se vira para o lado e vê duas figuras sorridentes. Eram obviamente Nier e Skanfy, que estavam sentados ali.

- Que bom que acordou, est– Antes que Nier pudesse continuar, Camille lhe deu um tapa no rosto.

- Camille? – E outro. Dessa vez, em Skanfy.

- Saiam já daqui seus monstros malucos!

Vilarejo de Lestalum Kkuc0a11


- Como assim!? – Eles indagam surpresos com as bochechas vermelhas. Então, ela toma ar e começa a falar, elevando o tom de voz juntamente com sua irritação, palavra após palavra.

- Eu vi tudo... pelo reflexo do cajado de Gwyndolin... vocês destroçaram o homem! E quando me carregavam, eu vi o que fizeram com a cidade! Vocês destruíram ela, eu vi várias pessoas jogadas no chão enquanto outras assaltavam os moradores, tudo isso enquanto um enorme incêndio queimava o lugar! Minha palavra de salvar o reino e não querer que vocês ajam por impulso não vale de nada, seu bando de retardados?! Vocês mataram aquele homem que deveria pagar pelos seus crimes como todos vocês pagaram e estão pagando de uma maneira cruel! Muito cruel...

Ela começa a chorar. Nier se aproxima para abraçá-la, mas Skanfy o impede. Ela o puxa pelo braço para fora do quarto, e fecha a porta. Nier se senta e se encosta na parede ao lado da porta, e Skanfy desce as escadas, e sai ao encontro dos seus companheiros, que é recebida pelo assovio do mais alto de todos.

- Parece que está complicada a situação. – Falou Takashi com um sorriso sardônico no rosto, na entrada do bar encostado na moldura da porta.

- Agora não, Takashi. – Skanfy passou por ele sem dar a mínima.

- E então? – Perguntou Asura, bebendo uma caneca de cerveja, sentado em uma das mesas de fora do Delito.

- Gwyn, ela viu tudo em seu cajado. – Falou Skanfy com uma voz claramente cansada

- O que?! – Gritou desacreditado enquanto estava sentado na grama, e vendo que o orbe mágico dele realmente era reflexivo. – Cacete... tipo, tudo mesmo?

- Oui, tous. – Falou Skanfy se jogando numa cadeira e deitando na mesa.

- Agora ela deve achar que eu sou um monstro... nunca pude falar com ela como uma menina... – Falou Lilian deitada no chão, enrolando uma mecha de cabelo em seu dedo.

A parte externa do Delito estava com um clima pesado. Sabiam que tinham feito algo ruim, mas não sabiam que as consequências seriam essas.

- Sério isso? – Cortou o silêncio a voz grave de Takashi. – Se impressionou tanto com um corpo?

- Takashi, elle est un enfant! – Respondeu Skanfy irritada.

- Com menos da metade da idade dela eu vi merdas piores que aquilo.

- Putain, Takashi, tu ne comprends pas? Elle est un enfant de verdade. Você nasceu no champ de bataille et desde pequeno mutilava, decepava e matava. Ela non.

- Primeiro que essa foi minha adolescência, eu sou drangleiquiano e tive minha infância lá. – Disse gesticulando. – Mas e daí? Ela tem que aprender que esse mundo é uma merda. E que todos fomos condenados à morte por nossos passados.

- Pelo amor de Drácula, Takashi. Nós somos nós. Ponto. Ela é ela. Ponto. Eu nasci na Guerra Santa, e vi um monte de coisas, que você talvez nem tenha visto, embora adoraria ver. – Asura respondeu meio irritado com a atitude de Takashi. Instintivamente ao falar isso, já estava segurando sua Holy Dracula na bainha, pronto para caso irritasse demais o único humano da Saligia.

- Eu também me acostumei com a morte desde cedo, por ter que realizar ritos druidas quando criança, mas nunca gostei. – Falou Gwyndolin. – Depois da necromancia, virou parte de mim, mas mesmo assim, tinha calafrios com cadáveres que morreram de velhice ou envenenamento. Imagine uma criança de dezessete anos agora, que pode contar nos dedos quantas vezes ouviu palavrões, e nos olhos que tem na mão as vezes que falou algum. – Respondeu com ironia a última parte.

Ele estava certo. Camille era pura demais para conseguir lidar com tal choque de realidade, afinal não é todo mundo que aguenta ver um corpo mutilado pelos seus amigos em sua frente.

- Eu sou uma gigante e sempre vi lutas, sei que humanos comuns não gostam de ver mortos, mesmo os mais arrumadinhos, podemos dizer assim. Imagine uma coisa daquelas. – Falou Lilian coçando a parte de trás da cabeça desajeitadamente.

- Ao menos ela não viu o pós-morte dele. – Ponderou Takashi, aliviando um pouco a pressão do lugar.

- Acho que exageramos... – Falou Asura com um sorriso amarelo no rosto.

- E o capitão... ele comeu a alma daquele homem? – Perguntou Lilian sussurrando para dentro do bar.

- Sim, exatamente. – Respondeu Gwyn, sem mudar sua expressão. – Ele sabe esse encantamento, de remover almas. Eu e Krioni também sabemos.

- Mas ela viu a cidade. Viu la rébellion des esclaves roubando os ricos et le incêndio. – Falou Skanfy com o rosto enterrado em seus braços, na mesa.

Nesse momento, todos ficaram quietos. Podiam discutir sobre a situação de Johan, porém sobre a cidade era um fato. Miasma, incêndio e uma revolução de escravos.

- Bom, tanto faz. Fodemos tudo. – Asura interrompe o silêncio. – Pra ela, somos monstros agora. Não sei o que acontecerá após tomarmos a Capital. Do jeito que está, é capaz de sermos presos e executados em praça pública. – Falou jogando suas pernas por cima da mesa que estava e se inclinou na cadeira.

- Então, que se foda. – Falou Takashi usando sua magia Dog’s Greed para pegar uma caneca de cerveja. – Se ela for ficar nisso, eu voltarei à Araruna. Me visitem lá.


- Justo agora que eu estava me divertindo... – Falou Gwyn deixando escapar um suspiro chateado.

- Eu mal me reuni com vocês e já vamos nos separar? – Perguntou Lilian com lágrimas nos olhos.

Vilarejo de Lestalum 20220110


- É o que parece. – Falou Asura, olhando para a gigante. – Prezo pelo meu pescoço mais que pelo reino. Ao menos, nesse caso. Sabem que eu me sacrificaria para ajudar os outros, mas me sacrificar por nada, não é do meu feitio nem agrado. – Falou indiferente, de uma maneira que Skanfy sentiu um pouco de raiva dele.

-Va te faire foutre. – Levantou a cabeça. – Je vais cuisiner quelque chose, voir si ça aide à déstresser. – Falou Skanfy apenas em fadês, completamente zangada. Eles entenderam que tinha algo a ver com cozinhar para desestressar. – Então venham comer quando eu chamar, enculés. – Ela se levantou e foi em direção ao bar.

- Falou a santa que encheu o rabo do cara de flechas. – Falou Takashi com um sorriso irônico, fazendo os outros soltarem uma risadinha.

Skanfy dá o dedo para os seus companheiros e entra no bar. Após algum tempo, ela acaba de fazer alguma coisa e sobe as escadas do Delito, em direção aos quartos superiores.

- Capitaine? – Ela o chama.

Nier abre os olhos. Continuava sentado, escorado na parede ao lado da porta de seu quarto.

- Oi Skanfy. – Respondeu indiferente.

- J'ai fait des biscuits et leite quente com miel. – Falou estufando o peito falando de seus biscoitos, que eram uma de suas melhores receitas.

- Não estou com fome. – Ele escreve com chamas no ar "Almas me deixam alimentado por uma semana".

- D'accord... eh bien, je vais deixar aqui. Leve para Camille.

- Ela não falou nada desde que nos expulsou, apenas ficou soluçando.

- Leve. Para. Camille. Elle não comeu desde que saímos naquela manhã atrás de Lilian. Certainement está com fome.

- Ela não deve querer falar comigo... – Falou Nier com uma expressão desolada no rosto

Skanfy soca a parede do lado de Nier, causando uma pequena cratera com seu soco, assustando o Pecado da Ira.

- Ne me fais pas répéter. Se ela morrer de inanição, je jure par le clan Lunae que je farei que a morte daquele imbécile seja feliz e alegre comparada a sua. – Ela tinha um sorriso macabro nos lábios.

Então a fada sai batendo os pés com a expressão assustadora. Nier suspira, se levanta, pega a bandeja e abre a porta.

- O-Oi, Camille... Skanfy fez biscoitos com leite. Deve estar com fome.

A garota continuou em silêncio, deitada na cama de costas para a porta. Nier colocou na cabeceira da cama, a bandeja e se sentou atrás das costas da princesa.

Vilarejo de Lestalum Remini11

- Por favor, fale comigo. Por favor...

Ela se apoia em seu braço, em silêncio, e começa a se levantar. Ela, então, se senta na cama, de costas para Nier.

- Por quê?

- Precisávamos fazer isso.

- Você poderia ao menos ter matado ele de uma vez. E não precisavam destruir a cidade.

- Bem... sim, poderia. – Aparentemente ele notou que se deixou levar pela emoção. – Mas o que ele fez com Lilian, com Skanfy e com você... – Nier encosta nas costas de Camille, e a abraça. Conseguia sentir seus batimentos, desregulados. Estava realmente brava com o que aconteceu.

- Nier... Eu te odeio por isso. Odeio todos vocês. Torturaram um homem. Não são melhores que ele. Destruíram uma cidade porque ficaram irritados. Esse é o nível de vocês? – Ela perguntou irritada, com lágrimas nos olhos.

- Se fossemos maus como ele... estaríamos felizes. Somos piores.

- Eu não acredito nisso... o único malvado de vocês é o Takashi.

- Todos cometemos pecados imperdoáveis.

- Qual foi o seu? Pode me dizer, Nier? – Ela se vira e encara os olhos alaranjados de Nier com seus olhos, duas esmeraldas cobertas de medo e tristeza, além de estarem molhados e avermelhados. Ele pondera, pensa sobre seu passado.

- Conhece Grisgandor?

- A ligação entre a Britânia e o continente? Já li em livros.

- Meu pecado foi destruir este lugar. Além de tirar a vida de milhares de inocentes, destruí inúmeras relações diplomáticas e econômicas de reinos quase que inteiros. O resto do pessoal também cometeu crimes parecidos, porém uma das nossas regras me impede de falar.

O silêncio encheu o lugar. Nier falou o que fez no passado, dezessete anos atrás. Ela se virou novamente de costas para ele, desacreditada no que ouviu.

- Por quê? – Perguntou Camille com a voz fraca e quase desvanecendo.

Nier era o culpado por destruir uma ligação inteira entre a ilha e o continente? Isso era além de insano. Quantas vidas foram tomadas por sua ira? Tanto diretamente quanto indiretamente? Ela não conseguia mensurar o tamanho da dor que ele causou.

- Não sei. Não lembro. Minha memória mais antiga é acordar na frente de seu pai.

Camille começa a soluçar. A pessoa que ela tinha certeza que começou a se apaixonar destruiu um reino inteiro, e seus companheiros eram todos iguais em termos de crimes. Toda sua jornada serviu de nada? Deveria ter ido atrás de outros para salvar o reino? No fim, todos eram assassinos frios? Não podia ser assim... não deveria ser assim...

Nier encosta sua cabeça nas costas de Camille e murmura, quase ininteligível, em meio a soluços e lágrimas.

Vilarejo de Lestalum Screen10


- Por favor, me perdoe... eu não queria te assustar... ninguém queria... depois que a gente viu o que ele fez com Lilian, pensamos em assustá-lo para nunca mais fazer isso novamente, mas... depois que vimos o que ele fez com você, perdemos a razão e...

- Eu não consigo acreditar... não sei em quem ou o que devo acreditar... Se vocês são tão horríveis quanto diz, me responde então... por que vocês mataram minha mãe? Realmente queriam dar aquele golpe? Vão me usar agora para completar o golpe de dez anos atrás?

Antes que Nier pudesse responder, um clarão toma o quarto. Nele, aparecem dois membros da Psychomachia, Kyara e Glenn. Não durou um segundo a visão deles. Entretanto, esse tempo foi suficiente para Nier agarrar forte o corpo de Camille, e a proteger de qualquer coisa enquanto ativava suas marcas negras. E no segundo seguinte, não havia ninguém mais no quarto. Nem Nier e Camille, nem Kyara e Glenn.
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Seg Nov 08, 2021 5:30 pm
Vilarejo de Lestalum Skanfy10

- Hey, vous putain d'imbéciles! Venham comer!

Grita Skanfy, da cozinha, após ter entregue os biscoitos para Camille. Estava realmente zangada com o que aconteceu, e descontava sua frustração, tanto de seus companheiros quanto de si mesma, nos seus companheiros. O clima da Saligia era pesado, tão pesado quanto as montanhas que adornavam o longínquo horizonte. Eles se reúnem na mesa e começam a comer, enquanto Lilian come sozinha na janela, na rua. Eles comem sem falar uma palavra ou fazer muitos barulhos, até Takashi quebrar o silêncio.

- Como sou o membro mais antigo da Saligia aqui, resolvi tomar a decisão do que faremos em seguida. – Falou confiante, atraindo a atenção de todos. – Permaneceremos juntos, mas viajaremos para longe de Lioness. – Falou com confiança na voz. Lilian deu um sorriso ao ouvir isso, pois não seriam apenas algumas horas que passaria reunida com seus amigos.

- Et Camille? – Pergunta Skanfy, semicerrando os olhos para ele. – Ela quer retomar o Reino.

- O que tem? – Responde indiferente.

- A deixaremos em qualquer lugar? Elle ne peut pas se défendre. – Retruca a fada.

- Bom, para garantir que consigamos sair do reino sem problemas, a usaremos. Ela será trocada pela nossa saída. – Fala dando de ombros.

- Você quer trocar uma de nossas companheiras? Como se fosse, je ne sais pas, ouro?

Skanfy estava começando a se irritar, e os outros começaram a franzir as sobrancelhas. Sabiam que isso não acabaria bem.

- O que for necessário. Nem que tenha que amarrar Nier para isso. – Ele olha para Skanfy com veemência.

- Ouse encostar um dedo nela e eu faço com que você seja um cotoco sem membros, seu monte de músculos e ferro mágico estúpido! – Ela ergueu a voz se levantando na mesa, extremamente irritada, se esforçando para passar a mensagem claramente em idioma comum.

- Acha que tenho medo de você, Skanfy? – Respondeu em um tom de deboche.

- É bom que tenha. Ainda iremos para a Capital. E rezaremos para achar Krioni no caminho. – Disse a fada determinada, ainda se esforçando para falar comum.

- Eu já disse que iremos sair de Lioness. Ou quer salvar o reino, ser morta e nada mudar? Ou até mesmo mudar para pior? Seremos os sequestradores da princesa, que foram derrotados pelas Virtudes e eles continuarão onde estão, mas ainda mais fortes politicamente. – Takashi tinha um ponto. Desse jeito, nada iria adiantar e provavelmente só iriam ser derrotados.

- Então quer ignorar tudo o que fizemos? – Pergunta a Pecado da Preguiça. – Toutes ces batailles?

- Não! Quer dizer, sim, mas... você entendeu. – Ele se levanta da mesa após limpar a boca, e se vira em direção a porta.

- Você não irá mandar a Mama levantar, muito menos iremos para fora do país. – Skanfy falou quando viu as intenções de Takashi.

- Então tente me impedir. – Respondeu o Pecado da Ganância indiferente.

Takashi começa a sair do Delito, com uma estranha sensação de estar fazendo aquilo de novo, mas sem tempo para pensar sobre isso, é alvejado por várias flechas em suas costas. Antes que pudesse ser acertado, rola para fora do Delito e elas voam pela porta, com Skanfy no seu encalço.

Agora, Skanfy e Takashi estão fora do Delito, prontos para lutar. Lilian os observa lutar, e pensa em como impedi-los sem perder um membro no processo. Gwyndolin e Asura ficam na porta do bar, para garantir que não destruam o lugar. Agora, o caos na Saligia está completo.

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Seg Nov 08, 2021 5:31 pm
Vilarejo de Lestalum Mestre10

Skanfy fica a uma distância segura de Takashi, para não ser atingida por seus golpes, e dispara uma flecha em sua direção, que para na lâmina adornada de Takashi, que investe para cima da fada.

O Pecado da Ganância é rápido, porém não tão rápido quanto a fada, que passa a flutuar para longe dele. Ele salta em direção a garota, e a acerta com a espada, porém, por mais que aparentasse ter um corpo frágil, o corpo de Skanfy era realmente forte. Takashi a acertou com um golpe que facilmente partiria uma casa ao meio, mas ela "apenas" sofreu um grave corte no abdômen, porém sem nenhuma tripa cair.

Com a visão turva pela dor, Skanfy percebe que terá que lutar com tudo contra seu parceiro. Ela ativa seu tesouro sagrado, Arc Perfide, e ele toma sua primeira forma, da noite sem lua, a forma da Lua Nova. Takashi sabia o que estava por vir, afinal, não se esqueceria tão facilmente dos poderes de uma companheira tão habilidosa quanto Skanfy. No modo Lua Nova, as flechas do Arc Perfide se tornam indefensáveis, como a Zephyrus de Takashi. Ela começa a disparar flechas em Takashi enquanto ele corre, que é atingido no braço esquerdo, no ombro, na coxa e no tornozelo direito, fazendo-o cair no chão.

Caído no chão, Takashi vê Skanfy mirar o arco para sua cabeça, e instintivamente, usou a Ash Crown, sua habilidade capaz de criar uma cortina de fumaça. Skanfy troca o modo do Arc Perfide para Lua Cheia, fazendo-o passar do azul brilhante que iluminava a noite mais sombria para o branco cintilante da lua máxima. Agora, suas flechas são capazes de perseguir o seu alvo. Ela dispara uma em meio a névoa, mas nada acontece. Ela dispara mais duas, e nada. Então usa uma rajada de ar e dissipa a névoa.

Takashi estava em posição de defesa, tendo agarrado duas das três flechas de Skanfy, sendo atingido no abdômen pela primeira delas. Ele parte com uma velocidade estrondosa para cima de Skanfy, que rapidamente troca o Arc Perfide para a Lua Crescente, onde suas flechas se alteram na forma, ficando parecidas com adagas, para rebater a Zephyrus de Takashi.

Ela consegue rebater no último instante a espada, e acerta um chute na boca de Takashi, que começa a sangrar de imediato. Ele agarra o pé de Skanfy com seu outro braço, a gira e joga contra uma árvore, fazendo com que ela soltasse um grunhido de dor. Sem tempo de reação, ele dispara com toda sua velocidade para cima dela, e gira sua espada na direção da fada.

Skanfy simplesmente se impulsiona para cima a fim de esquivar do poderoso golpe de Takashi, que divide a árvore em duas. Logo quando sobe, muda seu Tesouro Sagrado para o modo da Lua Minguante, e dispara uma saraivada em Takashi, que defende com o modo escudo de sua garrucha, porém uma acertou seu ombro, fazendo com que ele não pudesse usar seu braço que normalmente segurava a espada.

- J'ai gagné. – Diz Skanfy confiante enquanto pousa no toco da árvore cortada pela Zephyrus.

- Não fode comigo, garota.

Takashi ergue seu braço com a arma e a remonta, mostrando o buraco do cano para os olhos de Skanfy. Ela olha para o buraco do canhão de mão e imediatamente olha para Takashi, que apontava direto para sua cabeça. Sem hesitar, ele dispara uma bola de ferro em meio a uma cortina de fumaça quente.

Ele errou por pouco, mas mesmo assim Skanfy é atingida no peito em cheio pela bola de canhão e é arremessada alguns metros para trás, mas consegue se desvencilhar do golpe. Ao olhar para a frente, não vê Takashi, que se esconde em alguma sombra. Suas magias de ladrão eram realmente úteis, e ela sabia que não deveria o subestimar.

Concentrada para não ser atingida por um golpe surpresa, Skanfy flutua alguns centímetros acima do chão, e vê a Zephyrus em direção ao seu pescoço. Ela esquiva se jogando para trás, e chuta a espada para cima, abrindo a guarda de Takashi. Ela rapidamente gira e, de cabeça para baixo, acerta um soco com toda sua força no estômago de Takashi.

Enquanto lutavam, Gwyn foi correndo chamar seu capitão para evitar tudo aquilo, enquanto Asura e Lilian buscavam uma maneira de pará-los, mas para a surpresa de Gwyn, Nier e Camille não estavam em seus aposentos, nem em lugar nenhum de Delito, era como se estivessem sumidos ou pior... Sequestrados.

- Pessoal! Parem o... O – Gwyn mal conseguia falar. – O capitão e a princesa...! Eles sumiram!

Todos se olham chocados, inclusive Skanfy e Takashi param por alguns instantes.

- C'est votre faute! – Berra Skanfy, com lágrimas nos olhos, o culpando.

- Culpa minha o caralho! – Retruca Takashi. – Se você não ficasse histérica o Capita não seria levado!

- Vai se foder, vous connard! – Skanfy faz um corte no braço com uma unha transformada, e se prepara para usar a Lua de Sangue. Por estar de sangue quente, esqueceu que se usasse a lua de sangue duas vezes no mesmo dia, seu corpo seria terrivelmente afetado, e poderia inclusive levá-la à morte, dependendo da quantidade de estresse posta sobre seu corpo.

- Cai dentro, vadia desgraçada! – Takashi enterra a ponta de sua espada no chão, e se prepara para usar novamente a Dragon’s Greed. Por enfrentar Skanfy, provavelmente a Dragon’s Greed consumiria seu corpo, como a ganância de um dragão, até que não aguentasse ficar mais vivo.

Lilian, Asura e Gwyn trocam olhares desesperados. Aquilo com certeza mataria ambos. Eles iriam com tudo um para cima do outro.

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Seg Nov 08, 2021 5:32 pm
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- Já chega!

Uma voz ecoou pelo local e se pôs ao meio deles dentro de uma cortina de fumaça, usando uma magia que fez o sangue de Skanfy retornar e Takashi desativar sua Dragon’s Greed. Mesmo diante daquela terrível realidade, os dois pecados não pareciam se importar ou inclinados a parar com aquela luta, então acabaram presos em correntes feitas de magia luminosa.

A enorme onda de fumaça começava a se dissipar e, de dentro dela, uma silhueta conhecida por todos eles com um poder ainda mais conhecido, era o próprio orgulho em pessoa, Krioni estava ali bem na frente deles.

- Eu não achei que viveria para ver o dia em que vocês quebrariam uma das regras de maneira tão idiota, vocês pensam que são quem?  – Bradou com fúria nos olhos. – E estão de qual lado afinal? Enquanto travavam essa luta idiota, onde só queriam mostrar quem tinha o maior ego de todos, Nier e Camille foram sequestrados e a essa altura teremos sorte se a princesa ainda estiver viva! – Gritou com seus olhos cinzas quase cortando seus corpos, fazendo Skanfy e Takashi distensionarem os músculos e as correntes se desfazerem.

Os pecados tentaram falar algo, mas Krioni não estava preparado para ouvir respostas ainda.


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- Eu não quero ouvir as desculpas de vocês, seus boçais estúpidos, eu queria poder sumir com todos vocês neste momento, sabem o perigo ao qual estamos expostos? – Falou olhando para cada um dos presentes ali, incluindo os outros que não lutaram. – É claro que não, afinal estavam brincando de luta ao invés de cumprirem o seu papel, não foram reunidos para lutas desnecessárias, não fomos criados para isso, espero que contenham a situação do contrário o pecado de vocês não será nada perto do que irá acontecer por causa desse deslize de merda, sua fada liliputiana e seu humano misólogo! – As palavras saíam atropeladas da boca de Krioni, mais do que o seu normal. – Inclusive vocês, seu necromante concupiscente, sua gigante espurca e seu vampiro zoantropo! – Os xingamentos de Krioni com certeza eram pesados, por mais que os outros não entendessem uma palavra que saía de sua boca.

Takashi levantou a espada para atacar Krioni por trás, afinal ele não era do tipo que ouvia sermões sem revidar.

- Nem ouse fazer isso Takashi, eu não estou aqui de fato, mas ainda posso arrancar sua cabeça e te transformar em uma árvore! – Gritou Krioni usando uma magia de empurrar juntamente com uma de desarmar, fazendo a Zephyrus voar longe enquanto Takashi rolava grunhindo pelo chão.

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Ao recompor sua compostura momentaneamente perdida, porém sem perder a etiqueta, Krioni passou a fitar cada um deles e não disse nenhuma palavra a mais, seu orgulho era grande demais para admitir que agora queria respostas.

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Asura
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Seg Nov 08, 2021 5:32 pm
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- Krioni está certo, Takashi. – Asura quebrou o silêncio. – Se você continuar com esse comportamento violento, nós iremos te considerar um traidor, e não teremos escolha a não ser te executar.

Takashi apenas rosnou e guardou a Bucaneer no coldre. Dava para ver que ele ainda estava nervoso, mas ainda era esperto o suficiente para saber que se continuasse, sua situação iria piorar, mas não deixou de murmurar algo sobre ele não dar um sermão em Skanfy por ser sua namoradinha, mas Asura não ouviu.

- Ótimo, vamos todos nos acalmar agora, esquecer dessa briga e nos focar no problema atual: o que aconteceu com o capitão e a princesa? – Falou Asura, tentando puxar uma liderança que apenas fez Krioni desdenhar mentalmente por meses dele.

Todos os membros ficaram quietos e calmos, incluindo Takashi e Skanfy, que deixaram sua raiva um pelo outro de lado e se aproximando dos outros.

- Que bom que você consegue manter um pingo de racionalidade ao contrário desses trogloditas, morcego. – Krioni suspirou ignorando o que ele falou antes e encheu o peito para continuar a falar. – Bom, já que ninguém de vocês tem mais do que dois neurônios, vou explicar o que aconteceu. Enquanto vocês não falavam com a Camille, Hanna, a conselheira da Psychomachia, conseguiu achar onde vocês estavam, e deu um jeito de invadir o quarto da princesa enviando dois de seus peões e foi embora com ela e o Nier usando teletransporte. – Explicou usando uma bola de cristal para mostrar em looping a cena que durou menos de dois segundos.

Após isso, a ficha de Skanfy caiu.

- C'est impossible! – Murmurou exclamando para si mesma. – Camille!

- Então a Psychomachia já começou a agir... – Falou Gwyndolin, abalado pela situação.

- Precisamos ir agora para a Capital para resgatá-los. – Falou Krioni, retomando a palavra. – Mas antes de irmos, preciso saber se todos realmente desejam ir para a Capital. Essa com certeza será nossa missão mais difícil, e os riscos dessa vez são altos. Quero ouvir de cada um o que desejam do fundo de seus corações. Se algum de vocês não quiser ir, irei destruir agora a marca de seu Pecado e estará fora da Saligia. Não posso dizer para irem por obrigação, pois um aliado incompetente é muito pior que um inimigo competente, como dizem no continente. Se decidirem que irão, coloquem a mão sobre o pomo desta espada. Encontrei em uma das minhas jornadas em Camelot, e bem... ela é a Espada Negra do Pecado Primordial. – Ele puxou uma espada completamente negra, a materializando ali. – Nada como um objeto de grande valor para selar um pacto. – Ele então a cravou no chão e passou a observar cada um dos presentes, olhando nos olhos como se lesse suas almas.

Por um instante, todos ficaram em silêncio, em dúvida sobre o que fazer. Largar a Saligia e não jogar sua vida fora em talvez uma missão suicida parecia ser a melhor opção. Desfazer os Pecados e torcer para as coisas se ajeitarem enquanto saíam do reino. Nenhum deles desejava morrer, principalmente se era algo que poderia beirar o impossível. Mas então, a Skanfy começou a falar:

- Durante essa voyage, a Camille se tornou uma companheira importante pour moi, que deseja sauver tout le monde, mesmo não tendo poder o suficiente para salvar a si mesma. Dessa vez, je ne laisserai ninguém machucar a minha amiga! – Falou Skanfy determinada, colocando a sua mão sobre o pomo da espada.

Após ela falar, talvez eles tivessem se ligado sobre o que estava em jogo. E não sobre o que deveriam lutar. Não deveriam lutar pelo reino, e sim uns pelos outros, pelo seu orgulho por serem a lendária Saligia, e principalmente, por seus amigos. Com essas palavras, ela criou uma fogueira no meio daquela escura incerteza sobre seu próximo passo. Quando ouviu essas palavras de Skanfy, Takashi, que havia lutado com ela há apenas alguns minutos atrás, colocou sua enorme mão sobre a dela, fazendo todos arregalarem os olhos.

- Eu posso não ser o cara mais gentil do mundo, mas o Capita sempre me ajudou, mesmo eu sendo um desgraçado sem salvação. Eu irei junto para ajudá-lo, e também, enfrentar uns caras fortes. Por sinal... desculpa, Skanfy. Eu sei que ela é sua amiga, mas salvar o meu amigo também é prioridade para mim. – Ela assentiu com um sorriso de canto de boca no rosto.

As palavras dele acenderam a fogueira nos corações dos outros. Agora, estava na cara sobre o que fazer. Uma voz suave, que vinha do necromante da Luxúria começava a preencher o lugar.

- Pelo visto, todos estão falando que vão ir numa missão suicida, sem mais nem menos, tudo por uma princesinha que conheceram faz alguns dias. Mas eu realmente me sentiria mal se algo acontecesse a uma donzela tão bondosa quanto ela. – Gwyndolin disse sem um pingo de hesitação na voz, por mais que suas palavras parecessem dizer o contrário. – Podem me incluir também.

Gwyn acabou de alimentar a fogueira presente em cada um. Era hora de terem feito o que sempre deveriam ter feito: Se juntarem e acabarem com essa história de procurados, e lutarem juntos. Logo após suas palavras, o homem de cabelos brancos se pôs a falar.

- Eu quero salvar o Capitãozinho e a Camille. Eu não deixarei mais ninguém machucar os meus companheiros, eu irei lutar dando tudo de mim, e ir além, irei proteger todo mundo! – Disse Asura colocando a mão sobre a dos outros.

Agora, a fogueira queimava como nunca. Apesar disso, apenas uma fogueira não era o suficiente para iluminar o mar de escuridão. Porém, nada melhor que um farol, especialmente um gigante, para acabar com as dúvidas.

- Eu mal conheci ela, mas foi graças a ela, que reuniu todos vocês, que eu e os outros escravos fomos libertos. Está na hora de retribuir o favor! – Lilian encostou a ponta de seu dedo sobre as mãos de seus companheiros, banindo qualquer tipo de insegurança sobre seu destino.

- Então, todos concordaram em vir ajudar. – Falou Krioni, sorrindo com determinação. – Está na hora de salvarmos nossos companheiros e o reino da Psychomachia! – Ele brada com a determinação de transformar o farol em um dia.

Ele flutua e coloca sua mão sobre o dedo de Lilian, e eles sentem outra mão sobre a deles, como se seu capitão desaparecido estivesse a colocando, e outro peso, como se a princesa, que não estava ali presente, também participasse da reunião de sentimentos.

- Vocês devem ir até a Capital de Lioness. – Ordena Krioni. – Irei resolver alguns problemas que apareceram em Camelot, e depois, me unirei a vocês. – Falou com tom de liderança. – Vou guardar essa espada, antes que ironicamente seja maculada após carregar as determinações da Saligia.

Eles poderiam jurar que ouviram um “m” no fim do nome de sua ordem de cavaleiros, mas talvez fosse apenas sua imaginação.

Todos concordaram com Krioni. Então, o mago sumiu na frente deles em uma luz branca, e todos começaram a se preparar para ir até a capital. Ryon, que esteve dormindo esse tempo todo, acordou a Mama, e então o bar chamado Delito começou a avançar em alta velocidade até a Capital.

Estava na hora da Saligia fazer o que foi reunida para fazer: salvar o Reino de Lioness.

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